Depois do café-da-manhã em que só a Lena estava animada, eu fui para o quarto escolher minha roupinha linda já que hoje além de ser Natal eu vou dar meu super presente para o James.

Com a roupa já escolhida eu peguei meu livro e fui para a sala me sentei em frente à lareira e desfrutei daquele calorzinho gostoso enquanto lia meu amado exemplar de “O Morro dos Ventos Uivantes”, mas é claro que quando se tem Helena Potter como melhor amiga sua paz nunca será plena.

― LILY!

― Late! ― um habito péssimo que peguei da Lena: dizer “Late” quando alguém me chama ou pede para falar algo.

― O almoço tá pronto.

― Pera aí! Quando eu desci para ler eram 9:27!

― Parece que o tempo passou rápido. ― ela respondeu dando de ombros e indo em direção à sala de jantar.

E assim foi até às 3h, que foi quando eu e a Lena decidimos nos arrumar. Nós iríamos nos arrumar juntas então o banheiro seria dividido, não que nós fossemos tomar banho juntas, mas nós decidimos que se dividíssemos o banheiro iria facilitar, pois enquanto eu estou no banho (serei a primeiro já que a Lena derrete no banho) a Lena estaria organizando as coisas no quarto dela para nos receber e enquanto ela está no banho eu seco meu cabelo e faço o básico, como passar a base no rosto, o creme no corpo e por ai vai.

Ok, as coisas não saíram exatamente como planejamos, já que são 7h e 30min e nós ainda estamos no quarto. Eu estava terminando meu cabelo e a Lena tava terminando de por o vestido e os sapatos. O quarto estava uma bagunça, parecia que um furacão tinha passado, esse furacão tinha nome e sobrenome: Helena Potter.

Os convidados já chegaram, os meninos já vieram nos apressar e nós ainda estamos dando os últimos retoques na maquiagem.

― PORRA, HELENA, É PRA HOJE OU NÃO? ― acho que o James se irritou.

― JÁ ESTAMOS SAINDO! ― Lena, que já estava com a mão na maçaneta quando ele gritou, correu para o outro lado do quarto para gritar e veio em direção da porta com a maior calma do mundo.

Quando a porta se abriu completamente os meninos ficaram de queixo caído.

Eu: http://www.polyvore.com/natal/set?id=41395971

http://lh5.ggpht.com/_IXG_O6OBiVI/SUMRXdBUe9I/AAAAAAAABbo/CjSE47-sQ6c/ucesy-403.jpg (desconsiderem a cor do cabelo)

Lena: http://www.polyvore.com/natal/set?id=41395256&.locale=pt-br

http://3.bp.blogspot.com/_V9qpGVPiMf4/TCoQoIz672I/AAAAAAAAALg/djnGpk_c-zE/s1600/pe5.jpg

- É, podem demorar mais vezes. – comentou Sirius, olhando Lena de cima a baixo. Ele tem uma cara de pau enorme, né? Eu acho incrível!

            - Cara de pau! – e não é que a Lena concorda comigo?! Mas ela também é outra descarada, tá olhando o Sirius como se ele fosse um pedaço de carne e ela uma puma! Sentiram a ironia? Que legal.

            - Serio, às vezes acho que trocaram a Lena no St. Mungus. – eu concordo plenamente, caro James.

            - Ei! – não se ofenda, cara Lena, ele disse nada mais que a verdade. – Você é que deve ter sido trocado!

            - Eu já acho que vocês dois foram trocados. – por que eles estão me olhando feio?

- Cala a boca, Lils. – como posso ter uma amiga assim? Simples, minha razão e o meu bom senso tiraram férias!

- Vamos antes que vocês entrem em guerra. – não, o Sirius que foi trocado no passeio com a Lena.

- Cala a boca, Sirius!

Descemos em pares. Eu queria ir com a Lena ou com Sirius para não passar por situação constrangedora, mas, pelo que parece, minha sorte anda tirando férias. Fui obrigada pela Lena a ir com o James (isso, James. Parou de ser Potter tem alguns dias, acho), senão ela iria contar dois segredinhos meus. E cá entre nós, eu realmente não quero que nenhum dos dois saia por ai.

- Remus! – adivinha quem pulou nele, adivinhe! Não, não foi à maluca da Lena, fui eu. A Lena pulou no Peter.

- Oi, Lils. – ele sorriu envergonhado. Cara, eu amo o Remus, ele é tão legal! Mas não, eu tive que me apaixonar pelo Potter. Já falei o quanto minha sorte é boa? E eu realmente tenho certeza que o James está meio emburrado. E isso não é dedução, eu to vendo ele por trás do Remus.

- Peter! Ta um gato, hein? – e eu não falei que ela era outra cara de pau? Ela pulou no colo do Peter e ainda quase gritou isso!

Finalmente soltei o Remmy e me pus a abraçar o Peter. Não tanto escandalosamente que o Remus, já que esse foi o papel da Lena. E devo dizer (em pensamento apenas) que o Peter realmente ta conseguindo se manter firme, forte e bonito! Ele ta mais magro que antes, e o rosto dele parece estar se tornando menos... Bolal. (se existisse essa  palavra... Mas existe oval, por que não pode ter bolal?!)

- Ok, to concordando com a Lena, Peter, você está ficando um gato! – não estranhem esse meu lado atirado, geralmente só aparece quando eu to bêbada (não que eu fique bêbada com freqüência, o que não é o caso, mas... Ok, sem explicações, vou acabar me afundando com isso.)

- Olha Lily! O tanquinho do Peter ta aparecendo! Ebaaaa! – ok, lembrar de rever minhas amizades. A Lene já está no máximo da lista de maluquices e eu não preciso de mais nenhuma assim.

Eu olhei pra barriginha (não tão inha assim) do Peter e quase não acreditei no que vi. Serio, é assustador! Ele tem um tanquinho! Ahhhhhhhhhhhhhh!

- Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh! – beleza, eu fui.

- Hãm... Com licença. Eu realmente não conheço essas garotas... E nem espero conhecer. – falou Sirius em alto e bom som para as pessoas que estavam nos encarando. Isso ta virando moda. Encarar a Lily. E qual é?! O que tem de mau comemorar um tanquinho do seu amigo gordinho no meio de uma festa?! – Eu realmente não conheço essas malucas, gente...

- Cala a boca, Sirius! – ah, amo nossa sintonia no “cala a boca, Sirius”. É tão legal. – E maluca é a tua mãe! – xingou Lena. Eu duvidava que a mãe de Sirius fosse normal mesmo, mas...

Sirius apenas deu de ombros e disse:

- Ela não é normal mesmo. – eu falei!

Eu parei de pular e peguei meu lindo IPod (N/Luiza: Mika mandou: “Luiza Arce diz: ei espera!!! celular existia na decada de 70?” “MiKa diz: finge q eh a nossa epoca”, então, finjam que é a nossa época!!!) e vi o horário, ou hora, como preferir. 20h. É, passou-se meia hora desde que James e Sirius estavam batendo na nossa porta. Como o tempo passa rápido. Agora falta apenas esperar 4hs para dar meu presente. 4hs... Isso é tempo de mais. Mas é por uma boa causa, Lily. Boa causa.

POV James

Legal. Faltam 10 minutos para meia noite. Eu tenho a impressão que minha irmã ou o Meu Lírio aprontou alguma coisa. Meu Lírio tá bastante ansiosa ali do lado do Remus. Boa coisa não deve ser... Ei! Por que ela ta do lado do Remus?!

Ok, James, ela não é sua namorada, nem nada do tipo então ela pode ficar ao lado de quem quiser e entrelaçar os braços e dar risada... Ah! Quer saber eu vou é sair daqui! Não sou obrigado a ver a mulher que eu amo de gracinhas com outro.

            Ótimo! 5min para a meia-noite e eu aqui em um canto quase chorando por uma pessoa que não da a mínima para mim.

            Hey, por que ela tá olhando para os lados como se estivesse procurando alguém? E por que ela parece meio desesperada? E por que quando ela me viu em um canto afastado ela sorriu como se estivesse vendo o mar pela primeira vez?

            Pelas cuecas de coraçãozinhos de Merlin por que ela tem que parecer tão tentadora enquanto caminha na minha direção com esse sorriso que só me faz querer beijar seus lábios? Ok, isso foi muito gay!

            ― Hey, James, posso falar com você um minuto? ― ela falou com aquela voz de anjo... Perai!! Ela me chamou de James? Ela me chamou de James! ELA ME CHAMOU DE JAMES!!!!!

            Acho que eu comecei a sorrir como um idiota, porque ela me olhou confusa e perguntou:

            ­― O que?

            ― Você me chamou de James!

            Ela me olhou nos olhos por um estante e deu um sorriso doce e disse:

            ― Bom, nós somos amigos né, não? ― a cada palavra que saia da boca dela uma partezinha do meu coração morria. ― Amigos não se chamam pelo sobrenome. Mas, então, Jimmy, posso falar com você? ― ela parecia meio nervosa, olhava no relógio o tempo todo e olhando no meu eu percebi que faltavam 2min para a meia-noite.

            ― Claro!

            ― Bom, eu fiquei pensando em um bom presente de Natal pra você...

            ― Não precisa. Só de ter você ao meu lado já é um presente.

Os olhos dela brilharam e ela deu um sorriso que fez com que borboletas dançassem em meu estômago.

― Mas de qualquer jeito eu pensei em te dar um livro sobre Quadribol, mas ai eu pensei: Ele com certeza tem a maioria e eu não quero dar um presente que ele já tenha. ― eu ia interrompe-la de novo, mas ela fez um sinal mandando eu me calar. ― Então eu voltei apensar e depois de queimar alguns neurônios eu achei um que eu acho que será perfeito, modéstia à parte.

― E qual seria? ― eu perguntei sorrindo, mas por dentro estava realmente curioso.

― Só fale se quiser que eu pare, ok?

No começo eu não entendi o que ela queria dizer, mas ai ela começou a se aproximar e eu senti minhas mãos soarem e minhas pernas tremerem, mas, é claro, que eu não deixei isso transparecer, porque isso seria muito gay da minha parte, não que eu tenha algo contra os gays, mas a ideia de ser um não me agrada.

Ela estava cada vez mais próxima, tanto que eu podia sentir sua respiração no meu rosto. Nossos olhos não se desgrudaram e quando eu percebi estava com as mãos em sua cintura e ela com os braços ao redor do meu pescoço.

―10! ― várias vozes gritaram juntas, mas eu não estava nem aí. A única coisa que eu podia sentir é o corpo dela colado no meu e sua respiração misturada com a minha.

Nossos olhos foram se fechando e nossas bocas se aproximando cada vez mais.

― 9! 8! 7!

Eu puxei seu corpo para mais perto, se é que isso é possível.

― 6! 5! 4!

Nossas bocas se encontraram em um leve selinho.

― 3! 2!

Ela pediu passagem com a língua, o que eu achei estranho ela tomar a iniciativa, mas o presente é dela, então... Mas voltando, eu concedi a passagem de bom grado e senti as borboletas no meu estômago virarem uma montanha russa quando nossas línguas se entrelaçaram.

― 1! FELIZ NATAL!

Lembram que eu falei que tinha partezinhas do meu coração morrendo? Então elas voltaram com força total! Meu coração batia tão rápido que eu suspeitava que o pessoal na América ouviam.

Ela tinha as mãos nos meus cabelos e estava bagunçando-os, enquanto eu apertava sua cintura um pouco mais forte do que o necessário. Eu estava no céu.

Ela foi nos separando aos poucos. O beijo terminou em pequenos selinhos. Nós ficamos nos olhando nos olhos por um tempo e eu já tinha aberto a boca para dizer o quanto o beijo tinha sido especial para mim quando um cabeleira preta tampou minha visão.