POV Lena (Alguns minutos antes do grande beijo)

            Posso falar uma coisa? Não? Mas eu vou falar do mesmo jeito: EU AMO O NATAL!!

            O Natal é uma época de confraternização, de amizade, de dar e ganhar presentes, do Papai Noel, de decorações lindas, de comidas deliciosas e principalmente... GANHAR PRESENTES!!

            A festa esta uma chatice, como sempre. Eu nunca gostei dessas festas que meus pais davam só tinha gente velha, mas até que esse ano eles convidaram os filhos dos amigos deles (a maioria estuda em Hogwarts) e eles estão bem animados. Quando deu 5min para a meia-noite eu olhei para um canto mais afastado da festa, pensando em me refugiar lá, mas já estava ocupado pelo meu irmão. Eu até pensei em ir lá falar com ele, mas eu vi que tinha uma certa ruiva indo para lá e preferi ficar aonde eu estava.

            ― Eai, Lena. Como vai o Natal da minha Potter favorita?

            ― Deixa o Jim ouvir você falando isso que você será um cachorro morto. ― falei com um sorriso enorme e olhando os olhos mais penetrantes que eu conheço.

― HEY! ― ele falou de repente no meio da contagem regressiva. Eu olhei para ele assustada. ― Ali!

Ele apontava para o canto onde o James estava e quando eu olhei para lá vi que meu irmão e minha melhor amiga estavam quase se engolindo. Uma confissão minha: É nojento ver seu irmão beijar sua melhor amiga.

― Deixa eles, Six, e me dá um abraço porque é NATAL!! ― eu falei pulando em cima dele.

Ele me abraçou pela cintura me mantendo no ar por mais um tempo.

― Feliz Natal, pequena. ― ele sussurrou no meu ouvido, fazendo com um arrepio percorresse minha coluna.

― Feliz Natal, amor.

Não me recriminem. Ele começou a me chamar de “pequena” e eu comecei a chamá-lo de “amor”.

Quando agente se separou eu olhei para o lado que o Jim estava para ver se eu já podia dar um abraço neles, mas parece que alguém pensou na mesma coisa que eu. Tinha uma menina morena abraçada ao James, e pelo que eu percebi era a Lu, ou melhor, Luiza, minha melhor amiga trouxa que sabe que somos bruxos.

― Isso vai dar merda!

― O que? ― o Six me perguntou confuso, já que uma hora eu to dando Feliz Natal para ele e na outra eu estou falando que vai dar merda.

― Aquilo. ― falei apontando para o Canto. É como eu vou chamar aquele lugar de “Canto”.

Ele olhou para onde eu estava apontando e soltou um palavrão.

― Aquela não é a sua amiga trouxa?

― Sim.

POV Lily

            Beleza, quem é a coisa que está abraçando o meu James? Ok, Lily, tecnicamente ele não é seu, mas é meu! Confuso, não? Nada que a raiva não faça desaparecer.

            - Lu! – é, o James está bastante alegre abraçando essa coisa.

            - Jay! – opa! Só eu posso chamar ele assim, sua coisa! Claro que eu não falei isso bem que podia, mas minha educação ainda manda.

            - Como você anda, querido? – querido? Querido? Querido?! Ok, agora é onde eu acho minha deixa. – Ei, - e não é que ela se virou para mim. – você é a famosa “Lírio”? Parece exatamente como o Jay descreveu. – ela sorriu pra mim. Famosa “Lírio”? Beleza, Potter, você ganhou pontos comigo.

            Sorri.

            - Tomara que seja, não? E você? Quem é?

            - Luiza, amiga trouxa dos Potter. – ela riu. Oh, amiga trouxa, é? Olhei pra ela. Morena, alta, olhos verde-acastanhado... Parecido com o de James. Parecia ter nossa idade. É, é agora que eu penso que ela é uma vadia e dá para todo mundo? – Sério, do jeito que ele falou, parecia que você não... Se dava bem com ele. Ele deve ser muito dramático mesmo pra achar isso. – ela revirou os olhos e sorriu. – E pelo que vi, ele realmente é muito dramático e eu interrompi alguma coisa. Licença... – é, até que ela é legal... Não quando está abraçando o meu James, mas... Vocês entenderam! – E ah, - ela sorriu e se virou pro garoto que apenas sorria bobo. – aproveite, pode ser a ultima chance que você tem. E realmente, torço por você, meu amigo. – ela o abraçou de novo... E ela estava torcendo por nós? Ok, agora me surpreendeu, mas legal. – E o senhor, a Potter, o Black, o Pettigrew e os “lances” de vocês, no meu aniversario de 15 anos, beleza gayzinho? – ok, gayzinho? Potter? Com apelido de gayzinho? Essa vai pra uma das melhores do ano! E... 15 anos? ‘To gostando cada vez mais dessa garota! – Tchau, Lily, e por favor, ponha de vez uma coleira nesse viado. E ah, vá na minha festa também! – e saiu andando.

            É, ela fala de mais. Mas gostei dela. Pelo menos ela não deu em cima do meu maroto, né? Olhei pra tal Luiza, ela caminhava, ou corria, tanto faz, até Lena e se jogava em cima dela. Atirada ela, não? Tenho a impressão que aprendeu com a Lena, mas não posso afirmar nada.

            - Hãm... – ele coçou a nuca, envergonhado. E olha que fofo, ele ta com as bochechinhas vermelhas! – Seu presente de natal. – ele pegou alguma coisa dentro do paletó e estendeu a minha frente. Eu tinha fechado os olhos, não me pergunte o porquê. – Lils? Meu Lírio? Pode abrir os olhos.

            Eu abri os olhos e tive uma surpresa. Um lírio estava estendido entre meus olhos. Era branco com as pontinhas ficando verde-claras. Lindo. Peguei o lírio, ainda encantado com a sua beleza.

            - Não é um lírio normal. – ele começou. Eu olhava fixamente para o lírio em minhas mãos. – Ele é encantado, - nesse momento, não tive como não o fazer, encarei seu olhos, que estavam brilhando nesse momento. – ele irá ter força e brilho próprio, enquanto meu amor por você existir. Ou seja, ele irá existir para sempre... Ou até eu morrer.

            Ai Meu Merlin Amado! Ele disse isso mesmo? Acho que isso significa que ele me ama, né? (N/L: Não, Liz, ele diz que o lírio só morre quando o amor dele acabar, e você me pergunta se isso quer dizer que ele te ama? Poupe-me!) Cale-se, Lena, esta no meu point of view e você não foi convidada.

            Em resposta a sua de sua declaração eu simplesmente pulei no seu colo não literalmente, e selei nossos lábios.

POV Lena

Depois que o Six reconheceu a Lu nós dois ficamos olhando a cena entre os três de longe já preparados para separar uma briga caso ela ocorresse, mas pelo que agente viu a Lu, com a sua mania de falar de mais, esclareceu tudo.

― Bom, tudo termina bem quando acaba bem. ― okay, foi só eu que não entendi direito o que o Six quis dizer?

Antes que eu pudesse falar alguma coisa a Lu já estava em cima de mim. Impressão ou ela esta pegando a minha mania? Assim como a Liz, que se jogou em cima do Jam depois de ele dar o presente dela que eu ajudei a fazer.

― Feliz Natal, Gêmea! ― eu sei parece estranho que ela me chame de gêmea sendo que meu gêmeo é o Jim, mas é que nós duas realmente nos parecemos, no pensamento e nas ações e não na aparência, mesmo ela sendo dois anos mais nova que eu.

― FELIZ NATAL PRA VOCÊ TAMBÉM, GÊMEA! ― acho melhor eu parar de gritar.

― Oi, Sirius! ― ela falou depois de se soltar de mim. ― Merry Christmas! ― ela se jogou em cima dele, mas, por incrível que pareça, eu não fiquei com ciúmes. Eu confio na minha gêmea/não-gêmea.

O resto da festa foi melhor que o começo, tudo bem que o James e a “Lils” ficaram se agarrando no Canto, mas eu tinha os meus outros melhores amigos para atormentar.

No dia seguinte:

Estava-mos todos no quarto do Jim (quando eu digo todos quero dizer Os Marotos a Liz e eu) rindo de alguma coisa idiota que o Sirius disse quando meu “pai” entrou no quarto e ficou me olhando.

― O que? ― perguntei confusa.

― Nada. Eu só queria saber o por que de você nunca ter me contado que você canta tão bem.

― Porque não.

― Como “porque não”? Eu sou seu pai, não sou?

― Você não foi meu pai a minha vida toda. Por que eu imaginaria que agora seria diferente?

― Como assim eu não fui seu pai? ― ele parecia indignado, mas quer saber foda-se. Ele ta pedindo para ouvir muito. ― O que seria ser um pai para você?

― Bom, pra começar eu nunca pude contar com você pra nada. ― minha voz já estava falhando e meus olhos marejando. ― Eu não podia contar com você quando eu tinha um pesadelo, eu não podia ir pra sua cama pra que você me abraçasse e dissesse que estava tudo bem e que aqueles monstros não existiam. Eu não pude contar com você quando meu coração foi despedaçado pela primeira vez, eu não podia simplesmente ir correndo pros seus braços e chorar enquanto você dizia que tudo ia ficar bem e que ele é que estava perdendo. Eu não podia contar com você quando eu brigava com a Lily e a única coisa que eu queria era um abraço. Eu não podia contar com você quando essa guerra me assustava mais do que o olhar no seu rosto quando você me batia, e olha que isso me assusta muito. Eu não podia contar com você quando tudo que eu queria ouvir era um “eu te amo, minha filha”. ― enquanto falava eu não tirava os olhos dos dele e percebi que ele chorava tanto quanto eu, mas eu não ia parar agora que comecei. ― Se eu não pude contar com você pra todas essas coisas porque poderia agora?

Ele não respondeu nada por um tempo ficou apenas me olhando com um misto de tristeza e orgulho no olhar, a tristeza era o que se sobressaia e eu não queria ver que causei toda aquela tristeza no meu pai, apesar de tudo eu não queria vê-lo triste, então eu desviei meu olhar do dele e olhei para o resto do povo que estava no quarto. Eles me olhavam com pena e orgulho, claro que tinha alguém que chorava e esse alguém era o Jim que me ajudou todas essas vezes. Também tinha o Six que me olhava com dor e algumas lágrimas no olhar, não entendi o porquê da dor, mas tudo bem.

― Parece que você conseguiu passar por tudo isso sem mim. ― ele falou baixinho, o que me fez chorar ainda mais. Quando eu vi tinha um par de braços fortes me envolvendo. Eu sabia que era ele, meu pai, o que fez com que eu desse pequenos socos no seu peito. ― Shii. ― papai falava baixinho no meu ouvido. ― Vai tudo dar certo, nós vamos dar um jeito.

― Eu te amo, papai. ― eu disse com a voz chorosa.

― Eu também te amo, minha princesa. E eu não vou perdê-la de novo.