Mansão de Vampiros escrita por Neko D Lully


Capítulo 12
O fim de tudo...


Notas iniciais do capítulo

Mas essa cap sim demorouj, e nem sei se ele ta bom x.x! Mas bem, é a continuação (logico) da luta que aconteceu no cap anterior.Agora vocês verão a força dos nossos ouriços favoritos na forma Dark (*¬*). E apesar do titulo (já que não me ocorreu outro x.x) a fic não caba aqui, podem ficar tranquilos. Ainda tem mais dois epilogos pela frente.

Agora aproveitem!!

Queria ter escrito o cap melhor T-T



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Mansão de vampiros!

- Eles se transformaram e ao mesmo tempo.

  Fora o que ela havia dito, mas não entendia o que isso significava. Quem havia se transformado? O que havia isso haver com a energia negra que emanava no local? Talvez sua mirada o tenha revelado, já que Rouge começou a explicar.

 - Silver, Shadow e Sonic conseguem se transformar em várias formas com os mais variados e fortes poderes, mas a mais temida pelos humanos e vampiros é a forma dark. – disse enquanto seguia em frente. – Eles se transformam de acordo com seus sentimentos, e se estiverem com muita raiva e ódio eles cai na escuridão e ficam em uma forma sombria que dizem que se olhar diretamente você sente ate mesmo seus ossos congelando de medo.

 - É tão assustador assim? – perguntou Knuckles um pouco preocupado com suas amigas. Amy estava com sonic e podia se machucar e tinha a ligeira impressão que Blaze e Maria estavam com Silver e Shadow, respectivamente.

 - Pode acreditar, depois que você vê um deles se transformando nunca mais vai ter coragem de encará-los de novo. – disse Rouge com um pequeno calafrio percorrendo por suas costas.

 - Você já viu? – perguntou Knuckles, coisa que Rouge apenas negou. – Então como sabe que isso é verdade?

 - Eles mesmos me contaram. Já ouviu falar de Atlantes? – knuckles assentiu. – Pois ela realmente existiu, só que Shadow a destruiu. Foi na primeira vez que ele reencontrara Mephiles, ficara tão furioso que destruiu toda a cidade que foi parar no fundo do mar. Os dois não chegaram a se enfrentar já que shadow apenas virar uma pequena silhueta de Mephiles.

 - E Sonic e Silver? – perguntou Knuckles.

 - Sonic destruíra Pompéia causando a erupção do monte Vesúvio quando Scrooge fugiu de uma luta que provocara muito a Sonic. Silver matara um pelotão inteiro da Alemanha porque soube que Nazo estava do lado deles. – disse Rouge fazendo Knuckles estremecer um pouco. – Pra você ter uma idéia da força deles foi preciso enrolar eles ate o sol nascer e enfraquecê-los um pouco. Mas só para distrair foi preciso muito esforço, quase que Sonic morre com Shadow, e quase que Shadow morre quando sonic se transformou, e quase que os dois morrem quando foi a vez de Silver.

 - E o que faremos agora? – perguntou Knuckles um pouco preocupado. Não queria que ela se arriscasse muito e depois de ouvir a historia dos três ouriços ficou ainda mais preocupado. – Como vamos trazê-los de volta ao normal se os três estão desse jeito?

 - Shadow uma vez me ensinou um feitiço que consegue fazer eles voltarem a forma de antes. Mas é muito perigoso se aproximar deles nesse estado, já que eles não reconhecem quem é amigo ou inimigo. – logo de falar rouge suspirou. – Talvez não consiga trazê-los de volta sem que morra.

 Knuckles não acreditava no que tinha ouvido. Morrer? Isso não ia permitir. Prometera não deixá-la sozinha então se ela se fosse ele também ia. Não deixaria que enfrentasse a eles sozinha, mesmo sabendo que não tinha a menor chance.

 Perdeu a linha de pensamento quando chegarem a uma porta de metal a qual Rouge abriu sem muito interesse, mas ao mesmo tempo alerta. Knuckles sabia que algo a incomodava, por isso segurou levemente a mão dela para tentar confortá-la, mas parecia inútil já que ela devolveu o aperto com muita força mostrando o quanto estava nervosa.

  Quando entraram foram surpreendidos por Fiona que já começara atacando por cima, mas Rouge fora mais rápida e empurrara Knuckles para um lado enquanto desviava para outra fazendo com que Fiona se chocasse com o chão. Fiona se levantou lentamente e olhou para Rouge com um sorriso.

 - Melhorou muito desde a ultima vez. – falou zombeteiramente enquanto Rouge se colocava em uma posição ereta com uma mão na cintura.

 - E você continua a mesma com esse seus ataques surpresas. – falou Rouge em um tom serio, mas na verdade estava preocupada com Knuckles que estava praticamente indefeso no outro lado do quarto.

 Fiona virou o rosto para Knuckles e o analisou de cima a baixo. Tinha que admitir que ele era bem atrativo, mas não se comparava a seu querido Scrooge. Olhou direto para os olhos dele, tinha que começar seu plano se quisesse acabar logo com isso e se encontrar com seu lindo namorado.

 - Nem pense Fiona!! – gritou Rouge se lançando contra a mesma que simplesmente desapareceu enquanto Rouge parava o soco no ar.

 Antes que pudesse conferir onde estava fiona teve que desviar de um soco de Knuckles que de repente começara a agir de uma maneira estranha. Esquivava com rapidez e destreza dos socos e chutes que o mesmo tentava lhe dar, e ao mesmo tempo tentava ver qual era o problema do equidina.

 - Knuckles! O que você esta fazendo?! – gritou, mas nada parecia surtir efeito. Foi quando ouviu Fiona rir. Olhou odiosamente para ela que estava sentada em uma cadeira observando tudo com um sorriso.

 - Não adianta Rougizinha. – disse enquanto Rouge ficava encurralada na parede e Knuckles se aproximava lentamente. – Ele esta... Como posso dizer?... Sobre os meus encantos.

 Rouge olhou mais atentamente para Knuckles e notou que seus olhos estavam o pacos, sua pupila tão dilatada que nem conseguia vê-la de tão pequena que estava. Só conseguia ver o azul opaco e sombrio de seus olhos, o que significava que ele não estava agindo como queria.

 Rouge vira como Knuckles tentara dar mais um soco, mas conseguira esquivar facilmente. Era uma vampira e comparada com um humano ela era bem melhor. Knuckles se posicionou novamente em uma posição ereta e Fiona apareceu perto dele encostando suas costas no peito dele e logo depois se virando e fazendo círculos com o dedo no peito do mesmo, deixando a rouge furiosa.

 - Ainda tem medo de ficar sozinha Rougizinha? – perguntou Fiona sorrindo malignamente para ela – Pois esse daqui vai ser meu escravozinho pessoal.

 Rouge se irritou, mas não podia fazer nada com Fiona perto de Knuckles, afinal poderia machucá-lo. Fiona deixou uma pequena faca na mão de Knuckles e disse de uma maneira descarada e malévola.

 - Corte o pescoço dela. A mate sem piedade. – disse para logo desaparecer e reaparecer na cadeira. Rouge ficou impressionada com o que ouvira, mas antes que pudesse se dar conta Knuckles a havia derrubado por estar distraída e se posicionado encima de se com a faca posicionada em seu pescoço.

 Rouge o mirou, atordoada, mas quando viu os olhos dele, tão frios e vazios, não pode evitar derramar umas quantas lagrimas. Fechou os olhos, apenas esperando. Não podia fazer nada a ele, o amava de mais para conseguir se quer fazer um rasgão no corpo dele, por mais que isso significasse perder a própria vida.

Sorriu delicadamente levando uma mão ate o rosto do garoto, que apertava pouco a pouco a faca em seu pescoço. O acariciou levemente e logo depois pode sentir como algumas lagrimas escapavam de seus olhos.

 - Se for para morrer que morra em suas mãos. – sussurrou com um leve sorriso no rosto ainda esperando o golpe fatal. – É como dizem: é melhor amar e não ser correspondido do que nunca ter amado.

 Fiona riu alto e mandou mentalmente a ordem para que Knuckles acabasse logo com ela, mas o mesmo continuou parado apenas olhando para ela. Fiona ficou furiosa e ordenou mais uma vez só que com mais força, mas ele não se moveu.

 Rouge abriu os olhos confusa por não sentir a garganta sendo cortada e se encontrou com os olhos de Knuckles, que mostravam toda a batalha interna que tinha no momento. Seu corpo não tremia, apenas ficava para como uma estatua, mas seus olhos azuis mostravam tudo o que o corria no momento. A grande batalha entre o alto controle e a dominação completa.

 Depois de um tempo o equidina soltou a faca e deu um doce beijo na morcequinha que se surpreendeu, mas correspondeu mesmo assim. Quando se separaram e Rouge pode ver os olhos do garoto, percebeu que eles estavam de volta ao normal, com aquele brilho feroz que normalmente tinha e ao mesmo tempo carinhoso.

 - E quem disse que eu não correspondia? – perguntou com um sorriso zombeteiro fazendo a morceguinha o abraçar com mais força e soltar mais algumas lagrimas.

 Fiona estava furiosa. Posicionou-se atrás dos dois deitados no chão e puxou a gola da camisa do garoto e o tacou para a parede, Rouge tentou se levantar e ajudá-lo, mas Fiona colocara um pé em seu estomago a prendendo no lugar. A morceguinha sem paciência segurou o pé da garota a lançado para o lado e a tacando de cara no chão, mas antes que pudesse levantar Fiona lhe deu um murro no estomago e foi na direção de Knuckles que ainda estava meio atordoado.

 Ele não conseguia se levantar e tinha certeza que havia quebrado pelo menos umas três costelas com o impacto com a parede de ferro. Fiona o erguera com apenas uma mão e passou delicadamente as unhas da outra pelo rosto do garoto, para logo fazer um rasgão que ia desde um pouco acima do olho ate a boca, fazendo uma curva quando chegava na maçã do rosto.

 Rouge viu aterrorizada como Knuckles caia no chão com o rosto contorcido em dor enquanto Fiona apenas tinha um sorriso maléfico. Rouge antes do que se pudesse imaginar já estava dando um chute em Fiona a lançando para longe de Knuckles, para logo depois tentar da vários outros chutes na garota que por mais que tentasse se esquivar não conseguia e era atingida por fortes golpes no rosto na cintura e no estomago.

 Em um empurrão Fiona fora parar do outro lado da sala cheia de hematomas e arranhões, a respiração agitada e um pouco de sangue escorrendo pelos lábios.

 - Por que Fiona? Éramos amigas, por que tinha que fazer tudo isso?! – exclamou Rouge tentando chegar a um acordo lógico. Não queria lutar contra Fiona por que ainda a considerava uma amiga, mas também não queria que Knuckles ficasse ferido.

 - Você me deixou para trás quando mais precisei de você. Eu fiquei a beira da morte e você se foi, se não fosse por Scrooge eu estaria morta agora mesmo! – gritou Fiona, ela mesma não gostava de lembrar daquele dia. Causava-lhe muita dor pensar que Rouge a havia traído daquela maneira. Pensava que a única coisa de bom que não mudaria de jeito nenhum naquele dia foi quando conhecera Scrooge.

 - Eu estava machucada, não conseguia passar dos lobisomens para chegar ate você e por mais que eu gritasse você não me escutava! – a morceguinha já começara a ter lagrimas novamente, mas as continha. Era forte e não deixaria que essas lembranças a atormentassem mais uma vez. – Eu mais que ninguém queria que ficasse bem e você não sabe o quanto sou grata a Scrooge por ter aparecido e te socorrido! Mas eu não entendo por que quer ver-me sofrer desse jeito!! Você tem quem você ama o seu lado o tempo todo e por que eu não posso ser feliz pelo menos uma vez desde aquele dia?!!

 Os olhos de fiona se arregalaram ao ter a lembrança de Rouge chorando no quarto escuro e sombrio, os olhos brilhando e os caninos afiados a mostra. Lembrou de a ter levado para caçar e ensinado como fazer tudo e lembrou de ter prometido que seriam amigas para sempre, uma apoiando a outra. Deu-se conta que quem traiu realmente a outra fora ela, e não ao contrario.

 Deixou-se cair de joelhos no chão enquanto via os olhos tristonhos e cheio de desespero de Rouge. A dor que agora ocupava seu peito foi tão forte que se deixara cair deitada no chão, arrependida de tudo o que tinha feito. Estava causando a sua amiga uma coisa que prometera nunca deixar acontecer de novo.

 - Desculpe. – sussurrou realmente arrependida do que tinha feito. – Realmente sinto muito, e temo que seu amado não tenha muito tempo. Em meu esmalte tinha um veneno feito pelas bruxas da floresta esquecida do oriente, ele vai morrer em poucos instantes.

 Rouge arregalou os olhos e correu na direção de Knuckles que agonizava sentado no chão com o ferimento no rosto ainda escorrendo sangue. Fiona abaixou a cabeça decepcionada consigo mesma. Sussurrou um leve “sinto muito” e logo desmaiou. Um vampiro podia não dormir, mas quando entrava em uma depressão profunda seus sentidos se debilitavam e ele entrava num estado de animação suspensa.   

Rouge se ajoelhou do lado de Knuckles e tocou levemente a ferida sentindo tanto a pele de Knuckles como seu sangue estavam muito quentes. O mesmo tinha a respiração agitada e dificultosa, fazendo seu peito subir e descer rapidamente. O veneno já tinha se espalhado para a maior parte de seu corpo e ele logo morreria.

 Lagrimas começaram a escorrer de seus olhos enquanto repetia incansavelmente que a culpa era sua. Knuckles a mirou com uma pequena abertura no olho fechado com força e levou uma mão ate o rosto dela mesmo que com muita dificuldade.

 - Você não tem culpa de nada. – sussurrou delicadamente e com a voz entrecortada por causa da respiração. – Eu quis vir e sofrer os riscos.

 - Mas eu não quero te perder! – exclamou deixando mais lagrimas caírem. A muito tempo não chorava, desde que aquele maldito a transformara e encontrara a Fiona, não se deixava derramar mais nenhuma lagrima, mas ao parecer a situação a obrigava a fazer isso.

 - Tem... uma chance. – sussurrou Knuckels sentindo como se suas ultimas forças se esvaíssem de seu corpo. Mal agüentava manter sua mão no rosto, e respirar já estava ficando uma coisa um pouco complicada e dolorida.

 - Não!! – Rouge negou sabendo do que ele falava. Se ele já estava sofrendo agora imagina quando o mordesse. Não arriscaria.

 - É... a u-única... chance. – sua mão caiu no chão e ele fechou os olhos sentindo como se agora as batidas de seu coração fossem as ultimas.

 Rouge respirou fundo e se aproximou do pescoço dele. Era a única chance de não perdê-lo, era a única coisa que poderia fazer, mesmo que isso significasse colocá-lo nesse mundo sombrio. Era um pensamento meio egoísta, mas não importava agora.

 Com cuidado cravou seus dentes na delicada pele dele e se permitiu desfrutar um pouco do sangue dele antes de se afastar e deixar a peçonha agir. Knuckles por outro lado arregalou os olhos e soltou um grito cheio de dor, sem saber da onde tinha tirado forças para isso.

 Rouge o abraçou com força sabendo que isso ira doer muito ate o veneno finalmente atingir o coração e o transformar em um vampiro. Podia sentir seu peito se reprimir ao ouvir os gritos de dor do garoto suplicando para que a dor parasse. Apenas alguns minutos depois Knuckles se aproximara do pescoço dela e a mordera com intensidade e bebendo um pouco de sangue, logo depois parara de gritar e seu corpo amoleceu, indicando que havia desmaiado.

 A morceguinha se afastou um pouco e o mirou diretamente. O corpo do garoto estava bem mais musculoso, parecia estar um pouco mais alto e mais atlético e pela boca semi-aberta podia ver os caninos afiados. Acariciou o rosto adormecido do parceiro e deu-lhe um ligeiro beijo nos lábios.

 Agora ele era um deles.

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  Estava mais que irritado, já não tinha consciência do que fazia e isso não importava nem um pouco. Mephiles estava parado apenas o mirando com um sorriso e esperando que atacasse. Antes que seu querido irmão pudesse se dar conta uma de suas sombras se esgueirou por trás do ouriço cristalino e o segurou pelo pescoço para logo o puxar para trás fazendo com que se chocasse com a parede causando um enorme buraco.

 Antes que o mesmo pudesse se levantar uma das sombras o segurou pelo tornozelo e o puxou para logo tacá-lo no chão. No mesmo momento a sombra o puxou mais uma vez só que dessa vez na direção de Shadow que deu um murro bem no rosto do ouriço cristalino, e mesmo sendo com muita força a sombra que o segurava não deixou que ele saísse voando para trás.

 Shadow continuou dando murros e chutes contínuos em Mephiles. O mesmo tentava se esquivar como podia, mas seu irmão era bem mais rápido do que poderia imaginar e não dava tempo nem para ele pensar. Apenas em um momento de sorte conseguiu segurar um dos punhos de Shadow com dificuldade e com sua perna livre deu um chute na boca do estomago do ouriço negro dando a oportunidade para se afastar.

 Estava exausto, mas isso não importava no momento. O chute que dera em Shadow parecia não ter causando nem cócegas no mesmo, fora apenas uma distração de poucos segundos. Rapidamente estalou os dedos fazendo os sensores das luzes se ativarem e ligarem as mesmas. Shadow fez uma cara de incomodo e regrediu alguns passos. Mephiles sorriu satisfeito.

 - Sabe como conseguimos ficar expostos a luz? – perguntou mesmo sabendo que o ouriço negro não iria responder. – Descobrimos a um tempo que o DNA do Scrooge possui uma pequena parcela que pode fazer com que um vampiro perca sua vulnerabilidade com a luz.

 Shadow pouco estava prestando atenção. Rapidamente as sombras de baixo de se foram ferozmente na direção das lâmpadas e quebraram todas com simples ataques. Antes que Mephiles pudesse fazer alguma coisa Shadow já estava na sua frente dando-lhe um soco no rosto e o lançando novamente na parede.

  Quando Shadow ia dar mais um soco, conseguiu agir rápido e desviar para logo dar um murro no estomago de Shadow, outro em seu rosto e logo deu uma joelhada no estomago do ouriço negro. Mas quando ia dar outro soco no rosto de Shadow o mesmo lhe segurou a mão e o lançou na parede do outro lado.

 As sombras de Shadow seguraram Mephiles com força o prendendo no lugar sem que ele pudesse se mover. Shadow começou a se aproximar lentamente do irmão com os olhos cheios de fúria e ódio. Estava tão concentrado em matar o ouriço a sua frente que nem percebeu o ligeiro movimento atrás de se.   

 Maria começara a acordar lentamente sentindo seu corpo todo dolorido. Ela olhou confusa para todos os lados e quando seus olhos se encontraram com Shadow, que estava de costas para ela, e com Mephiles as lembranças vieram como um filme em sua mente. Levantou-se cambaleando algumas vezes e foi na direção de Shadow.

 Seu corpo todo doía e a única coisa que queria era sair dali, mas tinha que fazer Shadow esquecer de Mephiles para ajudá-la, sem falar que não ia deixar ele ali. Estava a poucos passos do ouriço quando tropeçou e caiu nas costas do mesmo abraçando-o no mesmo instante. Shadow que estava fora de se começou a mover suas sombras a sua volta com tanta força que Maria teve que se segurar com mais força no ouriço negro para não ser jogada para longe. Seu cabelo e sua saia se esvoaçavam rapidamente enquanto lagrimas escorriam de seus olhos, mas ao mesmo tempo que um sorriso doce aparecia em seu rosto.

 - Vamos embora Shadow. – sussurrou apertando ainda mais o ouriço que ao escutar a voz se paralisou, mas as sombras continuavam a se mover ameaçadoramente. – Por favor, vamos embora.

  Shados se tranqüilizou voltando ao normal lentamente. As sombras que tinha a sua volta já não se mexiam com a mesma força, fazendo com que Maria pudesse se afastar um pouco. Mas quando o ouriço negro voltou a olhar para o ouriço cristalino seu ódio começou a voltar e as sombras a sua volta a se agitarem novamente. Maria segurou sua mão e o rosto do ouriço negro se virou para ela.

 - Deixa ele para lá. – falou apertando levemente sua mão. – Não precisa matá-lo, ele já recebeu sua lição. Alem do mais ele é seu irmão.

 Shadow voltou completamente ao normal depois de mirar aqueles doces olhos azuis. Assentiu levemente para ela e os dois deram a volta para começara a andar na direção da porta que ainda continuava aberta. Mas de repente Maria fora puxada para trás, sendo segurada fortemente por Mephiles.

 - Finalmente irei fazer o que deveria ter feito a muito tempo. – sussurrou no ouvido de Maria para logo mordê-la no pescoço a fazendo soltar um grito de dor.

 Shadow se lançou contra Mephiles o afastando de Maria e fazendo a mesma cair de joelhos no chão gritando de dor. O ouriço cristalino sorriu para o ouriço negro que voltou a se encher de fúria, mordendo o pescoço do irmão para logo depois arrancar um pedaço de sua carne. Mephiles gritou de dor para logo depois cair no chão sem vida.

 Shadow cuspiu o pedaço de carne que ainda se encontrava em sua boca e logo foi na direção de Maria que estava ajoelhada no chão ainda gritando de dor com uma mão no lado do pescoço onde Mephiles havia mordido, arranhando-o com todas as forças. Shadow se aproximou rapidamente e Maria se jogou em seu peito buscando alguma coisa que a fizesse esquecer ou passar a dor.

 - Queima!! Queima!! – gritava a todo pulmão ainda rasgando a carne do pescoço onde o vampiro havia mordido. Shadow a abraçou sem saber o que fazer. Não podia tirar o veneno sem saber se ia matá-la junto, mas também não tinha tempo para pensar.

 O corpo de Maria começou a mudar, se tornando mais bem formado e bonito, só que sem deixar os toques infantis que tanto a caracterizavam, seu corpo começou a esfriar enquanto seus olhos brilhavam cada vez mais na escuridão. A ouriça podia sentir como a queimação descia por seu pescoço como se fosse lava e ia lentamente ate a região do peito passando também para todo o resto do corpo. E cada fez ela gritava mais de dor, dando um bom vislumbre de seus dentes que começava a afiarem-se como os de um animal selvagem. Os cabelos de Maria ficaram maiores se alisando mais um pouco e ficando com um certo brilho majestoso.

 Shadow observava desesperado sem saber o que fazer. Podia sentir a pele de Maria se esfriar rapidamente, sabia que o veneno estava fazendo efeito e como era de um vampiro primário as coisas complicavam ainda mais porque a peçonha de um vampiro primário é bem mais potente.

 Soube que tudo estava perdido quando ela se aproximou de seu pescoço e o mordeu. Ela era uma vampira agora e estava se alimentando pela primeira vez. Sorte que um vampiro “recém nascido” não tem a peçonha deixando-o livre de riscos. Já não conseguia mais ouvir o coração dela batendo, o veneno já tinha chegado nele e a transformado definitivamente no que ele não queria que ela fosse.

 Maria já tinha sentido a dor chegar a seu coração e de repente era como se o cheiro de Shadow fosse tão tentador que não pode resistir ao instinto de se aproximar do pescoço do ouriço e mordê-lo, perfurando sua pele com os caninos agora afiados. Podia sentir aquele maravilhoso gosto descer por sua garganta, a livrando de todo aquele ardor que sentia antes.

 Quando já havia bebido tudo o que precisava se deixou cair dormida nos braços de Shadow, que apenas limpou as gotas de sangue que escorriam pelos lábios dela e a carregou delicadamente. Dessa vez não teria que se preocupar com mais nada.

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   Scrooge se lançara contra Sonic e tentara atingir uma serie de socos no mesmo, mas o ouriço azul agora negro se esquivava como se não estivesse acontecendo nada de mais. Seu rosto continuava serio e a única que fazia era inclinar o tronco levemente para os lados enquanto arredava lentamente para trás. Não importava quanto mais rápido o ouriço verde tentava dar os golpes, Sonic sempre se esquivava com muita facilidade.

 Scrooge ficava cada vez mais irritado e cada vez mais tentava proferir golpes fortes e rápidos no ouriço negro, mas por causa de sua ira não percebeu o quanto descuidado estava sendo e deixando a guarda baixa. A única coisa que o ouriço negro precisou fazer foi segurar um dos punhos dele e logo depois dar-lhe um murro no estomago, fazendo o ouriço verde esculpir um pouco de sangue enquanto sentia como umas duas ou quatro costelas se quebravam.

 Antes que pudesse ter tempo se quer de respirar novamente Sonic lhe deu um murro no rosto, largando sua mão, e o lançando velozmente na parede de metal atrás do ouriço verde, amassando o metal pelo menos uns seis centímetros. Novamente Sonic não dera tempo para Scrooge pensar, em menos de meio segundo já estava na frente do ouriço verde dando-lhe um soco no queixo, para logo dar outro no estomago e finalizar com um chute do lado esquerdo do rosto o lançando na parede que tinha ao lado.

 Tudo parecia passar em câmera lenta e Scrooge sentia a cada golpe como um osso de seu corpo se quebrava. Não importava o quanto sua pele fosse dura por causa da mistura do DNA de lobisomem e o DNA de vampiro, sonic conseguia usar tanta força que sua pele era como se fosse um simples tecido protegendo ossos finos e fracos.

  Odiara a se mesmo ao lembrar, quando vira Sonic de repente aparecer na sua frente, que o ouriço negro era considerado um dos vampiros mais rápidos de todos, ficando atrás apenas de Shadow, e com sua força aumentada nessa magnitude sua velocidade tinha ficado dez vezes mais rápida que o normal, coisa que não havia pensando antes. Por esse erro de calculo, agora estava nessa situação desesperadora em que não dava tempo nem de suas feridas se curarem.

 Levou uma joelhada no queixo, já que estava ligeiramente inclinado para frente, e logo depois começou a levar uma serie de socos no rosto em que variavam do lado esquerdo, do lado direito, da frente e de baixo do queixo. Os socos eram tão rápidos que seu rosto mal ia para o lado que o soco o havia mandado, já que era rapidamente empurrado por outro.

 Sonic rapidamente segurou um braço de Scrooge e o tacou para frente, mas ainda continuara segurando seu braço impedindo que saísse voando por causa da força exagerada. Tacou o ouriço verde no chão, o deixando de barriga para baixo. Segurou seu braço com mais firmeza e colocou um pé perto do ombro, para logo depois puxar com força o braço esticado enquanto fazia preção com o pé para que só o braço fosse para cima. Com um curto espaço de tempo Scrooge pode sentir como todos os ossos de seu ombro saiam do lugar em um grande estalido que o deixou meio atordoado e o forçou a gritar de dor.

 Sonic com um maléfico sorriso no rosto se abaixou lentamente e, com a outra mão, segurou a nuca do ouriço verde o fazendo levantar um pouco do chão. Logo depois bateu o rosto do mesmo com muita força no chão, fazendo com que o nariz de Scrooge quebrasse e sangrasse. Sem perder tempo sonic fez isso mais uma vez, constatando que faltava pouco para a mandíbula de Scrooge se romper. Sorriu mais ainda e voltar a bater a cabeça do ouriço verde no chão. A testa de Scrooge já estava sangrando junto com sua boca e seu nariz, fazendo um longo e grosso rasto de sangue. Mais algumas pancadas e seu crânio se romperia.

 Amy que continuara desmaiada no chão acordou lentamente ouvindo os fortes estalos do metal. Sentia uma forte dor no ombro e sua visão estava turva, mas pelo menos ainda estava viva. Olhou em volta procurando a aquela pessoa especial, aquele que havia se confessado antes de desmaiar. Tinha a pequena esperança que tudo tinha acabado e que podia ir embora, mas essa esperança se foi ao ver como estava Sonic.

 Ele não era mais azul, era de um negro forte com uma aura também negra envolta. Podia ver, mesmo da onde estava, um sorriso maléfico na face do ouriço, não enxergava a bela ires dele, nem mesmo sua pupila. Aquele não parecia ser o mesmo vampiro que a zombava, que caçoava dela o tempo todo e que roubara seu coração. Não era o mesmo vampiro divertido, brincalhão e descontraído de antes. Ele agora estava completamente convertido em ódio e maldade, e isso entristecia Amy.

 Ela queria ver aquele sorriso brincalhão e zombeteiro no rosto dele, queria ver os olhos dele brilhando de alegria e empolgação, queria que ele a chamasse de princesa mais uma vez com aquela voz de quem não quer nada, mas ao mesmo tempo sensual. Queria ver aquele jeito despreocupado de explicar as coisas e de tornar uma diversão as situações mais perigosas. Queria seu Sonic de volta!!

 Quando viu como Sonic lançava o ouriço verde na parede de metal percebeu as intenções dele, e não podia permitir aquilo. Quando ele lhe contara a historia de seu passado notara que ele sentia e grande apresso por aquele ouriço completamente machucado, e sabia que se Sonic o matasse iria se arrepender depois.

 Levantou-se com dificuldade e começou a andar na direção que estava Sonic que andava ate Scrooge e o segurava pelo pescoço e o pressionava contra a parede. Seu objetivo era claro. Ele queria arrancar a cabeça de Scrooge apertando o seu pescoço com tanta força que o mesmo iria se partir em dois.

 Usando todas as suas forças Amy andou ate Sonic o mais rápido que conseguia. Sua visão estava turva e suas pernas ameaçavam ceder a qualquer instante. Deu a volta em no ouriço negro e se jogou no peito do mesmo segurando sua blusa com força deixando lagrimas escorrerem livremente por seu rosto.

 - Por favor, Sonic para! – suplicou com a voz por um fio de desaparecer. Sua respiração estava agitada e a dor de seu corpo dificultava mais ainda sua fala.

 O ouriço negro a mirou com desdém e desejo e soltou o ouriço verde que caiu no chão em um golpe seco. Aproveitando essa oportunidade Scrooge desapareceu, deixando que a garota arcasse com seus próprios problemas sozinha, afinal quem mandou ela se intervir mesmo sabendo que o ouriço negro estava perigoso?

 - Você não é assim sonic! Sei que esse não é você e que não está fazendo isso porque quer!! – exclamava ela se apertando ainda mais contra o vampiro que apenas a mirava, sem emoções nos olhos. – Volta Sonic, por favor! Eu quero você de volta do jeito que era, eu preciso de você!!

 Amy esperou uma resposta ou uma reação.  Ela esperava que com sua voz, conseguia trazê-lo de volta, mas estava errada. Sonic estava muito absorvido pelo ódio e pela raiva e só aquelas palavras não o fariam volta.

 Ele segurou seus braços um pouco a baixo do ombro e a empurrou na parede, aproximando seu rosto do frágil pescoço da garota que apenas o mirava, incrédula. Ao sentir a língua dele passando por seu pescoço teve o impulso de inclinar a cabeça para o lado e fechar levemente os olhos, apenas esperando que ele a mordesse.

 Não importava para ela que isso acontecesse, daria todo seu sangue se fosse necessário. Também sabia que se ele a mordesse provavelmente seria um deles, mas isso tão pouco lhe importava. Queria ficar com Sonic pela eternidade, mesmo que isso significasse abrir mão de sua família, da luz do sol ou ate mesmo de seus amigos. Tinha certeza que com ele todos os medos que teve a muito tempo iriam desaparecer e que finalmente teria a liberdade que tanto almejava.

 Sorriu e sentiu os pontiagudos dentes do ouriço penetrarem sua pele transmitindo uma enorme onda de prazer, mas que rapidamente fora substituída por uma forte dor que começara a se espalhar por seu corpo lentamente. Mordeu o lábio inferior tentando reter o grito de dor, mas com o passar dos segundos ela ia aumentando para algo insuportável.

 Mas foi só quando sentiu como o ardor passava lentamente por sua corrente sanguínea como lava indo direto para seu coração que não pode suportar mais e soltou um grito agudo de dor. E foi esse grito que fez o ouriço voltar a se e se separar da garota sem acreditar no que tinha acabado de fazer.

 - Droga! – exclamou sustentando o corpo da garota que se retorcia de dor. – Amy eu sinto muito! Droga! Não acredito que me deixei cair ate esse ponto! Amy, por favor, me perdoe! Eu sinto muito mesmo!

 Amy continuava gritando, desesperadamente enquanto Sonic a abraçava com força. Não conseguia acreditar no que havia feito, se deixou rebaixar a esse estado e acabou machucando a pessoa mais importante que tinha conhecido e a única coisa que podia fazer agora era abraçá-la com força e esperar que a dor dela passasse. Podia sentir como seu corpo esfriava e como os batimentos do coração dela paravam lentamente.

 Durou alguns minutos, mas logo Amy parou de gritar e se aproximou de seu pescoço, o mordendo com desespero e bebendo um pouco de seu sangue. Isso era incomodo, mas era o mínimo que poderia fazer por ela depois do que ele mesmo havia provocado. E logo ela desmaiou em seus braços.

 Olhou atentamente para ela e viu as feridas dela se curavam, seu corpo havia mudado para um mais esbelto, seu cabelo crescera um pouco chegando ate um pouco abaixo do ombro e podia ver pela boca semi-aberta dela os caninos afiados e os dentes mais pontiagudos.

 Lamentou-se por mais alguns minutos e logo a carregou delicadamente. Havia acabado, e pelo menos agora poderia ficar com quem gostava de verdade sem medo de que algo aconteça.

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   Antes mesmo de um piscar de olhos Silver já estava atrás de se dando-lhe um murro no rosto o lançando na parede de metal. Poucos segundos depois ele já estava sendo jogado de um lado para o outro, de cima para baixo, pelos poderes psíquicos de silver que apenas mirava toda a cena com uma expressão seria e desinteressada.

 Quando Nozo atingiu o chão pela milésima vez conseguiu ter a oportunidade de lançar uma de suas ondas de energia em silver que simplesmente desapareceu e reapareceu perto de Nazo, que estava caído de bruços no chão. O ouriço agora cinza colocou um pé nas costas de Nazo e a espremeu com força contra o chão. Logo depois ergueu o pé mais e voltou a pisar no ouriço branco com muita força.

 Nazo sentia como algumas de suas costelas começavam a quebrar junto com um pouco de sua espinha. Quando Silver levantou o pé mais uma vez ele rolou para o lado saindo de perto do ouriço cinza. Mas não teve muito tempo para se recuperar. Logo Silver estava a sua frente, enquanto ele tentava se ajoelhar,deu uma joelhada em seu rosto e logo depois um soco bem no meio de sua cara.

 Nazo caíra de costas no chão e logo tomou um chute no estomago. Silver se agachou e segurou firmemente o pescoço do ouriço branco, o erguendo com muita facilidade. Deu um murro no estomago do ouriço branco e depois um em seu queixo, lançando-o para cima, mas, quando estava caindo, antes que pudesse atingir o chão Silver lhe deu um chute que o lançara na parede. Segundos depois do ouriço atingir a parede usou seus poderes para puxá-lo de volta e o posicionar na sua frente.

 Nazo não conseguia nem pensar enquanto Silver proliferava vários golpes em seu rosto. Tinha que arrumar uma maneira de impedi-lo antes que acabasse sendo morto, mas sua mente estava em branco e não conseguia achar nenhum modo de parar a fúria do ouriço a sua frente. Em um certo momento Silver deixou de usar seu poder e deu mais um golpe em Nazo com metade de sua força, o lançando ate a parede e causando um grande buraco na mesma.

 Nazo balançou a cabeça tentando recuperar o foco, quando de repente começou a ouvir fortes estalidos do metal da parede. De repente varias placas de metal se juntaram em cima de sua cabeça formando um grande amontoado grosso e extenso, cheio de pedaços de metal pontudos e deformados. Olhou surpreso para silver que parecia não estar fazendo esforço para levantar todo aquele metal com seu poder. Eram toneladas mais do que qualquer outro poder mental poderia suportar e ele havia agüentado como se não fosse nada.

 Um pequeno sorriso sombrio apareceu no rosto do ouriço cinza antes de deixar cair todo aquele metal encima de Nazo. Seu sorriso aumentou ao pensar que nenhum vampiro poderia ter sobrevivido a aquela peso encima de se. Provavelmente o crânio dele havia se quebrado em pedaços, ou, na melhor das hipóteses um dos metais afiados tinha cortado a cabeça do ouriço fora.

 Enquanto pensava em como o ouriço branco poderia estar despedaçado debaixo dos destroços, não percebeu um pequeno movimento atrás de se. Estava tão absorvido em sua vingança que só voltou ao normal quando ouviu um pequeno grito de dor, e logo depois como alguém pronunciava seu nome.

 Virou-se rapidamente, com seu corpo de volta ao normal e correu ate onde estava o corpo de Blaze. Ela não estava morta, e isso o alegrava. Ajoelhou-se do lado dela com ansiedade, mas ao ver a expressão de dor que ela tinha seu suposto coração se apertou. Lembrou que o ataque de Nazo era forte, era uma sorte ela estar viva, mas a maioria de seus ossos devia ou estar fraturados ou quebrados e talvez alguns pedaços possam ter atingidos órgãos internos importantes.  

 - Blaze. – a chamou enquanto os olhos dela percorriam todo o local a procura de algo. Ao parecer ela já não enxergava mais. – Eu estou aqui Blaze, por favor, agüente firme.

 - S-s-silver. – sussurrou ela com a voz quebrada. Mal conseguia respirar e a cada vez que tentava seu corpo doía horrores, sem falar dos batimentos de seu coração, que alem de estarem ficando cada vez mais lentos faziam com que todo o seu peito doesse.

 - Não fale. Tem que poupar energia ate encontrarmos alguém que possa te ajudar. – ele disse tentando se convencer de que ela ainda teria chance, mas Blaze apenas negou com a cabeça.

 - S-sinto c-como se... Se todos o-os ossos d-de m-meu corpo e-estivessem... Quebrados. – disse ela com dificuldade olhando sem realmente ver para o teto. – N-não t-tem c-como eu s-sair d-dessa, a n-não s-ser q-que...

 - Não! – exclamou Silver levando uma mão ate o rosto dela e o acariciando com algumas lagrimas nos olhos. – Você vai conseguir suportar. Vou te tirar daqui ai vamos encontrar alguém que possa te curar, ai...

 - Silver. – o interrompeu tentando dar um ligeiro sorriso para tranqüilizá-lo. – Não dá. Ninguém consegue curar todos os ossos de uma pessoa, nem todos seus órgãos. Sei que você não gosta da idéia, mas é a única maneira de ficarmos juntos.

 - Não! Tem que ter outra maneira! – gritou Silver com as lagrimas já escorrendo por seu rosto.

 - Você sabe que não tem. – falou lentamente e com doçura para que ele pudesse entender que ela não tinha outra escolha. – E... Eu não quero ter que esperar mais trezentos anos para eu poder ficar com você.

 Silver arregalou os olhos e em sua cabeça voltara a aquele dia em que a perdera pela primeira vez. Não suportaria que o mesmo acontecesse, não aquentaria ver ela morta mais uma vez em seus braços, diante de seus olhos, sem que ele pudesse ter feito nada. Dessa vez ele tinha a oportunidade de tê-la para sempre ao seu lado, mas arriscaria condená-la a essa vida na escuridão?

 Respirou fundo e se aproximou do pescoço dela. Seria egoísta pelo menos uma vez, ouviria seus desejos sem pensar, sem hesitar. Dessa vez a teria do seu lado, dessa vez ninguém a tiraria de se. Estariam juntos, e nada mais poderia separá-los.

 E a mordeu.

 Blaze pode sentir uma dor pulsante em seu pescoço, bem onde Silver a estava mordendo, que superava as outras que estava sentindo. Da onde tinha tirado as forças para gritar não sabia, mas que agora seus pulmões estavam cheios de ar para que gritasse estavam.

 Silver a abraçou com força e deixou que o veneno se espalhasse pelo corpo da gata que gritava sem controle. Não gostava de vê-la daquele jeito, mas era o preço a se pagar por tê-la a seu lado. Demorou alguns minutos ate que o veneno atingisse o coração da gata e ela bebesse seu sangue com desespero e gula.

 A muito tempo não sentia essa sensação de ser mordido, mas tinha que admitir que só o fato de ser ela que estivesse fazendo já lhe agradava. Aproveitou cada instante ate que ela caiu inconsciente em seus braços. Havia acabado e agora ela pertencia ao seu mundo, ao mundo da eterna noite.

 A mirou com determinação. O corpo mais esbelto, o cabelo maior, os dentes mais pontiagudos, a pele fria como gelo, dura como mármore, mas macia como seda ao mesmo tempo. Ela estava tão diferente e ao mesmo tempo tão igual. Podia ver como seus ferimentos esternos se curavam e os internos, mesmo não vendo, faziam a mesma coisa.

 A carregou com cuidado e começou a andar na direção da porta. Agora podia ficar juntos, e para sempre.

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 Acabaram se encontrando na saída onde todos os corredores se encontravam. Shadow carregava Maria estilo noiva, enquanto a mesma quase sumia em seus braços de tão pequena que era comparado a ela. A única coisa que a deixava visível era o contraste de cores entre os dois. Silver levava a Blaze nas costas, com as mãos na perna dela para que ela não escorregasse, e os braços dela envolta de seu pescoço e a cabeça encostada delicadamente em suas costas, dormindo prazerosamente enquanto seu corpo brilhava ligeiramente. Sonic carregava a Amy do mesmo jeito que silver, enquanto Rouge colocara um braço de Knuckles envolta de seus ombros enquanto um de seus braços estava passando Lea cintura do garoto o sustentando, enquanto ele estava inconsciente.

 Todos se entreolharam e não precisava de mais nenhuma palavra, todos já sabiam o que havia acontecido e que agora não precisavam mais se preocupar. Começaram a andar na direção da porta de saída, mas uma voz os parou.

 - Parados!! – gritou o ouriço verde atrás deles. Ele carregava a esquila ainda dormida em seus braços, e ao parecer os ferimentos que sonic lhe causara ainda não tinham se curado. Mal conseguia se manter em pé. – Não acham que vão ir assim sem mais nem menos, acham?

  Antes que qualquer um deles pudesse perceber Nazo já estava se lançando contra Silver. Maria abriu os olhos nesse estante, eles brilhavam intensamente de uma cor mais clara enquanto que entre Silver e Nazo uma espécie de barreira se formou, de um azul muito claro, brilhante e transparente, impedindo o ataque de Nazo. Maria sorriu e desfez a barreira que tinha feito fechando os olhos novamente.

 Blaze sorriu e levou uma mão ate o pescoço de Nazo que ainda estava perto. De repente seu corpo começou a brilhar envolta de pontinhas de brasas vermelhas, fazendo seu corpo esquentar e logo arranca o pescoço de Nazo, mas por causa do calor da mão de Blaze, que era tão intenso, o ferimento foi cauterizado rapidamente não deixando que nenhuma gota de sangue saísse. Logo depois ela voltou a se alinhar nas costas de Silver com um sorriso prazeroso no rosto, voltando a dormir.

 Todos ficaram impressionados. Shadow já tinha visto o poder de Maria, mas não sabia que ele chegava ao tanto de ela apenas abrir os olhos e ordenar onde seu escudo iria ficar. O mais impressionante nisso tudo era que Blaze parecia controlar as chamas, o que era raro em um vampiro já fogo era o sinônimo de luz e isso não combinava nada com a característica de um vampiro. Só o rei possuía a habilidade de controlá-lo.

 - Droga! – gritou Scrooge, caindo de joelhos no chão, mas tentando manter Fiona em seus braços e não querendo que ela se machucasse. – Vocês ainda vão pagar!!

 De repente Sonic sentiu como Amy descia de suas costas. A mirou preocupado, mas ela apenas sorriu e cambaleou na direção onde estava o ouriço verde. Ela se ajoelhou na frente dele e tocou levemente sua testa e a de Fiona. No mesmo instante varias cenas começaram a aparecer envolta, como se eles não estivessem mais naquela entrada de metal, mas em outros lugares, em vários outros lugares, onde Scrooge recordava muito bem.

 Cada uma das cenas mostrava um momento feliz que havia passado com Fiona, desde o momento que a conheceu ate onde estava agora. Antes de encontrarem Nazo e Mephiles eles nem pensavam direito em vingança, foram os dois ouriços que os convenceram que deviam ter uma revanche e olha no que deu isso. Nunca devia ter dado ouvidos a eles, devia ter continuado com sua vida feliz do lado de quem amava.

 Amy se afastou lentamente e sorriu para o ouriço verde que ainda estava um pouco confuso. Ela sentiu como ele era apaixonado por ela e vice-versa. Era um amor profundo que alguns parceiros vampiros conheciam, o amor que dura a eternidade sombria. Sorriu ainda mais.

 - Deixe isso de vingança de lado e passe mais tempo com ela. – disse em uma voz sabia se afastando mais um pouco ate ficar bem próxima de Sonic. – Nunca se sabe o que vai acontecer no futuro, então aproveite tudo o que puder com ele.

 Scrooge mirou um pouco desconfiado a ouriça rosa que de repente perdeu todas as forças e caiu para trás sendo segurada rapidamente por Sonic que não pode hevitar sorrir ao ouvir as palavras dela. Se virou para Scrooge e deu uma ligeira piscada brincalhona.

 - E quem sabe você possa apresentá-la para Sonia. – disse fazendo o ouriço verde se sobressaltar por causa do nome, nunca pensara em voltar a ver sua antiga mãe. – Aposto que ela esta loca para te ver novamente. Principalmente depois de todos esses anos.

 Scrooge abaixou a cabeça escondendo um ligeiro sorriso e desapareceu. Sonic sorriu e logo se virou para os outros e assentiu, mostrando que já podiam ir. E os oito vampiros desapareceram no final da noite, marcando assim o momento em que finalemte poderiam ficar juntos sem temer mais nada.


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Notas finais do capítulo

Mas esse cap foi dificil pra caramba de escrever!! Meu deus, que coisacomplicada em ter criatividade para lutas, e ainda acho que ta uma porcaria, mas fazer o que foi o que veio. Bom que tenho que admitir que a luta do sonic ficou ate que legalzinha... Os dois epilogos serão mais rapidos (espero), mas é bom que esse cap tenha reviews, e mais de dois, porque se não, não vou postar os dois caps q faltam u.ú!
No melhor cap eu só recebo dois reviews, que desaforo. Mas bem... Pensem bem no que eu disse hen!

Bjsss, e talvez ate o proximo cap!!



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