Magos de toda a região estavam sendo caçados em Magnólia, tudo porque o rei decidiu que fosse assim. Lucy, por sua vez, havia parado acidentalmente em outro reino, onde, diferente de Magnólia, todos eram estranhos.

Estranhos até demais.

Contudo, havia outros iguais a ela naquele lugar e seria da pior maneira que eles teriam que fugir das garras do rei. Afinal, não é todo dia que seu nome aparece em um cartaz com um aviso de procurada. Menos ainda, quando um rosado resolve pedir algo em troca de protegê-la, tornando assim, sua vida em um inferno.

Dezenove anos após a guerra final, muitos sobreviveram e formaram suas próprias famílias. Os jovens que viriam dessa geração revolucionária se tornariam por si só uma geração autoconfiante, onde as atenções que antes eram para "O Menino Que Sobreviveu" ou para "Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado", se voltariam para eles. Suas atitudes passariam a depender de suas personalidades e seus pais teriam um grande significado entre as pessoas ao redor. Apenas o caminho certo cabia a eles escolher.

Na antiga Londres, mais precisamente em Greenwich, deu-se como desaparecidos cinco nobres. Todos desapareceram em locais diferentes, no entanto, foram encontrados mortos após um mês em modos semelhantes. O quadro de saúde relatado pelos médicos mostrava a falta de ferimentos e não havia o menor resquício de ataque cardíaco ou qualquer outra doença que pudesse ser confirmada como causa natural. Nessas circunstâncias, com o intuito de parecer ter controle sobre a situação e arrogantemente demonstrar poder foi ordenado às famílias divulgar a causa das mortes como natural.

Quanto aos arquivos oficiais presentes com os médicos, estes foram enviados para a rainha e secretamente passados a três servos reais. Sem nenhuma informação além dos arquivos ou ajuda por parte da rainha, tornaram-se encarregados de resolver os delitos e descobrir a identidade do responsável que bizarramente, tramava por Greenwich.

Sempre taxado como alguém estranho e invisível, ele não estava interessado nas opiniões que tinham ao seu respeito e era visto como um vândalo somente por causa do sobrenome, quando por trás dos panos, o bispo alvo era ele. Além de toda essa opressão, possuía um pai que lhe escondia um segredo e jurou descobri-lo, não importava como ele faria para conseguir. Havia ainda o cara considerado o melhor amigo do "rei" de Hogwarts, que não se importava em declarar seu ódio por ele, mas certamente o maior de seus problemas era uma garota, e nesse jogo, ele teria que se esforçar para mostrar que o mundo não era tão bonito quanto ela imaginava.

Ela sempre foi o cisne negro da turma, isolada e com uma lista extremamente pequena de amizades, no caso, sua única amiga. Garotos pareciam não a notar, mas ela não estava preocupada com eles, só havia um garoto a quem gostaria de ser notada, mas para ele, ela era só mais uma nerd sem graça. Seu maior problema era sua rival e uma das peças mais poderosas do jogo. Não lhe lembra ninguém? Pois eu digo, salve a "rainha!" Por último, havia o melhor amigo de seu primo, alguém que ela simplesmente não compreendia, mas passaria a entendê-lo no caminhar desse jogo.