Desafiando a Gravidade escrita por LinaFurtado


Capítulo 16
O inferno é aqui!


Notas iniciais do capítulo

GENTE, fiz um blog que tem de tudo! Para quem gosta, vale a pena conferir ;D
http://is2this.blogspot.com/
Me deixa um oi lá ;)

Mais uma vez: Espero que gostem do capítulo!! ;DDDD



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Capítulo 16. O inferno é aqui

Estava na hora de nós dormimos, mas o sono não me vinha e não queria que Jacob ficasse sem dormir por minha causa, só que o via se forças a ficar acordado conversando comigo, revirei os olhos para ele quando notei que ele fazia. Billy já tinha se recolhido e Jacob e eu estávamos na sala, assistindo TV e comendo pipoca, enquanto conversávamos. Ele era bom em manter a minha cabeça ocupada para não me lembrar do que não queria.

Ele estava todo relaxado no sofá, com os olhos quase se fechando quando eu falei.

-Chega. – Balancei-o. – Vá dormir. Vou ficar bem.

Ele despertou em questão de segundos e me olhou assustado, não pude evitar rir de sua expressão. Bufou e se ajeitou, sentando-se direito antes de me olhar.

-Vai à aula amanhã? – Fiz uma careta. – Não pensou nisso, né?

-Na verdade, não. – Jacob só ficou me olhando, esperando uma resposta. Respirei fundo. – Vou. Não posso ficar matando aula, isso tudo acaba indo para o meu histórico escolar como um ponto negativo.

Jacob riu e se levantou, olhando ao redor, pegou a tigela da pipoca e levou-a para a cozinha. O segui e o vi colocar ela na pia e ir arrumar a mesa, aproveitei para lavara a tigela, mas fui mais rápida, Jacob brigou por eu estar lavando, só que eu já estava terminando.

Decidiu que eu dormiria no quarto que era de sua irmã, e assim foi feito. Carreguei minhas coisas para o quarto e me despedi de Jacob, fechando a porta para poder me trocar. Ao deitar minha cabeça no travesseiro, mais uma vez, as lembranças vieram à tona e, ao que parecia, com mais força. Suspirei, sentindo minhas lágrimas circularem pelo meu rosto e acabarem caindo na fronha limpa do travesseiro.

Me contorci para ver se melhorava a dor que se alastrava pelo meu peito, mas não adiantava muito. Chorei baixinho à noite toda até conseguir dormir, o que foi quase na hora de acordar - deviam faltar quatro horas. O pior de tudo era não ter com o que ocupar a sua cabeça.

Me levantei e me troquei para qualquer roupa que Alice tinha posto na minha mochila. Fiquei contente que ela não ligou em colocar roupas que ficasse bem em mim, mas só tratou de colocar as que eu usava. Coloquei uma camisa cinza e larguinha, com os meus jeans. Calcei os tênis e peguei minha mochila antes de sair e encontrar Billy na sala, tentando pegar o controle na mesa. Apressei-me em pegar a entregar à ele.

-Aqui. – Entreguei e ele me sorriu em agradecimento.

Fiquei parada ali, um pouco desconfortável e esperando Jacob aparecer.

-Vá comer, Bella. – disse-me Billy. – Jacob acabou dormindo demais. Já chega lá em segundos.

Sorri-lhe e fui á cozinha, escutando Billy dizendo que era para eu ficar a vontade e comer o que eu achasse que fosse melhor para mim. Sorte a minha que eu não era fresca com comida, comia de tudo.

Abri o armário e achei uma caixa de cereal. Não pude deixar de sorrir para aquilo, Jacob ainda comia cereais no café da manhã. Ignorei e tirei-a do armário, pegando uma caixa de leite na geladeira. Fiquei parada, pensando onde guardariam as tigelas, mas não precisei pensar muito, pois Jacob apareceu com uma cara de sono incrível.

-Bom dia. – Disse-lhe.

-Bom dia. – Sorriu. – Está procurando alguma coisa?

-Aham. Uma tigela para os cereais. – Ergueu uma sobrancelha. – Que foi?

-Também come cereais de manhã? – Dei de ombros.

-Não, mas costumava a fazer isso quando era menor... – Ri. – Bebezão.

Ele fez uma careta.

-Olha lá, você está na minha casa. – Tapei minha boca, o que o fez rir. – Brinquei.

-Eu sei. – Ri de sua cara.

Jacob pegou duas tigelas e se juntou a mim no cereal. Comemos em silêncio até ele o quebrar, me analisando.

-Você está bem? – perguntou e eu lhe joguei um sorriso forçado. Já sabia do que estava falando.

-Estou.

-Quer que eu te leve e te busque?

Olhei-o não acreditando, depois de tantas coisas que Jacob estava fazendo por mim, ele ainda iria me levar e me buscar na escola? Não ia fazer isso com ele.

-Não precisa. Meu carro está aí. – Ele ficou me olhando e por fim deu de ombros, se levantando. – Vou pegar a minha mochila.

Me levantei e lavei nosso louça rapidinho. Jake voltou e fez uma careta, que eu ignorei, sequei minhas mãos e saímos. Nos despedimos e quando me vi, fazia o caminho para Forks High School de um modo automático, nem se quer prestava atenção no que estava fazendo. Mentalmente, me xinguei por não ter aceitado o convite de Jacob, mas foi melhor assim.

Ao chegar no estacionamento, meu coração de um salto de nervosismo. Engoli seco e manobrei para estacionar. Ao sair, vi que não tinha muita gente e para a minha sorte, sem sinal do carro dele e de Alice. Caminhei em direção ao prédio e fui em direção ao meu armário. Tirei meus livros das aulas de hoje e quando li quais seriam na porta do meu armário, tive vontade de voltar para a casa de Jacob. Hoje tinha aula de Biologia, minha aula com ele.

Me xinguei até a minha primeira aula, Matemática. Sentei-me na minha mesa e fiquei rabiscando a capa do meu caderno até a chegada do professor. Olhei de relance para a porta enquanto outros alunos iam se pondo em seus lugares e o professor entrava e vi Alice do lado de fora, me espiando através da pequena janela que tinha na porta. Afastei meu olhar no mesmo instante e não voltei a olhar.

Assim que bateu o sinal, recolhi minhas coisas e segui para o corredor sem falar com ninguém, mas sentia alguns olhares sobre mim e já até podia saber no que eles estavam pensando: "A volta da anti-social ao mundo." Agarrei com mais força a alça da minha mochila, enquanto meu peito chiava de dor, novamente.

Minha próxima aula era de História e seria com Ângela, isso seria melhor para mim, pelo menos imaginava que sim. Ao chegar, minha dupla já estava na mesa, tirando o livro da aula. Ao me sentar, Ângela me notou, levantando o olhar e sorrindo para mim.

-Oi, Bella! – Cumprimentou-me e eu lhe sorri do melhor jeito que podia e, isso a fez notar. – Você está bem? – Ficou preocupada.

-Estou. – Ela não caiu nessa. – Tive só alguns problemas...

-Com Edward? – A fisgada no peito se aperto de novo ao ouvir o nome.

Assenti, virando meu rosto para o outro lado.

-Na verdade, também da minha família... – Comentei em um murmúrio, mas imaginei que ela não fosse ouvir.

-Quer falar sobre isso? – Neguei e ela concordou. – Bem, se precisar, estou aqui. – Olhei-a e a vi sorrir amigavelmente para mim.

-Obrigada.

Seguimos com as aulas e agora era a uma das horas que eu temia, uma e a maior era a aula de Biologia e a segunda era o intervalo. Decidi por fazer aquilo que fazia antes, pegava a minha comida e me sentava na minha antiga mesa, sozinha. Ao entrar no refeitório, abaixei meu olhar e segui para a fila, pegando uma bandeja. Enquanto a fila andava, fui pensando em me sentar nas mesas do lado de fora, assim não teria ninguém me olhando. Peguei um sanduiche e um refrigerante, pagando e não podendo evitar que meu olhar caísse sobre o Mike acenando para mim, na mesa em que estavam ele, Ângela, Ben, Jessica , Lauren e Erick.

Respirei fundo e caminhei até eles, quando cheguei vi Ang sorrir para mim.

-Por que não se senta com a gente? – perguntou gentilmente.

-É! Acho uma excelente idéia! – Concordou Mike, sorridente.

Jessica e Lauren apenas me olharam de cima a baixo e voltaram a conversar sobre nada de interessante. Erick e Bem me cumprimentaram e também voltaram a conversar. Sentei-me do lado de Mike e Erick, e de frente para Ang.

-Bella! Que bom que você está aqui, queria falar mesmo com você! – Mike iniciou enquanto eu ainda olhava baixo, abrindo a embalagem do meu sanduiche. Olhei-o rapidamente, incentivando-lhe a continuar. – Sabe... Sei que você está com o Cullen...

-Não. – Cortei-o rude, mas logo me arrependi e tratei de explicar. – Digo, não estou não.

Podia ter sido impressão minha, mas pensei ter visto seu rosto se iluminar de repente. Ele se ajeitou na cadeira e virou seu tronco para mim, limpando a garganta antes de reiniciar. Ângela só nos observava e respondia uma coisa ou outra para Ben.

-Eu estava pensando... Se talvez... – Parecia nervoso. – Você não gostaria de sair comigo hoje. Poderíamos ir ao cinema, não sei. Qualquer coisa que quisesse.

Olhei-o incrédula. Não podia acreditar no que acabei de ouvir. Nunca em minha vida inteira alguém tinha pedido para sair comigo ou ansiasse pela a minha companhia, mas ao ver Mike brigar com as palavras, forçando-as a sair... Foi... Estranho. E o meu corpo automaticamente respondeu por mim, ficou tenso.

-Bem... Talvez outro dia, Mike. – Tratei de pensar em uma boa desculpa e bem urgente, que não chegava a ser mentira. – Estou com alguns problemas e não estou em casa também. Na verdade, estou na casa de um amigo, por isso acho que essa semana será difícil...

-Não está em casa? – Mike perguntou espantado.

-Foi ruim mesmo a sua briga com sua família, não é? – Ang o ignorou e eu sorri fraco em agradecimento por me livrar de mais perguntas de Mike.

Não ergui meu olhar e nem muito menos olhei para a mesa onde eles se encontravam. Não queria ver seus rostos de jeito nenhum, a raiva e a tristeza ainda me eram muito transparentes, não queria arriscar de desabar novamente.

Terminado o meu lanche, pedi licença e saí, indo para a minha próxima aula e o meu mais novo pesadelo, Biologia. Marchei automaticamente entre os corredores vazios, por ainda estar no horário do intervalo, quando notei que tinha alguém vindo atrás de mim. Através do reflexo do vidro de uma das portas abertas, notei quem era.

Ele.

Acelerei meu passo, mas mudei meu curso, ia para o banheiro e só sairia quando o sinal tivesse tocado. Fiz a curva no corredor e estava quase lá, quando senti uma mão, segurando firme no meu braço, fazendo-me ficar de frente para ele. Logo me soltou.

Meu corpo rapidamente reagiu ao seu pequeno contato, fazendo-o me sentir com esperanças, mas me obriguei a enterrar esse sentimento do mesmo modo em que tentava controlar o meu coração que batia descompassado.

-Bella... – Engoli seco e tomei coragem para olhar em seus olhos. Assim fiz, me arrependendo no mesmo instante. Ele parecia acabado. – Precisamos conversar.

Fiquei quieta, apenas o olhando, quando ele ergueu o olhar e me olhou com o que me pareceu... Tristeza. Não! Não é tristeza! Ele sabia o que fazia comigo! Sabia do que me fez acreditar!, gritei internamente, fechando meus olhos com extrema força, o que os fez lacrimejar.

-Não tenho nada para conversar. – Virei-me e ele se pôs no meu caminho. Mordi o lábio, não cometendo o mesmo erro duas vezes – não o olharia de novo.

-Por favor, Bella... Deixe-me falar e, depois... Você pode me ignorar para sempre, se assim quiser... – Sua voz saiu por um fio.

-Saia da minha frente, Cullen. – Sabia que ele odiava quando eu o chamava pelo sobrenome, mas era melhor para mim, vê-lo se retrair com as minhas palavras. Sentia um desejo de vê-lo sofrer do mesmo modo que eu estava por ele, só que... Eu não conseguia atingir seu nível. Era cruel demais da minha parte. Não conseguia fazer o mesmo.

Ele nada disse e apenas pisou para o lado, me deixando passar e entrar no banheiro. Não olhei seu rosto com medo de me quebrar, me romper ainda mais por dentro. Não conseguia vê-lo, isso... Me doía demais. Me fazia lembrar de nossos momentos juntos, sendo esses que haviam sido perfeitos para mim, mas não se passavam de falsos bons momentos.

Apoiei-me na pia, puxando o ar com força e tentando controlar o impulso de começar a chorar. Abri a torneira e deixei a água rolar pelas minhas mãos geladas e molhei meu rosto, tentando desviar o curso dos meus pensamentos que pareciam ter vontade própria.

Imagens dele sorrindo torto para mim, do momento em que ele apareceu para me salvar de um maníaco com uma faca, do seu olhar de preocupação ao ver que eu estava sangrando, de nossas desavenças iniciais, do nosso primeiro beijo no aniversário de Alice... Imagens de antes de ontem!

Entrei rapidamente em uma das cabines, sentei-me na tampa do vaso sanitário e coloquei meus pés para cima, abraçando minhas pernas, não podendo evitar que um choro baixo começasse.

Seus olhos... Eles me falavam tanta coisa... Gritavam que ele me amava da mesma forma que eu o amava! Para que tudo isso no final? Para acabar comigo por inteira?

Suas mãos correndo pelo meu corpo, seus lábios me beijando com doçura e seu olhar intenso seguido de seu magnífico sorriso eram falsos! Falsos!

Não podia acreditar que me permiti chegar a esse ponto de uma relação. Sabia desde o início que as coisas não eram esses contos de fadas que nos contam, que as relações são coisas passageiras, mas para alguém como eu isso era mais do que passageiro... Doía vê-las passar, assim como aconteceu com meus pais, e minha amada avó...

O sinal gritou alto, alertando de nossas aulas. Me obriguei, mesmo sem forças e com uma enorme vontade de sair dali, a me levantar, lavar mais uma vez meu rosto e dar uma última olhada no meu reflexo do espelho. Estava mais pálida que o usual e havia olheiras escuras em meu rosto, sem contar a vermelhidão em meus olhos. Ao que parecia, o verdadeiro reflexo do meu humor estava estampado em meu rosto.

Eu seria forte.

Mais uma vez.

E seguiria com a minha vida.

Segui para a minha aula de Biologia, entrando atrasada, já com todos na sala, só que o quê me surpreendeu foi ver que o meu companheiro de classe não se encontrava e que não havia ido à aula. Na minha cabeça, comecei a imaginar quais seriam suas possibilidades de faltar ela, mas ignorei e achei melhor assim. Ao final de todas, fui direto guardar minhas coisas no armário e sair o mais rápido dali.

-Bella! – Escutei a voz de Alice me chamar no estacionamento.

Parei de andar e esperei que ela me alcançasse. Se não os encarasse hoje, isso nunca iria acontecer. Pude escutar seus passos rápidos atrás de mim e fez a volta parando na minha frente, ofegante.

-Bella, você precisa voltar para casa, estamos preocupados com você. Tem que nos perdoar, não pode ficar assim para sempre! Abra os olhos e veja o quanto a queremos de volta, assim como o seu perdão. – Deixei-a falar, e fiquei apenas escutando e observando. Os olhos de Alice se encheram de lágrimas e ela saltou em mim, abraçando-me com força.

Isso não estava me ajudando. O sentimento de traição ainda gritava dentro de mim, meu orgulho se esperneava e mandava eu me afastar, mas era de Alice de quem estávamos falando. Não podia simplesmente me afastar daquela que fora a minha única amiga durante anos...

Retribui seu abraço, um pouco desconfortável, sem saber se era certo ou errado.

-Por favor, volte para casa... – Choramingou. – Precisamos de você. Não sabe como está o clima lá em casa... Todos estão com caras de enterro e não temos vontade de fazer nada, além de pensar em você. Pensamos em nos ajoelhar e pedir perdão, implorar se for necessário...

-Alice,... – Afastei-a e ela me olhou com os olhos vermelhos. – Não dá. Não consigo... Ainda. – Completei ao vê-la começar a chorar e não pude evitar fazer uma lágrima escorrer pelo meu rosto. – Não consigo voltar para casa e voltar tudo ao normal... É demais para mim... – Meu peito voltou a doer com grande intensidade, principalmente em ver a minha irmãzinha desse jeito.

-Bella... – Voltou a me abraçar, só que desta vez eu a abracei com força. – Só me prometa que vai voltar para casa e que vai nos perdoar algum dia... – Assenti um pouco temerosa. – Eu te amo. – Fungou.

-Também, Ali...

-Bella? – Escutei a voz de Jacob surgir do simples nada. Ergui meu olhar e o vi na nossa frente, preocupado.

Se aproximou de nós, cumprimentou Alice que limpava sua lágrimas enquanto isso. Olhei para Jacob e ele me sorriu forçado, sem querer perguntar sobre o que Alice falava ali. Agradeci mentalmente por isso.

-Jake..., o que está fazendo aqui?

-Vim te buscar.

-Não precisava...

-Faço questão. – Abriu um enorme sorriso de dentes brancos. Eu apenas consegui esboçar um fraco em agradecimento.

Jacob teve que colocar a moto na caçamba da minha picape e ele que dirigiu na ida para a sua casa, com os dois em silêncio. Usei esse tempo para pensar. Estava com saudades de casa..., mas mesmo assim o meu orgulho ainda falava mais alto. Ele me obrigava a me manter distante, pelo menos enquanto eu ainda estivesse com a raiva crescente dentro de mim.

Senti lágrimas correrem pelo meu rosto. Virei minha cabeça mais em direção à janela para que Jake não visse, mas ele acabou vendo, só que não disse nada e me deixou ficar quieta presa em meus pensamentos.

Sabia que eu me conhecia e que logo voltaria para casa, pois Carlisle, Esme e Alice eram a minha família. O sentimento de medo da perda parecia ter voltado à mim. Na minha cabeça, parecia que, se eu não ficasse junto deles, algo ruim aconteceria, assim como foi com os meus pais, anos atrás.

Jacob estacionou a picape na garagem de sua casa ao lado de seu Chevy e descemos em silêncio. Cumprimentei Billy com um sorriso fraco e ele me olhou preocupado, mas também nada disse. Jacob me seguiu até seu quarto. Larguei minha mochila em sua cama e fiquei de pé olhando para o nada, enquanto mordia o lábio e mexia nervosamente no meu cabelo. Estava nervosa.

-Vamos dar uma volta. Venha. – Jacob me puxou e eu me deixei ser rebocada para fora da casa.

Mais uma vez fomos caminhar na praia, onde batia um vento frio e irritante. Caminhamos em silêncio e deixei as lágrimas rolarem. Me sentia quebrada por dentro. Por que diabos eu fui me deixar envolver tanto com uma pessoa que mal conhecia, ou pensava que conhecia?

Jacob indicou o tronco de árvore para que eu me sentasse e assim fiz, com ele se sentando ao meu lado. Ele ficou encarando a paisagem sem nada dizer e eu apenas tentava me manter firme, sem cair no choro de novo.

-Lembra quando você chegou ontem aqui chorando, dizendo que precisava de mim? – Olhei-o, sem ela ainda me olhar. Assenti e ele continuou. – Quis saber por que eu não retornava as suas ligações. – Virou-se para mim. – Ainda quer saber?

-Claro. – disse com um fio de voz.

Ele voltou a sua posição normal, sem me olhar e o vi pegando areia com a mão direita, a deixando escapar pelos dedos conforme o vento batia.

-Eu tinha ficado irado comigo mesmo por ter te colocado em cima de uma moto. Logo a pessoa mais sem coordenação desse mundo! – Riu e eu fiz uma careta, sem deixar de evitar que um pequeno sorriso aparecesse. Ele logo se calou e continuou. – Mas tinha algo há mais para eu não te ligar.

-E o que seria isso? – perguntei. – Jake, o que foi que eu fiz?

-Você não fez nada. Na verdade, nada que tenha sido sua culpa.

-Não estou entendendo.

-Eu sei. – Sorriu fraco. – Eu estou confuso com tudo que está rolando, mas também não posso esconder de você o real motivo de eu não querer te ligar ou conversar com você.

-Você não queria falar comigo? Por que me deixou ficar aqui, então?

-Bella. – Olhou-me, sorrindo. – Segure as suas perguntas para assim que eu acabar de contar, tudo bem? – Calei-me em defensiva, mesmo que ele tenha dito com um tom divertido. – Eu não queria falar com você por medo de estragar tudo. Essa amizade nossa. – Abri a boca, mas logo a fechei. – Você estava tão radiante com o seu namorado. Tão... Sociável.

Um puxão em meu peito se apertou. Abaixei meu olhar e encarei o chão.

-Você estava feliz com ele.

-Aonde quer chegar? – Queria que ele pulasse a parte em que Edward estava.

-Onde eu quero chegar é que assim que te vi desse jeito, radiante, não entendi, mas comecei a te ver com outros olhos. – Ergui uma sobrancelha. – Não sei como explicar...

-Jake... – Coloquei a mão em seu ombro. – Está tudo bem. Não vou forçá-lo a contar algo que não queira.

-Eu quero! – Pegou a minha mão que estava sobre seu ombro e a apertou levemente, olhando-me nos olhos. – Bella, o que eu estou querendo dizer é que assim que te vi com o seu namorado, comecei a me sentir mal. Não entendia o por quê até que eu entendi. – Suspirou. – Porque eu gosto de você.


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Notas finais do capítulo

Ok, eu sei que eu demorei, mas deu para notar por conta desse capítulo que eu estava zero de imaginação, mas eu posso garantir que a minha imaginação voltou e o próximo capítulo não vai demorar para sair :B Falando em próximo capítulo, vou acabar com essa parte aí de cima e fazer o Edward entrar em cena com tudo! :D Emoções com o nosso casal preferido! (Porque ninguém gosta do Jacob...)

Fazendo uma propaganda básica: Não deixem de conferir as minhas outras fics, por isso, quando eu demorar para postar, vai lendo as outras ;D
Beijinhos para todas!

Lina Furtado ;*



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