Desafiando a Gravidade escrita por LinaFurtado


Capítulo 10
Início de conversas simples


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! :DDD



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Capítulo 10. Início de conversas simples.

-Bella, por que não se senta conosco hoje? – Alice me perguntou enquanto tomávamos café da manhã antes da aula. – Seria ótimo!

Pensei na possibilidade. Não era as das melhores, mas Edward tinha me dito para tentar ser mai sociável e assim tentaria, ao menos me esforçaria.

-Claro, Alice. Como quiser. – disse-lhe levando uma colher de cereal à boca.

Ela parecia ter um colapso a qualquer momento, estava pulando na cadeira e um sorriso enorme reinava em seu rosto. Temia que talvez se machucasse. Se levantou em um salto e largou seus pratos na pia. Veio até mim e segurou meu rosto, dando-me um beijo na bochecha com força.

-Ai! – Reclamei de seu grude.

-Pode reclamar, bobinha, não ligo! – Apertou mais meu rosto.

Ergui a mão para ela me soltar e assim o fez.

-Estou tão feliz! – Me largou e saiu correndo, saindo da cozinha e me deixando sozinha.

Carlisle estava no trabalho como sempre e Esme foi a algum lugar que não imaginava qual fosse, nos momentos em que me deixavam sozinha faziam com que meus pensamentos vagassem para outros assuntos. Não podia negar, o modo estranho de Edward ao me deixar em casa não saia da minha cabeça. De algum modo queria encostá-lo na parede e perguntar qual era o seu problema, mas não tinha essa coragem, também queria perguntar o que ele iria me dizer... Sorte a minha que eu havia me entupido de remédio para dormir, pois duvidava muito que conseguiria pegar no sono com tudo isso acontecendo.

Esfreguei meu rosto com força e me levantei, levando meu prato até a pia. Parei ali por um momento. Era estranho, sabia disso, mas eu podia tentar ter outros amigos, não podia? Isso seria como ir contra mim mesma, contra os meus próprios princípios de não me aproximar dos outros. Sofreria depois. Como sempre.

-Bellinha! – Alice cantarolou. – Vamos? – Ela parou no batente da porta da cozinha, me olhando com um enorme sorriso.

-Vamos. – Peguei minha mochila e passei na frente de Alice.

O que eu estava pensando?

-Vamos! Vamos! Vaaaammmooossss! – Alice me puxava com a única mão livre em direção a sua mesa, onde lá tinham seus amigos.

Eu estava em pânico! Fazia muito tempo que eu não tentava me socializar e Edward não apareceu a manhã inteira, precisava de sua ajuda! Alice ainda me carregava a força, segurando sua bandeja. Céus! Cadê o Edward?

Assim que nos aproximamos de sua mesa, todos pararam de conversar e nos olharam curiosos, melhor, olharam-me atônitos, como se fosse algo novo. E, na verdade, a experiência estava sendo nova.

Respirei fundo e engoli seco, enquanto me sentava e tirava a minha franja da frente do meu rosto.

-Gente, a Bellinha vai comer com a gente hoje! – Alice anunciou animada. – Bella, preciso apresentá-los a você?

Neguei. Não era necessário, sabia tudo sobre eles.

O silêncio reinou por um tempo até uma alma caridosa falar algo, mais precisamente, falar comigo.

-Então, Bella, qual é a sua próxima aula? – perguntou Jasper. Os outros, com exceção de Alice o olharam sem entender.

-História. – Vamos, você consegue, pensei comigo mesma.

-A minha próxima aula é perto da sua sala, se quiser, te acompanho. – Sorriu gentilmente.

-Humm, obrigada. Aceito sim. – Devolvi seu sorriso, só que um pouco mais tímido. De algum modo comecei a me sentir mais a vontade, como se Jasper tivesse me tranqüilizado com sua voz calma e tranqüila. Gostei disso e algo me dizia que nós íamos nos dar bem.

-Como é ser irmã da baixinha irritante? – perguntou Emmett do outro lado da mesa, em um tom divertido, rindo ao ver o olhar fuzilante de Alice sobre ele. Tive que rir com essa.

-Bem... – Dei de ombros. –, Digamos que os dias são bem longos.

Emmett e Jasper riram alto e estrondosamente da cara de Alice ao ouvir a minha resposta. Sorri a ela, como quem se desculpa, e ela sorriu depois.

-Ai, ai, viu, Bellinha? - Fingiu falso desapontamento.

A conversa se seguiu tranqüila e divertida. Havia sido melhor do que eu imaginara em sonhos. Não pude deixar de notar duas coisas, uma era que Rosalie não falou e nem esboçou um sorriso durante toda a nossa conversa, por mais que Emmett a perturbasse e, a outra era que, não vi Edward em lugar algum. Estava começando a ficar incomodada com isso...

Segui em direção a minha aula de história junto de Jasper, assim como ele tinha dito que faria. Fomos conversando um pouco. Ele parou diante da minha sala e nós nos despedimos com um breve aceno e entrei, me sentando em uma das mesas.

Não demorou muito a sala se encheu de conversas e murmúrios. Fiquei rabiscando a capa do meu caderno, enquanto esperava o início da aula. Vi pelo canto do olho, que alguém se sentou ao meu lado, era uma garota de cabelos pretos e que usava óculos. Escutei alguém a chamando de Ângela, quando me lembrei de Edward falando sobre uma garota com esse nome... Mas será a mesma Ângela?

Ela parecia ser muito inteligente e tímida. Mordi o lábio, pensando se fala ou não com ela. Optei pelo não, era muito medrosa e ainda não tinha jeito de puxar-papo com os outros.

-Bella? – Chamou-me a garota. Olhei-a sem entender por estar falando comigo e por saber meu nome.

-Sim?

Ela sorriu e me estendeu a mão.

-Meu nome é Ângela. Edward me falou muito sobre você. – Via que estava lutando contra sua timidez, pois seu rosto se ruborizara um pouco.

Ergui uma sobrancelha. Ele havia dito algo sobre mim?

-Humm, Edward? Edward disse algo sobre mim?

-Isso. Disse que você é uma boa pessoa. – Sorriu-me e eu fiquei corada.

Não sabia que somente em um dia, eu poderia ser mais sociável do que normalmente sou em anos. Devo admitir que eu gostei. Talvez as coisas tenham mesmo mudado, talvez alguém tenha me mudado...

Sorri involuntariamente.

Edward's POV

Ao chegar à casa da minha avó, fui descansar um pouco por ter dirigido muito. Não era só o cansaço do meu corpo, mas também tinha o da minha mente. Bella, Bella, Bella, só tinha esse nome na minha cabeça!

A casa da minha avó era bem simples, pequena, de madeira e muito aconchegante. Ela adora o campo, por isso, sua casa fica em uma pequena chácara, onde planta tudo que quer e adora isso, o contato com a natureza. Acho que por isso que minha mãe muitas vezes quer distância de mata ou qualquer coisa do tipo.

Assim que cheguei, cumprimentei minha avó, Margaret e, fui descansar, mas o descanso foi bem rápido, estava morrendo de saudades dela e de suas comidas maravilhosas. Desci as escada, sentindo um cheiro maravilhoso de bolo no forno. Encontrei-a na cozinha, lavando a louça.

-Deixe-me ajudá-la, senhorita.

Minha avó riu.

-Oh, querido! – Me deu um abraço desajeitado, devido às mãos molhadas. – Estava com muita saudade suas.

-Também, vovó.

-Senhorita? – Riu. – Sou muito velha para ser chamada de senhorita.

-Velha? Onde têm velhos aqui? Não vejo nenhum. – Brinquei, recostando-me na pia.

Ela riu de novo. Era fácil agradar minha avó.

-Só você mesmo, querido. – Secou as mãos e foi até o forno, arrastando seus pés no chão. – Estou fazendo seu bolo favorito.

-Por isso o cheiro maravilhoso. – Sentei-me na mesa, enquanto a assistia terminar e montar o meu bolo.

-Diga-me, querido, por que veio me visitar? Algum motivo em especial? – Não me olhava enquanto perguntava.

-Não, vó. Só ver a senhora mesmo. Algum problema?

-Não, não! Nenhum problema. Só achei que queria conversar, já que não é muito comum ver você me fazendo visitas, coisa que puxou muito bem da sua mãe. – Riu sozinha. – Ela não é muito fã de natureza... – Trouxe o bolo para a mesa, que já tinha dois pratos sobre a mesma e talheres. Examinou-me. – Acertei.

-Hum?

-Acertei quando disse que queria conversar comigo. – Sentou-se na minha frente e ainda me examinava.

-Não... Não vim...

-Edward, querido, eu te conheço tão bem quanto sua própria mãe, então, vamos logo ao que interessa. O que está lhe afugentando?

Sorri torto.

-A senhora e a minha mãe me conhecem igualmente. As duas sabem me ler muito bem.

-Claro. Somos as mulheres da sua vida. – Sorriu abertamente.

-Está absolutamente certa. – Sorri de volta.

-Não fuja do assunto, Edward. – Começou a cortar um pedaço de bolo para nós dois. – Conte-me tudo.

Hesitei por um momento. Não tinha vindo aqui para falar com a minha avó sobre isso e sim somente para pensar. Só isso, mas ela não ia deixar essa passar.

-Mamãe me pediu um favor a ela em seu novo caso, o caso de uma garota que tem problemas em se relacionar com outras pessoas.

-Humm, e o que lhe incomoda nisso? – Incentivou-me.

-Eu já a ajudei... – Pensei por um momento.

-Ah! – Ficou surpresa e logo abriu um sorriso enorme. – Entendi, querido. Você está gostando da garota, não é mesmo?

Neguei.

-Não sei, acho que estou confundindo as coisas...

-Confundindo o quê? – Comeu um pedaço do bolo. - Sabe, eu não sou uma psicóloga como a sua mãe e, talvez ela seja melhor do que eu nessa área de dar conselhos, mas vejo que está apaixonado pela a garota, agora me diga, qual o problema? Você já teve outras namoradas...

-Não é isso, vó. Eu me aproximei dela, porque a minha mãe pediu por isso, já que Bella não queria conversar com psicólogo algum...

-Bella?

-Isabella, mas ela não gosta de ser chamada assim.

-Sim, continue.

-Por isso, acho que acabei me aproximando demais dela, além de achar que quando ela descobrir que essa minha aproximação foi intencional vai ser pior, não para mim, mas para ela também... – Esfreguei meu rosto com força. – Argh! Só eu sei o quanto eu tive que fazer para ela se abrir comigo, me contar o que a incomodava, do por quê que não se aproximava dos outros...

-Se ela é assim como disse, imagino que para descobrir coisas sobre ela, você deve tê-la feito confiar em você e de ser seu amigo... Então, se ela tem problemas de se relacionar com as pessoas, o que está fazendo aqui?

-Hum?

-Sim, Edward. Você pode ser o único amigo dela e a deixou sozinha?

Uma luz clareou meus pensamentos. Margaret tinha razão, eu havia prometido que não ia deixá-la sozinha... Que merda eu fiz? Sou um babaca mesmo!

-Mas, quanto ao caso de você não saber o que está sentindo... Quer descobrir mesmo? Vou lhe dizer: está apaixonado e, pela primeira vez, vejo que não é uma simples paixonite que pegou Edward Anthony Cullen. – Sorriu sincera. – Ela deve ser uma boa garota para te fazer ficar assim, com essa carinha de apaixonado.

-Vó... – Balancei a cabeça.

-Vá em frente, querido. Seja o que for acontecer entre os dois, diga a ela que – como você tem um orgulho grandinho – pode dizer que quer levar isso um pouco mais adiante. Se fosse no meu tempo, você a pediria em namoro e logo depois, em casamento.

Sorri a ela. Era tão fácil falar com a minha avó, precisava vir aqui mais vezes.

-Não devia fugir. – Olhou-me seriamente. – O Edward que conheço não foge de nada e nem de ninguém.

-Tem razão. Não sou mesmo de fazer isso..., mas nunca senti algo assim... É como se o sentimento tivesse me assustado por causa da intensidade forte.

-Oh! Que lindo! Você está amando ela!

-Não! Não estou, não! – Fiz uma careta.

-Está sim! Posso ver em você, melhor, qualquer um pode. – Sorriu vitoriosa.

Não ia discutir com ela, até por que ela sempre vencia, mas continuamos a nossa conversa, mudando um pouco de assunto. Disse que pensaria um pouco mais e assim voltaria para casa, amanhã mesmo faria isso.

Ao subir para o meu quarto – tinha um quarto só para mim na casa da minha avó – e fui tomar um banho rápido, antes de me deitar na cama. Depois de vinte minutos, minha avó me gritou, dizendo que iria ao mercadinho dali perto. Como não tinha mais o que fazer, desci e fui olhar o resto da casa. Como eu previa, tudo igual.

Fui andar no jardim. Minha avó adorava flores e em seu jardim nunca faltavam. Encontrei uma bicicleta e resolvi andar pela estrada de terra batida, em meio a um bosque havia ali perto.

Parei a bicicleta em uma árvore e encostei-me na mesma assim que escutei o som de mensagem do meu celular. Era uma mensagem da minha mãe. Tinha uma foto em anexo... Devo ter ficado três minutos ou talvez mais olhando a foto. Era uma foto minha e de Bella dormindo. Ela estava com a cabeça deitada sobre o meu peito, abraçando-me, seu rosto estava suave e tranqüilo, igualmente ao meu...

-Mãe... Por que foi me mandar isso...? – Resmunguei, me apoiando na árvore e sem tirar os olhos sobre a foto.

O que estava acontecendo comigo? Não era essa a intenção ao me aproximar de Bella, não queria me apaixonar por ela! Não pedi por isso, mas... Aconteceu muito de repente.

Franzi o cenho.

Comecei a me lembrar de suas caretas involuntárias, de quando eu comentava algo que a fazia ficar corada ou irritada, em como seu rosto ficava com uma ruborização perfeita e linda... Como eu ainda era capaz de mentir a mim mesmo? Estava estampado em meu rosto que SIM, eu estou apaixonado pela Bella!

Comecei a mexer em meu celular e vi na minha agenda, o número do celular de Bella. Fiquei olhando para a tela até apertar o botão verde e escutar chamar. Coloquei-o junto ao meu ouvido.

-Alô. – Escutei sua voz. – Edward?

Fiquei quieto.

-Edward? – Sua voz parecia um pouco impaciente ou preocupada.

-Oi. – disse com um fio de voz.

Escutei-a soltar o ar.

-E então... Por que me ligou?

-Para saber como foram as aulas. – Inventei na hora.

-Ah. Humm, boas, eu acho...

-Por que acha? – A mantive falando, queria escutar sua voz.

-Porque hoje eu me sentei com Alice e seus amigos... Segui seu conselho e mantive uma conversa normal.

Isso me surpreendeu e uma explosão de felicidade se apoderou de meu peito. Fiquei extremamente feliz por Bella, primeiro por ela ter seguido o meu conselho de tentar se relacionar com os outros e segundo por ela ter conseguido conversar tranquilamente.

-Conte-me como foi.

Ela fez um relato breve do que acho sobre os amigos de Alice e colocou uma posição entre eles. Disse também que achava que Rosalie não gosta mesmo dela, pois não redigiu uma palavra com ela.

-Rosalie é pouco reservada mesmo. – Tentei confortá-la.

-É... Espero que seja isso, mas... Onde você está que não foi a aula hoje?

-Vou voltar para casa. – Soltei sem pensar.

-Voltar para casa?

-Vim fazer uma visita a minha avó, que fica em uma cidade relativamente próxima de Forks. Quatro/cinco horas de viagem.

-Humm.

-Te vejo hoje à noite. Vou te fazer uma visita para me contar como foi seu dia com os novos amigos. – Isso era óbvio que era mentira, uma desculpa para apenas vê-la, pois enquanto falava pelo telefone, conseguia imaginar suas reações.

-Certo.

Nos despedimos e eu logo subi na bicicleta a fim de voltar o mais rápido para casa. Entrei como um furacão em casa, tanto que minha avó se assustou.

-Edward! – Levou a mão ao peito. – Quer me matar do coração?

Me aproximei dele e peguei seu rosto com as duas mãos.

-Não. Nunca! – beijei seu rosto e sai dali. – Eu te amo, vó!

-O que aconteceu com você? – Resmungou enquanto a deixava falando sozinha.

Subi rápido e catei todas as minhas coisas. Queria voltar para casa, voltar para Bella! Foda-se o que está acontecendo comigo! Vou falar a verdade e tentar a sorte. Vou tentar acabar com isso e tentar e enfim descobrir o que é isso que está acontecendo entre mim e ela.

Desci as escadas, encontrando minha vó com uma carinha de confusão.

-O quê- ? Já está indo?

-Já vou, vó. – Beijei-a no rosto novamente. – Obrigado mais uma vez pelo conselho.

-Então vai atrás da garota?

-Vou. Vou atrás dela e descobrir o que estou sentindo.

Ela abriu um belo sorriso.

-Vá com Deus. – A beijei de novo, antes de me virar para a porta e ela me segurar. Olhei-a. – A traga-a aqui um dia. Quero conhecer a garota que enlaçou o coração do meu único neto.

Sorri a ela.

-Um dia, quem sabe.

-Vá, querido. – Me soltou. – Mande um beijo a sua mãe.

-Mandarei. Tchau, vó!

Saí da casa e fui até me carro, jogando minhas coisas no banco do lado. E assim parti em direção a Forks.

Vir até aqui me fez bem. Minha avó me fez abrir os olhos para o que eu sentia, e eu iria tirar a prova disso. De qualquer forma.

Bella's POV

Fiquei olhando meu celular por um tempo, assim que desliguei a ligação que Edward tinha me feito. Não entendia por que, mas fiquei realmente feliz em saber que ele havia se lembrado de mim.

Estava sentada na janela do meu quarto que dava para a parte da frente de casa, vi o carro de Carlisle chegar e entrar na garagem. Não demorou muito para que eu o escutasse me chamando. Pulei para fora da janela e coloquei meu celular sobre a minha mesa de estudo antes de descer.

Quase no final dela, vi uma pessoa alta e morena virada de costas para onde eu estava. Carlisle falava com ele animadamente. Ele me avistou e me sorriu, fazendo com que a pessoa se virasse para mim. Era um garoto de cabelos e olhos igualmente negros. Suas feições eram definidas e bem marcadas. Eu o já tinha visto em algum lugar...

-Bella! – Iniciou Carlisle. – Lembra-se de Jacob? – Apontou para o garoto alto.

Mordi o lábio, e procurei em minha mente esse nome, enquanto olhava o garoto que agora me sorria simpático.

-Jacob?

-Vou deixá-los conversar por um momento. – Carlisle subiu as escadas, me deixando sozinha com o garoto. Devia ser um pouco mais novo que eu. Era engraçado, parecia que ele era mais novo, mas quando não estava sorrindo, poderia jurar que talvez fosse da minha idade ou mais velho.

Ele me estendeu a mão e eu a peguei.

-Jacob. Não deve se lembrar muito de mim, mas brincávamos juntos quando crianças, antes da... Você sabe. – Seu sorriso sumiu. E eu havia pegado.

-Aham. Não tudo bem... Então, brincávamos juntos?

-Sim, em um parquinho de areia que ainda tem perto da minha casa em La Push. – Sorriu abertamente.

-Lógico! – Ri sem graça. – Claro. Acabei de me lembrar. Você é Jacob filho do Billy Black, certo?

-Isso! Hoje fui ao hospital levar meu pai para fazer os exames dele, quando vimos o doutor Carlisle. E ele nos convidou para te fazer uma visita. – Levou a mão à nuca.

Sorri.

-Obrigada. E então, onde você estuda?

-Na reserva mesmo. – Apontei para que se sentasse e assim o fez. Fiz o mesmo, me sentando na poltrona. – Tenho vários amigos lá. Cidade pequena, sabe como é, todo mundo te conhece... Nada de tentar matar alguém...

Rimos.

-Concordo. Sem matar ou todos saberão. – Jacob fez uma careta engraçada que me fez rir mais.

-Bella... Ainda gosta só de ser chamada de Bella?

Ergui uma sobrancelha.

-Sabia disso? Ah! Me desculpe não me lembrar com detalhes de você...

-É um pouco difícil de esquecer você. Era muito durona quando pequena, sempre se impunha diante de mim. – Riu. – Até apanhei...

Ri.

-Desculpe pelo sei-lá-o-quê que fiz com você.

-Tudo bem. Passado. – Deu de ombros, sorrindo. – Foi bom te rever, Bella.

-Digo o mesmo, Jake.

-Jake? – Sorriu.

-Desculpe. Posso te chamar assim?

-Pode. Afinal, você me chamava assim antes.

-Então fechou. Jake.

Estranhei. Essa tinha sido a conversa mais fácil que já tive desde a morte de meus pais. Foi fácil conversar com Jake, a nossa conversa havia fluido. Nem com Edward havia sido assim. Só ele deve saber o quão chato deve ter sido a ele para se aproximar de mim... Edward...

Jacob se levantou. Olhei-o sem entender.

-Por que não vamos dar uma volta lá fora? Faz tanto tempo que não venho a Forks.

-Não há muito o que ver. – Mas me levantei do mesmo modo.

Saímos e ficamos andando pelas ruas e conversando, até o celular de Jacob tocar. Deixei ele falar, enquanto observava a lanchonete que havia ali perto, as pessoas do meu colégio. Notei que lá estavam Jessica Stanley, Ângela Webber mais algumas pessoas que não me lembrava o nome apesar de ter sempre estudado com eles.

As duas me viram e ficaram de boca aberta ao olhar para uma região próxima a mim. Jacob. Sim, isso era mesmo novo, até mesmo para os outros; me ver com alguém diferente de Edward, ou por simplesmente me ver com alguém.

Tivemos que voltar para casa, já que Billy precisava de Jake. Carlisle disse que o deixaria em casa, mas ele se recusou, porém de nada adiantou, o levou de qualquer jeito. Voltei ao meu quarto lembrando as feições das duas ao me ver com Jake. Poderia rir, mas nada tinha de engraçado. Eu me excluira em mim mesma. Fechei-me e era bom finalmente ver que há outras pessoas além de mim mesma.

Isso era bom e eu devia isso à alguém por quem eu sabia que sentia algum sentimento, porém não tinha idéia de qual sentimento seria esse. Um aperto no peito, as batidas frenéticas quando o vejo ou quando ele me toca, quando me beijou...

Me joguei na cama e fiquei olhando o teto.

Com certeza havia algo e, uma agonia se formava em mim, querendo que eu descobrisse logo. Sim. Ele viria aqui e eu iria descobrir o quê o tornou tão especial e o que ele havia feito em mim, para me fazer me sentir assim a todo o momento em que nos encontramos ou quando escuto sua voz de sino...

Edward.

Fechei meus olhos caindo em um breve sono.


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Notas finais do capítulo

meus breves comentários sobre o capítulo:

—Como eu havia dito, não foi uma separação longa, nem um dia! :D

—Notei que as minhas leitoras estavam sentindo falta do Jacob, mas o contrário da minha outra fic, ele não é mal ;) E nessa história ele tem a mesma idade que Edward e Bella.

—Notaram? Notaram? Notaram? Eles vão querer "botar as cartas na mesa", MAS isso será uma ouuutra estória para o próximo capítulo ;P (maldade)

Adoraria agradecer as minhas queridas e lindas leitoras:

OBRIGADA MESMO! :DDDD
Beijinhos e até o próximo cap!
Lina Furtado



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