A Intercambista escrita por LinaFurtado


Capítulo 28
2ª Temporada: Eu sou um vampiro.


Notas iniciais do capítulo

OIIIEEEE!
Como cês tão? :D
Aiiinn! Adorei as minhas lindas e simpáticas reviews dizendo que não era para eu abandonar essa fic, porque vocês querem mais! AMO VOCÊS! Sério mesmo! Admiro isso!
Então, people! Vocês se lembram quando eu disse que o MEU vampiro Edward seria diferente? Pois é, ele será uma mistura de todos os meus vampiros favoritos! Com um pouquinho de cada um. Entenderão quando lerem esse capítulo que eu até achei ele grandinho desta vez ;P
Não se esqueçam de lerem cada linhazinha. Sei que é ruim a parte sem dialogo porque dá preguiça, mas é importante. Melhor, sempre leiam em todas as minhas fics, porque eu sempre coloco coisinhas importantes ali no meio ;]
Coisinhas que não foram ditas neste capítulo, como algo que ficou pendente, nos próximos as respostas virão!
E aí vai mais um capítulo! Realmente espero que gostem porque eu escrevo só pensando em vocês! ;D



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Capítulo 8. Eu sou um vampiro

–Só tenho uma coisa para te lembrar e espero que essa você nunca se esqueça. – Iniciou e, eu me mantive quieta. Presa em sua voz aveludada. – Eu te amo.

Depois de alguns segundos abraçados, Edward se afastou e soltou um suspiro cansado, sentando-se na minha cama. Permaneci de pé e cruzei os braços.

–Tem algumas coisas que deveria saber. – disse ele, encarando as mãos.

Puxei a cadeira do computador e me sentei do lado contrário dela, virada para Edward. Ele parecia lutar contra as palavras. Em sua testa havia um finco de irritação e em toda a sua feição o horror estava presente. Comecei a ficar curiosa e com pena de vê-lo daquele jeito.

–Quer saber como eu sobrevivi e como saí do caixão? – Assenti receosa, mesmo não sabendo se queria realmente. Optei por querer, pois o motivo ainda me deixava intrigada. Saber como saiu de seu próprio túmulo e não morreu sem ar...

Ele hesitou, parecendo ter mudado de idéia quanto ao contar.

–Você... – Iniciei e ele ergue o olhar para me olhar. – Você não é humano, não é mesmo? – Perguntei mesmo achando isso absurdo, mas a única teoria provável.

Ele assentiu triste. Meu coração foi a mil, mas tentei manter uma expressão sem surpresa devido a sua revelação.

–O que é você? – perguntei direto.

Ele voltou a me olhar com os olhos mais tristes e sinceros do mundo. Não havia como discordar ou não acreditar nele. Seus próprios olhos me diziam que eu podia confiar e, simplesmente, acreditar.

–Eu sou um vampiro. – Quase não o escutei, mas foi o suficiente para que eu entendesse.

Respirei fundo e não desviei o olhar dele um segundo.

–Um... Vampiro? – Ele assentiu. – C-Como? Como você pode ser um vampiro? – Me exaltei.

–Calma, Bella. Não vou te machucar, acredite em mim. Nunca faria isso. – Suspirou triste. – Só, acredite em mim e me escute. – Parei. – Sim, é verdade. Sou um vampiro. Mas ao contrário do que contam as lendas, ao menos eu não sou... Venenoso.

–Como assim? – perguntei interessada. O mais estranho de tudo era que eu sentia a adrenalina correr pelas minhas veias, mas não estava com medo e não sentia como se eu quisesse fugir dele, ao contrário, eu tinha... Medo, eu acho, de perdê-lo. Perder alguém que eu não me lembrava. Ridículo, eu sei.

–Tem uma linhagem de vampiros, como a da ruiva, que quando eles ao beberem o sangue de suas vitimas, sem matá-las, eles a transformam em vampiros... Como aconteceu comigo. – Me levantei e fui me sentar ao seu lado, virada para ele. Ele fechou os olhos e se voltou para mim também.

–Quer dizer que você, ao beber o sangue de outros, não os transforma em vampiros? – perguntei.

–Isso. Eu tento ao máximo me controlar para não atacar os humanos, mas os meus instintos animais não me permitem que isso ocorra o tempo todo. Quando me vejo, já aconteceu. – Mordi o lábio em preocupação.

–Mas se não se alimentar de humanos, como sobreviverá?

–Tento sobreviver com os de animais, mas não funciona bem. A minha nova natureza, não me permite viver somente de animais. Se eu quiser me manter forte e envelhecer normalmente, sem nenhum problema, terei que beber sangue humano. – Um arrepio involuntário subiu por minha coluna. – E quando não tenho saída a não ser beber o sangue de uma pessoa inocente, faço isso com o maior cuidado e gentileza, sem matá-lo.

Peguei suas mãos frias, quase congelantes. Pareciam ter sido enfiadas no gelo, mesmo no calor de Phoenix. Sua dor me doía também, por isso fiquei fazendo carinho nelas e mostrando que eu não tinha medo e que poderia sobreviver muito bem com isso.

–O meu sangue te convida? – murmurei baixo. Quase inaudível, mas Edward escutou.

–Demais. Mais do que qualquer um que já bebi. – Admitiu com dor, mas se forçou a um sorriso que não chegaram aos seus olhos. – Sempre soube que você já era muito convidativa a mim, mesmo sendo humano.

Dei um meio sorriso, olhando nossas mãos.

Me lembrar... Me lembrar delas juntas, unidas como se fosse uma...

Edward as ergueu e as levou aos lábios gelados, beijando-as com leveza. Inspirou o ar, fechando os olhos delicadamente, deixando o rosto junto a elas. Não o queria fazer sofrer por minha causa.

–Me conte. – Iniciei. – Disse que é necessário que beba o sangue de humanos... Por quê?

–Porque eu não sou imortal. Para me manter vivo, somente sangue humano.

–Você envelhece normalmente? – Assentiu, afastando nossas mãos de seu rosto e me olhando com seus olhos hipnotizantes, dourados.

–Nota como sou gelado? – Assenti. –Uma prova que sou um vampiro. Somos extremamente gelados e duros como pedras. Olhos dourados mostram que eu não sou da linhagem que consegue transformar pessoas em vampiros, somente aqueles com os olhos vermelhos que são.

Mordi o lábio antes de fazer uma pergunta.

–Tem algum poder? – Sei que isso é ridículo, mas afinal, existiam vampiros, no que mais eu poderia esperar?

Ele sorriu e eu me senti uma completa idiota.

–Tenho. Posso ler mentes.

Engoli seco e ele riu de leve, soltando as minhas mãos e levando uma ao meu rosto. Seu toque gelado me fez tremer.

– Não se preocupe. – Sorri torto. Era um sorriso lindo e de algum modo me lembrava dele, talvez não nele, mas daquele sorriso especialmente, sim. - Leio todas, mas, ao que parece, não a sua. – Riu fraco. – Acho que virar vampiro realmente me mostrou como nós somos feitos um para o outro. – Olhou-me intensamente.

Abaixei a cabeça envergonhada.

Como não me lembro de ter um namorado absurdamente lindo como esse?

–Edward, - Olhei em seus olhos firmes. – Quero me lembrar de nós. – disse sincera e ela abriu um sorriso lindo. – E sinto que só você conseguirá fazer isso. Não sei, talvez me conte momentos em que passamos juntos, ou qualquer coisa do tipo... Sabe, quando me contou sobre o supermercado, quando vimos uma ruiva...?

–Sim.

–Quando me disse sobre ela, lembrei-me de ter visto uma mulher se erguer ao lado de um carro prateado...

Aproximou-se e deu um leve aperto em minha mão.

–Isso! Foi isso mesmo! Ela estava agachada ao lado do meu carro, um Volvo prateado.

Volvo prateado. A imagem do carro apareceu na minha mente, e parecia estar estacionado em uma espécie de garagem...

Sorri abertamente.

–Sim! Um Volvo prateado! Lembrei-me disso também! Céus! – Saltei em cima dele, abraçando-o com força. – Consegui me lembrar mais coisas em um dia que passei com você do que em quatro longos meses! – Senti o rígido quando me lembrei, afastando-me lentamente. – Des...

–Não. – Prendeu-me a ele de um modo gentil. – É aturável e, eu gosto disso.

Sorri e voltei a abraçá-lo.

–O seu cheiro é melhor do que antes, se é que é possível. – Comentou.

–De um jeito bom ou de um jeito ruim? – perguntei sussurrando.

Ri de leve, fazendo-me sentir o seu peito se elevar no movimento.

–Dos dois. Sempre dos dois. – Virou o rosto na direção do meu e roçou o nariz em minha orelha, descendo para o meu pescoço. Fiquei parada e fechei os olhos. Beijando ali.

Eu estava me sentindo fraca e mole ali presa em seus braços e totalmente entregue a ele. Não mandava em meus próprios movimentos, isso explica o que eu fiz depois. Não era a minha mente que me comandava, era o meu corpo, novamente sendo o controlador.

Me afastei um pouco de Edward, que desta vez deixou, mas pude notar a tristeza em seus olhos. Soltei sua cintura e segurei seu rosto que estava a centímetros do meu. Podia sentir o doce cheiro que inebriava o ar ao nosso redor e sentir o seu hálito embriagador bater contra o meu rosto. Com certeza eu estava fora de mim. Fechei meus olhos e me aproximei de seu rosto, quebrando o pequeno espaço que ali tinha entre nós.

Edward passou as mãos para a minha cintura, me segurando de leve, enquanto eu apenas rocei meus lábios nos dele, antes de beijá-lo, realmente. Foi a melhor sensação que já senti em minha vida. Meu corpo e o dele exalavam o prazer que os dois sentiam um pelo outro, isso que era o mais estranho. Como eu me permitia beijar uma pessoa que mal me lembrava? Porém sentia que podia confiar no que estava fazendo e em Edward.

Um lado de mim gritava em oposição ao beijo, mas era fraca perante a minha enorme vontade de sentir seus lábios gelados sobre os meus e... O beijo era tão doce que não sentia que quisesse me mexer dali.

Passei minhas mãos para os seus cabelos e o puxei mais para mim. Edward se inclinou para mim e acabamos por cair para trás na cama, com nós aumentando a intensidade de nosso beijo. Céus! Eu estava fora de mim! Edward desceu a mão da minha cintura e passou-a para debaixo da minha blusa, tocando minha pele desnuda das costas. Senti um arrepiou crescer ao longo de minha coluna.

Imagens.

Várias imagens de beijos apareceram iluminando a escuridão das minhas memórias. Todas elas eram em vários momentos diferentes, mas eram sempre com a mesma pessoa. Eram com homem mais lindo do mundo que estava bem na minha frente e me beijando.

Flashes.

Outros pequenos flashes de imagens inundaram.

Sorri intensamente entre o nosso beijo com as imagens que surgiram. Todas elas eram do mais belo sorriso de Edward. Eu sabia que conhecia aquele sorriso! Ele estava radiante ao me olhar em cada cena, mas o que me irritava era que eram apenas flashes e não verdadeiras lembranças, exatamente como a cena inteira que havia acontecido.

Comecei a sentir a necessidade de ar e Edward logo desceu para beijar loucamente o meu pescoço e erguendo as mãos para mais dentro da minha blusa, espalmadas em minhas costas. Estávamos ambos fora de si, não era apenas eu. Agarrei seu cabelo e o puxei para minha boca novamente, sem pensar em soltá-lo mais. Quem se importa com o ar?

No meio do caminho para a minha boca, quase se encostando, não senti mais o peso de seu corpo contra mim e, eu caí para trás na cama, pesadamente. Ele havia me soltado e saído de perto me mim. Encarei o teto sem olhar para ver onde ele estava, tentando controlar a minha respiração e o meu coração que parecia que iria explodir a qualquer momento de tanto prazer e amor.

Depois de alguns segundo olhei para ele. Estava parado encostado à parede, com os olhos muito em fechados e com os punhos fechados com força. Via que ele estava se controlando para não me atacar, mas eu não me importava. Só não queria que ele saísse de perto de mim.

O vi respirar fundo três vezes antes de suspirar e abrir lentamente os olhos e virar em direção à janela para pular.

–Preciso me alimentar. – disse já preparado para ir.

–Não! – Me joguei sem me importar com a minha perna. Ele se virou rápido e me segurou antes que eu caísse de novo. Me estabilizei e me afastei de seu peito para poder olhá-lo nos olhos. Estavam em um dourado escuro, quase negro. – Não vou deixar que se alimente de outras.

–O quê...? – Não o deixei terminar de falar, pois ataquei sua boca, agarrando seus cabelos e o puxando de volta para cama. – Bella... – disse tentando gentilmente me afastar. Ele poderia, mas igualmente a mim, não queria.

Caiu sobre mim na cama, de novo, e desta vez se afastou e me olhou como se não entendesse. Pensei ter sido muito clara, mas ele, mesmo assim não compreendia.

–Edward, eu fui muito clara. – Olhei-o intensamente. – Não vou te deixar se alimentar de outras.

–Eu posso não parar... – Ele sofria com o medo, mas eu não estava nem aí.

–Vai conseguir. Confio em você.

–Bella... – Desceu para o meu pescoço e fez uma careta ao beijá-lo. – Não posso... Tenho medo de te...

–Chega. – Ataquei novamente sua boca, deixando bem claro as minhas intenções. Não queria nem saber o que iria me acontecer. Queria ele e agora.

Afastei meu cabelo do meu pescoço, deixando-o à mostra. Edward hesitou e grunhiu, mas a visão do meu pescoço era tentadora demais. Uma expressão de fome invadiu-lhe a face e seus se abriram lentamente, expondo seus dentes brancos.

Assim que seus dentes se aproximaram da minha pele nua, eu senti o coração disparar em um misto de medo e ansiedade. Seus dentes me rasgaram a pele, com força, e eu não pude evitar soltar um grito ao sentir uma breve chama de dor. Depois passou e se transformou em uma imensa onda de puro prazer, me inundando ao sentir meu sangue ser drenado de mim. O prazer continuava a me prender e me preencher. Estava perdendo a noção do mundo, perdendo a noção de quem eu era.

Então, acabou. Demorou menos de um minuto.

Ele se afastou e limpou a boca com as costas da mão, me analisando.

–Você está bem? – perguntou visivelmente preocupado.

–Eu... Estou. – E estava mesmo, só me sentia um pouco fraca. Deixei meus braços se soltarem de seu pescoço e cair no colchão, flácidos. Fechei os olhos e sorri.

–Bella, fique de olhos abertos, por favor. Posso ouvir seu coração batendo, mas prefiro que fique de olhos abertos. – Os abri o vi ainda sobre mim, e ainda preocupado. – Com o quê está sorrindo? – Perguntou franzindo o cenho.

–Isso é muito bom... – Soltei respirando firme.

Ele saiu de cima de mim e sumiu do meu campo de visão, voltando em questão de segundos. Meus olhos foram prendidos pelos seus. Ele segurava o kit de primeiros socorros que guardo no armário do meu banheiro.

–Não precisa... – Contrariei ao ver o que ele ia fazer, quando ele me calou, me dando um rápido beijo.

Se afastou sorrindo ao olhar para o kit e abri-lo.

–Você não é a única que cala a minha boca com um beijo – Sorriu torto. – Também posso fazer. – Juntou um monte de gaze, puxou o meu queixo para outro lado, a fim de ter uma visão melhor e limpou.

Fiquei olhando para onde dava; a mesa do meu computador do lado direito, enquanto falava.

–Você parou. – Comentei.

–Eu devo mesmo amar muito você. – Virei meu rosto para ver sua expressão, mas ele não deixou. – Podia não ter...

–Mas parou. – Cortei-o. – Sabe, enquanto nos beijávamos eu me lembrei de coisas.

Ele fez um curativo depois de limpar e assim que ele havia terminado de fazer, olhei-o, ignorando a pontada de leve da dor do machucado.

–É mesmo? – Colocou tudo onde tinha que estar no kit, antes de me olhar. – O que?

–Nenhuma era uma cena, realmente – Me sentei calmamente. – Mas em todas as imagens que vi, era você que estava, só que com olhos absurdamente verdes e sua pele era um pouco mais morena. Várias cenas de beijos com você, sentindo a mesma sensação que senti hoje ao me beijar e algumas outras de você sorrindo ao me olhar... – Sorri a ele que continuava impassível. Segurei seu rosto perto do meu, com as duas mãos e fiquei a observá-lo por um tempo antes de puxá-lo para um breve beijo calmo. – Isso é tão bom... – disse sobre seus lábios.

Ele me afastou gentilmente, se levantando.

–É... Tão bom que resultou nisso. – Apontou para o meu pescoço. Caminhou até o banheiro e eu me virei para segui-lo com o olhar. Ele se agachou na frente do armário da pia e guardou o kit.

–Foi uma escolha minha. – disse firme.

–Uma escolha que eu podia ter negado por você correr risco. Não viu como ficou fraca? Ficou até pálida! – Voltou ao meu quarto, mas sem voltar a se sentar ao meu lado. Encostou-se à parede do lado da minha mesa de estudo.

–Edward...

–Não vamos discutir mais sobre isso.

–Não vamos mesmo, porque eu sei o que eu quero fazer e o que eu escolho. – Estreitei os olhos em sua direção.

–Não escolheu nada.

–Escolhi que não quero que se alimente de outras mulheres, somente de mim. Ponto final.

–Não vou mais fazer isso. – disse novamente.

–E eu digo que vai. – Me levantei rápido demais que acabei vendo o quarto girar. Cambaleei e Edward antes que eu piscasse, estava do meu lado, me segurando e fazendo uma careta irritante. – Estou bem.

–Certo. – Me soltou e eu voltei a me sentar. – É assim que ficará toda a vez que eu te morder. Quer mesmo ficar assim?

–Isso é o de menos. – Resmunguei.

–Ah, o de menos... Então qual é o pior?

–Não tem pior. – disse encarando-o. Ele não acreditou. – Tudo bem, o pior é só quando você morde, mas depois... Não sei como explicar, mas é como se eu sentisse um enorme prazer ao sentir seus dentes cravados em meu pescoço.

–Você é louca. – disse. Cruzou os braços ante ao peito. – Notou que ainda que não se lembre de mim, você está se servindo como o meu banquete? Assim, muito fácil?

Me levantei e fiquei de frente para ele, olhando para cima para poder ver seus olhos mais claros, agora.

–Notei sim. Porque por mais estranho que isso pareça, eu não ajo com a cabeça, porque ela não se lembra de você. Mas o meu corpo, o que estava comandando, se lembra e só o quer. – Sustentei seu olhar. – Por isso, não me opus. Já o amo, Edward. – disse sincera.

Ele segurou meu rosto com suas mãos geladas e se abaixou para encostar sua testa com a minha. Sorriu.

–Sempre soube que uma parte de você nunca me esqueceria, mas vou fazer você se lembrar de mim por inteira. Meu amor... – Fiquei na ponta dos pés em busca de sua boca. Ele sorriu antes de me dar um beijo delicado. – Coisas nunca mudam. Você continua a mesma. – Se afastou e segurou a minha mão, beijando-a.

Virou-se e ficou observando a tela do computador por um momento. Soltou minha mão e se aproximou, lendo o que ali tinha escrito. Fiz o mesmo, vendo que ainda estava aberto na janela que eu falava com Alice. Ela perguntava se eu ainda estava ali.

Alice diz:

"Bella?"

Alice diz:

"Bella? Ainda está aí?"

Alice diz:

"Isabella Marie Swan, se não falar comigo eu vou ligar para a sua casa para saber se nada te aconteceu!"

Desviei de Edward e me sentei na cadeira, de frente para o computador e digitei rápido.

Bella diz:

"Estou bem. Só que fui ao banheiro. Desculpe." Essa era a melhor desculpa que tinha. O melhor de tudo era que era uma conversa por computador, porque seria muito provável que ela viria que eu estava mentindo.

Edward se agachou ao meu lado, olhando para tela com uma expressão indecifrável, mas me parecida com dor e tristeza.

–Sinto falta de Alice... De Jasper, meus pais, Emmett, Rosalie... Da minha vida normal de antes daquele maldito acidente! – Apertou o tampo da minha mesa, quebrando-a. Olhei aquilo atônita. Ele era forte... – Desculpe. – Abaixou a cabeça e se levantou indo se sentar na minha cama, olhando para o pedaço de madeira, que arrancou, na mão.

–Edward... – Ia conversar com ele, mas Alice havia dito alguma coisa.

Alice diz:

"Bella, Esme e nós precisamos de você :'( Sentimos tanto a sua falta, você era a única coisa boa que nos restava depois da morte de Edward..."

Somente pelo texto, conseguia imaginar o rostinho pequeno de Alice cheio de lágrimas. Eles realmente precisavam de mim, mas não dessa Bella que estava agora, da outra. Daquela que sabe o que viveu com eles, daquela que ama eles e que os conhece muito bem. Não essa eu de agora. Essa de nada prestava, mas eu faria de tudo para a velha Bella voltar. Nem que seja a última coisa que eu faça! Pelo bem da minha família londrina, pelo o bem de Edward... Pelo o meu bem.

Todo o esforço que eu faço acaba por me deixar muito mal; cansada mentalmente e minha cabeça parece ser capaz de explodir a qualquer momento, mas hoje, hoje havia sido diferente. Lembrei muito mais com Edward ao meu lado, o meu amor por ele, que antes achava que não me lembrava, voltou, ainda fraco, mas se mostrava presente. Lembrei muito mais do que sozinha.

–Minha mãe precisa de mim. – murmurou ele, bem baixo, quase inaudível para os meus ouvidos.

Alice diz:

"Bella, precisamos de você."

Fiquei olhando para a tela, antes de uma idéia me vir à mente. Virei a cadeira rapidamente em direção a Edward, empurrando o chão para que ela se virasse. Ele me olhou com os olhos tristes.

–Vamos para Londres. – disse-lhe.



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Notas finais do capítulo

Pois é...
Eu esqueci o que eu ia falar! xD
Mentira! Então, people, o que realmente importa aqui não é o que EU vou falar e sim o que VOCÊS vão falar ;] Por isso, como uma autora de fic, eu adoraria e muito saber o que estão achando da estória e do meu NOVO Edward! ;P Gostaram dele? E o que acharam da relação EdwardxBella? Hahaha
Humm, eu queria ir para Londres, e com o Edward ainda! Fui, beijos! Hahaha
Beijão, meus amores! Até o próximo capítulo!
Bye, bye!
Lina Furtado ;*