A Intercambista escrita por LinaFurtado


Capítulo 25
2ª temporada: Onde você está?


Notas iniciais do capítulo

YES! Consegui arrancar lágrimas! Hahahahaha ;D Fico feliz que consiga arrancar emoções de vocês, minhas queridas! ;)

Pois é, gente, vou ser franca com vocês: Realmente achei melhor pensar na possibilidade de desistir dessa fic, não porque não recebi a quantidade de reviews (já desisti disso), mas sim porque algumas pessoas não gostaram da idéia de essa fic ter muito drama e, com isso, seria ir contra ao que eu tinha pensado :/ Mas como eu tenho muita consideração com as minhas leitoras e que as respeito deeemais ;P, vou tentar deixá-la mais leve e melhor para vocês, viu? SÓ PARA VOCÊS! Mesmo eu amando um draminha... hahaha Por isso, não vou desistir dela ainda. Vamos ver no que vai dar essa continuação. ;)

Obrigada a aquelas pessoas que foram sinceras comigo, dizendo que achou essa última cena, um pouco demais, não no sentido bom, mas pensando melhor achei muito bom isso, porque eu reli e também achei que ficou muito... Sei lá! Não ficou muito boa como eu esperava que fosse :( Me desculpe por isso. Eu me dedico muito ao melhor mais ficou pesado demais.

OBS: O que se segue a seguir só é por alguns instantes. Vai ter drama nessa parte? Vai, mas depois volta ao normal e não se preocupem, a Bella não vai passar por aquele momento deprê sem Edward :X Falei demais! Quer dizer, só um pouquinho, mas como eu havia dito, logo volta ao normal! ;D Então sem pânico e não xinguem a autora da fic! ;P

OBS 2: CARA! Eu sou Fo*****! Tive uma idéia brilhante para essa fic! Hahaha xD (Foi agora, enquanto escrevia)

Vamos logo ao capítulo de hoje desta fic:

Espero que gostem ;]



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Capítulo 5. – Onde você se meteu?

Senti alguém estar segurando a minha mão, apertando-a firmemente, mas sem deixar a leveza de lado. Estava sentindo meu estômago embrulhado, e dolorido, como se alguém tivesse me dado um soco. Minto, meu corpo todo estava assim. Todo, desde meu pé até o topo da minha cabeça.

Senti como se tivesse dormido por muito tempo, mas não tive sonhos ou pesadelos. Meu corpo estava me incomodando por parecer não se mexer a muito tempo. A pessoa que segurava minha mão estava fazendo pequenos círculos na mesa, virando-a para cima e brincando com meus dedos. Apertei a mão de leve, pois estava sem força. A pessoa parou de se mexer.

Apertei de novo, voltando à lucidez.

-Meu Deus! – Soltou um grito abafado. - Bella? Bella, meu amor, pode me ouvir? – Era a voz da minha mãe.

Pestanejei até focar meus olhos e encontrar seu rosto debruçado sobre mim. Ela estava com a testa franzida, que logo sumiu e apareceu um sorriso imenso em seu rosto.

-Bella! Graças a Deus! Bella! – Levou uma mão à boca, emocionada. Estava chorando.

O que estava acontecendo? Onde eu estava?

-M-Mãe? – Ela começou a chorar; secando suas lágrimas o tempo todo. Vi que ela queria me abraçar, mas algo a impedia, algo em mim. – O que aconteceu? Onde estou?

-Oh, querida! Você ficou em coma por dois meses. – Voltou a se sentar na cadeira que tinha ao lado da cama. – Quase me matou do coração! Quando Esme me ligou avisando o que tinha acontecido... – Fez uma careta de dor. – Pensei que fosse perdê-la. – Voltou a chorar.

Não estava entendendo. Eu fiquei em coma? Por quê? O que eu tinha feito desta vez?

-Mãe, quem é Esme? – perguntei receosa. Não sabia quem era e ela havia acabado de falar como se eu a conhecesse.

Minha mãe ergueu a cabeça assustada. Seus olhos estavam vermelhos do choro.

-Bella, meu amor,- Apertou minha mão. - Esme era a mãe do seu namorado, Edward.

-Namorado? – Franzi o cenho em confusão e isso fez minha testa doer um pouco. Que eu me lembre, nunca tive nada perto disso. Edward? Não tinha a menor idéia de quem era, mas era um belo nome. – Mãe, nunca tive namorado. Você está me confundindo...

-Bella, você foi morar na Inglaterra para fazer intercâmbio, lembra? – Minha mãe parecia nervosa. Neguei. Não me lembrava disso, melhor, não me lembrava de nada. – Lá tinha um garoto... – Incentivou-me a lembrar. Nada. – De olhos verdes, bonito, gentil, cavalheiro, tocava piano...

Balancei a cabeça.

-Desculpe, não me lembro disso. O que aconteceu para eu estar em um hospital?

-Vocês dois sofreram um acidente de carro quando voltavam para a casa dele, o carro capotou. Parece que cortaram os freios. – Os olhos dela voltaram a se encher de lágrimas. – Seu namorado não resistiu... Morreu na hora...

Fiquei triste apesar de não me lembrar. Seja quem fosse ninguém merecia morrer. O mais estranho de tudo era que eu me sentia confusa. Não me lembrava. Eu tinha um namorado? Em Londres? O que eu perdi?

-Sinto muito... – murmurei a ela.

-Bella, você o amava muito. Como não consegue se lembrar?

-Não consigo. – Garanti-lhe. – Quem é Edward? Certo, disse que era meu namorado, mas... Não consigo me lembrar dele. E, ele está morto...

-Sim, querida. – Minha mãe se levantou preocupada e pegou um telefone bege do quarto. – Chame Carlisle para mim e o avise que minha filha despertou do coma. – Ela não tirava os olhos de mim.

Depois de minha mãe se voltar a se sentar na cadeira ao meu lado, não demorou muito para que um médico loiro, de olhos azuis, muito bonito aparecesse. Parecia cansado, mas com os olhos contentes em me ver. Ele não veio sozinho, veio uma mulher muito bonita, de olhos verdes, rosto em formato de coração e igualmente linda, parecia exausta.

-Carlisle, Esme, ela acordou. – Informou minha mãe a eles, dando um meio sorriso.

Então essa era Esme? Não me lembrava de tê-la visto antes, então, por que minha mãe dizia que eu a conhecia. O homem caminhou até mim e minha mãe se afastou para deixá-lo me examinar.

-Como está se sentindo, Bella? – perguntou-me o homem.

-Bem.

-Sente alguma dor?

-Só de não me mexer por muito tempo.

-Bella? – Chamou-me minha mãe. – Se lembra de Carlisle? – Tanto o homem como a mulher olharam para ela sem entender.

Neguei. Ficaram abismados com minha reação.

-Ela me contou que não se lembra de nada que aconteceu, não se lembra de vocês, não se lembra de Ed... – Parou de falar abaixando a cabeça, tristonha.

A mulher com o rosto em formato de coração me fitou, seus olhos verdes belíssimos passaram de felizes para triste em questão se milésimos. Seus olhos se encheram de lágrimas, enquanto caminhava até mim e segurava minha mão firmemente. Ela era muito bonita.

-Bella, por favor, diga que se lembra de nós. – Implorou-me.

Não conseguia. Para mim, nunca havia visto aquelas pessoas na minha vida e elas estavam começando a me assustar com essas coisas de se lembre disso e aquilo.

Começou a chorar. O homem passou o braço sobre os ombros da mulher, afagando-os.

-Acalme-se, Esme, se não você terá suas crises novamente. – sussurrou ele a ela.

Esme secou as lágrimas e saiu do quarto chorando. Carlisle a olhou sair e se voltou a mim com olhos igualmente tristes. Tocou a minha cabeça.

-Sente dor?

-Não. – disse-lhe. – Sinto muito por seu filho. Sinto mais por não lembrar dele. – disse enquanto ele me analisava.

Carlisle franziu os lábios e forçou-me um sorriso.

-Está tudo bem, você vai se lembrar. – Garantiu-me. – Edward não é muito fácil de esquecer. – Virou-se para minha mãe quando terminou. – Ela teve perda de memória recente.

-E pode voltar? – Perguntou minha mãe.

-Talvez sim, ou não. São raros os casos em que os pacientes se lembrem devido aos traumas sofridos. Não posso afirmar que ela irá recuperar a memória, mas talvez ela lembre com o tempo. – disse Carlisle.

Bateram na porta assim que o médico saiu dizendo-me que se assim eu continuasse, logo teria alta. Notei que as minhas pernas estavam quebradas e o meu braço esquerdo, no direito tinha uma cicatriz forte e recente. Minha cabeça estava enfaixada e minha mãe disse que eu havia quebrado duas costelas, mas que já deviam estar curadas devido ao tempo que estava desacordada.

Entrou uma garota de cabelos espetados, baixinha, um garoto loiro de olhos azuis, que me lembrava o doutor, com olhos de dor, um grandalhão com um rosto infantil, e uma loira linda, daquele tipo que faria você sentir um golpe de alto-estima só de estar no mesmo local que ela. Todos tinham uma expressão triste.

A baixinha veio até o leito da minha cama assim que minha mãe se retirou dizendo que nos daria privacidade. Não os conhecia, como ela me deixava sozinha com eles?

-Bella? É verdade que não se lembra de nós? De mim você lembra não é mesmo? – Sorriu forçado. – Sou sua melhor amiga e você é a minha... – Nada falei. Ela levou as mãos ao rosto, sem tirar os olhos de mim e começou a chorar.

Todos os outros fizeram uma careta de dor.

-O doutor Carlisle disse que eu perdi a memória recente. – Expliquei-os. – Vocês eram meus amigos?

A menina baixinha assentiu ainda chorando, tentando segurá-lo, mas não estava conseguindo. O loiro chegou por de trás dela e segurou seu ombro. Ela se virou e o abraçou com força. Ele me olhava ao ponto de parecer que ia chorar a qualquer momento.

-Sou Jasper. – disse o loiro. – Você morava comigo e com a minha família. Você namorava o meu irmão mais velho e você era muito apaixonada por ele, seu sentimento por você era recíproco. Tenho certeza. Esta é Alice. – Indicou a baixinha. – Minha namorada e sua melhor amiga, como ela mesma disse. Aqueles são Emmett e Rosalie – Apontou para o casal que também tinham se abraçado. – São namorados há muito tempo. Todos éramos amigos muito unidos. – Completou. – Não é possível que não se lembre de nada, Bella. Por favor, faça um esforço. Por nós, que a amamos muito...

Alice o apertou mais, chorando mais alto.

-Desculpe. Não consigo me lembrar de vocês. – Eles se retorceram. – Aposto que eram ótimos amigos, mas... Não consigo.

Jasper mordeu o lábio inferior e assentiu.

-Certo. Tudo bem, você ai se lembrar. Vamos. – disse a todos. – Depois voltaremos para te ver.

Todos saíram.

Estava me sentindo mal por não me lembrar deles, já que disseram que eu os conhecia. Seria ótimo tê-los como amigos, ao menos era assim que imaginava ser. Parecem serem todos muito bons, mas com a ajuda deles, senti curiosidade em ver como era esse Edward. Esse que todos diziam ser meu namorado.

Olhei ao redor e, na mesa de cabeceira da cama, havia um porta retrato, ao qual eu não conseguia ver a foto por estar virado para o outro lado. Estiquei meu braço direito, que mesmo dolorido um pouco, me forcei a pegá-lo.

Quando voltei o objeto a minha frente, me reconheci na foto, mas não meu acompanhante. Era uma foto minha e de um garoto lindo, dos olhos verdes-esmeralda, com seu rosto simétrico e bonito. Era forte e me abraçava, na foto, pela cintura, comigo colada ao seu corpo. Eu estava corada e de cabeça baixa, ao menos, pois ele parecia forçar meu rosto a ficar de frente para a foto e... Eu sorria. Em meu rosto vi um brilho em meu olhar.

Então, esse era o Edward. Por que não conseguia me lembrar dele? Por que não consegui me lembrar de nossos momentos juntos? Tudo isso estava fazendo minha cabeça começar a latejar. Deitei a foto sobre meu peito, desejando me lembrar daqueles olhos... Onde a minha memória estava? Onde?

Minha mãe entrou, parando assim que me viu analisando a foto. Caminhou voltou a se colocar ao meu lado na cama, com um sorriso duro.

-Por quê? – Perguntei sem tirar os olhos da foto, do rosto do garoto lindo. – Por que não consigo me lembrar dele, dessas pessoas...? Este era o...

-Edward. – Completou minha mãe, analisando as minhas reações.

-Ele era muito bonito... – comentei.

-Sim. Ele era. – Sorriu, mas seu sorriso não conseguiu atingir seus olhos. – Quando você apareceu lá em casa, em Phoenix, com ele, fiquei impressionada com o namorado que conseguiu arranjar. Além de muito bonito, era um excelente garoto, talentoso, educado, inteligente...

-Ele era tudo isso? – Passei meus dedos sobre a foto. – Como não me lembro que tive um namorado, muito menos que ele fosse tão perfeito assim? Não é possível! – Bati a cabeça com força contra o travesseiro.

-Não se culpe, querida. – Passou as mãos em meus cabelos. – Vamos nos preocupar somente em você se recuperar logo, está bem?

Suspirei dando uma última olhada na foto, antes de minha mãe tirá-la de mim, colocando-a de volta na mesa de cabeceira.

Passei mais uma semana no hospital em observação. Já estava cansada de olhara para as mesmas paredes beges e sem graças do quarto e mal podia esperar para sair dali e voltar para casa.

Recebia visitas daquelas pessoas que não conseguia me lembrar, mas que não esqueci o nome quando me disseram. Alice foi a que mais apareceu, ficava me fazendo companhia e tentava me distrair com coisas diferentes. Ela era muito legal. Logo pude ver porque ela deveria ser minha amiga, sempre sendo gentil e legal em tudo... Era uma enorme pena que não me lembrasse dela. Podia ver que seus olhinhos estavam tristes, mas confiantes em me conquistar de novo. E estava conseguindo.

Esme e Jasper vinham me visitar com menos freqüência, sempre me fazendo as mesmas perguntas; se eu estava bem, como estava sendo o meu dia... Mas nenhum deles mais tocou no assunto de eu não me lembrar de nada. Ficava feliz por isso, já que não suportava ver a tristeza em seus olhos, era como se eu quisesse me lembrar de algo pelo qual eu não vivi... Era tudo muito difícil.

Emmett e Rosalie vinham me visitar tentando me fazer ficar feliz e, conseguiam, pois sempre Emmett fazia alguma gracinha com Rosalie e a deixava nervosa. Ria muito com eles dois. Me traziam presentes e pediam desculpas por não estarem muito por aqui para me ver. Afirmei que estava tudo bem, afinal, não eram obrigados a isso, já que eu não os recordava.

Minha mãe e Carlisle eram os que nunca saiam daqui. Carlisle porque, além de trabalhar no hospital, disse a mim que se sentia como se fosse meu pai, por isso se preocupava tanto. Minha mãe, porque ela sentia necessidade de não me deixar sozinha por um instante que quer.

-Com cuidado, por favor. – disse minha mãe mais uma vez aos enfermeiros ao me colocar na cadeira de rodas.

Hoje era o dia da minha alta. E, finalmente, sairia deste hospital para voltar para casa. Minha mãe já havia me trocado, colocando-me uma blusinha leve de seda na cor rosa, colocando um moletom cinza por cima, já que aqui fazia um frio imenso e uma bermuda jeans, por causa do gesso.

Bateram na porta. Ergui meu olhar encontrando Carlisle na mesma. Sentiria falta dele, ele fora muito bom comigo nesses dias em que passei aqui. Não só dele mais dos outros que acabei tendo a amizade, mesmo ela sendo passageira, afinal, voltaria a Phoenix.

-Bella, você terá as suas últimas visitas. – Sorriu-me antes de sair da frente para que um grupo de pessoas passasse pela porta.

Entraram Esme, Japer, Alice, Emmett e Rosalie, juntos com o doutor Cullen.

-Viemos nos despedir de você, querida. – Esme se colocou na minha frente, com o mesmo sorriso triste de sempre e me deu um abraço de leve, com medo de me machucar. Apertei-a mais forte para mostrar que não me importava.

Ela me sorriu surpresa ao se separar e segurar uma de minhas mãos.

-Vou sentir sua falta lá em casa. – Sorriu sincera.

-Obrigada. – disse mesmo sem me lembrar.

E assim foi com cada um, todos com os olhos tristes, mas com uma pontada de felicidade por eu estar bem. Não conhecia muito a aquelas pessoas, mas elas me eram sinceras e verdadeiras com relação aos seus sentimentos. Um dia voltaria a Londres apenas para vê-los novamente.

Caminharam conosco até o estacionamento do hospital. Estava nevando e eu não me lembrava de antes ter visto neve, fiz uma careta de desgosto. Por que quis vir para Londres se eu odiava frio? Jasper e Emmett ajudaram a me colocar no banco de trás do carro e colocaram a cadeira de rodas no porta-malas.

Emmett, Rosalie, e Alice foram nos deixar no aeroporto, com Emmett no volante, Rosalie ao seu lado, Alice do meu e, minha mãe ao seu. Dei um último aceno a Carlisle, Esme e Jasper antes de Emmett fazer a curva e entrar na via expressa que era o caminho.

Todos estavam quietos. Não me importei em olhar para ver se estavam me analisando, como fizeram a semana toda. Apenas continuava a olhar a paisagem pela janela, observando a neve caída ao chão, na copa das árvores e os tons de marrom que por ali tinham.

Estava pensando em como pude me esquecer de alguma coisa. Nunca havia imaginado que viria para Londres, que aqui conheceria e faria muitos amigos, acharia um namorado lindo que depois morreria em um acidente de carro que, por milagre, eu acabei saindo "ilesa" e depois não me lembraria de nada. Carlisle disse que se eu tentasse estimular as minhas memórias, talvez, um dia um pudesse voltar a tê-las, mas por mais que eu me esforçasse, nenhuma me vinha a mente.

Abaixei o olhar, olhando para a porta do carro, sentindo o carro fazer uma curva para a direita. Voltei a olhar para fora, quando vi um barranco grande e com a grade de proteção arrancada, como se um carro ali tivesse batido e, obviamente, deve ter caído.

Uma imagem apareceu na minha mente; tudo balançando, eu estava dentro de um carro e gritando, estava caindo... E parou. Não me lembrava de mais nada. Franzi o cenho.

-Bella? – Chamou-me Alice. – Está se sentindo... – Olhou pela janela, vendo o barranco. Todos se viraram para me ver, com exceção de Emmett, que me olhou pelo espelho. – Bem?

Assenti, mordendo o lábio.

-Só... Fiquei angustiada, só isso. – Sorri duro, voltando a olhar o caminho.

Chegamos ao aeroporto. Emmett me colocou na cadeira de rodas e minha mãe assumiu, me empurrando. Alice começou a chorar dizendo que já havia visto essa cena antes, embora ela dissesse que preferiria a outra. Nos despedimos e entramos. Minha mãe fez o check-in e me colocou perto dos bancos, onde ela se sentou. Virou-se de frente para mim, com um sorriso calmo no rosto.

-Como está se sentindo? – perguntou. Reprimi a vontade de revirar os olhos. Seria assim até eu me curar totalmente, isto é, até as minhas pernas voltarem ao normal.

-Estou, mãe. – Estava cansada.

-Quando chegarmos em Phoenix, Phil vai no pegar no aeroporto e nos levar de volta para casa.

-Onde ficou enquanto eu estava no hospital? – Perguntei por me lembrar que não conhecíamos ninguém em Londres.

Reneé franziu os lábios, deixando-os em uma linha fina.

-Na casa dos Cullen. Dormi no quarto que era seu.

-Eu tinha um quarto só para mim na casa?

-Sim.

Antes de partimos, fomos mais cedo para o portão de embarque, o moço da empresa nos ajudou a me levar ao avião, colocando-me em minha poltrona. Minha mãe se sentou ao meu lado e ficava me jogando olhares o tempo todo, para se certificar que eu estava bem, enquanto segurava a minha mão. O vôo foi tranqüilo, tirando algumas turbulências.

Uma das coisas que eu pensava muito além da minha recente perda de memória, era em tirar os gessos. As pessoas olhavam provavelmente se perguntando como consegui quebrar as duas pernas ao mesmo tempo. Reneé me passou um livro, já que eu não estava com vontade de dormir – ela fez isso – e eu fui lendo até o termino da viagem. Esperamos todos saírem do avião para poderem me retirar. Aquilo era vergonhoso.

O moço ia me carregando até o portão de desembarque e me colocava de volta a cadeira de rodas. Encontramos Phil rapidinho. Ele beijou brevemente minha mãe, enquanto eu olhava para o outro lado e me deu um abraço, me perguntando como eu estava. Disse-lhe que estava bem, e esperava que pela última vez.

Chegar em casa foi como um alívio, mesmo ouvindo minha mãe dizer que eu ficaria no quarto de hospedes, que era no primeiro andar e ficava ao lado da cozinha, assim eu não teria que subir as escadas. Mesmo querendo o meu quarto, estava me sentindo bem por estar de volta, no lugar onde tudo estava normal. E onde eu conhecia tudo.

Phil me colocou na cama com edredom marrom e minha mãe abriu a cortina para deixar o sol entrar. Ao contrário de Londres, aqui fazia calor. Tirei meu moletom e me recostei na cama. Phil me entregou o controle da TV antes de sair. Minha mãe ainda ficou um pouco, deitando-me em seu colo e mexendo em meus cabelos.

Tentei entender do por que ela fazia tanta questão em ficar comigo, mas lembrei em como teria sido sua reação ao saber que eu tinha sofrido um acidente de carro e que estava em coma... Argh! Devia ter sido horrível para ela. Aposto que ela deve ter quase dito um ataque cardíaco, do jeito que era. Por isso, não me opus quando quis ficar no quarto comigo.

-Ah! Tenho um monte de DVDs que eu comprei e você ainda não viu. – Sorriu contente. – Nunca ficará entediada.

Sorri a ela.

Não pretendia ficar presa neste quarto por muito tempo, só daria um jeito da minha mãe se sentir mais confortável em me deixar sozinha, que logo sairia daqui. E também não queria ficar vendo séries ou filmes. Bem, pelo menos por um tempo eu teria que ficar assim e, eu viraria uma biblioteca de filmes.

Ela saiu quando lhe dei uma desculpa de queria descansar. Ajeitei-me de um jeito que eu ficasse confortável e fechei meus olhos, vendo uma imagem no preto, olhos verdes, mas não eram os comuns, sabia de quem era os olhos. Eram os do garoto que todos diziam que era o meu namorado, Edward.

Por que não me lembrava? Tinha certeza de que se eu o visse... Nunca me esqueceria, então, por quê?


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Notas finais do capítulo

Não me matem! O Edward não morreu e a fic não acabou ;D

Com os próximos vocês vão entender. Ah! E entendam que fiz a Bella perder as memórias para não ficar o DRAMA de: "Oh, meu Deus! O amor da minha vida morreu!" Sacaram? Viu, é só isso. Mas ele NÃO morreu. ;P

Beijinhos e comentem!

Lina Furtado.