A Intercambista escrita por LinaFurtado


Capítulo 24
2ª temporada: O inesperado


Notas iniciais do capítulo

Ará! Demoreiw :B

Bom dia, quéridas! (É para ser "quéridas" mesmo ;])

Duas palavras para vocês: Muitas emoções! ;P

Espero que gostem! E, boa leitura!



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Capítulo 4 – O inesperado

Chegamos bem cedo em Phoenix graças ao fuso horário e, logo fomos recepcionados por Renée e Phil. Minha mãe não ficou surpresa quando cheguei junto dele, pois ela já sabia que a minha verdadeira intenção de voltar para Londres era ele. Coisas de mãe, algo que eu só entenderei quando for uma.

Posso dizer que foi a semana que mais passei corada em toda a minha vida. O tempo todo minha mãe me colocava em situações embaraçosas, como da vez em que estávamos jantando todos juntos e ela teve a brilhante idéia de contar a Edward todas as minha péssimas experiências ruins em todos os esportes ou cursos que exigiam algum esforço físico da minha parte. Ele nada falava, pois sabia que eu me sentia envergonhada por ela contar todos os meus desastres.

-Mãe, - Procurei um assunto que se desviasse de mim. – Edward sabe tocar piano. – Decidi que esse seria o assunto assim que vi o piano de parede da minha mãe.

Ela acompanhou o meu olhar e se voltou a Edward.

-É mesmo? – Ele assentiu um pouco envergonhado. – Por que não nos dá a honra de ouvi-lo?

-Oh, não, eu não acho...

-Edward, você toca lindamente – Olhei com desespero, fazendo-o sorrir torto. – Toque, por favor.

-Tudo bem. – Se resignou.

-Só acho que ele não está muito afinado, faz muito tempo que não toco... – Comentou a minha mãe ao se levantar e ir atrás dele que ia ao piano.

Edward se sentou e encarou as teclas antes de se virar para minha mãe.

-Por que a senhora não escolhe uma música, senhora Swan?

Minha mãe pareceu surpresa, provavelmente achando que ele não saberia tocar qualquer uma que ela escolhesse. Eu não duvidava que ele soubesse, sempre sabe de tudo e sempre é perfeito em tudo. Revirei os olhos internamente.

-Qualquer uma? – perguntou ela e ele concordou. Franziu o cenho e cruzou o braço. – É uma das minhas preferidas, assim como a de Bella, Clair Del Lune, conhece?

-Claro. – Sorriu, deixando os dedos fluírem sobre as teclas formando o tom relaxante e tranqüilizador da música. O som não era o mesmo de seu piano, estava mesmo desafinado, mas Edward não deixou de tocar lindamente.

Minha mãe ficou boquiaberta, assim como Phil, que logo a fechou e riu da cara da minha mãe. Talvez tivesse raciocinado o mesmo modo que eu.

Depois que Edward terminou, ela ficou fascinada e logo foi jogando um monte de músicas sobre ele. Não estava mais testando-o, apenas queria ouvir suas músicas preferidas serem tocadas ao vivo e em sua frente.

Fiquei sentada ao sofá, com um sorriso nos lábios por ver que Edward e minha mãe estavam se dando muito bem. Ele sabia todas as músicas, tocou até mesmo Carol Of The Bells, mas só a parte do piano, lógico. Lembrou-me os meus natais com minha mãe. Sempre colocava-nos para ouvir essa música antes da ceia. Eu me deitava em seu coloco, enquanto fechava meus olhos e ela cantarolava o ritmo, mexendo em meus cabelos.

Uma época excelente, apesar de me lembrar apenas das partes interessantes. Sempre fui muito boa em apagar coisas ruins da memória e, isso valia como um ponto para mim.

A semana passou rápido. Dividimo-nos em mostrarmos Phoenix para Edward, matar as saudades dos lugares que mais gostava de comer e o principal de tudo, matar as saudades da minha mãe.

Não pude deixar de notar que Edward estava feliz por estar ali e, por estar lindo com uma roupa mais leve, diferentemente das que ele normalmente usa em Londres. Estava com uma bermuda verde escura, uma camiseta branca, justa ao corpo. Cheguei a comentar que estava magnífico e isso o fez rir e me puxar para um beijo, enquanto minha mãe não via.

Quando chegou a hora de partirmos minha mãe fez a mesma carinha que fez quando se despediu de mim, isso quase partiu o meu coração. Não podia mentir que sentia falta dela e de Phil, mas eu viajei por uma razão e, mesmo que ela tenha mudado um pouco por agora eu ter que acrescentar Edward a ela, continuou achando que assim será melhor para eles. Que eu não os atrapalhe.

Edward me puxou para irmos ao saguão de embarque, enquanto eu olhava a minha mãe que se voltou triste para Phil assim que partimos. Edward me virou e me colocou diante de sim, caminhamos pelo saguão abraçados e eu de cabeça baixa, pois algumas pessoas nos encaravam.

Paramos diante do portão, esperando que abrisse logo.

-Por que está de cabeça baixa? – perguntou em meu ouvido, fazendo-me erguer a cabeça de imediato.

-Ah... Muita gente olhando. – Comentei como um sussurro.

Edward riu e me virou de frente em um ato rápido. Me sobressaltei, olhando-o sorrir para mim. Nunca iria me acostumar com sua beleza absurda, muito menos com a intensidade de seus olhos verdes da cor das mais belas esmeraldas.

-Vamos mostra a eles que somos o casal mais bonito. – disse se aproximando.

-Diga isso por si mesmo... – Murmurei ao senti-lo em meus lábios, beijando-me com o seu jeito doce e romântico. Não pude deixar de reagir a ele, era algo que não podia simplesmente conter. Isso era contra a minha natureza e, tanto faz, quando estava com ele, todos ao meu redor sumiam, então, não importava se estavam nos olhando ou não.

Passei meus braços ao redor de seu pescoço e gentilmente o puxei mais para mim. Essa reação era rotineira, tanto ele quanto eu, nos puxávamos para mais perto, mesmo sabendo que o espaço era limitado e que não passava mais do que isso.

Talvez, todas as pessoas que disseram que nós éramos como imas de lados opostos, sempre sendo atraídos, não estivessem falando mentira. Edward era o que me atraia, não só sua beleza absurda – o que certamente contava muitos pontos -, mas como também o seu modo e jeito de agir era o que me encantava, o seu jeito de ser. E a cada dia que se passava, tinha mais e mais certeza de que ele é e sempre será o homem da minha vida.

Nos separamos e ele sorria vitorioso.

-Viu? – Ainda mantinha seus braços ao redor de mim, por isso me aproveitei e me agarrei a sua cintura, mergulhando meu rosto em seu peito.

Riu baixo.

-Agora irá me forçar a ficar presa a você durante a volta para Londres inteira – murmurei.

-E isso é ruim? Prefiro chamar de paraíso. – Olhei-o quando ergueu meu queixo. – Fique grudada em mim eternamente, se quiser, é claro. – Beijou minha testa, antes de voltar a me abraçar.

O vôo foi tranqüilo apesar de eu ter me assustado com a quantidade de turbulências que chacoalhou o avião todo. Dormi encostada no ombro de Edward, enquanto ele repousava a cabeça na minha. Devemos ter dormido durante uma hora e, o resto, ficamos fazendo jogos de palavras cruzadas ou conversando.

Quase não senti as tantas horas de vôo, que fiz questão de não contar para não me desesperar.

Ao chegarmos, pegamos nossas bagagens depois de esperar quinze minutos para as esteiras andarem e fomos ao estacionamento, onde Edward havia deixado seu Volvo. Caminhamos de mãos dadas até o mesmo e guardamos as malas no porta-malas.

Edward já havia entrado no carro quando pensei ter visto a mesma cabeleira ruiva - atrás de uma árvore - que havíamos visto no estacionamento do supermercado, mas quando pisquei de novo, não havia nada lá. Ignorei isso e senti a mesma pontada no peito que havia sentido a dias atrás.

Sentei-me ofegante no banco. Edward me olhou preocupado.

-Está se sentindo bem?

Assenti.

-Fiquei um pouco tonta. – Menti, dando um sorriso duro. Ele franziu o cenho, mas voltou a atenção ao carro, dando ré para sair da vaga.

Pegamos a via expressa que a maioria era uma grande reta. Já sabia que Edward dirigia rápido demais, mas, hoje, em especial, estava me incomodando.

-Edward, será que pode reduzir um pouco?

-Por quê? – perguntou, tirando um pouco os olhos da pista apenas para me olhar rapidamente.

-Porque você está correndo demais. – Respondi irritada.

Ele revirou os olhos e pisou no freio, mas o carro nem pareceu ter sentido.

-Edward, reduza mais! – Estava começando a me alterar.

-Estou reduzindo, mas não está querendo responder! – Gritou nervoso, enquanto olhava para os pedais. – Não está querendo reduzir... – murmurou. Abaixou-se um pouco, sem tirar os olhos da estrada e esticou a mão por debaixo do volante, encontrando um fio verde cortado. Ergueu-se de volta com o cenho franzido. – Merda! – Bateu com força no volante. – Alguém cortou os freios.

-O quê? – Senti meu coração ir a mil por hora. Estava com uma estranha sensação, que me chegava a doer o peito. Nós estávamos andando a cento e cinqüenta por hora! – Edward! – Gritei.

-Calma! Tenho que pensar em fazer qualquer coisa para...

Bloqueei o que ele falava, olhando desesperada pela a janela, podia ver as árvores passar por nós a uma velocidade incrível, tornando-se apenas borrões coloridos. Me agarrei ao banco e fitei Edward que se mantinha rígido olhando fixamente para frente.

-Bella... – Ele estava com uma expressão de horror. – Não sei o que fazer e, daqui a pouco, terá uma curva fechada... – Podia ouvir o desespero em sua voz. Estava com medo do que nos pudesse acontecer e eu não o tirava a razão, estava com medo, muito medo.

Senti meus olhos se encherem de lágrimas. Estendeu a mão para mim apertando-a com força, retribui com a mesma intensidade. Levei à minha boca, beijando sua mão.

-Edward, se alguma coisa acontecer, eu quero que saiba que...

-Não diga isso, amor. – Virou-se rapidamente para me olhar, deu seu melhor sorriso. O que estava disponível para o momento. – Nada vai nos acontecer, já tirei o pé do acelerador, agora é só esperar ele ir parando.

Olhei para frente e vi que vinha uma descida e, para o nosso desespero, havia uma curva fechada no final dela. Então, por mais que Edward tenha parado de pisar no acelerador, ainda estaríamos em uma velocidade perigosa para fazermos a curva.

-Esqueça! – Gritou. Puxou o ar com toda a força, gritando com todo o seu fôlego – Bella, eu te amo! - Estava desesperado. – Nunca se esqueça que sempre te amarei! Para sempre! Eu te amo, te amo, te amo! – Puxou-me para si, pela mão, e me beijou. Seus olhos estavam vermelhos e fixos em mim ao dizer.

Tudo a seguir foi rápido de mais.

Não foi como se normalmente vê nos filmes, que acontece em câmera lenta, foi tudo absurdamente rápido. Senti a lágrima de Edward ao me beijar, ele soltar a minha mão rapidamente para segurar o volante e virá-lo a fim de fazer a curva, mas não... Não adiantou, ainda estávamos a cento e vinte por hora.

Capotamos ao longo de um barranco.

Vi Edward bater a cabeça contra o volante com força e eu senti que bati a cabeça no vidro da minha janela e depois a batendo contra o painel do carro. Ainda estava lúcida ao ver que fomos batendo em várias árvores, na descida do barranco. Edward estava com um corte na testa, por onde escorria o líquido vermelho por toda a extensão de seu rosto.

Foi quando a inconsciência me bateu e a última imagem que vi, foi de Edward bater a cabeça contra o vidro, quebrando-o em estilhaços. Por fim, senti que paramos de cair.

Uma dor latejante se espalhava por cada pequena parte de meu corpo, desde minhas pernas até o topo de minha cabeça. Sentia-me fraca e enjoada. Forcei-me a abrir os olhos, encontrando partes de carro amassadas e árvores feridas devido à batida.

Quando me virei, meu pescoço gritou de dor, porém continuei, virando-me lentamente, forçando-o. Queria ver Edward, ver se ele estava bem. O vi, mas não do jeito que queria.

Uma lágrima quente rolou por meu rosto ao vê-lo.

Sua cabeça estava jogada para trás, repousando contra o encosto do banco, quebrado e dobrado. Estava de olhos fechados, com a boca levemente aberta e, com um corte profundo na testa, onde podia ver o branco de seu crânio exposto, em meio ao vermelho de seu sangue. Em seu pescoço havia uma queimadura provocada pelo cinto, por causa do impacto, seus braços estavam jogados contra o corpo, parados e flácidos, igualmente as suas mãos, onde tinham distribuídos ao logo das partes, cortes e mais sangue escorrendo. O resto de seu corpo estava escondido debaixo de partes compressas de carro.

Pisquei meu olho ao sentir algo molhado sobre ele, fazendo com que o sangue escorria sobre meu rosto fosse parar dentro dele, fazendo-me piscar mais vezes e vendo minha visão ficar avermelhada. Forcei-me a erguer o braço que estava sendo preso por outra parte amassada de carro - já que o outro parecia estar quebrado - sentindo minha pele ser rasgada, arrancando-me um gemido de dor.

Levei-o até o ombro de Edward, balançando-o com toda a minha força disponível. Ele não se mexeu e nem ao menos reagiu, nem ao menos abriu os olhos...

-E-Edward..., por favor, Edward... Fala comigo, por favor. – Balancei mais, me debulhando em lágrimas. – Por Deus, Edward, fale comigo! – Engasguei-me, tossindo e vendo sair sangue de minha boca. – E-Edward... – Estava me sentindo enjoada novamente, sentindo que voltaria a inconsciência a qualquer momento.

Não! Não podia voltar! Edward precisava de mim!

O sacudi de novo. Nada. Comecei a chorar e a gritar de desespero. Olhei para o outro lado, procurando algo que me fizesse sair dali, também estava presa entre as ferragens. Meu celular estava do lado de fora do que restara do nosso carro, não muito distante, mas mesmo assim seria difícil de pegá-lo enquanto estava presa.

Tirei minha mão de Edward, levando-a para o outro lado e esticando-a em direção ao celular. Faltava um pouco. Estiquei meu corpo, fazendo-me sentir minha perna ser cortada na altura da coxa. Fechei meus olhos com força, tentando ao máximo ignorar a dor que se alastrava não somente pela perna recentemente cortada.

Estiquei-me mais e senti tocar de leve no celular. Estiquei-me mais e, não suportando a dor, gritei. Por fim consegui pegar e tentar voltar a minha posição inicial para não mais sentir a dor. Voltei meu rosto ao de Edward enquanto apertava o número um, da discagem rápida, que era o número da casa dos Cullen. Não sabia os números de emergência de Londres.

Minhas forças estavam se esvaindo, mas obriguei-me a me agüentar até ligar para alguém. Por sorte o telefone da casa dos Cullen não demorou muito para ser atendido.

-Alô. – Era a voz doce de Esme.

-E-Esme. – Tentei falar.

-Bella? – A preocupação tocou sua voz. – Aconteceu alguma coisa?

-Esme..., E-Eu e E-Edward... – Engasguei com meu sangue novamente, tossindo como louca. – Nós sofremos um acidente... – Estava ficando com falta de ar. Arfei. – De carro... – Ia desmaiar.

-O quê? Bella! Onde? – Estava desesperada.

-Na primeira curva... Do aeroporto para casa... – Arfei puxando todo ar que ainda me restava. – Venham... Rápido, por favor...

Soltei o celular por falta de força. E só consegui escutar Esme gritando e me chamando ao telefone antes de meus olhos cederem à escuridão que me envolvia.

-Bella? Bella? Fale comigo, Bella! Bella!


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam?

Eu, particularmente, adoooro esses momentos tensos, que sempre dão um gostinho a mais na estória ;] Me amarro nas que tem esse tipo de "ação" xP Mas o que eu acho não me importa muito, já que eu sei isso, o que não sei é o que VOCÊS acham e (vou dar sermão mesmo!) quero saber disso, mas ao que me parece, vocês não estão gostando da fic, devido a pouquíssima quantidade de reviews e, devo dizer que, só estou postando ainda, em consideração aquelas poucas que lêem a minha humilde fic.

Por que acham que estou demorando a postar? Fui escrever esse capítulo ontem a noite, antes de dormir, porque achei que não podia mais deixar de postar. Gente, criatividade não é o que me falta (Ainda bem, pelo menos isso ;]), então vamos lá...

Por favor, por favor! Se gostaram ou não, não importa! DEIXEM UMA REVIEW! Pois acreditem ou não, me faz postar rápido, me faz escrever mais, me faz feliz, me deixa mega-hiper-ultra-contente e deixa o meu dia BEM melhor, acreditem.

Então, você, que está lendo a fic ;] Deixe uma review para dizer o que achou, certo? É um trato! Quanto mais review, mais rápido. Prometo. Palavra de escoteiro! (Que podre... Nem sou uma, ou fui...)

Beijinhos as minhas queridas leitoras!

Tenham, todas, um excelente dia!

Lina Furtado ;*

Opa! Não se esqueça da review! Haha Amo vocês! ;D Desculpa por ser chata quanto a isso.