A Intercambista escrita por LinaFurtado


Capítulo 23
2ª temporada: Misteriosa mulher


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, queridas leitoras!

Desculpem pela demora! :[

Ia postar na sexta, mas tive um bloqueio criativo e o capítulo estava horrível e eu também não estava muito bem para escrever :/ Quem tem acesso ao meu Twitter soube que eu não iria postar. Mas, enfim, estou aqui postando esse – que eu nem sei se está bom mesmo – para deixar aquelas lindas pessoas que me deixaram reviews! ;P



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Capítulo 3 – Misteriosa mulher

-Quando vamos visitar sua mãe mesmo? – perguntou Edward enquanto caminhávamos em direção ao supermercado, depois de estacionarmos no estacionamento do mesmo. Nós iríamos comprar os ingredientes do jantar que Edward iria fazer esta noite para toda a família.

Sim, esta noite teríamos um jantar na presença de seus avós, seus pais e nós; eu, ele, para falar de nosso namoro e o de Alice e Jasper. Mal podia expressar o quanto estava nervosa, mas tentava ao máximo não pensar no que me esperava essa noite, por isso decidi manter a minha cabeça ocupada. Decidi que iria as compras com Edward. Não sabia muito bem o que ele queria fazer para o jantar, porém, bem, não importava muito.

Minha mãe havia me ligado há três dias, pedindo, melhor dizendo, ordenando que fosse visitá-la. A princípio pensei que tivesse acontecido algo, mas ela me garantiu que estava somente morrendo de saudades de mim. Sorri com seu comentário, pois já fazia um tempo desde que voltei à casa dos Cullen e não falava com ela, nem ao menos por email. Afinal, estava atolada com coisas da escola. Porém uma coisa me surpreendeu ao perceber o que ela havia acabado de falar.

-Pode trazer o seu namorado, para você não precisar ficar longe dele. – Precisei de um bom tempo para absorver essa.

-Hum?

-Oh, Bella, não me venha com essa. – Ela retrucou. – Sei muito bem que tem alguém, porque a última vez que nos falamos no telefone, assim que voltou para aí, estava com uma voz de apaixonada.

-Voz de apaixonada? – Dei graças a Deus por estar sozinha em meu quarto.

-É isso mesmo. – Riu, mas logo voltou a seriedade do assunto. – Filha, você nasceu de mim, te conheço melhor do que ninguém. Por favor, não tente me enganar. Mas, me diga, quem é ele?

Senti meu rosto arder com tamanha naturalidade da minha mãe.

-Ele é da casa em que você está? – De repente escutei o alarme em sua voz. Não sabia se ficava mais nervosa ou se me apressava em lhe dizer algo que lhe acalmasse. Optei pela segunda opção.

-Calma, mãe. – Respirei fundo, sabendo que ela não me deixaria safar dessa. – Respondendo as suas perguntas: Sim a todas. – Fechei meus olhos, contorcendo meu rosto em uma careta, apenas esperando pelo pior; o sermão.

-É mesmo? – Fiquei surpresa por ela não parecer nervosa. – E ele é bonito? – Revirei os olhos. Lógico que ele é bonito, ao contrário, bonito é apenas um apelido para a beleza de Edward, era quase um Deus. Poderia considerá-lo bem melhor do que isso. Mas nada falei e ela continuou. – Bella, está se protegendo?

Não tinha entendido de primeira, mas quando a minha ficha caiu senti que não só o meu rosto estava quente de vergonha, meu corpo inteiro estava.

-Mãe... – Tentei controlar a minha respiração. – Não teve nada desse tipo entre nós, está bem? Tranqüila, por favor. – Quase cuspi as palavras.

-Calma, Bella. Só estou te lembrando. – Soltou um breve riso e eu enterrei meu rosto no travesseiro. – Bem, tenho que desligar, vou sair com Phil, mas então te esperarei. Ops, a você e seu novo namorado. Beijinhos, filinha. – Podia vê-la rindo da minha cara.

Desligou antes mesmo que eu disse algo.

Bateram na minha porta, abrindo-a. Era Edward que havia vindo para me chamar para almoçar. Chegou a me perguntar por que estava tão vermelha, porém contentei-me em dar de ombros. Na verdade não sabia se estava vermelha de tanta vergonha ou de tanta raiva devido à indelicadeza da minha mãe.

Compramos nossas passagens para Phoenix para daqui a dois dias após o jantar.

-Depois de amanhã. – respondi vendo-o pegar o carrinho e se juntar a mim, andando ao meu lado.

-Animada? – Jogou-me seu belo sorriso.

Minha resposta mais foi um sorriso duro. Obviamente isso não o convenceu.

-Por que não está? – Insistiu e o que eu estava querendo mesmo, era fugir do assunto.

-Então, por onde vamos começar? – Perguntei ignorando sua pergunta ao olhar o enorme supermercado.

Escutei-o bufar e passou o braço por cima de meus ombros, puxando-me para si, enquanto voltávamos a andar e ele me guiando.

-Você vai se sair bem. – disse simplesmente. Olhei-o curiosa por saber como deduziu certo, como sempre e, ele me sorriu. – Sei que está nervosa com o jantar e que está nervosa em me apresentar a sua mãe. Senti-me mal agora. Não quer me apresentar por que, senhorita Isabella? Sente vergonha do namorado que tem? – Ele não falava sério, pois estava sorrindo, mas também via a curiosidade de saber a resposta.

-Não! – Apressei-me em dizer, abraçando-me a ele e olhando para cima a fim de acompanhar seus olhos. Isso o deixou feliz, a minha rapidez em dizer o contrário. – Não tenho vergonha de você, o contrário... – Fiz uma careta que o fez fazer outra, revirando os olhos, já sabendo no que eu estava pensando; que eu não era boa o suficiente para ele. – Enfim, só que, você sabe que não me dou bem com essas coisas em que eu sou uma das atrações principais. – Balancei a cabeça.

Droga! Estava me lembrando do jantar de novo!

Ergueu meu queixo. Seus olhos verdes eram intensos, capazes de hipnotizar. Bem, ao menos, a mim eles podiam.

-Você já conhece meus avós e eles gostam de você, então não há razão alguma para ficar assim. – disse firmemente.

Suspirei resignada.

-Mesmo assim... – Ele se inclinou e beijou o topo da minha cabeça.

Nos separou com um sorriso torto e me puxou pela mão para irmos as compras.

Ficamos um bom tempo nos decidindo entre os melhores ingredientes. Edward não poupava dinheiro, pegava logo o primeiro produto que via na frente, sem se quer olhar os preços. O repreendi por isso. E, acabou que tivemos uma discussão - sem fúria ou erguimento de voz – de que os melhores produtos nem sempre são os mais caros, da minha parte, mas ele disse que sim, os melhores eram os mais caros. Afirmando que o mercado era algo que era um pouco fácil de interpretar, já que aqueles produtos que são, normalmente, mais caros estão em embalagens mais simples, para fazer concorrência com os menos caros.

Sorriu vitorioso ao ver que eu estava errada. De novo.

-Não vê a Nutella? Não vejo diferença entre a Nutella normal com a versão do supermercado. – disse examinando a do mesmo. – As duas são igualmente boas.

Ele veio até mim, parando diante da estante e pegou quatro potes de Nutella, ignorando-me, e os colocou dentro do carrinho.

-A Nutella é melhor, porque tem uma consistência diferente dessa que está segurando. – Arrastou o carrinho para a outra ala, a de frios, e eu o segui, ainda não desistindo, carregando o pote comigo. Ainda iria convecê-lo. – Esta aí é mole demais.

-Ah! Esta falando quanto a isso? Bem – Dei de ombros. –, Nada que um tempo na geladeira não resolva.

Ele riu, mas não parou de andar enquanto falava.

-Aí, ela fica dura demais. – disse simplesmente.

-Ora, Edward, você é muito rigoroso quanto a isso. – Bufei olhando para as estantes.

-Você que não acredita que isso faça diferença. Para o que eu procuro, ele é o melhor para comer em pães ou algo do tipo. Até mesmo em doces.

-Umm... – Pensei um pouco. – Mas e se a pessoa só o está comprando para comer diretamente do pote? – Caminhei até ele e o mostrei o pode do supermercado. – Você tem que admitir que isso pode acontecer, afinal, eu mesma já fiz isso. – Senti o cheiro da vitória no ar.

Sorri e ele revirou os olhos, se inclinando em minha direção.

-Estamos falando de cozinha ou de comer por livre espontânea vontade? – perguntou.

-Dos dois? – Tentei escapar.

-Tudo bem, então. – Ajeitou-se e pegou um pacote de frango congelado, erguendo-o. – Esse frango é melhor porque, quando o comemos sem cozinhar – Ergueu as sobrancelhas. Estava se divertindo. – Ele não fica, sei lá... grudento. – Sorriu. – Mas o outro é ruim, porque ele além de grudento quando não está cozinhado, fica com uma cor horrível.

Fiz uma careta, virando-me e voltando a outra ala para devolver o pote de falsa Nutella. Não venceria mesmo. Quando voltei, ele não havia se mexido e estava me olhando com um sorriso zombeteiro nos lábios. Tentei ignorá-lo, mas me puxou assim que passei por ele, virando-me de frente para si.

-Consegue entender agora? Estou certo. – Sorriu olhando para os lados antes de me beijar brevemente.

Fiz bico e ele sorriu mais ainda, puxando-me pela mão.

Pagamos as compras e até o final, tudo que eu falava contra, ele rebatia com uma de suas teorias. Caminhamos até o seu carro, comigo resmungando e ele rindo de mim. Como ainda estava com resquícios de neve, quase caí, mas Edward foi rápido e me equilibrou.

Corei, virando o rosto para escondê-lo, querendo que eu falasse de outra coisa, a fim de fazer ele não falar nada sobre o meu quase tombo ou eu ter ficado corada.

-Por que tem que ser tão bom em tudo? – murmurei ao me ajeitar. – E sempre estar certo em tudo?

Deu de ombros, divertido.

-Esse é o meu eu. – Piscou para mim, sorrindo maliciosamente.

Voltamos a ir em direção ao seu carro, quando avistamos uma cabeleira avermelhada perto de seu carro. Ao nos aproximar, a mulher que ali se encontrava agachada se ajeitou rapidamente, colocando-se de pé entre o carro de Edward e uma van preta.

Ela me transparecia um ar de selvagem, apesar de suas roupas estarem limpas e serem aparentemente novas. Era muito bonita e jovem, uma mulher feita. Seu corpo era de dar inveja e seus cabelos vermelhos intensos eram enrolados, formando uma enorme massa de cachos perfeitamente definidos, mas seu rosto, que estava oculto por de trás de um enorme óculos escuros, estava um pouco sujo de uma mancha cinza no canto inferior da bochecha esquerda.

A moça nos sorriu um pouco sem graça.

-Desculpem-me. Pensei ter deixado algo meu cair e fui procura em baixo do carro. Ele é de um de vocês? – Apontou para o Volvo de Edward.

Edward assentiu. Depois que ele fez o movimento, vi as narinas na mulher ruiva se inflarem e, ela rapidamente mordeu o lábio inferior, dando um passo para frente ao estender a mão a Edward que se mantinha ao meu lado.

-Chamo-me Victória. – Deu de ombros. – Acabo de chegar à cidade, sou nova aqui. – Seu sorriso era muito acolhedor e simpático.

Edward a cumprimentou, pegando em sua mão e vi a mulher se contorcer em uma careta. Logo se voltou a mim.

-Sou Edward Cullen e essa é Isabella Swan. – disse ele, indicando-me.

A misteriosa mulher assentiu sorrindo, depois se virou olhando para os lados, suspirando pesadamente antes de se voltar a nós sorrindo como quem se desculpa.

-Bem, foi bom conhecê-los, mas vou indo. – disse saindo dali apressadamente.

Eu e Edward a olhamos se afastar e nos olhamos depois, dando de ombros. Colocamos as compras no carro e seguimos até sua casa. Aquela mulher, não sei a Edward, mas tive a impressão de que ela estivesse cheirando o carro dele... Isso era ridículo. Por que uma mulher como aquela iria cheirar um carro?

Ao chegarmos, a cozinha e todo o resto da casa estava entregue a nós, pois não havia ninguém. Esme e Carlisle estavam trabalhando e só chegariam por volta do horário do jantar, igualmente aos seus avós, mas era bem provável que eles chegasse mais cedo. Jasper e Alice saíram juntos como todos os dias.

Desarrumei as compras, enquanto Edward ia arregaçando as mangas para começar.

-Não vai me falar o que vai fazer para o jantar? – perguntei, guardando as comidas no armário.

-Não. É uma surpresa. – Virou-se só para me sorrir.

-Certo... Então enquanto prepara a surpresa - Imiti-o rindo da careta que ele fez. – Vou ajeitando-me e ver se tem algo para fazer.

Sai da cozinha indo direto para o meu quarto. Certo, isso será difícil, pensei. Não sabia que era tão difícil de arranjar alguma coisa para fazer que não envolvesse Edward.

Bufei e fui tomar meu banho. Tomei o banho mais demorado que pude, trocando-me para colocar a calça jeans e uma blusa de manga cumprida e gola alta azul-marinha, penteando meu cabelo molhado, antes de voltar ao meu quarto. Fiquei parada no meio dele, procurando o que fazer e comecei a rir. Rir sozinha. Uma idéia me veio a cabeça: Nada que eu tivesse feito depois que comecei a namorar Edward não o envolvia, a não ser quando tinha as minhas necessidades básicas de mulher e quando estou andando com Alice nas compras... Agrh! Tudo que eu fazia – tudo - envolvia Edward.

Virei-me rápido para descer e encontrá-lo, mas acabei caindo ao encontro do chão e bati o braço na madeira da cama.

-Ai. Isso vai deixar um roxo. – murmurei ao me levantar para ver onde tinha batido. Ergui a blusa até o local dolorido, onde agora tinha apenas um avermelhado.

Desci as escadas com cuidado para não ter uma queda que me fizesse parar no hospital e fui à cozinha. Edward estava olhando algo que estava no forno, limpou as mãos no pano de prato, pendurando-o no gancho que tinha perto da pia.

Voltou-se para a bancada, onde tinha um bolo encima, quando me viu e franziu o cenho.

-O que foi? – perguntei ao vê-lo me analisar.

-Já conseguiu se machucar? – Devolveu a pergunta, sorrindo torto e voltando o olhar ao bolo.

Olhei meu braço e vi que não dava para ver se estava machucado, pois minha blusa era de manga cumprida. Ergui a sobrancelha bem a tempo quando ele tinha visto.

-Você estava roçando a mão no braço, exatamente, quando faz quando se machuca. – Observou, dando a volta na bancada e parando diante de mim. Suspirou. – Ah, Bella. Não posso mesmo sair de perto de você por um segundo não é mesmo? O que fez?

-Podia não sair nunca, seria ótimo. Para mim. – completei ignorando sua última pergunta.

Puxou-me pela cintura, com um cuidado desnecessário, como se eu fosse quebrar e beijou a minha testa. Sorriu lindamente. Passei meus braços ao redor de seu pescoço e o puxei para mais perto, ficando um pouco na ponta dos pés.

-Não seria uma má idéia. – disse sobre meus lábios.

-Isso é bom... – murmurei antes de ele colar nossos lábios, selando com um beijo apaixonado de ambas as partes. Tive que me afastar, mesmo contra a vontade. – Vá se ajeitar que eu arrumo a cozinha.

-Não precisa, eu te ajudo nessa.

-Nada disso. Você fez a comida, nada mais justo que eu limpe. – Empurrei-o para fora da cozinha. – Vai lá ficar limpinho.

Ele se virou e me beijou rapidamente.

-Para você. – disse sorrindo antes de se retirar.

Fiquei sorrindo feito boba na cozinha até me lembrar que tinha que ajeitar a mesma. Comecei pela louça, lavei e sequei, guardando tudo em seu devido lugar. Depois fui limpar as pedras das bancadas e arrumei a mesa do jantar. Estava colocando os talheres quando Edward entrou na cozinha todo de preto Estava com uma camiseta de manga cumprida, que tinha um decote, deixando um pouco de seu peito aparecer, o contraste da cor com sua pele era belíssimo e, mesmo sendo preta, deu um destaque lindo em seus olhos cor de rubi.

Analisei-o.

-Já disse que está lindo? – perguntei ao vê-lo vir até mim.

Sorriu torto.

-Não. – Puxou-me pela cintura, colando sua testa na minha, fazendo seu hálito deixar-me tonta. Desse jeito era impossível pensar.

-Então... Está belíssimo, Edward Cullen. – Declarei com o fio de voz que tinha.

-Devo acrescentar que a cor azul fica lindamente em você, Isabella Swan. – disse com uma voz rouca e sedutora.

Deus! Era muito difícil ficar perto de Edward sem desejar beijá-lo e muitíssimo difícil de pensar quando ele estava extremamente perto, como agora.

-Céus! – murmurei. – É difícil de pensar desse jeito... – Ele roçou os lábios nos meus, só para contrariar. Estava sentindo as minhas pernas amolecerem.

-Tente não pensar... – Sussurrou em meu ouvido, provocando-me arrepios. Ele desceu beijos para o meu pescoço, inspirando. Minha respiração e meu coração faziam estalos fortes audíveis.

Joguei minhas mãos para trás das minhas costas, pegando as dele, onde repousavam em minha cintura e as entrelacei com as minhas, puxando-as para frente e fazendo com que Edward viesse mais para frente, para mais perto de mim. Virei a cabeça a procura de sua boca, encontrando-a logo em seguida, sento invadida pelo seu gosto maravilhoso.

Edward estava mais cheiroso ainda e isso só me fez agarrá-lo, puxando-o para um beijo com puro amor e desejo. Soltei suas mãos e entrelacei meus dedos em seu cabelo cor de bronze, puxando-o mais, mas não dava, já estávamos o mais perto o possível. Edward fez o mesmo, puxando-me pela cintura, quando ouvimos um pigarro, nos separamos em um segundo, nos virando em direção ao som.

Abaixei a cabeça com o reflexo, apertando as mãos na mesa que estava atrás de mim. A vermelhidão de meu rosto deixava claro que estava estupidamente envergonhada.

-Só vim pegar um copo d'água. – disse Esme com um sorriso nos lábios.

Edward levou a mão ao cabelo - aparentemente envergonhado por ter sido pego em uma cena um pouco intima - bagunçando-o.

-Mãe, quando foi que chegou?

-Agora. – Recostou-se a pia, nos olhando, mas desviou olhando para a cozinha. – Já fez o jantar? – Ergueu a sobrancelha bem feita.

-Já. –Garantiu-lhe.

Esme fez uma careta de confusão.

-Bella arrumou tudo. – disse-lhe parecendo saber o que ela estava pensando.

-Edward! E você a deixou? – Esme ficou irritada.

-Na verdade, Esme, aproveitei que ele tinha saído. – Dei um sorriso duro por ainda estar envergonhada.

-Bella, querida, não precisa fazer isso.

-Não, precisa sim. Por favor, deixe-me ajudar.

Esme bufou e me abraçou depois de atravessar a cozinha. Quando se afastou sorriu para mim, um sorriso materno.

-Obrigada, mas realmente não precisa disso. – Deu uma batidinha de leve em meu ombro. – Bem, - Olhou-nos. – Vou tomar um banho e me ajeitar para esse jantar familiar. – Sorriu abertamente, mostrando seus dentes reluzentes. – Estou feliz por contar aos meus pais que vocês estão juntos!

Esme saiu deixando-nos. E acabou por me deixar mais nervosa ainda. Esse jantar seria um desastre! Determinada a não me desesperar, comecei a jogar um olhar suplicante a Edward. Ele ergueu a mão, pousando-a em meu rosto e olhando-me como quem contempla algo magnífico. Isso era ridículo! Somente eu devia estar fazendo isso!

-Bella, por favor, deixe de ser tola. Acalme-se, por favor. – Envolveu-me em seu abraço. – Vai se dar bem, meu amor.

-Oiê! – Escutamos a voz de Jasper soar da sala. – Chegamos! – Anunciou.

Fomos até a sala, encontrando Alice tirando o cachecol e Jasper passando as mãos em seus braços tentando aquecê-la.

-Está um frio imenso lá fora! – Alice libertou as palavras do fundo da alma devido a sua indignação.

-Por que não jogamos para nos esquentarmos? – perguntou Jasper.

Edward foi se sentar no sofá, esparramando-se e, eu e Alice nos cumprimentamos, nos abraçando.

-Parece nervosa. – Comentei baixo, para que só ela me ouvisse, com um tom divertido por saber que eu não era a única.

-E você não? – Olhou-me vendo que estava do mesmo modo. Apertou as minhas mãos. – Claro – Admitiu com um suspiro. – É sempre uma prova de fogo enfrentar a família de um namorado com medo de não ser aceita. – Fez um bico.

Rimos juntas antes de pegarmos a essência do que Jasper falava. Ele havia subido para pegar o Guitar Hero a fim de que nós joguemos antes do jantar. Não demorou muito para que ele voltasse com todo o aparato. Parecia uma criança ao montar empolgado.

-Tudo bem, quem fica no vocal? – perguntou estendendo o microfone do jogo.

Eu me encolhi.

Não ia cantar nada, nem que me obrigasse ou que me pagassem por isso. Senti Jasper me olhar com um olhar que eu tive medo de que ele me puxasse para cantar, mas – graças a uma força divina – Alice pulou de alegria querendo cantar. Ia agradecê-la depois.

Quando ela passou por mim disse-me:

-Tudo para esquecer o que vem depois. – Sorriu-me.

Jasper lhe entregou o microfone com um sorriso apaixonado e se voltou para mim, estendendo a guitarra.

-Primeiro as damas. – Sorriu.

Peguei a guitarra mesmo sabendo que faria coisas errada. Eu sempre fora péssima em jogos, nunca acertava uma. Só havia um que eu gostava, aqueles de corrida. Era bom porque você não precisava mirar em zumbis ou qualquer coisa do tipo e porque não precisava ter reflexos muito rápidos, como esse que enfrentaria agora.

O show foi seguido de muita gargalhada. Alice cantava alegremente, sacudindo a cabeça de acordo com o ritmo, Jasper se entregava ao papel de musico da banda e Edward se divertia com a minha falta de coordenação, mas acabei me entregando aos risos e entregando-lhe a minha guitarra. Obviamente ele era melhor do que eu. Até que deu certo, mas era muito engraçado de vê-lo concentrado em não errar e ver como ele fazia pouco caso daquilo.

Esme, depois que se arrumou, estava linda em um vestido simples, mas muito charmoso, se juntou a nós, sentando-se ao meu lado no sofá e ficou rindo deles.

-Essa é da minha época. – disse ela para nós quando escutamos a música começar, era uma do Rolling Stones.

Edward e Jasper a obrigaram a cantar e, ela recusou, mas se resignou depois de tanta insistência. Esme estava tão contente. Podia ver o brilho em seus olhos enquanto cantava, ladeada por seus belos filhos que sorriam a ela, estimulando-a.

Fiquei observando a cena. Era tão bonito vê-los juntos, podia-se dizer que eles eram uma família perfeita, sem nenhum defeito, ao começar pelo filho mais velho. Sorri ao pensar nisso. Alice se pôs a observar sorrindo igualmente a mim, sentando-se na poltrona.

-O que é isso? – perguntou Carlisle ao entrar com um sorriso enorme ao ver a cena.

Todos rimos.

-Vem, pai. Toca aqui no meu lugar, que meus dedos estão doendo. – Reclamou Edward sem deixar de sorrir.

O que veio a seguir - depois de Edward largar o jogo e se jogar ao meu lado no sofá passando o braço sobre os meus ombros, juntando-me a si - foi a cena mais engraçada da minha vida. Como eles ainda estavam tocando Rolling Stone, Carlise encarou o papel de roqueiro, balançando a cabeça para frente e para trás, arrancando risos de todos.

-É! – gritou Jasper entrando na brincadeira do pai.

Encolhi-me de tanto rir, minha barriga estava doendo. Juntei-me ao peito de Edward que caiu na gargalhada.

Esme estava mais rindo do que cantando, melhor dizendo, já tinha desistido de cantar, somente contemplava a palhaçada de Carlisle. Obviamente estava espantada por nunca ter visto o marido daquela maneira. Depois que acabou a música, Carlisle puxou Esme e a beijou brevemente. Todos automaticamente desviaram o olhar.

-Argh!- Soltaram Edward e Jasper ao mesmo tempo.

-O quê? Acham que só vocês podem fazer isso com as suas namoradas? – Testou Carlisle.

Depois de todo o divertimento veio a hora mais temida; o jantar. Seus avós haviam chegado.

Lembrava-me perfeitamente do rosto de Elizabeth, de suas feições simpáticas, das ruguinhas dos cantos dos olhos, assim como aos de seu marido; Alfred. Um homem sério, mas não duvidava que tivesse uma grande alma, a mesma que sua filha tem.

Sem muita demora, fomos direto para o nosso jantar. Os avós de Edward não imaginavam a razão de tal encontro. Sentamo-nos à mesa; Carlisle à cabeceira, Esme ao seu lado esquerdo, seu pai do direito, com sua mãe ao seu lado. Pedi a Edward que ficasse o mais longe possível, sem que ninguém me desse atenção, então. Edward se sentou ao lado do avô e eu ao seu lado, no final da mesa. Jasper sentou-se ao lado de Esme, com Alice ao seu lado.

Ela me olhava com um pouco de medo. Tentei sorrir para convencer ela e a mim mesma, também. Edward virou o rosto em minha direção e, por debaixo da mesa, segurou a minha mão, tentando me reconfortar. Nunca tinha passado por isso, então era normal que ficasse nervosa, certo?

-E então, quem é esta bela menina? – perguntou Elizabeth ao observar Alice, que sorrriu um pouco tímida.

-Está é Alice – disse Esme. – Ela é uma das razões deste jantar, para lhes apresentar a namorada de Jasper.

-Namorada do meu Jasper? – perguntou ainda olhando Alice, depois voltando-se para ele. – Cresceu tanto que já tem namorada? – Jasper ficou sem saber o que falar e sua avó riu. – Se estão esperando a minha benção, bem, tem a minha, então.

-Vó, não estou me casando. – resmungou Jasper.

-Ainda. – disse ela.

-Ainda. – disse ele desviando os olhos de sua avó para olhar Alice. Acho que pensaram que ninguém notou mais eu vi o olhar intenso e com outra intenção.

-Bem, mãe, mas não é somente Jasper... – Iniciou Esme.

-Oh! Edward também está de namorada nova? Cadê ela?

-Vó, - Edward se pronunciou. Eu não me atrevia de desviar o olhar do meu prato, continuando comendo como se não começassem a falar sobre mim. – Na verdade ela está bem aqui. – Edward ergueu a mão que estava entrelaçada a minha, mostrando nossa união.

Queria me esconder, sentia que meu rosto me entregava, estava absurdamente vermelha.

-Bellinha? – Perguntou Elizabeth. Fiquei um pouco confusa com o apelido, nunca a vi me chamar assim. – Eu sabia! – Exclamou ela, fazendo com que todos se assustassem. – Da última vez que estive aqui, vi que tinha algo entre vocês. Pareciam brigados, mas podia ver que se gostavam. Oh! Fico muitíssimo feliz. – Sorriu com sinceridade.

-Essa menina é uma ótima escolha, Edward. Uma bela moça, além de muito simpática. – Se pronunciou seu avô.

-Obrigado, vô. Já sabia disso. – Ele me olhou com um sorriso vitorioso.

Mordi o lábio abaixando a cabeça.

-Bellinha, não precisa ficar envergonhada – disse Elizabeth. – Não vamos mordê-la.

A pior parte passou, fiquei feliz por ter sido bem rápido. Depois do jantar, fomos todos nos sentar na sala e continuar a agradável conversa lá mesmo. Depois Jasper foi deixar Alice em casa e Carlisle foi mostrar um trabalho para o avô de Edward.

Pedi licença antes de me retirar para beber água. Bebi encostada a bancada.

-Edward, você a ama, querido? – Era a voz de Elizabeth.

-A amo, vó. Muitíssimo.

Fui até a porta a tempo de ver como Elizabeth sorriu diante da declaração de seu neto e eu não pude deixar de reagir de outra maneira. Meus olhos se encheram de lágrimas. Ainda era difícil de acreditar que tive muita sorte em encontrar alguém como Edward em minha vida.

De repente senti uma pontada de dor em meu peito, ao mesmo tempo em que me arrepiava toda. Tive uma sensação ruim...

-Bella? – Edward apareceu na porta. Sua expressão de curiosidade em saber o que eu estava fazendo, passou para preocupação e se pôs a agachar perto de mim, foi quando notei que a dor me fez deslizar na parede até chegar ao chão. – Está se sentido bem? O que houve, amor? Estava chorando...

-Nada. – Sorri-lhe e coloquei-me de pé.

-Não acredito em você. – disse simplesmente. – Não sabe mentir. – Sua testa ficou rígida.

Abracei com força sua cintura e, embora surpreso, me envolveu em seus braços, como um ato terno.

-Tive uma sensação ruim... – murmurei contra seu peito, pedindo apoio.

Pousou a mão sobre a minha cabeça antes de beijá-la.

-Não pense em nada ruim, só atrai. – Se afastou um pouco para me olhar, fazendo-me perder dentro deles. Sorria torto. Seu belo sorriso era tudo que eu precisava. – Venha, vamos voltar a conversa.

Sorri ao vê-lo feliz ao contar aos seus avós sobre nós. Segurei hesitante antes de entramos a sla e seguir de onde paramos. Céus! Eu o amava muito, mas a erstranha sesação de perda me assustou quando a senti, como se Edward me fosse arrancado... A dor seria imensamente pior...

Mas, não podia me permitir pensar nisso.


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Notas finais do capítulo

Então, vocês não devem estar entendendo nada, não é mesmo? Hahaha

Pois então, a Victória finalmente apareceu. Já dá para fazer palpites ;] Não vou poder contar muito o que vai acontecer no próximo, mas eu estou na dúvida se acelero logo o fato traumático ou se coloco ele para depois da viagem deles para Phoenix... Acho que vou acabar por optar pela primeira opção.

Espero que tenham gostado e... Ah! Vai ser a primeira opção mesmo! Me convenci! :P

Não se esqueçam das REVIEWS! POR FAVOR! :]

Beijinhos e tenham um bom dia, Lina Furtado.