A Intercambista escrita por LinaFurtado


Capítulo 20
Será o fim o parte dele?


Notas iniciais do capítulo

Sim, este é um capítulo romântico, talvez muito, e não, eu não estou apaixonada ;) É só um momento de inspiração... hahahaha E eu adotei a idéia de uma amiga, Patrícia, e a coloquei neste capítulo, só espero que não me matem, afinal, a culpa é dela, não minha. Está certo que também sou culpada por tê-la adotado, mas... Ah! Vocês vão entender. :D

NÃO DEIXEM DE PRESTAR ATENÇÃO! É só um pequeno aviso de amiga ;D



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Capítulo 20 – Será o final ou parte dele?

-Posso te perguntar uma coisa? –Eu estava deitada em seu colo, enquanto ele ficava a mexer em meu cabelo. – Assentiu. – Seus pais deixaram você vir para cá?

Ele abriu os olhos um pouco, pensando em algo.

-Não... Na verdade eles nem ao menos sabem onde estou... Droga! – Passou as mãos nervosamente nos cabelos. – Minha mãe deve estar pirando.

Sentei-me e o olhei.

-Edward, não contou aonde ia?

-Não, porque eu não estava em casa. Estava na antiga casa dos meus avós.

-É melhor ligar para eles. – Pensei por um instante. Como ele viajou sem a permissão dos pais, se, para alguém menor de idade, tem que ter a autorização? Essa era uma boa pergunta. – Como fez para vir para cá?

Ergueu a sobrancelha.

-Quero dizer, para você viajar, você tem que ter autorização dos seus pais, já que é menor de idade. – Expliquei-lhe, enquanto o via se perguntar o mesmo.

-Que dia é hoje? – Perguntou-me.

-21 de Outubro. (N/A: Como eu não fazia idéia da data do aniversário dele, vai ser essa mesmo ;))

-Ah! – Sorriu. – Hoje eu faço dezoito anos.

-Jura? – Assentiu. – Parabéns! – Pulei em cima dele, que riu. – Desculpe por não saber... – Mordi o lábio.

-Não, está tudo bem. – Beijou-me de leve. – Ganhei o melhor presente que eu poderia ter. – Não entendi e pelo o que me pareceu, ele percebeu isso. – Você.

Ri, corando.

-Isso não é um bom presente...

-Deixe de ser boba, Bella. – Segurou o meu rosto, aproximando-o do dele. – Não seria a mesma coisa passar o meu aniversário sem você. Seria como se algo estivesse faltando, talvez mais do que isso. – Sorriu torto, aquele sorriso que me fazia derreter toda vez que o via.

Como expressar mais os sentimentos que sinto por ele, demonstrando-o o quanto o amo e o quero para o resto da minha vida? Apenas se ele lesse os meus pensamentos, algo que eu sabia que nunca daria certo, se assim pudesse.

Estava decidido, eu fui fazer um bolo de aniversário a ele. Não seria lá grandes coisas, porque a dispensa estava muito limitada, mas faria o meu melhor com os ingredientes que ali eu tinha. Ele ficou sentado junto à mesa da cozinha enquanto eu pegava tudo o que eu precisava para fazer um bolo. Olhando-o sentado ali, era como ver uma estátua, perfeitamente trabalhada, sentada na minha humilde cadeira.

Ao terminar e colocar o bolo no forno já pré-aquecido, sentei-me ao seu lado, com o tronco virado para ele. Ainda não acreditava que ele estivesse ali. Tentei imaginar o que o fez mudar de idéia e admito que não estava tendo muita sorte - talvez Alice tivesse uma parcela de culpa nisso e eu devia isso a ela. Ou a minha carta... Isso não importava mais, ele estava aqui, junto a mim.

Sorri involuntariamente, olhando-o.

-O que foi? – Tombou a cabeça de lado ao perguntar.

-Nada, só estou feliz. – Suspirei olhando as minhas mãos sobre o meu colo. – Mais do que isso.

-Que bom, porque eu estou também. – Puxou a cadeira para mais perto de mim. Aproximou o rosto. Sorria angelicalmente. Era isso, ele era mais que um anjo. Era o meu anjo. – Senti muito a sua falta.

-Também. – sussurrei.

Ele me beijou e me abraçou.

-Quando estava pensando se viria ou não atrás de você, pensei naquela senhora do hospital, a do elevador, se lembra? – Assenti, sentindo o seu perfume. Totalmente embriagador. – Ela havia dito que nós nos movíamos juntos, como se estivesse um imã preso a nós, sempre nos aproximando e fazendo nos mover juntos. – Afastou-se para olhar em meus olhos, que no momento se enchiam de lágrimas com suas palavras doces. Secou o meu rosto, delicadamente. – Não chore, nunca mais vou deixá-la. Não enquanto ainda me querer.

-Sempre irei lhe querer. – disse soando desesperado.

Sorriu abertamente, com todos os dentes brancos à mostra.

-Se eu pudesse lhe mostrar o quanto você é importante a mim... – Seu rosto estava hesitante.

-Não precisa. – Forcei-o a me olhar nos olhos. – Basta você focara aqui, junto a mim.

-Para sempre... – sussurrou antes de me o puxar para um beijo.

Perdemos toda a noção do tempo, até que senti o cheiro do bolo ficar mais forte. Ri entre os beijos que ele me puxava cada vez que eu tentava me separar para pegar o bolo, antes que minha casa pegasse fogo. Não queria um incêndio.

-Edward... – Beijou-me. – Tenho. Que pegar. O bolo. – disse entre seus beijos. Ele me segurava pela cintura, deixando-me presa no circulo de seus braços.

-O bolo pode esperar. – Sorriu.

-Não quero um incêndio na minha casa. – Libertei-me sem realmente querer, mas era necessário.

-É, tem razão.

Tirei o bolo que, por sorte, não tinha queimado. Era um bolo de chocolate normal, tinha feito brigadeiro para por em cima. Estava duro devido ao tempo de preparo do bolo. Botei-o ao fogo e fiquei mexendo até ficar em uma consistência decente. Coloquei-o sobre o bolo e o levei a mesa.

-O cheiro está ótimo. – comentou ao se ajeitar a mesa, preparando-se para pegar.

-Não sou uma chef de cozinha como você..., mas eu tentei. – Sorri.

Ele riu.

-Também não sou chef de cozinha.

-Mas podia pensar nisso. – Incentivei-o.

-Vou pensar no seu caso... – Beijou-me.

Virei seu rosto para mesa, rindo.

-Vá comer seu bolo, Edward. – Ele bufou. Levantei-me para pegar uma espátula e entreguei-lhe. – Devo cantar parabéns?

-Não, pode pular essa parte – Riu. Cortou um pedaço e o colocou sobre o prato. – E o primeiro pedaço vai para... – Olhou para os lados. – Ah! Só tem você aqui, acho que vou ter de lhe dar. Fazer o que, não é? – Deu de ombros, fingindo um desapontamento falso.

Dei-lhe um tapa de leve no ombro.

-Calma, meu amor. Ia ser você mesmo que estivéssemos cercados de pessoas. – Riu, enquanto eu corava. Estendeu-me o prato, peguei-o.

Ele pegou um pedaço para ele. Eu nem ao menos toquei no meu, apensa o fiquei observando. Provou-o.

-Umm... Já pode se casar. – Sorriu maliciosamente e piscou.

-Ai, Edward. – Peguei um pedaço e o comi. Realmente estava bom. – Umm... Não quero me gabar, mas está maravilhoso.

-Mas já se gabando... – Riu. – Está mesmo. – Parou e me encarou. Pensei no que ele estava olhando. – Bella,... – Aproximou seu rosto com olhos curiosos, como se estivesse a examinar algo. Fiquei parada. – Está sujo de brigadeiro... – Beijou o canto da minha boca.

De repente tudo rodou. Não estava vendo as paredes no lugar onde deveriam estar, isto era preocupante. Coloquei o prato do bolo rapidamente sobre a mesa e deixei o meu corpo ficar mole. Edward me segurou.

-Bella! O que houve? – Seus olhos verdes estavam extremamente preocupados. Bati fortemente contra o seu peito. – Bella!

Eu estava derretendo em seus braços. Ele não podia fazer isso comigo, deixava-me muito fraca, perdia os sentidos. Respirei com dificuldade, ignorando seus chamados e tentando voltar ao normal.

-Não faça isso... Você me deixa fraca... – murmurei.

Ele suspirou de alivio por escutar a minha voz. Pus-me de volta ao meu lugar, ainda um pouco tonta, mas concentrada o suficiente em me manter firme.

-Não te entendo, primeiro me ataca e depois desmaia em meus braços... – Parecia que estava falando consigo mesmo.

Ri fracamente.

-Para você ver o efeito que tem sobre mim.

Voltamos a comer e conversar. Ao acabarmos, lavei os pratos e, como Edward queria fazer alguma coisa, ele os secou e os guardou. O forcei a ligar para sua mãe e lhe contar onde estava, antes que ela parasse no hospital, não queria que Esme tivesse um ataque cardíaco por causa de Edward e por mim, também.

Ela quase o matou pelo o telefone, podia escutar ela gritando com ele por não ter lhe dito nada. Porém, agora, ela estava mais calma por ele ter entrado em contato. Perguntou por mim e Edward a confirmou de que eu estava bem. Depois do interrogatório de sua mãe, ele se deitou ao meu lado no sofá.

-Minha mãe quer que eu volte para casa, quando vamos voltar? – perguntou-me ao se ajeitar, abraçando-me de lado.

Mordi o lábio.

Não podia voltar agora, queria ver a minha mãe e ela logo voltaria com Phil. Também porque teria que me inscrever novamente no intercâmbio e exigir que ficasse na casa dos Cullen, algo que seria muito difícil de arranjar, uma vez que eu já tinha cancelado.

Tinha medo de sua reação assim que eu lhe falasse, estragando com tudo. Por isso decidi adiar o momento. Ajeitei-me ficando abraçada com ele, no sofá, de frente. Seu rosto estava à pouquíssimos centímetros do meu, olhava-me intensamente.

Passei os braços ao redor de seu pescoço. Ele ergueu uma sobrancelha – via através de seus olhos -, claramente, que ele devia estar se perguntando se eu iria responder a sua pergunta. E, eu iria, mas não agora.

Entrelacei meus dedos em seus cabelos cor de bronze, fechando os espaços existentes entre os nossos corpos. Ali havia a necessidade de aproximação. Eles exigiam que não houvesse nenhum tipo de distância, por mínima que fosse. Eu iria aceitar isso. Comecei a brincar com seus lábios que faziam caricias nos meus. Seus braços, que estavam em minha cintura, me puxaram para mais perto, algo impossível.

Entreguei-me totalmente ao desejo e o prazer de tê-lo ao meu lado e me beijando com uma ferocidade impressionante. Estava sentindo dificuldade em respirar por não termos nos separado um instante que fosse, mas não parecia estar me incomodando, igualmente a ele.

Minhas mãos se moveram cheias de cobiça em seu corpo, tocando cada parte de seu peito musculoso e perfeito... Quando notei, sua camisa já estava no chão e a minha estava sendo retirada. Não ligava para mais nada, se eu quisesse pensar em algo coerente, teria que me esforçar muito para isso. Meus hormônios não eram os meus maiores aliados nesta hora. Rolamos para fora do sofá caindo ao chão, Edward não pareceu se importar. Continuou a me beijar intensamente.

Agora sim eu estava sentindo falta de puxar o ar. Libertei os meus lábios dos dele e ambos o puxamos enquanto ele beijava o meu pescoço, descendo para o meu colo. Arfei quando ele passou as mãos nas minhas costas, subindo. O puxei de volta para um beijo.

Ele retribuiu.

-Bella, não faça isso... – sussurrou contra os meus lábios.

Ri.

-Não estou fazendo nada. – respondi-lhe inocentemente.

-Hum... Falo sério. – Restringiu-me. – Não sou tão bom em autocontrole, então, para o nosso bem, para o seu bem, é melhor pararmos por aqui. Além do quê, sua mãe deve estar para chegar.

-Ela viajou. – disse voltando a beijá-lo, ignorando-o. Ele voltou a me segurar.

-Pior ainda. – Fez uma careta. - Eu teria motivo para me controlar, mas você não está me ajudando muito... Eu te amo, mas quero fazer isso da forma certa. – Beijou-me antes de me tirar sobre ele.

É, ele tinha razão. Como sempre.

-Não sei por que, mas isso me pareceu uma distração para você não responder a minha pergunta, estou errado?

Engoli seco.

Droga! Nunca entendi porque era tão fácil me decifrar.

-Está. – Nem ao menos eu me convenci.

-Pode começar a falar. – Ordenou. Sentou-se e me olhou de cima a baixo, o que me fez fazer o mesmo. Eu estava sem a minha blusa, apenas com o meu sutiã. Joguei-me na direção da minha blusa jogada ao chão, junta a dele, e a vesti, sentindo o meu rosto queimar mais que o normal.

-Droga! – resmunguei colocando-a.

Ele riu e me abraçou.

-Está tudo bem, amor. – Tentou, sem total sucesso, me acalmar. Afastou-se e encostou-se no sofá. – Agora fale.

-Um... – Cruzei os dedos, apertando-os forte. – Eu... Só estava pensando em um montão de coisas... e... – Meus dedos estavam começando a doer de tanto que eu os apertava. Edward os libertou e segurou as minhas mãos, não permitindo que os machucasse. Suspirei. Teria que lhe contar logo. Olhei-o temerosa. – Não posso voltar agora. – Soltei de uma vez, foi como um jato.

-Por quê? – Semicerrou os olhos.

-Porque minha mãe está para voltar e eu queria falar com ela.

-Tudo bem. Assim que ela voltar e você falar com ela, você volta para Londres.

-Não é tão fácil. – Fiz uma careta de reprovação. – Vai ser muito difícil eu conseguir voltar a fazer o intercâmbio e exigir que eu fique na sua casa. Tem muita burocracia, com a qual eu teria que cuidar.

-Não precisa fazer o intercâmbio. – Olhei-o confusa. Do que ele estava falando? – Vá mora com a gente.

Não tinha pensado nesta possibilidade, afinal, não sabia se um dia eu voltaria para lá. Será que seria certo aceitar isso? Talvez Edward permitisse, mas e quanto aos seus pais? Sei que eles foram maravilhosos comigo, mas eles deviam querer seguir suas vidas com, apenas, os seus filhos.

-Não acho que seja uma boa idéia. – murmurei.

-Não vejo por que não. – Retrucou.

-Edward, você pode quer a minha vida, mas a casa não é apenas sua, é de seus pais e de seu irmão também.

-Eles também a querem. – Apertou as minhas mãos e as beijou.

-Edward...

-Vou fazer o seguinte. – Esperei que ele dissesse. – Volto para casa, já que minha mãe ordenou isso, você fica aqui para falar com a sua e eu pergunto se você pode voltar. Eu já sei a resposta, mas já que é assim que quer...

-Sim. Melhor assim. – Afirmei feliz por ele ter reagido melhor do que eu imaginava.

-Queria que já voltasse comigo. – Beijou-me delicadamente.

Sorri.

-Também, mas vai ser melhor assim, certo?

Ele fez uma careta. Eu me levantei e o puxei junto.

-Vamos comprar as suas passagens, antes que a sua mãe o mate mais do que ela já vai, quando chegar em casa.

Compramos pela internet e ficamos o resto de tempo que ainda tínhamos juntos, apenas abraçados. Era verdade, era difícil ficar longe dele. Realmente, imãs. Não tinha parado para pensar nisso. Aquela senhora não fora a única a comentar sobre isso, Rosalie também já tinha dito. Era engraçado. Quando eu ia pensar que fazer um intercâmbio, a fim de deixar a minha mãe viajar com Phil, eu iria encontrar uma família querida e amigos maravilhosos? Nunca. O mais próximo que tive de mais forte amizade era com a minha mãe, a confidente de meus segredos, a que sabia tudo sobre mim.

Estava extremamente feliz por enfim ter encontrado o meu lugar na Terra, parecia que nunca nada mudaria para mim, a garota sem coordenação e anti-social. Irônico, não?

Despedi-me de Edward, beijando-o intensamente e fiquei olhando-o até entrar no táxi e partir para o aeroporto. Meu coração se apertou um pouco, mas nada era comparada a dor que eu já havia sentido antes. Agora ela era diferente, era uma dor de saudade e não de uma separação definitiva. Ainda bem.

Voltei para dentro de casa, após fechar a porta, e pus-me a sentar de frente para a lareira, olhando para o simples nada. Estava apensa pensativa. Queria logo ver a minha mãe, sentia tanta falta dela. Esses eram um dos motivos de eu quer voltar a Phoenix, ver a minha erradica mãe.

Edward`s POV

O vôo foi tranqüilo, mas o meu corpo ainda pedia a aproximação urgente ao corpo de Bella. Agora eu me sentia mais aliviado, aliviado por ter cumprido a minha missão. Bella me pertencia e para sempre seria assim, ela me ama e eu a ela.

Em Londres eram onze da noite, e como eu havia estacionado o meu carro fora do estacionamento do aeroporto e longe, tive de ir andando na escuridão em direção ao mesmo. O céu estava lindo, cheio de estrelas e com uma lua cheia, brilhante e gorda.

Estremeci de frio, meu casaco devia estar no carro. Fiquei feliz por ele ainda estar no lugar onde eu o havia deixado. Entrei, logo ligando o aquecedor. Meu celular tocou e eu o coloquei no viva-voz enquanto dirigia pelas ruas escuras.

-Alô.

-Edward Cullen, onde você está? – Minha mãe falou tão alto que eu tive de abaixar o volume.

Ri.

-Já estou em Londres, mãe. Daqui a pouco chego ai.

Ela bufou.

-E Bella está com você?

-Não. Ela ficou porque queria falar com a mãe.

-E porque ela não falou lá e já não veio com você? – Não entendi, pensei ter escutado sua voz um pouco áspera.

-A mãe dela está viajando. Ela ia esperar ela voltar. Isso me lembra de uma coisa, quando eu chegar, preciso conversar com a senhora, papai e Jasper, certo?

-Certo, mas amanhã, pois eu só não dormi, porque estava te esperando. Seu pai e Jasper já devem estar no décimo sono.

-Jasper dormindo cedo. – Isso era novidade.

-Pois é. – Ela riu. – Chega logo e venha com cuidado, não corra muito.

-Certo...

-Tchau, querido.

-Tchau, mãe.

Desliguei e me concentrei no caminho de casa. Estacionei na garagem, atrás do carro do meu pai e entrei. Liguei as luzes para não tropeçar em nada e subi direto para o meu quarto. Tomei um banho bem quente, colocando o meu pijama e indo pular na cama. Meus olhos estavam pesados de tanto sono Adormeci rapidamente.

A luz do sol me acordou, queimando meu rosto. A porta que ontem a noite eu havia fechado, agora estava aberta. Era óbvio que minha mãe devia ter ido ver se eu já tinha chegado. Espreguicei-me e fui tomar o café-da-manhã.

Acabei por encontrar toda a minha família no andar de baixo.

-Bom dia. – Sentei-me a mesa junto a Jasper que estava com uma cara de quem acabou de acordar.

-Bom dia. – disseram em uníssono.

-Edward e Jasper, eu e o seu pai temos que contar uma coisa... – Iniciou minha mãe. Normalmente quando ela começava assim, coisa boa não era. Não importava, tudo estava ótimo, contanto que Bella voltasse, e ela iria.

Esperamos. Meu pai permanecia ao seu lado, como se nos analisasse, apenas esperando para ver nossa reação, ao qual eu não sabia.

-Não podemos ficar sem uma intercambista em casa, por isso amanhã de manhã chegará uma nova, mulher. – Soltou de uma vez.

-O quê? – Pulamos da cadeira ao falarmos ao mesmo tempo. – Não podem! – reclamei.

-Temos um contrato com a empresa de intercâmbio. Não podemos ficar sem um aluno antes do final do contrato. – Explicou meu pai com sua calma irritante.

-Não! Bella vai voltar, ela só ficou para ver a mãe, mas ela volta! Não podem trazer outra!

-Edward, Bella cancelou seu intercâmbio. Ela não pode voltar, pelo menos não para a nossa casa.

-Claro que pode, é só cancelar o da garota nova e Bella se inscreve de novo. – Jasper ficou mais calmo ao dar a sua idéia, e, de certa forma, eu também.

-Não é tão fácil como parece, é impossível, não há como voltar atrás. – Carlisle colocou uma das mãos sobre o ombro de minha mãe que parecia muito triste. – Também queríamos Bella de volta, mas não tem como. É isso e fim. – Ele estava rígido, o que me irritou mais.

-Inferno! – Joguei a cadeira para trás, deixando-a cair fortemente e sai com raiva para o meu quarto.

Sabia que nada adiantaria discutir com eles. Se eles nada iriam fazer contra isso, eu iria. Não importa, eu daria um jeito de ficar junto de Bella, nem que isso me acarretasse ir morar em Phoenix. Largaria tudo apenas para ficar perto dela, mas sabia que meus pais não iriam permitir.

Agora eu tinha dezoito anos, não preciso mais da permissão deles, então eu farei da minha vida o que quiser.

Peguei o meu celular e disquei o número de Bella. Precisava ouvir sua voz, porque eu não a ouvia faz um tempo longo de horas...

-Alô. – Fiquei mais tranqüilo somente por ouvir sua voz doce e encantadora.

-Oi, amor.

-Edward! – Parecia feliz em me ouvir, isso foi ótimo. – Oh! Sinto tanto a sua... Falta – disse baixo essa última parte. Não entendi o porquê.

-Porque começou a falar baixo assim que eu entrei, eim? –Devia ser a voz de sua mãe.

-Não estou falando baixo. – Respondeu ela.

-Sua mãe? – perguntei risonho.

-Arrã. – Escutei barulho de porta se fechando. – Eu ainda não contei a ela sobre nós.

-Por que não?

-Porque ela piraria e não me deixaria voltar para sua casa sabendo que você é o meu namorado. – Isso acabou por me lembrar o que eu ia falar a ela e, admito, que eu não tinha idéia de como começar. – Ela acharia que iríamos fazer algo errado...

-Terá que contar a ela. – Minha voz era firme.

A indiferença a fez despertar.

-Aconteceu alguma coisa? Sua voz me pareceu estranha.

Suspirei. Não sabia começar.

-Problemas. – Respondi-lhe.

-Uhm? Que tipo de problema?

Tratei de lhe contar tudo em mínimos detalhes e ela apenas falava "Arrã", "Sim" e "Entendo" nos momentos certos, algo que me angustiava muito, pois não podia ver suas expressões para ver se ela estava tranqüila assim como sua voz parecia estar.

-Bella? – Chamei-a após um minuto sem palavras.

-Sim?

-Quero que venha ficar conosco, por isso vou fazer tudo para cancelar o intercâmbio da...

-Não, Edward. – interrompeu-me. – Eu deveria ter imaginado que isso iria acontecer. Na verdade, eu sabia, mas não relacionei os fatos. Está tudo bem, eu continuarei em Phoenix e você...

-Não. Não ouse falar que ficaremos separados. – Ela suspirou. – Eu te amo e não vou ficar longe de ti, nunca. Não me peça isso.

-Eu também te amo. – sussurrou. – E muito, mas, quando eu li o contrato, seus pais não podem cancelar para colocar outra.

Gruni.

-Tem de haver um modo. – Eu soava desesperado, e estava.

-Sinto muito, não há. – Sua voz era tristonha. Que inferno! Ela em Phoenix e eu aqui!

-Mas... E quanto a nós?Como vamos fazer?

-É... – Começou, mas logo se calou.

-Pode falar. – Incentivei-a.

-É uma idéia idiota, você não deve concordar...

-Talvez eu concorde. Se tentar...

Ela suspirou e recomeçou.

-Eu não tenho problemas com relacionamento a distância, mas, você é homem, e se você não gostar de um relacionamento sem contato... Quero dizer, sem freqüente contato, vou entender. Juro.

Pensei por um instante.

-Não precisa poupar os meus sentimentos, Edward. – disse rapidamente.

-Não é isso. – Ri. – Eu só estava pensando em quando vamos nos encontrar.

-E isso quer dizer...

-Que eu não vou terminar com você. Tire isso da sua cabeça.

Ela riu.

-Por que está rindo?

-Sinceramente, não sei o que viu em mim.

Rolei os olhos.

-Você é perfeita, Bella. Você é o meu mundo, minha vida, isso não basta?

-Basta, por enquanto. – Suspirou. - Eu te amo, Edward, e já sinto a sua falta.

-Também, amor, também. – Queria tanto estar ao seu lado e a envolver em meus braços para nunca mais soltar, beijá-la, tê-la.

-Tenho que desligar. Nos falamos mais tarde pelo MSN.

-Não queria que fosse assim. – Reclamei.

-Também não.

-Bella! Você está há vinte minutos no telefone, a conta virá um estouro! –Gritou sua mãe.

-Já estou desligando! – gritou de volta, mas com o telefone longe. – Um... Desculpe por isso.

-Está tudo bem, vou libertá-la. – Riu. – Depois nos falamos.

-Certo. Beijos.

-Beijos.

Desliguei com uma vontade enorme de ir de novo vê-la, mas eu teria de me conte. O meu inferno na Terra era ficar longe dela. Como eu me odiava por não poder fazer nada para mudar isso. Logo agora que tudo se ajeitou tinha que tudo, mais uma vez, desmoronar nas nossas cabeças? E agora que viria uma nova aluna de intercâmbio morar conosco, não sou muito bom em aceitar coisas novas e será bem capaz de eu recebê-la pessimamente devido a ela estar no lugar da minha Bella. Coita, a culpa nem ao menos é dela, mas o que eu posso fazer?

Parecia que sempre tinha algo conspirando, não permitindo que duas pessoas fossem felizes juntas, mas eu não iria deixar, fui até Phoenix atrás dela e não ia desistir. Nunca!

Estava com tanta raiva que resolvi sair um pouco. Fui tomar um banho rápido e me arrumar decentemente. Fui ao andar de baixo encontrando todos – Meus pais, Jasper, Alice, Rosalie, Emmett e os meus avós-, todos gritaram "surpresa!" assim que pisei no chão da sala.

Eles prepararam uma festa surpresa para mim. Nem eu menos eu me lembrava, de novo, do meu aniversário, estava com a cabeça em outro lugar, em Bella. Sei que irrito com todo esse melodrama, irrito até a mim mesmo, mas é caso de necessidade tê-la junto a mim.

Alice perguntou como havia sido a minha ida a Phoenix e lhe contei que estamos novamente juntos, mas acabei por contar a história por completo a todos os meus amigos, que igualmente ficaram irritados.

Meus avós perguntaram sobre Bella e minha mãe se contentou apenas em dizer que ela havia ido visitar a mãe. Não havia entendido, por que não contou a eles sobre a partida dela? Ignorei e segui com o dia.

O dia se seguiu na pequena festa surpresa até todos se retirarem, por estar ficando tarde e eu fui seguir com o meu plano de fazer alguma coisa para cancelar o intercâmbio da nova garota. Liguei o meu computador, entrando no site da empresa a procura de um número de contato.

Aproveitei para abrir o meu MSN para ver se Bella estava onlline. Não, mas tinha um email.

De: Bella.

Para: Edward.

Edward,

Não poderei falar com você hoje à noite, porque eu irei sair com a minha mãe. Vamos a teatro que a acabou de estreiar aqui. Sinto muito.

Pode me contar o que aconteceu no seu aniversário. Quero saber o que fizeram. Como estão os outros?E depois me conte como é a nova intercambista.

Beijos. Te amo,

Bella.

Tudo que eu queria era falar com ela, nem que fosse apenas pela tela do computador e é assim que começamos? Sem nos falar um dia e depois? Mais um? O desespero estava me tomando.

Liguei para empresa e fiquei horas discutindo com uma atendente que me informou o que eu já sabia; que não poderia cancelar. Acabei por xingá-la e desliguei com raiva.

Tudo estava girando quando cai na cama após tomar banho e botar o meu pijama, quando vi, já estava afogando-me em sono.

-Sejam bonzinhos e a recebam de braços abertos. – disse minha mãe pela milionésima vez.

Estávamos eu, minha mãe, Jasper e Alice sentados na sala apenas esperando meu pai chegar com a aluna nova. Nenhum com um humor muito agradável, tirando a minha mãe que estava com um sorriso enorme de felicidade, que eu não conseguia entender. Como ela pode sorrir?

-Senhora Cullen... – Iniciou Alice ao se ajeitar no abraço de meu irmão.

-Alice, por favor, somente Esme, querida. – Sorriu a ela.

-Esme, por favor, não façam isso. Deixem a Bella voltar para cá.

O sorriso de minha mãe sumiu por um instante.

-Também queríamos Bella, mas não tem como, querida. E você sabe.

Alice fez um bico e fechou os olhos com força.

-Mãe... – Agora era a vez de Jasper.

-Chega! – Minha mãe gritou. – Parem com isso! Não podemos fazer nada! Que coisa! – Caminhou até a janela, olhando para fora ao ouvir barulho de carro chegando. – Eles chegaram! – Ela se pôs ao nosso lado no sofá, apenas olhando para a porta com um sorriso enorme.

Todos a olhamos também, com olhos atenciosos, como se esperássemos uma sentença de morte ou algo do tipo. Foi destrancada e vimos à maçaneta rodar, entrando duas pessoas à sala...

Não acreditava no que via até o grito de Alice me despertar.

Continuação...

Bella`s POV.

-Bella! – Alice soltou Jasper rapidamente antes de pular em cima de mim com tudo. – Ahhh! – Gritou em meu ouvido.

Olhei por cima de seu ombro, encontrando Esme, com o seu sorriso angelical de sempre estampado em seu rosto de formato de coração, Jasper sorrindo e Edward parecendo não acreditar.

Sorri, até perceber que eu não estava conseguindo respirar devido ao abraço forte de Alice que me prendia o ar.

-Alice... – Ofeguei. – Não... Consigo respirar...

-Ups! – Soltou-me rápido. – Desculpe. Estou tão feliz! – Seus olhos estavam cheios de lágrimas, mas imagino que não seja de tristeza, pois ela sorria tanto que parecia que ia rasgar os cantos da boca.

-Também, Ali. – Dei mais um breve abraço nela.

-Bella! – Jasper apareceu na minha frente com um sorriso um pouco tímido – É ótimo ter a minha irmã de volta. – Abraçou-me.

Era diferente ver Jasper mostrando seus sentimentos, lembro-me que foi a coisa que mais me surpreendeu ao eu sair desta casa.

-Querida...! – Esme me abraçou com força, mas não tanto quanto Alice. – Fico muito feliz por você estar de volta. – Parece até mais bonita, se é que é possível.

Dei-lhe um sorriso tímido, corando. Virei-me a Edward que continuava a me olhar sem acreditar, parecia uma estátua. Ficamos nos olhando por um tempo até Esme falar.

-Então, vamos deixá-los ficarem a sós. Eles têm muito do que conversar. – disse saindo puxando todos.

-Ah não! Edward vai querer ficar com ela todinha para ele! – resmungou Alice ao sair da sala.

Não conseguia parar de olhar o seu par de olhos verdes e somente de imaginar em vê-los novamente todas as manhãs, meu peito doía de tanta felicidade. Ele deu dois paços em minha direção, ainda de boca aberta, e eu dei dois paços a ele.

Ajeitei a minha mochila nas minhas costas e dei mais um paço em sua direção.

-Edward... – Comecei ao ver que ele não falaria nada. Dei mais um, ficando a menos de um metro de distância dele.

-Porque não me avisou que era você que viria...? – sussurrou ao estreitar os olhos minimamente e dar mais um paço em minha direção, roçando os lábios nos meus. – Teria pensado em uma recepção melhor.

Sorri.

Por um momento achei que ele estava com raiva.

-Queríamos fazer uma surpresa... – Fiz o mesmo, apenas sentindo seu cheiro.

-Meus pais estavam nisso? – Ainda não nos tocávamos, estávamos apenas a centímetros de distância, mas nossos lábios roçavam ao falarmos. Assenti. – Não devia ter feito isso.

Só deu tempo de eu erguer uma sobrancelha e largar a minha mochila no chão, antes de ele me puxar pela cintura e pela nuca e me beijar com tudo. Passei meus braços em volta de seu pescoço e me colei mais a ele. Sentia tanta falta dele, de seus beijos, de contanto constante. Era como se Edward e eu, uma vez juntos, nada pudesse nos separar.

Sua boca brincava com a minha e suas mãos me puxavam para si cada vez mais, sem permitir que eu saísse um pouco que seja. Não ligava, não era a minha intenção e muito menos pensei em sair tão cedo.

Era incrível como tudo sumia quando eu estava com ele, não via nada ao meu redor. Eu poderia aproveitar deste momento sem que ninguém atrapalhasse. Nossas respirações estavam ofegantes, Edward nos separou um pouco sem me soltar, olhando-me nos olhos, como se estivesse a procurar algo, enquanto respirávamos. Seja o que era o que ele procurava, achou.

Sorriu torto.

-Você, definitivamente, é o amor da minha vida. E está, realmente, mais linda do que nunca... – Beijou-me de leve e voltou a me olhar. – Eu te amo, Isabella Swan.

Sorri e levei minha mão ao seu rosto, fazendo-o fechar os olhos e virar a cabeça para beijá-la.

-Eu também te amo muito, Edward Cullen. Mais do que você pode imaginar.

Depois de alguns minutos apenas nos olhando, ele, finalmente, quebrou o silêncio, sussurrando em meu ouvido, uma frase que me deixou com as pernas bambas de tanta felicidade, antes de me beijar de tirar o fôlego.

-Você agora é o meu mundo.


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Notas finais do capítulo

Pois é, acabamos!

Eu queria agradecer demais a todas vocês que leram, por me terem incentivado a escrever mais e mais, agradecer também os elogios que enchem o ego de qualquer um e mais uma vez muitíssimo obrigada por terem acompanhado a minha humilde fic, a primeira que, para mim, eu comecei bem! :D

Vou contar como surgiu a idéia de escrever esta fic: Primeiro, sou muito fã de Twilight FATO (Falando nisso, dia VINTE que me espere! Rá! Eu estou me mordendo de curiosidade de ver o filme! Deus!), segundo, eu sempre quis fazer intercâmbio e eu já sabia que realmente existe esta regra e no dia em que eu descobri, fiquei pensando... E se a pessoa se apaixonasse por um morador da casa? E terceiro e último, eu vivo aqui no Fanfiction lendo fics criativíssimas, que são merecedoras de Oscar somente pela a idéia inicial :D, então, resolvi escrever a minha. Acho que fiz bem, porque me deixou muito feliz por todos os comentários dos capítulos.

Vocês devem estar se perguntando se terá continuação, de um A intercambista 2, porque eu lembro de ter perguntado se vocês queriam a continuação ou a nova fic que eu tenho uma breve idéia, não sei ainda o tema, mas que seria sobre a Alice e o Jasper, pois é, a resposta é sim. Terá continuação, mas eu não sei quando vou voltar a escrever. Prometo que terá, só depois da de Alice e Jasper que eu começarei assim que tiver uma idéia ;)

Vou me dar férias :D, afinal, todo mundo merece um tempo de descanso, não é mesmo?

Beijão a todas e mais uma vez, OBRIGADA!

Lina Furtado. ;*