A Intercambista escrita por LinaFurtado


Capítulo 13
I don't love you anymore...


Notas iniciais do capítulo

Galera! Oie! :D
Demorei? Não, não é? :)
Pois éééé! Eu queria agradecer as pessoas lindas que já tem um MEGA espação no meu coração por gostar da minha fic e comentar nela! ;D Obrigada MESMO!
Vamos ao capítulo? ;P
Boa leitura!



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Capítulo 13. – I don't love you anymore.

-Sério mesmo. Não acho que deveriam esconder isso dos nossos amigos. – disse Jasper com certa rigidez, enquanto aninhava Alice em seu abraço.

Ela assentiu.

Estávamos na sala dos Cullen, conversando sobre se deveríamos ou não contar aos nossos outros amigos sobre nós. Tenho que admitir que me dava um frio na barriga, cada vez que alguém mais sabia sobre o nosso segredo. Já haviam passado três dias depois da chegada do Jacob e, pelo menos, fiquei feliz por nada ter mudado, só que agora ele andava conosco.

-Jasper, - comecei a nos defender. Respirei fundo. – Não é que eu não confie nos outros é só que... – Soltei o ar. – Ah! Não sei por que.

-Viu? Bella, eles nunca contariam algo sobre vocês. – disse Alice.

Edward se encontrava encostado ao leito da escada apenas nos escutando, não falava nada. Observava atentamente a conversa, o que me deixava angustiada. Queria que ele expusesse sua opinião para saber se eu que estava errada ou não... Droga! Não sabia por que, mas eu tinha uma estranha sensação de que isso não daria certo.

Suspirei derrota.

Afinal eles eram nossos amigos, nunca nos fariam nenhum mal. Tenho certeza que Emmet e Roseli não contariam, mas quanto a Jacob, nem ao menos podia adivinhar sua reação, muito menos se ele guardaria o segredo.

-Ta. Tudo bem. Vamos contar a eles essa tarde.

-Desculpe, Bella, mas não confio suficiente no seu amigo para isso. – disse Edward, mantendo uma voz séria.

-Jacob? – perguntou Alice sentando-se. – Não acho que ele contaria.

-Você acha que não, esse é o problema, não temos certeza.

Observei-o de cenho franzido, caminhar até se sentar no braço da poltrona, ao qual eu estava sentada. Jasper pareceu pensar no que ele havia falado. Aparentemente, também não confiava em Jacob.

-É, tem razão. Certo, então, sem contar para o Jacob. – disse Jasper levantando-se e puxando Alice consigo.

Eu nada disse, apenas assenti. Deveria eu ficar triste pelo fato de nenhum deles ter confiança em Jacob? E isso se aplica a mim? Fiquei parada olhando para o chão, escutando Jasper e Alice dizerem que estarão esperando no carro.

Levantei a cabeça rapidamente quando escutei o barulho de porta se fechando.

-Aonde vamos? – perguntei a Edward.

-Falar com os outros. – Estendeu-me a mão com o seu sorriso torto, belíssimo, acompanhando-o. Peguei sua mão e me levantei. – Parece tão... Receosa. – Estava confuso ao me olhar.

-Confio neles só que tenho medo que alguém, além deles, também saiba. Você se lembra da mensagem... – Abaixei meu olhar.

-Lembro, mas não acho que conseguiria provar que tenhamos alguma coisa, porque nós tomamos cuidado.

Olhei-o sorrindo.

-Aquele dia em que você me puxou para o armário de vassouras do colégio, é o que você chama de cuidado? – perguntei ainda sorrindo.

Abriu a boca pra contestar, mas logo a fechou.

-Tenho razão pela primeira vez! – Sorri abertamente.

Ele riu e me abraçou, colocando uma mexa do meu cabelo para trás da minha orelha. Fiquei na ponta dos pés para beijá-lo, ele me ajudou abaixando-se um pouco.

-Eu te amo, não se esqueça disso, certo? – Eu lhe disse como se ele fosse escutar isso pela última vez. Soou um pouco desesperado, mas não me importava.

Olhou-me assustado.

-Bella...

-VAMOS! – gritou Alice da porta. Depois veio apressadamente, batendo os pés no chão de madeira, até nós e nos puxando para fora da casa.

Senti que Edward continuava a me encarar do mesmo modo, enquanto íamos para o carro. Fomos ao nosso ponto de encontro de sempre. Nos sentamos a uma mesa afastada, enquanto esperávamos Emmet e Roseli chegarem. Jasper sentou do outro lado mesa, com Alice aninha em seu peito. Edward sentou-se ao meu lado e me entregou o cardápio, enquanto ele via o dele. Não me mexi. Aproximou-se de nós uma garçonete de cabelos pretos, presos em um coque mal feito, com um sorriso enorme ao atender Edward.

-Quer alguma coisa? – perguntou-me a garçonete que tentava me ignorar ao ver Edward ao meu lado. Não parecia quer me atender.

-Não, obrigada. – Dei uma rápida olhadela e a vi virar se de volta a Edward, que agora me encarava.

-Não quer nada? – perguntou-me ele com as sobrancelhas erguidas, um claro sinal de que não gostou nada.

-Não, estou sem fome.

-Bella...

-Ela não quer nada. – disse Jasper olhando o irmão fixamente. – Eu e Alice queremos um crepe de...? – Olhou-a para que ela completasse.

Ela deu uma passada rápida no cardápio, colocando a franja para trás da orelha.

-Chocolate com morango. – Sorriu contente como uma criança. – Ah! E de chocolate branco.

-Certo. E dois refrigerantes. – concluiu ele.

-Quatro. – disse Edward. – Nós também queremos.

-Não quero na... – Comecei a protestar, mas ele me ignorou.

-Quais são os refrigerantes? – perguntou ela, pegando o bloquinho de anotações.

-Quatro cocas? – Edward nos olhou e todos confirmaram.

-Quatro cocas, um crepe de morango com chocolate branco e mais alguma coisa? – Olhou sugestivamente à Edward.

-Não, obrigado. – disse com sua voz suave e educada. Sorriu a ela.

Ela respirou fundo, virando o corpo e saindo de perto.

Alice deu uma risadinha e Jasper revirou os olhos. Observei Emmet e Roseli chegarem. Estavam lindos como sempre, afinal não precisavam fazer nada para ficarem bonitos, podiam apenas jogar trapos sobre o corpo que mesmo assim deixavam as pessoas com a auto-estima lá embaixo.

Sentaram-se ao lado de Jasper e Alice, enquanto nos cumprimentavam.

-E ai? – começou Emmet. – O que querem tanto nos falar? – perguntou olhando todos nós.

-Bella e Edward querem falar uma coisa a vocês. – respondeu Alice, fazendo com que todos à mesa nos olhassem.

Senti meu rosto ficar quente.

-Certo. Vamos ser diretos. – Edward estava firme. Apoiou os cotovelos na mesa, apoiando a cabeça nas mãos. – Eu e Bella estamos juntos, e como ela mora na mesma casa que eu, ela corre o risco de, se alguém descobrir, ter que voltar para casa. – Deixou as mãos caírem, fazendo com que soltasse um barulho. – É isso.

Emmet e Roseli pareciam já esperar por isso.

-Acho que já imaginávamos isso. – disse Roseli. Olhei-a incrédula. Estava tão transparente assim? – É claro que vocês não mostraram nada, mas... Não sei, pareciam estar ligados quando andam juntos. Parecem se atrair... – Soltou um riso abafado. – Muito bonito de ser ver, por sinal.

-AMÉM! – gritou Emmet, fazendo todos da creperia se virassem para nos olhar. Fizemos-lhe um "Shhhh" em conjunto. Ele riu. – Não acredito que só nos contaram agora. – Fez uma careta de decepcionado.

Sorri pela primeira vez. Agora o sentimento do modo como reagiriam sumiu. Todo aquele medo se dissipou ao ar e, de repente, foi substituído por uma sensação tranqüilizadora e suave. Sabia que podia confiar nos meus novos amigos.

Escutei Edward soltar o ar. Estava ele prendendo-o desde quando? Olhei-o vendo seus traços fortes do rosto, sua simetria perfeita, quando ele me olhou e sorriu torto. O sorriso dos meus sonhos de todas as noites.

-Ah! Vocês formam um casal tão bonitinho! – comentou Alice, parecendo que ia voar a qualquer momento. Abaixei minha cabeça, totalmente constrangida. – É uma pena que não possam aparecer em público como um verdadeiro casal de namorados. AH! – gritou. Nós a encaramos, esperando que algo lhe tivesse ocorrido, mas ela esboçou um sorriso que logo se abriu até onde lhe era permitido. – OH meu Deus! Agora todos têm par! Que lindo! – Bateu palmas, animada.

-É, baixinha! – Emmet bagunçou todo o cabelo de Alice que fez um bico de reprovação. – Muito esperta você, eim? – Começou a rir.

A tarde foi muito agradável com a companhia de todos. Nunca havia me divertido tanto. Em Phoenix não tinha amigos tão maravilhosos como esses, mas eu estava com muito sono, por causa da noite mal dormida, por isso – de má vontade - tive que recusar um convite de um cinema em grupo. Todos iam, mas Edward falou que me acompanharia. Insisti que não atrapalhasse seus planos por minha causa, mas ele insistiu que iria comigo. Nada pude fazer.

Fomos em seu carro, em silêncio. Gostava de poder ficar quieta sem ter que me pronunciar toda a hora, Edward respeitava isso. Ao chegarmos, a garagem continuava vazia, isto é, sem sinal de Esme e Carlisle. Sai do carro lentamente, por minha preguiça instantânea, por isso Edward estava tão rapidamente ao meu lado.

-Cansada? – perguntou-me.

Sorri derrotada.

-Um pouco.

Não percebi quando, mas quando dei por mim, estava em seus braços e ele me levando para dentro de casa, com uma facilidade incrível. Agarrei seu pescoço com medo de cair.

-Edward! Me ponha no chão! – Implorei.

Ele sorriu.

-Tem medo de cair? – Sorri maliciosamente.

-Não, só a idéia de nós dois sairmos rolando escada a baixo. – resmunguei. – E, isso é vergonhoso. – Escondi meu rosto em seu peito.

-Não se preocupe. Não tem ninguém em casa, bobinha. – Beijou o topo da minha cabeça, enquanto subíamos a escada. Bem, ele subia.

Fechei meus olhos com força, torcendo para que não caíssemos, mas ao final só senti ele me colocando sobre a cama, com delicadeza. Abri-os lentamente, vendo a visão mais perfeita da minha vida. Aquele par de olhos verdes, junto com o sorriso torto mais lindo do mundo, me olhando com amor.

Percebi que não estávamos no meu quarto. Ele me deitou na cama dele.

-Quero sua companhia hoje. – disse indo ao seu armário e pegando seu pijama.

Senti meu coração falhar e engoli seco. Ele pareceu notar a minha reação.

-Não vou lhe fazer nada que não queira, Bella. – Sorriu. – Só quero que durma aqui comigo esta noite.

Sentei-me desajeitada, cruzando as pernas e ajeitando o meu cabelo.

-Não posso, seus pais...

-Eles não vêm hoje. Viajaram para ver a nossa avó. Uma visita de rotina. Sempre dormem lá. – Assisti-o tirando a jaqueta preta e logo após a blusa branca de gola alta, deixando seu peito amostra. Mordi o lábio. Ele era muito mais lindo do que era possível. Cada linha de seu corpo era muito bem delineada, formando em uma barriga perfeita. – Gosta do que vê? – perguntou divertindo-se ao ver analisá-lo por completo.

Pensei em melhores reações a esse tipo de situação, apenas para esconder – nem que fosse um pouco – o meu constrangimento. Apenas bufei e tirei meu olhar sobre ele, encarando o chão que parecia estar muito mais interessante. (Sendo sarcástica)

Caminhou até mim e se curvou dando um beijo na minha testa. Não pude deixar de observar a perfeição novamente, mas bem disfarçadamente.

-Vou tomar banho. Já volto. – Sorriu e foi ao banheiro, fechando a porta logo em seguida.

Soltei meu ar. Estava sem reação. Só havia uma coisa na minha mente agora, o que ele quis dizer com: Não vou lhe fazer nada que não queira? Meu coração acelerou em um ritmo frenético. Tive que ficar para por uns instantes até me mexer para ir ao meu quarto e tomar banho. Cambaleei até o meu quarto, pegando o meu pijama, que desejei que fosse um pouco sexy, mas sem sucesso.

Bufei.

Tomei um banho rápido e escovei meus dentes. Parei olhando-me no espelho, analisando cada detalhe do meu rosto branco, pálido. Não sei como Edward foi se apaixonar por isso, disse a mim mesma.

Ri sozinha.

Desci o meu olhar para o meu corpo. Usava uma camiseta larga com um micro short, digamos assim. Não dá, não dá para ser sexy. Coloquei minha roupa suja no cesto e sai do banheiro encabulada, quase caindo ao tropeçar com uma pequena saliência que havia no chão. Somente eu conseguia fazer esta dádiva.

Escutei um riso abafado vindo da minha frente. Segui, com o olhar, o som. Edward estava parado a frente da porta do banheiro, apenas de calça de moletom cinza, de braços cruzados e com um sorriso zombeteiro nos lábios.

Franzi o cenho, fingindo-me de brava.

-Vim me certificar de que não vai se trancar no seu quarto. – Estendeu-me a mão.

-Por que faria isso? – perguntei pegando sua mão e aninhando-me ao seu peito, ao nos guiar ao seu quarto. Esperava que a minha voz saísse firme e, para a minha surpresa, saiu.

-Não sei... – Riu.

Chegando ao seu quarto, fiquei sem reação. Não sabia o que fazer, era lógico que eu já havia ido ao seu quarto, mas assim... Com ele me chamando... Foi diferente. Ele me soltou e se virou para fechar a porta.

Fui a sua cama e me sentei, olhando para fora da janela, tentado esconder o meu nervosismo. Nem ao menos me lembrava do por que de estar nervosa. A luz da lua, como sempre, invadia o quarto, iluminando-o suficiente para não precisar acender as luzes. Edward se deitou ao meu lado e deu leves batidas ao seu lado para que eu me aconchegasse, assim fiz.

Envolveu a minha cintura em seu abraço, puxando-me mais para si. Passei meus braços ao redor de seu pescoço e forcei mais a aproximação, se é que era possível, pois já estávamos colados. Tinha a sensação de que ainda não era o suficiente. Sua boca procurava pela a minha, beijando cada lugar que encontrava e deixando um rastro quente por onde passava. Ao enfim chegar a minha boca, não nos poupou. Nunca tinha me beijado daquele jeito, o modo como suas mãos eram urgentes nos meus cabelos, demonstrava o desejo, o amor.

Fiquei embriagada com seu cheiro maravilhoso me invadindo, sentindo-me um pouco tonta. Prendi meus dedos em seus cabelos cor de bronze e o puxei para mais perto, mesmo sabendo que não ia mudar em nada. Ele brincou com os meus lábios, mordendo o inferior e me beijando delicadamente após.

Eu estava no paraíso, já podia morrer feliz. Não! Deus me livre de morrer em um momento como esse! Sacudi de leve a cabeça para afastar esse pensamento, fazendo com que Edward se separasse de mim.

-Não. – murmurei puxando-o de volta.

Ele riu e voltou a me beijar, mas logo se afastou para que pudéssemos respirar. Se apoiou com o cotovelo e me encarou com os mais belos olhos que já vi em toda a minha vida.

-Diga-me, o que está pensando? – perguntou ajeitando o meu cabelo que teimava em cair no meu rosto.

-De verdade? – Assentiu. – Se você é real.

Ele sorriu e se aproximou tocando de leve nos meus lábios, apenas os roçando. Maldade da parte dele.

-Sou, mas às vezes me pego pensando se você é. – comentou sem nos afastar.

Com essa eu tive que rir.

Ele me olhou confuso.

-O que eu disse de engraçado?

-Bem..., - Respirei tentando parar de rir. – além do óbvio, isso se tornou muito engraçado com o momento. – Soltei um riso rápido.

Franziu o cenho.

-Entendo, mas, o que quer dizer com: o óbvio?

-Ah. Olhe para mim. – Não precisava falar, ele já me olhava. – Não sou bonita ou qualquer coisa parecida. Só acho que tenho muita sorte por você ter se apaixonado por mim. – Sorri, mas ele continuou do mesmo jeito.

-E é claro que não se vê com muita clareza. – concluiu.

-Não, ao contrário, me vejo muito bem.

-Não, não se vê não, pois eu vejo que tem uma fila atrás de mim se formando atrás de mim, apenas esperando que eu cometa algum deslize com relação a você.

Fiquei de boca aberta.

-Entende agora? – Seu sorriso de vitória se encontrava dançando em seus lábios. Por que ele sempre ganhava?

Dei de ombros, juntando-me mais ao sei peito nu.

-Mas eu não quero nenhum que não seja você e eu sei que tem uma fila muito maior atrás de mim, de mulheres que são milhões de vezes mais bonitas, também esperando que eu erre em algum momento. – disse em seu ouvido.

-Elas não me interessam. Não mais depois que te encontrei. – Virou o rosto na minha direção e me beijou suavemente.

-Eu te amo. – disse-lhe.

-Não consigo imaginar o quanto eu te amo.

Soltei um bocejo involuntário.

-Está com sono. Vamos dormir. – disse se afastando para eu poder me acomodar. O prendi, segurando por suas costas largas.

-Não. Não quero dormir. – O puxei de volta.

-Mas está com sono. – Tentou se afastar com delicadeza, mas não permiti. – Bella...

-Não. Já disse que não.

Deu de ombros.

-Vai acabar dormindo de qualquer jeito.

-Não vou dormir enquanto estiver aqui. – Avisei-lhe.

-Quer que eu saia? – Levantou as sobrancelhas.

-Não! Só que não consigo, quero, dormir enquanto estou assim... – Mostrei por estarmos abraçados.

Ele sorriu e voltou a me abraçar.

Começou a cantar uma cantiga de ninar, enquanto mexia no meu cabelo. Sua voz era encantadora e por mais que eu não quisesse pensar naquilo, eu ainda tinha a estranha sensação de que alguma ia nos acontecer, fazendo-me sentir uma necessidade de dizê-lo mais uma vez.

Remexi-me um pouco para poder soltar sua cintura e pegar seu rosto com as duas mãos. Ele parou imediatamente de cantar para prestar atenção em mim.

-Edward, por favor, nunca se esqueça que eu te amo. Não importa o que aconteça. – disse com toda a minha sinceridade.

-Por que está falando assim? – Via, através do reflexo da luz da lua em seu belo rosto, uma ruga de preocupação.

-Não sei... Tenho uma estranha sensação de que algo vai nos acontecer. – Soltei seu rosto e me virei de costas a ele, puxando seu braço para cima de mim. Segurei-o com força.

-Não diga isso, amor. Nada vai nos acontecer. – Beijou o meu cabelo e me puxou contra seu peito. Eu me moldei em seu peito, enquanto sentia o sono me afogar.

Senti um feixe de luz solar contra o meu rosto fazendo-me despertar e, para a minha felicidade, ainda estava nos braços de Edward, que já estava acordado apenas fazendo carinho na minha cabeça. Virei-me para ele e o beijei de leve.

Ele sorriu.

-Bom dia. – disse-me. – Dormiu bem?

-Muito. – Sorri, mas logo me lembrei. – Oh! Que horas são?

-08h e alguns minutos.

-Os seus pais já chegaram? Jasper já chegou? Meu Deus, eu já devia estar no meu quarto e...

-Shhh – Deu-me um leve beijo. – Não, meus pais não chegaram e quanto a Jasper, bem... Ele chegou muito tarde. – Sorriu maliciosamente.

Essa eu não peguei, mas ignorei.

-Preciso ir ao banheiro. – disse me afastando de seu peito. – Já volto. – Cambaleei para fora da cama, sentindo seus olhos sobre mim.

-Preciso dizer o quão está bonita? – Olhou-me de cima a baixo.

Corei ferozmente e dei-lhe um sorriso duro, fazendo-o rir. Peguei uma das almofadas que ficava sobre sua cama e taquei nele. Segurou-a como se fosse a coisa mais normal do mundo, sem deixar de rir.

Sai do quarto e encontrei com Jasper com muita cara de sono. Logo parou de esfregar os olhos e, também, me olhou de cima a baixo, arregalando um pouco os olhos.

-O que estavam fazendo ai ontem à noite? – perguntou com uma voz sonolenta.

Percebi que a pergunta não era para mim e sim para Edward que estava encostado a porta, sorrindo torto.

-Desculpe, mas não conto sobre a minha vida sexual a qualquer um. – disse ele simplesmente.

Espera. O que ele acabou de dizer? Meu rosto queimou de tanta vergonha.

-Edward! Jasper, não... – Tentei concertar, mas Jasper levou as mãos ao ar.

-Não precisa me explicar nada... Fui! – disse descendo as escadas.

Virei-me para Edward que reprimia o riso.

-Achou engraçado? Pois eu não. – Voltei-me ao caminhar de volta ao banheiro e me tranquei no mesmo.

Lavei meu rosto, quase me enfiando pelo ralo abaixo de tanta vergonha. Nunca mais ia olhar na cara de Jasper. Era óbvio que não havia acontecido nada entre nós. Bem..., nada é muito pesado, talvez melhore com: algo que seja importante. Escovei meus dentes e o meu cabelo. Sentei-me no vaso não querendo sair dali.

-Bella? – A voz de Edward estava soando do outro lado da porta. – Não precisa ficar aí. Jasper sabe que eu estava brincando.

-Não sabe coisa nenhuma! – respondi-lhe, enterrando meu rosto entre as mãos.

-Vamos lá! Ele sabe sim. Se quiser eu falo agora à ele.

Levantei-me e abri a porta fortemente, quase fazendo Edward cair, e sai a passos longos em direção ao meu quarto.

-Realmente espero que sim! – Entrei no meu quarto e fechei a porta, trancando-a.

-Bella... – Escutei-o bufar. – Estarei te esperando para tomar café. – Seus passos foram se afastando.

Soltei o ar e troquei-me para uma roupa decente. Coloquei uma blusa de gola alta, verde escura e o meu velho amigo jeans, junto com um All Star branco. Desci – sem realmente querer – para tomar o café. Graças a alguém lá de cima, Jasper havia saído para nadar de skate. Puts, esse garoto tinha energia.

Sentei-me à bancada e peguei um cookie de gotas de chocolate, Edward entrou logo em seguida, já com roupa normal. Tomamos café e fomos assistir TV – já que não tinha outra coisa melhor. O que era melhor do que ficar em casa abraçada ao amor da sua vida? Porém, logo a campainha tocou. Levantei-me para atender a porta, mesmo que ele tivesse dito que iria.

Atravessei a sala e fui à porta, abrindo-a e dando de cara com Jacob.

-Jacob? – O nome chamou a atenção de Edward.

-Hey, Bells. – Deu um sorriso duro. – Será que podemos sair um minuto? Preciso falar com você.

-Um... Claro. – Virei-me para Edward que olhava para a porta com repulsa. – Vou sair e já volto. – Ele assentiu e eu peguei o meu casaco, vestindo-o.

Fechei a porta atrás de nós e caminhamos em baixo de uma fina chuva. Fomos andando para o norte sem trocar uma palavra, quando percebi que ele não ia falar comecei:

-Jake? Aconteceu alguma coisa?

Ele respirou fundo e parou de andar, com o corpo virado na minha direção. Fiz o mesmo.

-Bella, quando você foi embora de Phoenix... Bem... – Passou a mão nos cabelos pretos. – Eu notei o quanto eu sentia a sua falta. Senti o quanto você tem uma enorme importância para mim... – Meu coração acelerou. – Por isso fiz o que fiz.

Levantei a sobrancelha, um pouco receosa.

-O que quer dizer? – Não sabia por que, mas sentia que falaria uma coisa que eu não gostaria.

-Eu te amo, por isso eu te ameacei por mensagem de texto, contar sobre você e Edward.

-Você... O quê? – Senti a raiva subir por todo o meu corpo.

-Calma, Bells, é para o seu bem.

-Meu bem?

-É, porque eu sei que ainda é apaixonada por mim e por isso vou ter a chance de te abrir os olhos.

-Não preciso que abram meus olhos!

-Claro que precisa! Esse Edward não é para você! Ele só é um amorzinho de viagem! Sou eu quem vai estar com você quando estiver nos Estados Unidos!

-Não me importa, Jacob. Ele não é um "amorzinho" - Fiz as aspas no ar, com certa fúria. – é ele com quem eu quero ficar! Azar o seu se descobriu que gostava de mim tarde demais! – Virei-me para ir de volta para casa, mas ele me deteu segurando o meu cotovelo.

-Não me importo com isso, Bella, pois tenho você em minhas mãos. – disse sério. Senti meus joelhos vacilarem. – Você não tem escolha. – Soltou o meu braço. – Ou fica comigo ou volta para Phoenix e estraga tudo para a sua mãe e Phil. O que prefere?

-Nunca. Ficarei. Com. Você! – disse pausadamente para ele entender.

-Certo. Então, prepara suas malas, pois você irá voltar para casa.

-Você não ousaria...

-Ah! Eu ousaria sim! Tente. – Sorriu de um jeito que eu nunca vi. Esse não era o Jake que eu conhecia. – E se quiser se manter aqui, terá que largar esse seu "amorzinho" e ficar comigo.

Engoli seco, tentando engolir o bolo que formara na minha garganta.

-Não sei do que está falando. – disse quase como um sussurro. O jeito era me fingir de desentendida.

-Ah, não? – Ainda mantinha aquele sorriso assustador estampado no rosto. – Vou clarear a sua memória. Hoje, na creperia, você e o seu novo/ex namorado foram avisar aos seus amigos que estavam juntos. Não é bonito? Pois é, também não acho. – Riu alto. -Descobri tudo! Tolinha! – Ria sem parar. Da minha desgraça.

E quanto a mim? A única coisa que eu deveria fazer era esperar a minha sentença... Algo dentro de mim me falava que não seria boa. Talvez, eu estivesse esperando por isso, mas não tão cedo.

-O que quer que eu faça pelo seu silêncio? – perguntei com um fio de voz.

Sorriu maliciosamente.

-Primeiro? – Assenti. – Terminar com seu Edward. – Pronto. O que eu mais temia. Meu coração se apertou. Não podia fazer isso, ele não merecia, eu não merecia! Continuei escutando-o. – Segundo: ser a minha namorada. – Arregalei os olhos. Só podia estar brincando.

-Jacob, não posso fazer isso... Não tem como eu terminar com ele hoje e ficar com você amanhã. – Não sei de onde tirei a minha voz, pois parecia que se eu abrisse a boca, não sairia nada.

-Não me interessa em como vai fazer, minha querida Bella. – Pousou a mão em meu rosto. O toque me deu repulsa. Virei meu rosto. Ele segurou meu rosto forçando-me a olhara para ele. – Apenas faça. Quero que amanhã já tenha terminado com ele.

-A-amanhã? – Minha voz falhou.

-Sim, amanhã e nenhum dia a mais. – Como segurava o meu rosto com firmeza, deu um beijo rápido nos meus lábios. – Até mais, amor. – Piscou para mim e saiu, deixando-me sozinha.

Um buraco no lugar do meu coração começava a surgir, junto com lágrimas quentes que teimavam em correr por além do meu rosto frio. NÃO! Agarrei meu peito, doía tanto... Edward... Eu te amo...


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Notas finais do capítulo

Beijão a todas e boa noite/ dia/ tarde para quando lerem ;D

Lina Furtado.