A Garota Stress escrita por Alice_Alice


Capítulo 6
Situação "Angulosa"


Notas iniciais do capítulo

Oie, gente, desculpa a demora, desculpa mesmo.
É que vocÊs sabem, né? Fim de ano é tempo de curtir a praia!
Rsrs.
Bjs e boa leitura.



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- Ótimo! -fez Bella. - A responsabilidade de salvar três vidas, entre elas a minha, caí sobre

minhas costas e quem desmaia é ela! Não é justo!

- Ah, para de resmungar, vai! -segurei os pés da garota, que eu quase havia deixado cair.

- Nossa, como ela pesa!

Bem, se você ainda não entendeu a cena, deixe que eu explique:

Eu e Bella (que não para de reclamar, aliás) estamos carregando Jéssica pro banco de trás do carro.

O quê? Mas é claro que eu podia carregá-la sozinho. Acontece que eu não queria.

Depois de superar a fase Bella-quase-arranca-minha-cabeça-por-lhe-dar-trabalho-desnecessário, ela me ajudou (reclamando, claro).

E, então, é isso. Hã, nós a estávamos carregando, Bella estava reclamdo, eu já havia desistido de pedir pra ela parar de reclamar, e, hã, estávamos carregando Jéssica...

Nossa, que saco!

Hã, okay. Nós a colocamos no carro e... só!

Tudo bem, eu fui pro banco do motoecrista, me assegurei que estava com cinto, Bella se sentou no banco do carona (reclamando!!!!) , e, hã... só! De novo.

- Tudo bem, o que fazer agora?

- Como asim?-ela perguntou, simpatica como sempre. -Você liga o carro e vai embora. Sabe fazer isso?

Bufei.

- Vou embora pra onde? Pra casa da Jéssica? Tipo, aí a gente bate na porta, e diz: "Olha, quase sofremos um grave acidente de carro que poderia nos matar, mas não se preocupe, estamos todos bem, Jéssica está bem, ela só desmaiou repentinamente". -fiz cara de merda. - Acho que não.

- Tem idéia melhor?

Idéia melhor? Afinal, o que é uma idéia melhor? Uma idéia diferente? Não, seria só diferente, afinal, eu poderia optar por jogá-la na mata e ir embora cada um pra um lado. Mas será que isso seria idéia melhor? Hã, ah, claro, a vida é asim. Cada um por si.

- Não.

...

Din-Don (imitação ruim de campanhia)

- Olá. Ah! Oi, Bella! Meu Deus, o que aconteceu com Jéssia?

Repirei fundo.

- Olha, quase sofremos um grave acidente de carro que poderia nos matar, mas não se preocupe, estamos todos bem, Jéssica está bem, ela só desmaiou repentinamente.

- O quê?!

- Bem, temos que ir, hã... tia.

- Tchau, Sra. Stanley.- disse Bella.

Entreguei rapidamente Jéssica á tia e, juntos, eu e Bella voltamos correndo pro carro (ainda ligado, ninguém nunca ouviu falar em aquecimento global.)

Rimos. Rimos mais. Rimos muito.

Eu já não me aguentava de tato rir.

- T-tudo bem. -disse Bella. -Ligue o carro logo.

- Tudo bem.

Fomos conversando animadamente, e por um instante esqueci que costumava não gostar dela.

Não foi nada muito demorado, talvez uns dez minutos, só o tempo do percurso da casa de Jéssica (em que largamos Jéssica desmaida com sua mãe desesperada, sem saber o que fazer)até a nossa casa.

Ela parou de reclamar, conversou como gente civilizada (ou quase), foi legal. Acho que pela primeira vez tivemos uma conversa realmente agradável.

Quando estacionei o carro tive uma surpresa inacretitável, não que fosse bom, apenas inácreditável.

Jasper e Emmett ainda estava lá. Andando e discutindo normalmente.

Quando me viram descendo, perguntaram:

- Cara, onde é que você tava?!

- Edward...-disse Emmett, como se notasse algo estranho, paranormal.- Sua irmã está vestida de palhaço.

Bella parou ao meu lado.

- Nãão. Jura, Emmett?

- Ela ia partipar de uma festa de palhaços.

- Com palhaços. -corrigiu-me Bella.

- Isso. Que seja. Uma festa com palhaços.

- E eu fiquei com o emprego.

- Gosta tanto de crianças assim?- perguntou Jasper, irônico.

Bella sorriu, com ironia também.

- Gosto de grana. -depois desse comentário humilde, Bella entrou dentro de casa sem dizer mais nada.

- Nossa... -fez Emmett.- Legal a sua irmã, hein.

- Ás vezes ela é.

Ele continuava encarando a porta, impressionado.

- Emmett, tira o olho!

Jasper deu-lhe um peteleco na cabeça.

- Ai, cara. Pra que tanta agressão? Viva na paz, irmão.

- Emmett, tira o olho da irmã do Edward!

- Ai, mas vocês, hein. Têm a mente muito suja. Eu não estava pensando nada disso. Pô, gente, sou um cara comprometido, lembram?

- Claro, claro.

- Aff, cara, você não pode mesmo se importar tanto. Acha mesmo que eu olharia assim pra uma garota vestida de palhaço? -ele fez uma cara assustada. -Ou você está...

- Não! -respondi antes que ele falasse merda. - Ficou doido, é?

- Ah, parem. -disse Jasper. - Afinal, onde é que você estava? Você sumiu! Ficamos preocupados.

- Nós uma vírgula! -berrou Emmett. -Ele ficou preocupado.

- Também te amo, Emmett.- revirei os olhos. -Vi Bella com meu carro, e me taquei dentro pra não deixar ela levar meu Volvo querido, mas ela dirigiu mesmo assim, aí começou confusão que eu não entendi até agora, quase batemos numa parede duma minúscula rua sem saída (eu nem sabia que existiam ruas sem saída aqui em N.Y, mas fazê o que, né?) e no fim a amiga dela, que tava no carro, desmaiou e... foi isso! Vocês perderam toda uma história.

- Ah, tá bom. Já falei de quando nós construímos a Torre Eifel?

- Sua falta de criatividade me surpreende.

- Peraí... -disse Jasper. -Isso conteceu mesmo?

- Eu... Não vi nada de anormal na cena.

-Ahã. -fez Emmett. -Não sabia que tinha ruas sem saída em N.Y.

Suspirei.

- Ele nunca presta atenção no que eu digo...- bocei.- Bem, eu vou entrar. Até mais.

- Ok.

Segui para casa, meio cansado. Sabe, quase morrer cansa muito. Eu pretendia entrar, tomar um banho rápido e dormir.

...

Acordei por volta de umas quatro da manhã, com sede.

Detesto quando isso acontece. Você ta lá, de boa, dormindo tranquilamente, quando... Vo cê acorda. Seu intestino m(ou sei lá o que) diz: sua garganta está seca. E lá vai você, em busca de água.

- Saco...

Levantei e rumei a cozinha, mas a caminho percebi que a TV estava ligada.

Fui verificar.

- Hã, ah, oi, Edward... -era Bella, estava com a voz cansada, a expressão acabada e olheiras.

- Oi. Hã.. -sentei-me no sofá. - Por que... Por que ainda está acordada?

- Não estava conseguindo dormir. Insônia ou sei lá. Não aguento mais, quero dormir.

- Enão por que simplesmente não deita e cai no sono?

- Você ouviu o que eu disse?!

Ela já estava vestida normalmente, ou mais normal que ela consegue ser. Pijama de frio branco com uma robbie (é assim que se escreve?) rosa por cima e apenas alguns pequenos vestígeos da maquiagem de palhaço no rosto, o cabelo estava preso pra trás num rabo de cavalo bagunçado. E mesmo com o cabelo mal-penteado e as olheiras fortes, ela estava dez vezes mais boita do que vestida de palhaço, crianças têm preferências estranhas.

- Ouvi, ouvi. Tá, tá, insônia, sei. Mas, enfim, eu esqueci de perguntar. Pra quê precisava da grana que iam te pagar pra ser palhaça?

Ela suspirou e colocou uma mecha de cabelo pra trás da orelha.

- Nada demais.

- Acho que é o suficiente para deixar uma pessoa curiosa.

- É. -ela riu um pouco.- Talvez.

- Então...

- Ah, tudo bem.- ela fez uma pausa.- Eu e Jéssica queríamos ir a um show aí, que vai ter, mas eu não tinha nem metade da grana pro imgresso. Ela tinha, mas só. Não sobrava nada mais que cinco reais, o que não ajudou muito. E com a grana do trabalho ia dar e ainda sobrava, mas não deu certo, né? Fazer o quê?

Obsevei-a, que estava encarando o chão, meio decepcionada.

- Se... -somecei e ela me olhou. -Se ela tinha a grana então por que pegou o emprego também?

- Por que ela é legal. -então ela franziu a testa como se pensasse. - Um pouco histérica, mas legal.

Ri. Um pouco histérica? Quem ela queria enganar? A garota era SUPER histérica.

- Escuta, Bella...

- Sim?

- Eu tenho uma grana sobrando, se for o suficiente, eu posso, hum, te emprestar.

Ela sorriu e um brilho surgiu em seu olhar, um brilho bonito. Sinceramente, eu sempre admirara isso nela. Ela deixava transparecer como estava. Feliz, triste... Ela não teve medo de se abrir comigo sobre sua derrota como palhaço. E agora não tinha medo de deixar transparecer que havia ficado feliz com a oferta.

- Sério? -perguntou, como se achasse que estava apenas brincando com ela.

- Claro. Mesmo que não seja o suficiente, acho que você consegue o resto da grana.

- Acho que sim.

- De quanto precisa?

Ela me disse o número, meio envergonhada.

- Nossa... Uau! Iam te pagar mais que isso pra trabalhar?

Ela bufou, se fingindo de ofendida.

- Palhaços também tem dignidade, tá?

- Sei.

Nós rimos.

- Olha, Edward, não pecisa emprestar a grana, tá? Talvez ela volte para Nova York um dia... Não seria a primeira vez, afinal...

- Qual é, tenho o dinheiro e ainda sobra uns trocados... Te dou amnhã, tudo bem? Hã, ou melhor, hoje mais tarde. -eu sempre odiara essa história de a partir de 12:00 AM zerar o dia, confundia todo mundo.

- Valeu. Ah! Espera, você vai cobrar juros?

- Dãh, como se eu soubesse cobrar juros.

Ela riu.

- É, imaginei.

Resolvi ignorar o cometário, talvez por que seu tm de voz expressava apenas uma brincadeira. Não que eu não tivesse a menor noção de como cobrar juros e blá-blá-blá, só que dava muito mais trabalho, é melhor aceitar a grana que você deu e pronto.

- Foi por isso que não conseguiu dormir? -perguntei.

- Não, não, claro que não. É só coisa minha.

- Tudo bem, então.

Ficamos em silêncio por um momento até ela chamar:

- Edward?

- Sim?

- Se... Se eu nesse conseguido frear carro hoje, se tivéssemos sofrido um acidente feio, acha que a culpa seria minha?

Essa era uma pergunta um pouco difícil de reponder. Ela podia não ter pegado meu carro. Mas eu podia não ter me jogado janela adentro. Mas por outro lado, se ela não pegasse meu caro, eu não me jogaria dentro. Mas eu podia ser menos egoísta.

- Depende do ponto de vista. Mas de que isso importa? Nada aconteceu.

- Poderia ter acontecido.

- Mas não aconteceu.

- Mas poderia!

Claro que não seria normal se não ouvesse um desentendimento entre nós.

- Hã, escuta, Bella, se não aconteceu, aceite, se acontecesse não seria culpa sua. Você não fez nada errado em isntante algum, ninguém disse á você que seria a culpada, então não coloque isso na cabeça, existem vários angulos de que se pode ver a situação. E não aconteceu nada, então, por favor, não questione passados que jamais existiram.

Ela me encaou e pensou. Demorou m pouco até sorrir e dizer:

- Tudo bem, tudo bem. É, talvez, só talvez, um simples talvez, você tenha razão. -ela bocejou.- Então eu acho que eu vou...- aí ela caiu, dormindo.

 

 


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews?
Dessa vez ficou um capitulo um pouco mais drmático.
Bjs.



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