Brisa da Tempestade escrita por Isabela_Ulian


Capítulo 6
Capítulo 5 - Briga na Caverna


Notas iniciais do capítulo

Capítulo curtinho... Por alguns motivos:
1. estava louca para atualizar XD
2. tudo que tinha que acontecer nesse cap. aconteceu bem rapidamente.
Espero que gostem (:



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-Capítulo V- A caverna

-W-Wrynn... – Murmurou Elihandrë atordoada – Onde você está?

-Aqui... – Respondeu outro múrmuro rouco – Minhas pernas... Estou soterrado na neve...

-Vou te tirar daí... – Respondeu, pensando. – Consegue agüentar o frio?

-Sim, minha armadura tem resistência ao frio. Passo muito tempo em Northrend.

Mas a armadura de Elihandrë não tinha resistência.

-Ok... Vou invocar um acampamento...

E montou uma fogueira, reparando que o boar morrera, e que Wrynn estava de bruços, até a cintura coberto de neve, preso ao chão.

-Vou te puxar... – Disse Eli tomando as mãos de Wrynn – Quando eu contar até três, você faz força para frente, ok? – Ele assentiu.

-Um... Dois... Três! – E puxou com toda sua força. Mas aí estava o problema em ser arqueira: Tinha uma mira perfeita, quase que infalível, rapidez em seus movimentos... Mas força? Não, isto Elihandrë não tinha, sem sombra de dúvida. Puxou-o com toda a força que tinha, e o impulso que a gravidade lhe cedia, mas no fim, o movera pouco.

-Calma, você está fazendo errado – Disse Wrynn – Agache-se e use a força de suas pernas. Vai ganhar apenas dor nas costas puxando desta forma.

Fez o que mandou e puxou mais uma vez, movendo-o mais desta vez. Parou para respirar, e, uma ultima vez, puxou-o, tirando-o, enfim, da neve.

Estava um pouco suada, mas isto trazia ainda mais frio, e ela logo estava tremendo.

-É por isso... – Murmurou batendo os dentes – Que eu não tenho reputação com Ironforge!

Wrynn riu e olhou para o paredão de neve, meio iluminado pela luz do camp fire.

-Precisamos sair daqui. – Disse, quando se deu conta que Elihandrë estava congelando. Tirou sua capa, e jogou para ela – Aqui, minha capa tem Resistência ao Frio.

-Obrigada. – Sem pensar duas vezes, ela se enrolou na capa quentinha e suspirou. O cheiro de Wrynn era muito agradável.

Agora que estava mais aquecida, podia raciocinar melhor.

-Se nós movermos a parede de gelo, sairemos com facilidade. – Disse – Mas como podemos fazer isso?

-Derretendo-o. – Disse Elihandrë – Pode levar um tempo... Mas dá certo. – Ela tirou uma garrafa de óleo da bolsa e molhou perto do gelo – Afaste-se. – E acendeu o fogo, fazendo uma parede de fogo.

-Brilhante. – Disse Wrynn – Eu nunca pensaria nisso.

Elihandrë se sentou e assim também fez Wrynn. A neve já começava a derreter.

O fogo iluminava a feição de Wrynn, e Elihandrë percebeu o quanto Wrynn se esforçava para ser gentil com ela. Ela podia ver traços de uma segunda personalidade, escondida em seu rosto fechado. Sua testa estava sempre franzida, e sempre mordia o lábio inferior.

Ela se lembrou da forma fria que ele a tratava quando ia cumprimentá-lo. Uma forma tão fria que ela tinha vontade de sair de Stormwind e nunca mais retornar.

-O que foi? – Perguntou.

-Nada.

-Ah! Se eu ao menos estivesse em Crimson Ring...

-Volte para lá então. – Disse Elihandrë, surpresa com sua ousadia – Oh... Perdão...

Wrynn ficou quieto.

-Já estive lá uma vez. – Disse, e Wrynn a olhou surpreso – Nem Star sabe.

-Quando? – Murmurou.

-Quando abandonei Star, Shumuri e os outros órfãos. Nós morávamos em Booty Bay... Eu fui a primeira a me separar do grupo. – Elihandrë suspirou – Eu era apenas uma adolescente quando persegui um Orc.

-E por que inferno você estava perseguindo um Orc?!

Elihandrë baixou o olhar – Ele carregava a antiga Staff de minha mãe.

-Oh. – Ele ficou em silêncio por um minuto – Continue.

-Eu suspeitava que fosse um dos assassinos de meus pais, então eu o segui, até uma arena. Lá fui descoberta e capturada. Fiquei lá apenas por um dia, e consegui fugir.

-O que?! Como?! É impossível! – Ele fechou a cara – Está mentindo.

-Pffff! – Elihandrë revirou os olhos. Estava ficando irritada – Eu não minto! Não sei mentir.

-Ah, claro. – Disse irônico – E como espera que eu acredite que uma mocinha com a pele lisa, sem nenhuma cicatriz, tenha conseguido fugir sozinha de Crimson Ring?

-Ah, então você quer comparar cicatrizes? – Perguntou, irritada – Ótimo!

Sem pensar duas vezes, Elihandrë se desenrolou da capa, tirou a blusa, e virou-se de costas para Wrynn.

Ele arfou – Como...?

Toda a extensão de suas costas era vermelha. Grossas marcas em relevo decoravam toda a extensão de seu corpo... Marcas de queimadura, de cortes, de chibatadas, de pontos para acertá-la...

-Foi assim que eu saí de Crimson Ring! – disse quase gritando – Eu me fingi de morta! Molhei minhas roupas com o sangue dos outros... – Então ela riu asperamente, revelando todo o seu ar irônico – Mas eles sabiam que eu não estava morta... Então o show começou! Queriam que eu parasse de fingir, mas eu não parava. Então eles esquentaram suas botas de metal no fogo e pisaram nas minhas costas! Depois, bateram em mim com a chibata! Depois, um Undead se divertiu desenhando com a faca em minhas costas. Mas eu não reagi, e por isso, saí de lá! Estava quase morta quando me jogaram no mar. A água salgada machucou muito, mas ajudou a cicatrizar as feridas.

Colocou sua blusa novamente e fitou Wrynn. A parede estava quase totalmente derretida.

Jogou a capa para Wrynn, e sentou-se, absurdamente irritada. As cicatrizes eram a prova sobre o que aconteceu.

-Os healers não me falaram dessas cicatrizes... – Murmurou Wrynn, um tanto encabulado.

De repente, ele parou de se sentir como Lo’Gosh, e voltou a se sentir como Varian.

-Não me viraram de bruços. Estavam muito preocupados com a cicatriz no estômago.

O gelo finalmente derretera inteiro e Elihandrë saiu da caverna.

-Se me der licença, senhor. – Disse com certa ironia, para sair correndo com seu Stormsaber.

Wrynn ficou mirando-a sair dali, quando se deu conta de que fora muito grosso apenas por um pequeno stress, como ficar preso dentro de uma caverna. Ele até estava tendo um bom tempo com Elihandrë...

De repente, ele riu surpreso.

Fazia muito, muito tempo que ele não era confrontado dessa forma por alguém de sua própria facção.


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Notas finais do capítulo

Hahaha, acharam que ia rolar cena romântica e melosa, não?
Mereço rewiews?



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