Brisa da Tempestade escrita por Isabela_Ulian


Capítulo 5
Capítulo 4 - Acontecimentos Aleatórios... Ou não.


Notas iniciais do capítulo

Em primeiro lugar UM MILHÃO de desculpas pelo atraso :/, meu computador ainda não voltou do concerto, e tive alguns problemas aqui em casa... Peço desculpa se a qualidade do capítulo não está MUITO boa, mas fiz o melhor de mim.
Muitas coisas acontecem neste cap, coisas que vão ser importantes para a trama, a longo prazo
Sem mais nada a dizer, bom proveito (:



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-Capítulo IV- Acontecimentos Aleatórios... Ou nem tanto.

-Saia de perto de mim! – Disse Elihandrë repulsivamente – Você é cara de pau o suficiente para me procurar, me agarrar e agir como se nada tivesse acontecido!?

-Cara de pau? – Disse Angel – Ah, qual é! Eu não tenho culpa! Naquela época eu era uma marionete! Uma marionete do Lich King! – Então, ele segurou gentilmente as mãos de Elihandrë – Eu me libertei. Não sou mais um escravo de sua vontade. E a primeira coisa que fiz foi procurar-lhe.

-Grande merda! – Gritou Elihandrë, irritada – Sabe, você me deixou sozinha no meio do deserto de Tanaris! Eu podia ter morrido! Eu era fraca! Você acha que aquilo foi legal?!

-Me perdoe, Eli... Darion estava me chamando... Eu não podia contestar a vontade de Darion...

-Não Angel! Já faz muito tempo, e foi apenas um beijo! – Disse Elihandrë, finalmente, se soltando, e o fitando intensamente – Não me procure mais.

-Eli... Eu fiz tudo por você! Foi por você que eu abandonei o Lich King! Eu preciso de você! Veja! Olhe para mim! Eu vim sozinho a Goldshire! Eu caminhei por todo o território inimigo para encontrá-la! Eu sou procurado agora! Por favor, não me diga que tudo foi em vão!

Elihandrë baixou o olhar, um tanto triste. O que ele fizera fora mais do que jamais esperara de um Death Knight. Abandonar o mestre que o acolhera... Tornar-se procurado não apenas por duas facções, pois ele era Horde, mas também pela Scourge. Ela tinha que se afetar.

Tirou o colar que carregava em seu pescoço, e lhe disse, se aproximando de seus desesperados olhos azuis.

-Foi apenas um beijo, Angel. – Ela apoiou a testa em sua fronte, e não pode deixar de sentir algumas lágrimas rolarem – Leve. – Colocou o colar em sua mão – E vá. Não será bem vindo aqui.

-Eli... – Murmurou – Por quê? Por que quer que eu me vá?

-Meu coração nunca pertencerá a você, Angel. Perdão.

Aos olhos de Angel, ele abraçava o amor de sua mórbida vida uma última vez. Aos olhos de Elihandrë, ela abraçava o gélido e miserável homem, que, há muito tempo, amara.

-Namárië. – Murmurou Elihandrë.

-O que disse?

-Namárië. – Disse – Significa adeus. Por quê?

-Nada... É que eu conheço alguém com este nome...

Elihandrë acariciou seu rosto uma última vez, e, sob o escuro manto da noite, desapareceu por entre as árvores.

**

Apenas quando aproximou-se do keep, lembrou-se da rigorosa regra de segurança. Ninguém podia entrar no palácio depois da meia-noite. Suspirou pesadamente e sentou-se em frente à porta de madeira, fechada.

-Ei, psiu! – Disse um múrmuro na noite – Entre por aqui!

Ela viu o guarda que estivera parado na porta.

-Wrynn vai me matar se descobrir que eu a deixei entrar. – Pulou habilmente a janela, e sorriu.

-Obrigado!

-De nada...  – Ele respondeu o sorriso – Ei, obrigado pela atenção, aquele outro dia.

-Ah... Realmente, você devia tirar férias.

Ambos riram baixo, escondidos, como velhos amigos, e Elihandrë voltou ao seu quarto.

Tomou um banho bem quente, deixando que a água escaldante destravasse seus músculos doloridos. Quando saiu, sua pele estava avermelhada. Penteou os longos cabelos azul-claros e escovou os dentes. Vestiu o roupão branco e felpudo estrategicamente localizado em seu roupeiro e deitou-se em sua cama.

Wraëm enroscou-se no tapete felpudo, Allaïs deitou-se no pé da cama e DarkSirius já havia adormecido perto da janela. Uma paz fora do usual habitava aquele quarto. Mesmo com a culpa que Elihandrë sentia, por Angel, uma calma jazia em seu coração, uma paz que há muito não sentia.

Soprou as velas, despiu seu roupão e dormiu mais calma do que nunca.

**

A porta foi batida, e Elihandrë levantou-se vagarosamente, para abri-la e dar de cara com um dos mensageiros do rei. Seus pets levantaram-se naquele mesmo momento.

-O rei a espera para um café da manhã. – Disse solenemente.

Fez que sim com a cabeça, estranhando. Nem pensou muito, e colocou um vestido arroxeado, já um tanto velho. Penteou seus cabelos e os prendeu em uma trança, para depois escovar os dentes. Colocou as sandálias que comprara em Darnassus e foi ao encontro de Wrynn, em um canto mais isolado dos jardins.

-Bom dia. – Disse, e percebeu que estavam apenas ela e ele.

-Bom dia, Elihandrë. – Disse convidando-a a sentar a sua frente.

Obedeceu gentilmente, e, por algum motivo, não sentiu toda aquela pressão do jantar formal.

-Conseguiu terminar o que precisava fazer ontem à noite?

-Sim. – Disse enquanto Wrynn a servia de suco de laranja – Houve alguns contratempos, mas consegui terminar tudo a tempo.

-Bom saber. – Disse – Sempre esteve interessada em adquirir reputação com Stormwind?

-Sim. No fundo, acabo ficando mais tempo aqui do que em Darnassus. Boa reputação não faria mal.

-Sei que tem muitas ações na Auction House.

-Mais do que imagina. – Elihandrë riu – A forma mais rápida de arranjar dinheiro é vendendo aquilo que encontra por aí. E pode-se dizer que eu encontro e ganho muita coisa.

Wrynn sorriu e lhe disse:

-Terei um dia de descanso hoje, finalmente. – Disse com seus negros olhos brilhando de expectativa – Anduin ficará o dia todo em suas aulas. Vamos fazer alguma coisa?

Elihandrë foi pega de surpresa com aquela pergunta. Afinal, ele mal a conhecia.

-Eu... Perdão se estou sendo impertinente. – Apressou-se em responder – É que... Bem, Star sempre me fala sobre você. E fiquei curioso. Queria conhecê-la melhor.

Elihandrë corou furiosamente, mas assentiu.

-O que sugere?

-Bem, eu sempre gostei de corridas de hipogrifos. – Ele sorriu animadoramente, e Elihandrë não pôde recusar.

**

-Quando estiver pronto! – Disse Elihandrë desafiadoramente, no hipogrifo alvo que Star a emprestara.

Varian sorriu malignamente em seu grifo pardo, e levantaram voo em velocidade máxima. Quem chegasse primeiro a Dun Morogh seria o vencedor.

Elihandrë deitou-se em cima de seu hipogrifo, para ficar mais aerodinâmica, e voou na velocidade mais rápida que as asas de seu hipogrifo permitiam. Passaram por diversos lugares, seus olhos cerrados, os cabelos voando em suas costas, o vento assoviando em seus ouvidos. Nunca fora tão rápido. Logo estava perto de Dun Morogh, em Ironforge, e, levando metade do tempo que levaria normalmente, Elihandrë pousava delicadamente dentro das forjas.

Wrynn chegara apenas alguns segundos antes, e sorria vitorioso.

-Só por um pouco. – Murmurou Elihandrë ofegante.

Ela virou-se para o Griphon Master e perguntou:

-Tem água? Meu hipogrifo deve estar com muita sede.

O Dwarf os encarava assustado, mas assentiu e trouxe uma bacia com água.

Cuidadosamente, Elihandrë escovava as pelagens, amaciava as penugens e cuidava dos pequenos machucados. Varian a observava fazer isso muito bem, enquanto dois Dwarves cuidavam de seu grifo.

-Quem me dera tivesse tanto tato com animais. – Disse Varian observando-a.

Elihandrë riu e soltou o hipogrifo, deixando-o beber água.

-Então, o que propõe fazer agora? – Perguntou Elihandrë cruzando os braços.

-Que tal irmos checar como vai a operação para recuperar Gnomeregan?

-Sim. – Respondeu, e conjurou seu Stormsaber, enquanto Wrynn invocava em sua mount real.

Todos os olhavam assustados, e ao mesmo tempo, perguntavam-se quem era aquela Night Elf!?

Antes de irem ao acampamento, cumprimentaram Mekkatorque e Bronzebeard, para apenas depois saírem na neve branca, rumo ao chamativo acampamento dos Gnomes.

Assim que Wrynn pisou no acampamento, todos os Gnomes reverenciaram.

-Você sabe que a partir de agora... – Murmurou Varian em seu ouvido – Será muito assediada pelos jornais, fangirls, inimigos... E bem, fanboys. – Varian fez uma careta.

-Como se ser a melhor amiga de ShootingStar não me trouxesse estes... Probleminhas.

Varian riu baixo, e os Gnomes continuavam a os encarar espantados. Elihandrë podia quase que ouvir seus pensamentos: “Quem é ela?” “Por que ele está aqui!?” “Por que ela está o acompanhando!?”

**

Saíram do acampamento depois que Varian deu algumas palavras de encorajamento aos gnomos.

Foi quando Elihandrë viu; um boar quase morto, contorcendo-se em uma caverna.

-Por Elune! – Sem pensar duas vezes, ela foi socorrer o boar, com os olhos marejados. Se tinha algo que Elihandrë não suportava, era ver um animal sofrendo.

Aproximou-se da caverna, entrando, junto com Varian, quando o guincho do boar provocou uma onda sonora, fazendo com que uma parede de neve caísse sobre a boca da caverna, prendendo Elihandrë Moonbean e Varian Wrynn dentro daquela escura e fria caverna.


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Notas finais do capítulo

Obrigada a MARIA LUIZA, minha LINDA beta *0*



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