Sonho de Uma Noite de Inverno escrita por Angie x3


Capítulo 3
Capítulo Terceiro - O Estranho


Notas iniciais do capítulo

Acho que eu nunca postei uma fic tão rápido quanto estou postando esta *-*
Não sei porque esses dias me deu um sopro de inspiração. Espero que não vá embora!
Percebi que teeem gente lendo, mas ninguéem tá falando se gostou, poxa!
Espero que gostem deste capítulo.
Beijinhos e boa leitura.



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Você está bem?” Foram as últimas palavras que eu ouvi antes de sentir minhas têmporas e bochechas latejarem de vergonha. Após alguns segundos consegui focar minha visão. Ele era alto. Só isso? Sim. Era a única coisa que eu conseguia distinguir dentre roupas, Goggles de Esqui e touca. Bom, e falava Inglês. Mas isso eu não tinha reparado olhando para ele, e sim quando eu senti aquele hálito quente e cortante encostar em minha orelha gélida.

            Quando me dei conta, os braços daquele Estranho ainda estavam entrelaçados em minha cintura. Em um súbito tentei seguidamente me desvencilhar dele, rapidamente me contorcendo e lhe permitindo um ou outro tapa, quase o derrubando e, por consequência, indo junto para o chão pela terceira vez.

            - Me solta! Seu Estranho! - gritei entonando o “Estranho”.

            Minha cara devia ser de muito ódio, ou talvez muita vergonha que, por um momento, eu pude ver uma expressão de espanto em seu rosto (leia-se: um vinco entre as sobrancelhas dele). Na mesma velocidade com que me seguraram, seus braços sumiram da minha volta. Eu caí. Um quarto desastre, em um dia, no mesmo local? Eu devia estar batendo meus recordes.

            - Qual é, garota! Só queria te ajudar! - ouvi o Estranho gritar, enquanto prendia seus pés novamente em seu par de Esquis e descia montanha abaixo.

            - Mas, eu... - tentei dizer, mas o Estranho já havia sumido de vista.

            Fiquei sentada na neve alguns instantes, tentando recobrar minha sanidade e compreender o que havia acontecido ali. Não sei bem se eu estava sentada ou jogada no chão, a julgar que minha prancha estava à alguns bons metros de mim. Eu era a cena de um desastre, ou melhor, eu era a protagonista dele.

            - Bella! Bella! Você está bem? - finalmente uma voz familiar. Muito familiar, por sinal. Dois braços fortes e me pegaram firmemente por trás, pela cintura, e me levantaram. Isso já estava começando a parecer algum tipo de Déjà Vu.

            Virei-me e, desta vez, meus olhos não me falharam. Era Ele! Eu não podia acreditar. Seus Goggles estavam presos sobre a testa e a neve branca fazia com que seus olhos parecessem cada vez mais claros, mas cada vez mais profundos. Eu me perdia naquela imensidão esmeralda.

            - Sim! Obrigada! - disse enquanto batia a mão na roupa, novamente envergonhada, para tirar a neve que já estava derretendo sobre mim. Ele sempre me fazia corar; O vento frio ajudava a dar aquele tom róseo às minhas bochechas.

            - Você já andou nessa coisa antes? - disse apontando com a cabeça para minha prancha ao longe, indo a sua direção buscá-la. - Convidei você e as meninas para virem, mas eu não sabia que você nunca tinha praticado. - falou desta vez com o tom preocupado, destacando-se mais em sua voz rouca.

            - Eu, ahn... Bem... Algumas vezes... - eu devia estar com as bochechas mais vermelhas do que o normal. Edward deu um sorriso reconfortante, entregou-me minha prancha e meu deu a mão. Sim! Segurou minha mão e fez menção a descer-mos juntos. Segurei-a firmemente, não com medo de cair ou me desequilibrar, mas com vontade de mantê-lo sempre perto de mim.

 

***

 

            Estávamos sentadas em uma cabana na base da cordilheira acompanhadas de alguns outros poucos esquiadores que, como nós, também tinham a finalidade de se aquecer. Uma enorme e acalentadora lareira adornava a maior parede do local. As outras eram feitas de troncos presos uns aos outros, as janelas grandes iluminavam e, ao mesmo tempo, davam a bela visão das montanhas adornadas por suntuosos e frondosos pinheiros.

            A sala em que estávamos era bem quente, tanto que podemos tirar nossos trajes de Desenho Animado Infantil para que eles secassem e ainda assim permanecermos aquecidas. As minhas luvas estavam encharcadas e geladas, minhas orelhas doíam e meu nariz lembrava o do Rudolf. Um chocolate quente e uma poltrona vazia perto da porta – e igualmente perto da lareira - sorriram para mim. Fui me acomodar, me esquentar e relaxar um pouco sem pensar duas vezes.

            Éramos apenas Rose, Alice e eu. Os meninos sumiram em meio à neve branca assim que chegamos ao final da nossa descida particular. Emmett e Jasper convocaram Edward para algum tipo de “eu-sou-fodão-e-você-não” e ele foi, sem ao menos hesitar, quebrar alguns poucos ossos descendo as pistas mais profissionais da Estação.

            Um rangido agudo quebrou o silêncio reconfortante que pairava pela cabana, obrigando grande parte das pessoas a silenciarem-se e fitarem a porta em busca da fonte do irritante som. Um ser adentrou a sala, sozinho, obrigando-me a parar de respirar. Ele era fatalmente e deslumbrantemente maravilhoso. Sua pele era de um tom acastanhado e seus cabelos caiam em mechas por sobre o rosto. Eram de um tom de ônix brilhante. Os Goggles adornavam a testa e deixavam à mostra um par de olhos intensos e negros; Expressivos e cansados. Seus lábios eram grossos e incrivelmente convidativos.

            Devo ter permanecido alguns segundos ensandecida, sem conseguir desprender meu olhar dele. Parecia se mover em câmera lenta. Cada passo era milimetricamente delicioso de se observar. Percebi por fim que eu não havia conseguido ser discreta, visto que ele também começou a me encarar com uma expressão curiosa. Desviei rapidamente o olhar e fitei fixamente minha xícara e minhas mãos. Imbecil! Uma sombra cobriu a luz que a lareira fazia em mim e fui obrigada a olhar para cima. Me deparei com o mesmo par de olhos negros e penetrantes que eu havia observado tão intensamente instantes atrás.

            - Sim? - perguntei

            - Todos os sofás estão ocupados. Cabe mais um aí com você? - um sorriso torto surgiu em seus lábios. Mas que atrevimento!

            Por um momento senti conhecê-lo. Aquela voz ressonou como algo familiar em meus ouvidos. Apertei os olhos e o observei durante algum tempo tentando reconhecê-lo. Um vinco familiar surgiu entre suas grossas sobrancelhas pela demora por uma resposta. Era o Estranho!

            - Foi você! - levantei em um súbito da minha poltrona enquanto falava, um pouco mais exaltada do que o normal. - Foi você que quase me matou lá na montanha!

            - Olha, olha! Se não é a garota histérica do teleférico?! O acesso de nervos já passou? Ou você tem uma TPM constante assim? - ele dizia em um tom divertido. - Quem quase te matou foi você mesmo, esquisita!

            Tentei me deslocar, mas a mesinha de centro, juntamente com a poltrona e aquele indivíduo de quase dois metros de altura na minha frente formaram uma singela barreira.

            - Com licença! - tentei, sem muito sucesso, passar por ele. Me esquivava por algumas brechas, mas ele parecia não querer deixar que eu saísse. – Deixe-me sair?! Pode se sentar, eu estou indo embo... - Caí. INFERNO! Malditas botas gordinhas de Esqui. Malditos genes da minha mãe. Maldita lareira muito perto do meu tombo. Maldito indivíduo Estranho que me segurou, novamente! MALDITO!

            Eu adorava ser a rainha do desastre. Só podia ser! Eu não conseguia me manter em pé durante um dia inteiro. Mas não era de todo o mal. Eu gostava às vezes, devo admitir. Gostava quando sentia aquela preocupação nos olhos do Edward quando me via em algum tipo de 'risco de vida', mas agora não era a ocasião de usar meus dons para cair, de novo, no colo de um Estranho que eu afirmara minutos atrás ter tentado me matar.

            - Prazer, sou Jacob. Jacob Black. – ele disse divertindo-se.

            Sorriu com um dos cantos da boca, mordendo o lábio inferior; um novo sorriso torto. Um sorriso especialmente hipnotizante. Parecia estar tentando segurar o riso da situação, novamente constrangedora – para mim, claro. Eu tinha de admitir que a cena se repetira. Eu estava totalmente apoiada em um de seus braços enquanto ele estendia sua outra mão em minha direção para cumprimentar-me, fitando profundamente meus olhos. Olhei para aquelas pepitas negras e em seguida para as duas covinhas que se formaram em suas bochechas; Segui o olhar para sua mão e novamente para seus olhos. Suspirei.

            - Isabella Swan. – disse me rendendo.


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Notas finais do capítulo

E aí, gente? O que acharam?
Será que mereço alguns pouquinhos reviews? P
oooxa, vocês esqueceeram de mim =(
Beijinhooos!

PS: Ainda estou sem beta então não me matem muito pelos errinhos. =))



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