Como Poderia Ter Sido... escrita por MissBlackWolfie


Capítulo 13
O passado não deixa o presente em paz


Notas iniciais do capítulo

Pov é da Bella ainda... teremos momentos nervosos...num me xinguem... prometo q é necessario meninas!!



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Entramos, logo vi que havia uma mesa simples, linda de café da manhã, com varias coisas que pareciam realmente estar uma delicia, o cheiro era maravilhoso. Billy me cumprimentou com um feliz bom dia. Eu e Jake respondemos juntos, como em um coral, isso fez todos rirem.

Comemos todos juntos, conversamos e nos divertimos. Ao final da nossa refeição Paul chegou, quando entrou parecia inquieto, quando encontrou a figura de Rachel, seus olhos ganharam um brilho intenso, era como se ele tivesse visto o paraíso. Suas feições mudaram completamente, estavam leve, chegava está com cara de bobo. E ela parecia correspondê-lo com a mesma intensidade. Eles se abraçaram e se beijaram de maneira apaixonada, ao terminarem ele continuou com mão em sua cintura. Parecia haver uma força de atração entre seus corpos. Era algo mágico, ilógico entre eles.

Aquele quadro poderia ser lindo para qualquer um, menos para mim. Por que ao ver Paul, dominado daquele jeito, me fazia assustar, imaginar que um dia seria Jake. E que toda essa magia não seria para mim.

Ao ver aquilo, não consegui acabar com o pedaço de bolo que estava comendo, larguei o talher que fez barulho ao cair no prato. Um nó se formou na minha garganta, impossibilitando quase de respirar. Vi que os olhos de Jake atentos a mim, logo vi uma ruga se formar em sua testa, tentei dar um sorriso amarelo para ele, que veio e me deu beijo calmo, só encostando nossos lábios.

-Eu te amo, lembre-se sempre disso. – Jake sussurrou para mim.

Somente assenti balançando a cabeça, não conseguia falar nada. Ele deu um sorriso sereno e me abraçou. Vi que Billy acompanhou tudo aquilo atentamente, então falou:

-Paul se controle. Para de agarrar minha filha assim. Eu estou aqui, me respeite. – seu olhar repousou em mim, vi que ali havia cumplicidade comigo, tinha feito isso para me proteger. Não sabia se deveria agradecer, simplesmente calei.


-Ok sogro, desculpe. – Disse Paul em tom de deboche. Rachel revirou os olhos. – mas eu vim aqui para buscar Jake. Sam quer falar com você.


-Sim, já estou indo. – Jacob olhou para mim irritado e me deu outro beijo calmo. – Vamos Paul.

-Vamos. – ele deu um selinho em Rachel.

Vendo aqueles dois saindo pela porta: eu e Rachel suspiramos ao mesmo tempo, isso fez Billy rir, conseqüentemente nós ficamos sem graça, mas rimos também.

Ajudei a irmã de Jake a arrumar a bagunça do café da manhã, logo começamos a pensar nos preparativos do casamento, ficamos assim por algumas horas. Nós tínhamos muito afinidade, tínhamos vários gostos em comum, como estilo de musica e até leitura, era muito tranqüilo ficar horas com ela.

Em meio de revistas de casamento e anotações sobre que locais deveríamos visitar para conseguir as coisas, ouvimos o telefone tocar, Rachel foi atender. Eu continuei perdida em meio tanta informação sobre vestido, enfeites, decoração... Só fui retirada da minha pesquisa pela voz de Rachel.

 

-Bells, telefone para você. – ela parecia tranqüila, andei até ela.

Quem poderia me ligar aqui? Talvez seja Charlie.

-Obrigada Rachel. – ela saiu e sentou no meio das revistas. Desligando sua atenção em mim. coloquei o aparelho no ouvido e falei. – Alo?


-Bella, eu preciso falar com você. – Ao ouvir a voz de sino de Alice, fez meu estomago pesar.


-O que você quer? – eu disse calmamente, tentando segurar meu medo do que poderia significar essa ligação.


-Eu não posso querer falar com você? – ela disse irritada, ao fundo magoada. – Você ainda não é minha amiga?


-Acho que ainda sou. – respondi tensa. – Se você aceitar a minha escolha posso continuar sua amigas.


-Eu vou tentar agora você pode me encontrar? Eu quero conversar com você. – sua voz era de puro suplicio.
-Sim. Que horas? – perguntei olhando para Rachel que ainda estava distraída.

-Pode ser agora na sua casa?

-Daqui a meia hora estou lá.

-Ótimo! Espero-te lá. Tchau Bella.

-tchau. – falei num muxoxo.

Coloquei o telefone no gancho, fiquei alguns segundos com a mão no aparelho. Não sabia o que pensar sobre aquela ligação: o que será q Alice precisa falar comigo com tanta urgência?

-Bella, esta tudo bem? – Perguntou Rachel sentada com uma revista na mão.

-Está sim. É... Rachel eu vou ter que ir para casa daqui a pouco, então vamos resolver os lugares que temos que ir amanhã. – tentei passar tranqüilidade na minha voz, mas acho que foi sem sucesso, enfim ela me olhava desconfiada.


-Vamos. Você tem certeza que esta tudo bem?


-Tenho. – Sorri sem graça, voltei a sentar ao lado dela – Bem, a gente estava vendo algumas floriculturas para visitarmos amanhã, né?


-Ah sim, eu estava vendo essa, olha o prospecto, parece ter arranjos lindos. – Ela mostrou que estava na sua mão.

 

Fiquei ali mais uns quinze minutos, eu e Rachel decidimos nosso roteiro do dia seguinte. Despedi-me dela, pedi para ela avisar a Jake que tinha ido ver uma amiga. Preferi omitir o nome, sei que ele poderia não se controlar e vim atrás de mim. Arrumando confusão com Alice.

Durante o caminho para casa, minha mente ficava tentando arrumar uma lógica sobre esse encontro com Alice, pois a ultima vez que nos falamos, ela tinha sido muito grosseira, parecia não ter aceitado minha decisão. Várias perguntas brotavam em minha mente, todas elas sem respostas.

Bem agora seria o momento de respondê-las, tinha chegado a minha casa. Abri a porta, vi através da janela Alice parada dentro da minha casa a minha espera.

 

Ao abrir a porta da minha casa vi a figura de Alice em pé perto da janela. Ela parecia uma estatua perfeita da figura humana de mármore, mesmo convivendo durante quase dois anos ainda fico admirada com tamanha beleza.

 

Quando nós encaramos, algo ficou tenso no ar, o silencio era opressor entre nós. Eu tentei começar a falar, mas não conseguia pensar em nada, para começar um dialogo, Alice por incrível que pareça parecia estar com a mesma dificuldade. Rimos disso, sem duvida isso descontraiu um pouco o ambiente. Então ela começou a falar:

-Desculpa. – Se ela pudesse estaria chorando, afinal seus olhos pareciam estar marejados.


-Acho que eu também tenho que pedir desculpa. – Eu disse toda sem graça, deixando meu corpo cair no sofá pesadamente.


-Você fez a escolha pela sua felicidade. – ela caminhava em minha direção, sentando no sofá ao meu lado. – E quando se faz isso não há necessidade para desculpas.
-Mas sei que estou fazendo o sofrimento de alguns. – ao pensar na figura sofrida de Edward no meu quintal fez minha garganta fechar e meus olhos alagarem.

-Bella, você esta feliz? – Havia um nó também na garganta dela, sua voz a tinha traído.


-Sim. – ao falar isso, seus olhos dourados se fecharem, ela não tinha gostado da minha resposta. Ela suspirou ao meu lado, e disse:


-Acho que isso que importa. – Abriu os olhos e me encarou, havia dor ali, mas ela parecia estar tentando ficar ao meu lado. – Você vai se casar quando?


-Não marquei a data ainda. – Minha voz estava ainda embargada do meu quase choro.


-Eu posso te ajudar? – ela parecia uma criança pedindo autorização ao pai para fazer uma doce travessura, não havia como negar isso a ela.


-Claro. – Contudo algo estava me incomodando muito, eu queria saber dele. Era algo insano, eu sei, era algo forte, então sem pensar eu perguntei. – como ele esta?


-Você quer mesmo saber? – Agora a dor tinha chegado por completo ao seu olhar.


-Quero. - Respirei fundo, tentando achar alguma força, porém me esqueço que minha fonte, não estava ao meu lado: Meu sol

 

Alice se levantou começou andar pela sala parecia deliberar se deveria ou não me dar informações, ou escolhendo quais daria para mim.


-Bella, ele... – Alice parou e me encarou mais uma vez. – Não está nada bem.

-Como assim Alice? – perguntei temerosa.


-Ele está muito abalado, eu poderia dizer. – havia uma incerteza naquelas palavras, parecia que ela estava as escolhendo com muito cuidado, isso estava a me irritando parecia que ela estava me escondendo a verdade.

-Abalado como? – Não sei por que aquilo não estava me convencendo, na verdade estava me deixando inquieta.


-Edward não esta aceitando nada bem a sua escolha. – Havia receio no seu tom de voz. – ele ainda lutará por você.


-Alice não há pelo o que lutar. – Senti um rasgo cortar meu peito, era um novo buraco em meu peito formado desde dia do meu casamento, era ter magoado Edward. Agora as lágrimas, que antes eu tentei evitar, escorriam pelo meu rosto. – Eu não consigo mais viver sem Jacob.


-Edward diz não conseguir mais viver sem você. – Havia desespero nas suas palavras, ela pegou as minhas mãos. – ele repete inúmeras vezes que você é o motivo da existência dele.


-Sinto muito. – Fechei meus olhos devido a dor que pulsou no meu coração. - Eu não queria que ele sentisse assim, gostaria de sofrer sozinha, que a dor dele tivesse aqui comigo e não com ele. Dói-me saber que ele sofre por mim, sei o quanto é difícil ser abandonado. Faria qualquer coisa para que isso não tivesse acontecendo com ele.


Não pensei em dizer essas palavras, elas simplesmente saíram sem serem pensadas. Aquilo assustou Alice, que por um segundo vi uma luz de esperança no seu olhar, mas ela logo disfarçou. Na verdade não sei se meu julgamento está correto, porque havia tantas lágrimas saindo dos meus olhos, que a figura perfeita da minha amiga estava borrada.

 

Ela me abraçou consolando, porque eu já estava soluçando devido ao meu choro forte. A dor que eu sentia no meu peito era enorme, longe do meu porto seguro,que sempre saturava essas feridas, agora elas teimavam em sangrar.

O abraço gélido de Alice me fez lembrar o de Edward, trazendo em minha mente uma enxurrada de lembranças doces de um amor já vivido. Tudo parecia passar como um filme, nosso momentos na clareira, no seu quarto e no meu, com sua família... Contudo parecia ser algo vivido a muito tempo atrás, me trouxe saudade e não falta.

Então como passe de mágica lembrei a dor que senti nos meses sem ver meu sol, como eu fiquei destruída e como senti sua falta. Era como algo dentro de mim tivesse faltando, na realidade faltou a minha vida, o motivo da minha existência.

Imediatamente senti o ferimento que me incomodava a menos de um segundo atrás torturado pelas lembranças de Edward se fechar. Eu tinha certeza que esse buraco ainda doeria, mas agora já tinha arrumado seu curativo, bastava eu pensar no meu Jake.

Me afastei dos braços de Alice, encarei seus olhos dourados por alguns segundos. Minha melhor amiga estava sofrendo também, sei o quanto ela queria que eu fosse parte da sua família. Aquilo também já foi um sonho meu, mas algo mudou em mim. E essa mudança tinha nome e sobrenome: Jacob Black.

-Alice, não quero perder a sua amizade. Entretanto entendo se não for possível sermos amigas. – Minha voz ficou embargada ao pensar em perder Alice.

-Oh Bella, eu também não quero perder sua amizade. – ela me abraçou de novo. – apesar de tudo ainda te considero minha irmã, te amo mesmo com cheiro de cachorro molhado.

Eu ri do seu comentário, era também um alivio saber que seriamos amigas apesar de tudo. Depois de um tempo Alice me encarou e disse:

-Agora você pare de chorar. – ela enxugou as minhas lagrimas e a encarei com um sorriso.- E vamos falar o que interessa. Seu casamento.


-Vamos sim.

-O que você já decidiu? Eu quero saber de tudo.

 

Passamos algumas horas conversando alegremente sobre as decisões já tomadas junto com Rachel. No meio da conversa com Alice, tive consciência que teria que explicar para Jake que teria essa minha amiga, inimiga dele, ao meu lado para os preparativos do nosso casamento, sei que ele não irá gostar. Fiquei preocupada com a reação dele.

-Bella, você esta me ouvindo? – Disse Alice irritada. – Bem, preta atenção! Tem uma loja de aluguel de moveis em Seattle que tem peças incríveis. Podíamos fazer um ambiente tipo um longue, sabe? Perto da pista de dança, para os lobos e humanos descansarem.


-Sim podemos. – Falei sem entusiasmo, isso a irritou, logo pus um pouco de animação na minha voz. – podemos ir amanha junto com Rachel.


-Ah claro. Ela vai ser sua cunhada né?

-Sim.

Nesse momento Alice parou por alguns segundos, em transe com os olhos fixados no nada, ela estava tendo uma visão. Depois de alguns segundos, que para mim foram horas, ela me encarou com sorriso angelical e falou:

-Nós vamos nos dar muito bem. Eu posso ver.

-Você não tem jeito Alice!


-E você me ama assim Bella!

Rimos disso tudo e voltamos a falar sobre os preparativos, era impressionante a criatividade ilimitada de Alice, era um dom, todos os detalhes eram pensados por ela, coisas que eu não tinha pensado anteriormente. Eu indaguei como ela era expert nisso, me respondeu que já fez inúmeras vezes as cerimônias de Rose e Emmet, que sempre eram repletas de detalhes.

 

Já tinha passado bastante da hora do almoço, só percebi isso porque meu estomago roncou. Alice riu disso, eu também acompanhei. Então segui para cozinha, afim de preparar algo para comer. Sentei na mesa, Alice sentou na minha frente, contando-me sobre o ultimo vestido de noiva que Rose usou. Ela estava toda animada, quando de repente parou de falar, levantou rapidamente e disse:

-Bella, amanhã passo aqui as oito. Fala para Rachel nos encontrar aqui, pois eu não posso entrar na reserva.


-Ok. Mas você já vai embora? – eu não estava entendendo aquele comportamento de Alice.


-Eu tenho que ir Bella. – ela se virou, todavia voltou a me olhar e continuou. – Avisa ao seu noivo que ele vai ter que aceitar minha presença.

Ela piscou para mim e partiu como um vulto pela minha casa. Antes que eu pudesse pensar em falar alguma coisa, ouvi a porta da frente abrir, escutei os passos fortes de Jacob. Ele estava sem camisa, suando levemente, respirando de maneira forte. Seu peito bronze subindo descendo descompassado, junto com aquele olhar serio, parecia um deus grego que a gente vê nos livros de historia. Aquele quadro estava me dando idéias não muito sensatas.

Franzindo o nariz, a ruga entre seus olhos se aprofundava mais ainda, com sua respiração ainda desregulada, de repente começou a tremer. Isso me despertou das minhas fantasias e começou a me assustar.

-Jake? O que foi?

-Tinha Sanguessuga aqui. – ele falou entre dentes


-Era Alice. – Levantei com meu prato na mão e fui em direção a pia.

-Não só ela.

-Como assim? – Deixei o prato cair das minhas mãos e encarei Jacob.

-Ela esteve aqui. – Seu olhar era sombrio. – Ele está aqui.

 
-Como?- Eu já estava desesperada, como Edward esta aqui? Minha mente berrava sem parar- Eu estava aqui até agora com Alice.
-Sinto o cheiro dela aqui, está bem forte. – o nariz franziu mais ainda, virou o rosto em direção a escada. - mas também tem o cheiro dele, vem lá de cima.

Antes que eu pudesse argumentar alguma coisa, Jake começo a subir os degraus de dois em dois. Eu o segui. Minha mente estava um turbilhão de perguntas: Como Edward está aqui? E como Alice não me disse nada? E o que Edward queria?

Então lembrei a frase de Alice falando que não ia desistir de mim, isso fez meu coração se apertar. Não queria ver os dois amores da minha vida se digladiando por mim, eu não mereço nenhum dos dois, assim não era necessário esse embate. Além que meu coração, meu corpo, minha alma já havia escolhido por Jacob, era uma luta inútil que Edward insistia em lutar.

Cada passo que Jake dava em direção ao meu quarto, vi ele tremer cada vez mais, sua respiração acelerando a cada segundo. Seus punhos cerrados ao lado corpo, ele parecia estar fazendo força, talvez tentando se controlar.

Ele parou na frente da porta do meu quarto, colocou a mão na maçaneta e um rosnado saiu do peito dele, era sombrio, fez meu corpo todo se arrepiar. Ele escancarou a porta, entrou no cômodo e logo em seguida também entrei.

Meus olhos esquadrinharam meu quarto, não vi a figura de Edward em nenhum canto. Aquilo fez minha mente ficar mais confusa. Encarei meu sol, que continuava sério e seus espasmos ainda estavam intensos. Seus olhos negros estavam com raiva, apertados devido o vinco forte entre eles. Ele começou caminhar pelo meu quarto com nariz pra cima, bastante concentrado.

-Jake? – chamei temerosa.

Ele não me respondeu, chamei mais algumas vezes, nada dele me respondeu, isso me irritou muito. Quando eu ia pegar sua mão para encarar seus olhos, ele pulou da janela. Corri até a janela vi que antes de tocar o chão Jacob já tinha se transformado no lobo avermelhado.

 

Aquela fera correu, em direção a floresta. Por que Jake virou lobo e correu para floresta daquela maneira? Em seguida minha mente me trouxe a resposta, só havia uma coisa que clamava os instintos lupinos de Jacob: vampiro. E sem duvida sua fúria estava direcionada a um vampiro especifico: Edward.

Ao perceber minha conclusão minhas pernas desabaram, meus joelhos encontraram o chão de madeira do meu quarto. O que iria acontecer entre eles dois? Eu precisava fazer alguma coisa?

Olhei para os lados, tentando buscar alguma solução. Fui invadida por uma sensação de impotência. Afinal o que eu, humana sem graça, poderia fazer para deter um lobo e um vampiro, que são inimigos mortais naturais?

Ao fechar meus olhos em uma tentativa de buscar força para levantar e fazer alguma coisa, mas não estava conseguindo me controlar. De repente uma cena inundou minha visão particular: Os dois amores da minha vida lutando, eles eram dois vultos entre as arvores. O sangue de Jake e pedaços de Edward espalhado pela terra úmida.

Meu peito doeu ao ver eles se matando daquela maneira, aquela visão de um possível futuro desastroso, bombeou energia para as minhas pernas, que me levaram até a meu criado-mudo, onde tinha o celular que Edward me deu. Liguei para o celular de Carlisle, que atendeu no segundo toque.

-Carlisle, me ajude. – meu tom era desespero.


-O que foi Bella? – ele ficou tenso devido minha apreensão.


-Edward veio aqui e Jake esta atrás dele agora. – minhas lágrimas agora demonstravam toda minha dor. – não deixe eles se matarem.


-Calma Bella, vamos atrás deles. Agora se acalme. – ouvi q ele já estava em movimento.

Ele desligou o telefone, meu coração falhou por alguns segundos. Toda aquela tensão da expectativa sobre o que está acontecendo naquela floresta estava me consumindo. Acho que meu peito não ia agüentar tamanha gama de emoções que eu venho vivendo nesses últimos dias. Afinal eu tinha o paraíso, nos braços do Jacob, e o inferno da não aceitação de Edward pela minha escolha, convivendo tão perto de mim.

 

Perdida mais uma vez em meio aos meus devaneios, vi uma caixa de madeira embutida em ouro e madrepérola, ornamentado com um arco-íris de pedras preciosas, repousando na minha cama. Era extremamente extravagante, mas havia uma beleza exótica, que não me agradava em nada.

Com as mãos tremulas peguei aquela caixa e sentei na minha cama. Ao analisar mais por um tempo aquele objeto luxuoso, temi o que poderia conter dentro dele. Será que foi Edward que colocou essa caixa aqui? Logicamente que só poderia ser ele, ninguém mais teve acesso ao meu quarto, sem ser Jake. E essa peça não combinava em nada com estilo do meu sol.

Esfreguei minhas mãos em uma tentativa de me acalmar, porém meu medo não era maior que minha curiosidade. Eu precisava saber o que havia lá dentro, meus dedos passaram delicadamente pelo tampo da caixa, as pedras eram de um brilho intenso. Suspirei e deixei meus dedos levantarem o tampo.

Ao encontrar o conteúdo daquela caixa, minha garganta se fechou, impossibilitando minha respiração. Ali havia outra conseqüência da minha escolha por Jake.

 

As paredes da caixa eram de uma camurça vermelho sangue, ali havia dois artefatos. O primeiro que chamou minha atenção foi o colar: seu cordão era de ouro trançado em uma grossa corda de corrente, quase escamada, como uma cobra macia se enrolaria envolta da garganta. Uma jóia pendurada, suspensa pela corda: um diamante do tamanho de uma bola de golfe.

Já outro componente daquela “surpresa” era um pequeno papel grosso, onde havia uma caligrafia impecável, onde dizia:

Eu espero conhecer a nova Sra. Cullen em breve.

Aquele bilhete não precisava de assinatura, eu sabia muito bem quem era o autor daquelas palavras, eram os Volturi. Meu sangue gelou, não sentia mais o calor do meu sangue percorrer minhas veias. A sensação que eu tinha era que tudo ao meu redor tinha parado. Aquele lembrete nada sutil do bilhete de Aro me mostrou que esse seria um obstáculo tanto complicado de se enfrentar.

Afinal os Volturi precisavam ver se realmente eu tinha me tornado imortal, que os Cullen tinham sido obedientes às suas ordens. Eles precisavam ver isso logo, pois esse recado deixava claro que sem duvida viriam certificar se o trato tinha sido cumprido.

 

Um fato gritou dentro de mim: Eles não poderiam vir para perto de Forks. E uma duvida brotou em seguida dentro de mim: Como eu poderia fazer isso, sem magoar e machucar os que amo?


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Notas finais do capítulo

Quais são as intençoes de alice???

Ela sabia das intenções do irmão??? e ai????


misteriooooooo
Proximo pov do lobão ele conversando com Sam e indo aras do vampiro!!!