Alice Human Sacrifice - History escrita por Caah_chan, KuroiTenshi-chi, ZombiePanda, FlyAway, Devanear


Capítulo 3
Capítulo 2 - Ni-banme Alice - Kaito


Notas iniciais do capítulo

Capítulo feito por Onigiri_tan/FlyAway



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Acordei num lugar totalmente distinto do meu atual. No qual o céu é vermelho, as árvores são negras e possivelmente, sem vida, pois não havia folha sequer. Seu solo é muito seco, portanto, bastante rachado.

Não há vida por aqui?

Estou caminhando faz alguns minutos. Eu não sinto calor, eu não sinto frio. Não enxergo o sol, nem ao menos a lua. Que lugar seria esse? Que horas são? Aliás, desde quando estou aqui? Seria aqui o... Inferno? Não, impossível. Deve ser apenas um sonho e logo irei acordar. Melhor ficar parado.

Estou parado, esperando que acorde logo. Bom, acho que eu deveria explorar o lugar antes de acordar. É só um sonho, nada vai me acontecer. Ainda tenho dúvidas sobre esse sonho... Me belisco. Dói. Não acordei? Isso não é um sonho?!

Andando, andando e andando... Que sensação estranha, me sinto observado... Desde a hora em que cheguei aqui. As árvores continuam tensas. Quanto mais eu ando, mais parece que estou andando em círculos. Em toda a parte, o mesmo cenário. Que mundo mais estranho... Não estou entendendo o que faço aqui... Se não é um sonho, o que é? Aliás, o que eu fazia antes de estar aqui?! Nem disso eu me lembro. Está tudo muito complicado. Eu bati a cabeça antes de vir?

Oh, uma figura azul ali... Um broto de uma rosa de cor azul? Um sinal de vida por aqui. Eu a pego, agora, ela é minha. Quem sabe minha companheira enquanto estou sozinho por aqui? Confesso que estava ficando com um pouco de medo por pensar que estava solitário neste local. Tudo bem que ainda não brotou por completo, mas... Ei...Olhando bem... Uma trilha... Esse broto me trouxe uma trilha! Um local diferente, finalmente! Acho que não estou mais perdido.

Estou correndo para ver se volto para casa, mas o céu ainda é o mesmo. Em frente... Se eu forçar um pouco mais a vista... Uma vila. Alguém deve saber como me levar de volta para meu “mundo”. Por um momento, eu pensava que estava no inferno, mas não... É impossível.

Bom, agora desacelerei o passo. Não vou entrar na vila correndo, iriam pensar que sou algum assaltante ou algo do tipo. Entro. Casas, finalmente. Pessoas... Animais... Finalmente. Mas e o céu? Coisa de minha imaginação seria? O chão continua o mesmo também... Fazer o quê? Meus pés... Eles estão se movendo por vontade própria. Me dei conta de que estou em cima de um pequeno palco e cantando. Eu disse... Cantando? Como? Que notas são essas? Eu desconheço totalmente.

Canto, canto, quanto mais eu canto, mais pessoas se aproximam. É muito boa essa sensação. Mas, se pelo menos eu soubesse que língua e música são essas... Não me canso. Parece inevitável não cantar. Sigo cantando.

Seria essa minha realidade agora?

Que coisa... Que coisa... Que coisa boa!

Estou encantando pessoas com minha cantoria! O mais incrível, é que agora me acostumei nesse lugar estranho muito rápido. Não interessa mais se seja de manhã ou noite, seguirei à cantar. As pessoas dessa região se encantam com minha voz. Acho que elas devem entender o que canto.

Esse mundo vermelho como o sangue... Talvez agora posso o transformar num totalmente azul! Talvez nada seja ilusão! Isso é estranho. Um lado meu diz que esse não é o certo, mas o outro, diz que é. Ora, estou me divertindo à valer. É óbvio que vou escutar o outro lado.

Pessoas e mais pessoas se aproximam cada vez mais. Quem imaginaria que esse lugar sinistro teria tantas pessoas em uma só comunidade? Eu, pelo menos, nunca diria isso. Se não fosse por esse frágil broto, ainda estaria perdido. Andando sempre pelo mesmo lugar, provavelmente. E além do mais, se eu continuasse naquele meu “mundo”, eu talvez nunca iria fazer tanto sucesso assim!

...

Um naipe de ouros azul? O que faz na minha mão? Mesmo tentando apagá-lo, não consigo parar de cantar, como eu disse, é inevitável. Impossível, estou com muito fôlego. Isso está me dando agonia. O que estou fazendo? Por que estou me importando com esse naipe? Sim, assim que eu o olhei, fiquei agoniado. Estou suando. Estou com um mau pressentimento imenso. Melhor eu não ligar para esse naipe. Vou levantar minha cabeça e me concentrar na minha cantoria (Que nem ao menos sei o que canto).

O qu-? Minha cabeça, dói demais. O que é isso? Sangue... Sangue escorrendo de minha cabeça... Não há dúvidas, alguém me atingiu com um só tiro. Um tiro fatal... Estou vendo as pessoas irem embora... Não, ninguém vira ajudar-me... Nunca gostaram de mim. Tudo uma farsa. Essa história de cantor... Tudo mentira. Mentira... Eis a mentira que precisava acontecer para virar uma verdade. Minha vista se cobria com o sangue escorrendo, meu nariz sentia apenas cheiro de sangue, se eu conseguisse abrir minha boca, talvez sentiria o gosto de meu próprio sangue. Dói, e muito, chegou minha hora.

Vejo duas pessoas, um homem, e uma mulher em minha frente dizendo:

-O seu pedido estara feito, senhorita. -Creio que sim.... Até mais, Kaito.

E a mulher acariciara meu rosto enquanto sorrira, e a partir daí, minha vista escurece por completo... Pelo sangue... E enfim, pela razão de eu estara morrendo...

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Assim que o broto cresceu, não era mais azul. Realmente como na música, dele desabrochou uma rosa triste e vermelha... Vermelha como o céu daquele mundo. Vermelho... Como o próprio sangue puro. Como se ela estivesse realmente triste com a morte de seu devido “dono”.


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Notas finais do capítulo

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