O sol raiou acordando ele. Resmungou algo ininteligível e olhou para o relógio. Era sete da manhã de um sábado. Viu que Luke e Alvo ainda dormiam. Ele se levantou e viu um bilhete “Estou no lago. Beijos Rose”. Sorriu e foi se trocar.

Ele chegou aos jardins e viu ela. Os cabelos molhados, grudados no corpo dela realçando mais ainda as curvas que ela tinha. Ele se jogou no lago e se aproximou dela que tinha um sorriso.

– Vejo que leu o meu bilhete. – disse ela passando as mãos pelo pescoço dele. Ele segurou a sua cintura.

– Li sim. – admitiu ele. – Adorei o convite. – comentou ele sendo puxado para um beijo.

Apesar da água gelada, aquele beijo o deixou completamente quente. Rose Weasley estava mais atirada e ousada, mas mesmo assim totalmente entregue a ele. E o que mais eles gostavam é que naquelas sensações que o beijo passava eles notavam como eram diferentes. Fogo e gelo, óleo e água, frio e quente, lágrimas e sorrisos, ou seja, completamente opostos, mas com o mesmo sentimento.

Ele segurava suas coxas possessivamente quando sentiu ser puxado para baixo. Duas mãos seguravam seus pés e uma mulher segurava as pernas de Rose, a separando dele. Depois, ele sentiu duas mãos os prenderem. Ele se debatia, queria voltar para a superfície. A pessoa que o prendia não deixava.

Ele viu Rose se contorcer e olhar suplicante para ele. A mulher que prendia a ruiva tirou algo brilhante. Tentou ver claramente quem era, mas os cabelos castanhos escuros atrapalhavam a visão completa do rosto dela. Viu a mulher enfiar algo no corpo de Rose.

O coração de Scorpius saltou e disparou loucamente. A mulher enfiava e tirava uma faca do corpo de Rose. Sangue saia sem parar do seu corpo fazendo a água ficar vermelha. Ele tentava gritar. Ele tentava sair dali. Inútil.

– ROSE! – gritou ele chorando. Seu coração se despedaçava ao ver que ele não podia fazer nada para deter aquilo. – ME SOLTE! – ordenou ele para a mulher que o prendia a mim.

– Não. – disse a mulher. Scorpius parou de se mexer e olhou para a mulher.

– Belle? O que... – começou ele, mas foi interrompido.

– Você pertence a mim. – disse ela sorrindo para ele.

– Pertenço nada. Você não é minha dona! – exclamou ele. Olhou para Rose, a mulher de cabelos castanhos se postou na frente da ruiva. Viu a castanha afastar o braço e empurrar com tudo.

– Sou sua namorada. – murmurou ela no ouvido dele. Ele num gesto brusco afastou a loira de trás de si e foi nadando rapidamente até a ruiva. Viu a morena misteriosa sumir na escuridão do lago e foi até Rose. Sangue jorrava dali sem nenhum controle.

– Rose! – chamava ele sacudindo o corpo sem vida da ruiva. – ROSE! – gritava ele desesperado. Lágrimas saiam sem controle do seu rosto assim como sangue saia do corpo de Rose. Viu a faca brilhante no peito da jovem. Bem no coração. Tirou a faca dali e colocou a mão no peito da garota. Sentiu um ultimo batimento. – NÃO! Rose! Por favor. – suplicava ele. Encostou a testa no peito sangrento da menina e continuou a chorar e suplicar. – ROSE! Rose...

– Scorpius... – ouviu alguém chamar por ele. Olhou para Rose e viu que a menina estava sem vida. – Scorpius.

– Rose? – perguntou ele.

– ROSE O CARAMBA! O QUE VOCÊ ANDA SONHANDO COM A MINHA PRIMA EIN? – gritou Alvo vermelho. Scorpius sentou na cama ofegante.

– Graças a Merlin. – murmurou ele mais aliviado.

– Ein Malfoy? – insistiu Alvo. – Por que você sonhava com a minha prima?

– Rose! – exclamou ele jogando as cobertas para o lado. Trocou de roupa e sainu disparado do dormitório em direção dos jardins. Ele descia as escadas correndo. Chegou aos jardins e viu que ela se preparava para entrar no lago. O seu coração falhou. – Ei! – gritou ele. Ela se virou e ficou vermelha.

– Oi. Bom dia. – disse ela.

Ele se aproximou dela. Viu que a ruiva estava na ponta do lago. Olhou para ela. Os cabelos ruivos descendo graciosamente pelo corpo maravilhoso da ruiva. Viu que ela trajava a mesma roupa que o sonho. Olhou para os pés e algo fez seu coração bater mais rápido. Uma mão. Magra e branca, com unhas grandes e pintadas de bordô saiam da água e pousavam ao lado dos pés dela. Viu os dedos se curvarem para agarrar os pés da menina. Numa atitude de desespero ele pega a varinha.

– Accio Rose Weasley. – ordenou ele. A ruiva veio em sua direção e bateu em seu peito com as mãos espalmadas.

Rose Weasley estava pronta para reclamar, mas Scorpius a virou de novo para o lago e ela ainda teve tempo de ver as mãos voltarem a afundar no lago.

– Co-como? – ela perguntou confusa

– Não chegue mais perto do lago, ok? – ele a fez encará-lo – Prometa!

Ela o encarou quase entrando em desespero.

– Como sabia? – ela perguntou simplesmente

– Eu sonhei com isso Rose! – ele suspirou e segurou os braços dela delicadamente – Vou te contar tudo ok?

Ela confirmou com um aceno de cabeça e ele começou a relatar. Quando chegou na parte em que ela era morta a facadas, Rose estremeceu e começou a chorar.

– Hei, calma! – Scorpius a puxou para um abraço apertado – Não vou deixar nada acontecer a você!

Ela se agarrou a ele ainda desesperada e ele pode sentir seu ombro molhar. Rose se sentiu bem ali. Por mais que o relacionamento deles tenha sido na maioria brigas, ela se sentia completamente segura nos braços do loiro. Uma proteção inabalável, fazendo com que ela nunca mais quisesse sair dali.

– Fique aqui! – ela pediu baixinho

– Vou ficar ruiva! – ele beijou o topo da cabeça dela

– O que está acontecendo aqui?

Scorpius se voltou para trás e encarou Isabelle sério.

– Ah Belle! – Rose fora mais rápida e abraçou a amiga

– O que aconteceu Rose? – ela perguntou a abraçando de volta

– Eu fui atacada! Se não fosse o Scorpius eu...

– Shii! Vai ficar tudo bem amiga! – Belle tentou acalmá-la

– Rose! – Scorpius a chamou – Vá para dentro! Procure o Alvo ou a Lyli! Você precisa se acalmar!

– Ok! – ela disse limpando as lágrimas e dando um beijo no rosto de Belle saiu de volta para o castelo

– Belle...nós precisamos conversar! – Scorpius soltou rapidamente

– Eu sei! – ela abaixou a cabeça, esperou alguns segundos e voltou a encará-lo – Eu quero terminar Scorpius!

– O quê? – ele foi pego de surpresa, era exatamente isso que ele falaria

– Não fique bravo comigo é só que...

– Não Belle! – ele se aproximou da loira e sorriu – Eu queria falar exatamente a mesma coisa!

– Queria? – uma sombra de dúvida passou pelos seus olhos

– Nós não damos certo Belle! – ele a abraçou pela cintura

– É eu percebi! – ela sorriu se aconchegando no peito dele

– Você não ficou magoada não é?

– Não Scorp! – ela o encarou ainda sorrindo – Jura que não fica bravo comigo?

– Sim! – ele se afastou um pouco, mas ainda a manteve em seus braços

– Alguém me fez ver que você é meu melhor amigo, só isso!

Scorpius sorriu.

– E eu vou continuar sendo seu melhor amigo não vou?

– Sempre loiro! Sempre! – ela beijou sua bochecha

– Que bom, porque você sempre será a minha loira favorita, minha amiga e minha irmã!

– Muito bom ouvir isso, se não fosse assim eu brigaria contigo! – ela bateu de leve no ombro dele.

– Ei, você não é chata ta? – comentou Scorpius sorrindo de lado. Ela sorriu.

– Eu sei disso. Agora, acho que vou indo!

Ela se desvencilhou dele e saiu, mas ele a puxou de volta pelo pulso e a beijou com carinho segurando seu rosto. Então a encarou e sorriu.

– O último! – ele falou e ela sorriu e saiu em direção ao castelo

Mal eles sabiam que um par de olhos verdes os observava, apesar de não ouvir nada do que diziam.

Isabelle estava muito feliz. Parecia que tudo ali brilhava mais. O sol raiava mais forte e os pássaros cantavam com mais vigor. Aquilo aumentou a sua felicidade. Estava feliz. Não por ser o primeiro dia de aula, mas pelo o que aconteceu no trem.Ainda conseguia sentir o gosto dele na sua boca, o toque dele no seu rosto. Merlin, foi mágico. Bateu a mão na testa rindo do próprio pensamento. Tudo ali era mágico. Mas, parecia que o beijo dele era mais mágico ainda.

Só ficou mais feliz quando viu o moreno a sua frente, encostado em uma parede com o olhar meio perdido.

– Alvo! – ela o abraçou, ele ficou sem reação, então afastou ela – O que foi?

– Não aconteceu nada Isabelle! – ele foi indiferente

– Mas porque está assim? – ela tocou o rosto dele

– Isabelle pare com isso! – ele tirou a mão dela de seu rosto

– Mas eu pensei que...

– Que o que aconteceu no trem foi algo sério? – ele riu com desdém

– Alvo! – ela falou magoada

Ele a encarou indecifrável. Droga, ele não queria agir assim com ela.

– Eu sei que é mentira! Foi sério para você, da mesma maneira que foi sério para mim! – ela sorriu

– Isabelle! Volte para o seu namorado e pare de me encher ok?

– Namorado? Mas eu não tenho namorado! – ela sorriu ainda mais

– Não tem? O beijo que eu vi você dando nele hoje não me diz que não são namorados! – ele desdenhou furioso

– Alvo, aquilo foi como de despedida! Nós terminamos!

– Terminaram? – ele perguntou surpreso, seus olhos brilhando mesmo ele não querendo demonstrar

– Sim!

– E quem terminou? – em seu íntimo querendo que fosse ela

– Nós dois! – ela sorriu – Nós dois entendemos que não nos amamos!

– Hum...e por quê?

– Porque eu gosto de uma outra pessoa sabe? – ela sorriu marota – Eu percebi que meu coração é de outra pessoa, um garoto lindo e perfeito que me mostrou como é bom se feliz!

– E quem seria ele? Aqui de Hogwarts? – ele sorriu abertamente agora

– Sim! Sonserino também! Moreno e de olhos verdes! – ela sorriu e se aproximou dele

– Hum...acho que eu o conheço sabe! E ele me falou de você! Disse que você é linda e a menina mais maravilhosa que ele já conheceu! Sabe, ele ainda não disse, mas tenho certeza que ele é apaixonado por você! – Alvo a enlaçou pela cintura sorrindo

– Que bom! Porque eu vou adorar ser correspondida

Alvo sorriu e a beijou.

Rose chegou ao dormitório e se jogou na cama com a cara no travesseiro. Tentou respirar com mais calma e controlar as lágrimas.

– Rose, o que houve? – perguntou Lucy Crawford sentando na cama dela.

– Nada. – disse ela se sentando na cama com Lucy ao seu lado e duas meninas na cama da frente.

– Já sei como te animar. – disse Jaqueline.

– Como? – perguntou Rose inocentemente. As três meninas se entreolharam e gritaram ao mesmo tempo.

– Fofoca!

– Vamos começar com o babado da hora. – disse Lucy. – Uma lufana me contou que uma corvinal viu hoje... Agora o bonitão do Malfoy beijar uma garota. Eles se beijavam com um carinho de dar inveja em qualquer um. – fofocou Lucy. Rose ficou vermelha e saiu do quarto. Tinha que falar com ele.

Scorpius Malfoy saiu do jardim em disparada. Precisava encontrá-la. Agora seria tudo tão mais fácil. Eles dois finalmente poderiam ficar juntos sem nenhum empecilho. Sem ninguém para atrapalhar. Graças a Deus. Ela seria só dele, e todos veriam isso. Juntos.

Ele sorriu pensando nisso e só percebeu que havia alguém na sua frente quando bateu nela e a derrubou.

– Desculpa, você está bem? – ele perguntou mesmo sem ver a pessoa

– Malfoy! – aquela voz doce que ele tanto amava respondeu

– Rose! – ele sorriu enquanto ela levantava e o encarava, sem nem esperar ele a puxou pela cintura e a beijou

Rose correspondeu completamente no começo, mas caiu na real e o afastou bruscamente.

– O que pensa que está fazendo Malfoy? Não pode me beijar!

Ele a encarou confuso. Do que ela estava falando?

– Rose eu... O que aconteceu? – ele resolveu perguntar meio apreensivo. Ela ficou mais vermelha.

– Você brincou comigo no trem Scorpius! Isso é o que me faz odiar mais ainda você!
– Espera aí! Eu brinquei com você? – ele perguntou confuso – Quando?
– Só faltava eu no mínimo! – ela riu com desdém - Por que você não volta para as suas milhares de namoradas?

– De onde tirou isso Rose?

– Deve estar achando que aquilo no trem valeu alguma coisa! Aquilo foi divertimento Malfoy, aqui em Hogwarts eu tenho gente melhor para ocupar o lugar!

– Do quê...? – ele ficou perdido, como ela pudera dizer aquilo? Ela não podia estar falando sério. Não agora que ele terminara com Isabelle.

Rose o encarou séria, mas sabia que não iria aguentar por muito tempo, então voltou as costas e saiu andando calmamente, por mais que quisesse correr e sumir. Virou o corredor e se encostou na parede e finalmente deixou as lágrimas escorrerem. Sentou no chão e ficou ali por intermináveis minutos.

Scorpius ficou lá por intermináveis minutos também, parado, sem saber o que fazer. Pensando naquilo que ela havia falado. Aquilo o machucara, ela nem imaginava o quanto.

– Por que ruiva? - perguntou ele para si mesmo. Resolveu se sentar num corredor escuro e quase invisível para os alunos. Era como queria estar. Invisível para poder chorar a vontade. - Por que isso agora? Eu gosto tanto de ti. - ele se levantou decidido. Se Rose encarava aquilo no vagão como um divertimento, ele também encararia. Não iria chorar por alguém que não choraria por ele.

Para Luke aquela monitoria estava horrível. Ainda mais porque a Rose sumiu. Ela foi escolhida sua parceira, mas desapareceu completamente. Alguns dizem que a viram chorando, outros dizem que não a viram mais aquele dia. Deu um suspiro. Apenas queria terminar aquilo e ir dormir. “Rose, você me deve uma” pensou ele consigo.

Mas como não podia fazer nada, começou a andar pelos corredores com a varinha em punho. Nada. Era tudo o que encontrava: nada. Aquilo estava ficando monótono. Até parar naquele corredor e ouvir algo diferente. Algo sufocado. “Isso! Detenção!” pensou ele alegre. Uma das únicas coisas que davam alegria para ele, além de estar com Lylian, era por alunos em detenção.

Lylian andava pelos corredores procurando a prima. Ela não aparecia em lugar nenhum. Foi quando Louis Creevey apareceu na sua frente sorrindo. Ela retribuiu o sorriso.

– Oi!

– Oi Lyli! Poderíamos conversar? – ele se aproximou da ruiva

– Acho que está meio tarde! Vou voltar para o dormitório e amanhã teremos mais tempo para conversarmos, o que acha? – ela sorriu e se afastou

Ele a puxou pela mão.

– Espere! Só quero pedir que fique comigo!

– Ah! – ela disse séria, meio desapontada

Encarou o garoto a sua frente, ele era lindo. Loiro de olhos verdes. Um pouco musculoso por causa do quadribol. Mas então uma outra imagem invadiu sua mente. Um garoto de cabelos escuros com algumas mechas mais claras, um sorriso perfeito e um cabelo mais perfeito ainda. Luke Zabini.

– Não posso! Desculpe!

– Você namora alguém? – ele se aproximou mais. “Quem me dera”, pensou ela.

Lylian recuou até a parede.

– Não! Mas seria como trair meus sentimentos! Desculpe!

– Me deixe tentar Lyli! – ele se apoiou na parede

– Já falei que não! – ela tentou se afastar, mas ele a prendeu forte contra a parede e a beijou

Lylian não conseguiu se soltar. Tentou empurrá-lo, mas também não adiantou. Então largou os braços ao lado do corpo e ficou quieta esperando que ele percebesse que ela não correspondia.

Luke viu aquela cena e ficou furioso. Ninguém podia tocar na sua ruiva. “Minha? Ela não parece querer ser minha!” .

– Que cena é essa? – perguntou frio apontando a varinha para o casal

– Nunca viu um casal se beijando? – Louis perguntou sarcástico

– Estão fora do horário permitido! E ainda por cima fazendo essa safadeza toda!

– Safadeza? – Louis riu – Me poupe Zabine! Foi só um beijo!

– Detenção Creevey! Amanhã! Agora saia daqui!

Louis sorriu e jogou um beijo para Lyli saindo dali. Lylian por sua vez sorriu olhando para Luke. Ele a ajudara.

– E você desapareça daqui! – ele não a encarou e voltou às costas

– Luke... O que foi? – ela não compreendeu

– Achei que não trocasse toda semana! – ele a encarou furioso

– Do que está falando?

– Semana passada estava me beijando na casa da Belle e agora já está com esse aí? Ou espera aí, quem sabe você já estivesse com ele antes!

– Cuidado com o que está insinuando Zabine! – ela fechou a cara, aquilo a magoava, mas ela não demonstraria. Não agora.

– Ou o quê? Vai deixar de ser minha amiga? Não sou amiga de mulheres como você!

– Mulheres como eu? – perguntou ela estupefata. Sentiu que o choro vinha como uma correnteza. Engoliu ele. Não iria chorar ali. Queria ouvir a resposta dele.

– É... Vadias! – ele virou as costas e saiu deixando-a sozinha

Lylian abriu a boca várias vezes tentando acreditar naquilo que acontecera. Como ele pudera dizer aquilo? Como? “E pensar que só disse não ao Creevey porque não consigo esquecer do beijo que esse maldito sonserino me deu na casa da Belle!”. Mas agora ele a magoara demais e não teria mais como voltar atrás.

Luke a observou de longe. Viu-a limpar uma lágrima do rosto furiosa e sair com passos duros para a Sala Comunal da Grifinória. Era isso o que mais gostava nela. Ela sempre fora forte, em qualquer situação. Respirou fundo, o ciúme tomara conta de si. Estava decidido em resolver tudo com ela, em lutar por ela, mas jamais imaginara que ela pudesse estar com outro. Jamais.