Hilf Mir Fliegen escrita por andeinerseite


Capítulo 12
Onde está você?


Notas iniciais do capítulo

Mais uma vez desculpem-me pelo atraso meninas (acho que não tem nenhum menino lendo isso, rs):c

Bem, agora eu tô de férias então acho que vou conseguir atualizar toda semana direitinho ok :3

O título só tem a ver com o final do capítulo (na verdade, eu não tinha nenhuma boa idéia para o título, então ficou esse mesmo, af.)

E parece que a minha apelação para reviews funcionou hihi *-* sejam bem-vindas as duas novas leitoras, joice483 e miley_vendite.

Enfim, espero que gostem! Vejo vocês nos reviews Q



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Eu estava precisando de um up. Tudo ultimamente estava tão complicado... Confuso. Primeiro: minha amizade com Bill. De repente, em uma noite qualquer, eu o encontro bêbado em seu quarto, triste por algum motivo que ele não quis me explicar, acabamos nos beijando e pronto. Depois, quando tentei falar com ele, quase brigamos, e ele acabou não falando nada... Isso estava me deixando louca.

- Saia um pouco, pare de comer só salada e gaste uma grana com você mesma - recomendou-me Dave. - Eu explico para a chefe depois.

Era exatamente o que eu precisava fazer. Sair, comer alguma coisa - que tal uma panela cheia de brigadeiro de colher? - e comprar alguma coisa, viver um pouco. Argh, chega de trabalho. Abri a carteira e logo encontrei um pedaço de plástico retangular que poderia animar um pouco a minha tarde: o cartão de crédito.

Passeei pelas ruas mais movimentadas de Hamburgo, aquelas cheias de lojas em volta. Com o meu cartão em mãos, eu me sentia confiante para o shopping.

Depois de horas e horas andando, eis o saldo da brincadeira: Victoria’s Secrets, 200 euros. Maybelline, 100 euros. Opera Rock, 300 euros. Ellus, 400 euros. Triton, 500. Forum, 600. Diesel, 750 e alguma coisa. E aquela encharpe roxa, onde que eu comprei mesmo...? Sei lá, só sei que passou de mil.

Então, lá vou eu toda saltitante, sentindo que metade do meu salário foi pro ralo, mas e daí? Consumismo é um remédio legal. Naquele momento, minha idéia era chegar no hotel, colocar uma das roupas lindas que comprei e ir direto para a night, pra depois chegar em casa de madrugada sem nem lembrar o meu próprio nome, com uma dose bem elevada de álcool no sangue. Que lindo.

Resolvi dar uma passadinha no meu apartamento velho, pois eu havia esquecido a maquiagem lá, e como poderia ir a uma festa sem maquiagem?

Que jeito ótimo de se livrar da tristeza, disse o meu “eu” interior. Isso não vai me levar à lugar algum.

Os pensamentos ruins voltaram à minha mente, e estavam prestes a piorar quando eu vi aquele mesmo oficial da primeira vez na porta, aquele que tinha me despejado. Senti o sangue subir pela cabeça, e, pisando duro de uma maneira completamente deselegante, me aproximei dele.

- Você aí, de novo? - perguntei, grosseira. - Ainda não levou os móveis embora, é?

- A senhorita não precisa falar assim comigo - disse ele. - Houve um engano com este apartamento.

- Como assim? - voltei ao meu tom de voz natural ao ver que ele tinha arrancado da porta a folha de “ordem de despejo”.

- As contas atrasadas que encontrei não são desse imóvel. São de outro apartamento desse mesmo prédio. Alguém escreveu o número errado, portanto despejei a pessoa errada.

- Então isso quer dizer - meus olhos brilharam - que ainda é meu e que não preciso mais ir embora?

- É.

- UHUL! - gritei, dando um pulo. - Perdeu, playboy - exclamei, fazendo uma “dancinha” da vitória, enquanto o oficial saía, revirando os olhos pra mim. Horas depois, fiquei sabendo que naquele corredor havia câmeras e que toda a minha comemoração ridícula tinha sido filmada e gravada, mas ok.

Me joguei no sofá de veludo roxo, com todas aquelas sacolas, rindo da minha sorte, rindo daquele oficial idiota, rindo de tudo. Ao contrário da minha vida inteira, esse era um dia de sorte. Poder continuar com o meu querido apartamento era a segunda melhor coisa que me acontecia naquele dia - a primeira foi encontrar uma bolsa Gucci com 50% de desconto - e eu realmente estava MUITO, MUITO feliz.

- Agora eu vou sair. Quem sabe ir até àquela mesma boate em que eu fui no dia em que cheguei aqui...

Que foi exatamente o lugar onde eu reencontrei o Bill. Droga Nicolle, pára de pensar nisso, não estraga a sua noite.

Despejei todas as roupas das sacolas que havia comprado na cama e escolhi um vestido nem muito curto e nem comprido, com o comprimento um pouco acima dos joelhos. Era de um tom bege com um brocado metálico dourado que percorria todo o tecido. Perfeito.

Calcei as sandálias e me maquiei rapidamente. Nada muito exagerado. Logo saí do prédio e peguei um táxi até a casa noturna.

Chegando lá, agi naturalmente. Dancei, peguei um drinque e aproveitei. Porém, enquanto dançava, percebi que havia algum som que não estava em harmonia com a música eletrônica que tocava. Abri a minha bolsa, mas nem conseguia enxergar nada - a única luz que tinha ali eram aqueles clarões malucos -, e tateei pelo celular. Estava tocando. Procurei a saída mais próxima e corri para o lado de fora, onde haveria menos barulho.

- Alô? - atendi.

- Alô? Nicolle? O meu irmão está aí? - era o Tom, parecia meio... aflito.

- Ah, oi Tom. O Bill não está aqui não - falei. - Por quê?

- Scheisse. - ele murmurou. - Você, hã... Falou com ele nas últimas horas?

                                                                                  

- Não. Tom, o que está acontecendo? Você parece...

- ...Desesperado? - ele completou, sem me deixar terminar. - O Bill simplesmente sumiu.

- Sumiu? Hã? Como assim? - perguntei, não estava entendendo nada.

- S-U-M-I-U - disse Tom. - Passei a tarde toda fora, e quando voltei ele não estava em casa. Até aí nada de tão assustador, mesmo porque eu não cuido da vida dele nem nada, se não fosse o estado em que ele deixou o... Ah, esquece.

- Tom, fala - insisti. - O que aconteceu?

- O que ele fez com o quarto dele... Vem aqui que você vai ver. - ouvi um suspiro pesado do outro lado da linha.

- Chego aí em cinco minutos.

- Obrigado. - ele soltou um leve suspiro de alívio antes que eu desligasse.

Se eu entrei em desespero? Não, imagina. Só fico sabendo de repente que o Bill meio que fugiu de casa e deixou o quarto dele sei lá como. Se até o Tom, que é o cara mais despreocupado e seguro de si que eu conheço, estava preocupadíssimo, e eu?

Meu coração batia acelerado enquanto eu quase “voava” pelas ruas, cortando sinais e tudo o que era possível. Vários motoristas me xingavam, mas eu nem ouvia. Na minha mente a única coisa que importava era descobrir o que tinha acontecido com o meu melhor amigo.

Dentro dos cinco minutos combinados eu já estava na mansão dos Kaulitz. Tom abriu a porta para mim.

- Me siga - foi a única coisa que ele disse.

Com medo do que iria encontrar lá em cima, o segui até o quarto do Bill.

- AI MEU DEUS - tampei a minha boca para não gritar.

O quarto estava uma bagunça. Haviam cacos de vidro espalhados por todo o chão - uma garrafa de uísque estraçalhada -, papéis amassados - possíveis letras de músicas - em todo canto, a cama estava desforrada, cartelas de anti-depressivos e remédios para dormir estavam abertas sobre o criado-mudo.


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Notas finais do capítulo

O que será que aconteceu com o Bill? xD
Até semana que vem! :*