Passamos toda a tarde conversando tranquilamente, sobre as pessoas, viagens, hobbies, planos para o futuro, realmente parecíamos adultos! Eu dei uma carona até sua casa, onde um homem e uma mulher com uma roupa social e  aparência de preocupação, entravam em um carro rapidamente, porem se acalmaram quando viram sua filha saindo do carro.

- Nós já íamos procurar por voce nas ruas minha filha! Nós ligamos na escola e falaram que voce não estava mais lá! Ninguém atende seu celular, eu estava realmente preocupada! – Uma mulher falou esbaforida e rapidamente, enquanto abraçava a menina que ficava baixa ao lado da mãe (talvez pelo grande salto que usava, mas ainda estou refletindo sobre o assunto).

-Calma mãe. Eu fiquei de detenção por um tempinho, e depois o Tom ofereceu uma carona pra mim.

Só então a mulher percebeu minha presença.Ela soltou a filha morena e caminhou na minha direção.

- Olá Senhora...- Sammy nunca tinha falado o nome de sua mãe para mim.

- Poliana, então... Voce é o Tom que minha filha fala tão bem.Voce é mais bonito do que ela descreveu! – Ela falou dando uma piscadela sabendo do olhar de censura que a filha mantinha em sua nuca.

- Prazer. – Ri baixo.

- Voce não quer entrar? Vamos tomar um café, vocês devem estar famintos.- Falou ela com um tom reconfortante.

Meu celular vibrou no meu bolso da calça, e todo aquele clima familiar acabou quando eu atendi a chamada do Billy.

-Alô?

- Tom Kaulitz Trumper... – Ih! Quando ele fala meu nome inteiro é porque a coisa esta feia pro meu lado!

- O que eu fiz?

- Onde voce esta TOM KAULITZ TRUMPER?

- Eu estou na frente da casa da Sammy BILL KAULITZ TRUMPER ! – Falei com deboche imitando sua voz.

- Pare de zoar, e vem pra casa logo. Eu to aqui com a fome que nem um mendigo deve estar sentindo, e voce não vem logo pra droga da casa pra gente comer! - Despejou  e depois suspirou tentando abaixar o tom de sua voz.

- Ei, calma . Eu já estou indo.

-Tchau. – Falou ríspido, e antes que eu pudesse me despedir civilizadamente do meu irmão que tanto amava, esse tal desligou o telefone na minha cara. Ele podia ser 10 minutos mais novo que eu, mais falava, mandava e agia sobre mim como se fosse 10 anos mais velho! Um dia ainda dava um jeito nesse muleque, mas agora eu precisa melhorar minha cara e me despedir da Sammy e da sua mãe, causando uma boa impressão claro!

- Então... Eu acho que vou indo.

- Voce não vai entrar querido? Eu peço para a empregada fazer o café, será rápido...- Ela não terminou a frase quando me viu negando coma cabeça.

-Muito obrigada, mas eu realmente tenho que ir, meu irmão esta um pouco bravo...Mas, quem sabe outro dia? – Falei tentando animar as duas faces que via na minha frente.

-Certo. Mas não estou falando isso só por educação, nós iremos agendar um dia, aí eu peço que Sammy entre em contato com voce. – Falou como se estivesse jurando pela própria filha.

- Okay, foi um prazer conhecela Sr..

- Pode me chamar de Poline. – Cortou  deixando um pequeno sorriso tomar conta de seu rosto.

- Er... Poline. – Me aproximei da mais nova e lhe dei um pequeno na bochecha.

- Te vejo amanha Sammy.

- Tchau Tom.

 Eu entrei no carro e dei a partida as duas continuavam na frente da casa, virei a esquina e não pude mais vê-las. Pensei que meu encontro com sua mãe seria catastrófico, mas foi bem... bem agradável! Estou até orgulhoso de mim mesmo, mas a pior parte não era essa, eu ainda não tinha conhecido seu pai. Isso me preocupava.Nao demorou muito e cheguei em casa, depois de entrar, chamei pelo Bill, mas ele não me respondeu. Talvez ele estivesse no banheiro, ou tivesse cansado de me esperar, e agora estava com a boca cheia de lasanha (o cheiro me indicava que era aquela lasanha que só o ele sabia fazer).