Speechless escrita por Vick_Vampire, Jubs Novaes


Capítulo 7
6. A nova vida não tão perfeita de Alice Brandon


Notas iniciais do capítulo

Oie!
Capítulo escrito por Jubs NovaesZINHA.

Boa leitura!



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            Jasper PDV

 

 

 

Saí do refeitório com uma expressão de teimosia. Eu não iria atrás de Alice Brandon. Também não entendi minha nova obsessão. Eu simplesmente não conseguia acreditar que ela tinha sido derrotada? Ou talvez eu a odiasse tanto e queria continuar odiando-a, e para isso ela não podia ser a vítima?

 

Resolvi esquecer meu dilema interno sobre Alice Brandon e sua suposta inocência de garota acidentada. Continuei andando pelo corredor. Havia casais se “agarrando” próximos aos armários individuais. Esse tipo de pessoa não tem nem a decência de arrumar um quarto. Eu não tinha nenhum rumo para tomar, ainda faltavam vinte minutos para o término do horário de almoço.

 

Pensei que Mike ou Tyler fossem vir atrás de mim quando saí, mas eles não vieram. Não deixei de agradecer internamente por isso, eu não queria de maneira nenhuma ter de explicar para eles o que diabos estava acontecendo comigo. A única resposta que eu podia encontrar para essa resposta era “Eu tenho pena de Alice Brandon e é totalmente involuntário”. Eu queria detestá-la, cuspir no chão que ela passava, odiar tudo que dizia a respeito dela.

 

Decidi ir até o banheiro masculino. Eu precisava ficar sozinho e era muito pouco provável que houvesse alguém ali, porque era horário de almoço.

 

Abri a porta rapidamente e entrei. Como eu esperava, não havia ninguém ali.

 

Olhei meu rosto no espelho. Meu cabelo cresceu muito desde a última vez que eu cortara. Agora, ele cobria minha orelhas e começava a tapar meu pescoço também. Eu precisava cortá-lo. Desviei meus pensamentos, que foram parar imediatamente na cicatriz que passava debaixo do olho esquerdo de Alice Brandon. Sem dúvidas, aquela era a cicatriz mais nítida que ela tinha no rosto.

 

            “Chega! Você está enlouquecendo”. Eu dizia para mim mesmo.

 

Talvez eu estivesse mesmo enlouquecendo, mas em breve, tudo isso passaria, pois Mary Alice Brandon ia se curar do seu “defeito facial” e voltaria a ser popular e então, eu teria uma razão concreta para odiá-la.

 

Abri a torneira, molhei minhas mãos e em seguida, passei toda a água para o meu rosto. Aquilo tudo tinha que parar!

 

Meus pensamentos foram totalmente interrompidos pelo sinal. Eu tinha aula de física hoje. E Alice Brandon estava na minha sala.

 

Entrei na sala normalmente, sem material nem nada, mas eu não me importava, com as notas que eu conseguia, provavelmente o professor nem se daria com o trabalho de me criticar por causa disso.

 

Sentei como sempre, na terceira cadeira da terceira fileira e fiquei esperando o professor chegar na sala.

 

Aos poucos, os alunos iam passando pela porta e tomando lugar na sala. Ângela sentou-se na cadeira em frente à minha, mas não dirigiu nenhuma palavra à mim.

 

Foi então que Alice Brandon entrou na sala. Ela tinha a mesma expressão triste de antes, estava como eu, sem nenhum material. Ela atravessou toda a sala e sentou-se na última cadeira da primeira fileira. Eu observei enquanto ela tentava disfarçar o incômodo de estar ali. Seu olhar se dirigia para uma pessoa.

 

Isabella Swan, estava sentada duas carteiras à minha frente. Usava um vestido preto de mangas até o joelho, ela usava luvas pretas e uma tiara presa no cabelo. Seu rosto estava inchado e havia um lenço entre os dedos dela.

 

Tentei imaginar a razão para aqueles acessórios incomuns. Normalmente, Bella Swan usava roupas de marcas famosas e a maioria delas tinha a cor clara.

 

Por que diabos ela usaria preto agora?

 

Edward Cullen. Lembrei a mim mesmo. É claro! Os dois sempre andavam juntos. O idiota era apaixonado por ela. Todos podiam perceber isso, mas agora. Ele estava desaparecido e havia uma probabilidade gigante de ele estar morto. E a garota estava de luto.

 

Ninguém merece! Ao invés de Bella Swan prestar apoio à irmã do namorado desaparecido, ela a ignorava. As duas poderiam sofrer em conjunto, mas não.Bella escolheu dar o maior gelo na amiga.

 

“Como funciona o cérebro desse povo?”. Pensei.

 

Desviei o olhar de Bella Swan assim que o professor chamou a atenção da classe. Eu nem me dei com o trabalho de olhar para o que o professor ensinava na lousa.

 

- Ei. Jazz, por que você fugiu do refeitório? – Ângela virou para trás para falar comigo.

 

- Eu precisava ir ao banheiro. – menti.

 

Ela levantou uma sobrancelha, era óbvio que não tinha engolido minha mentira, mas agiu como se tivesse. Seria mais fácil do que me forçar a dizer a verdade.

 

Ângela focou seus olhos na lousa novamente e eu fiquei olhando para as cicatrizes de Alice Brandon novamente. Era incrível o que alguns traços conseguiam fazer com o rosto de uma pessoa.

 

Sua pele que antes era branca sem nenhum vestígio de falhas, agora possuía três traços que iam de um lado a outro em sua face.

 

Havia uma cicatriz, a principal dela, que ia de seu olho esquerdo até começo de seu lábio superior, essa era a única que ainda possuía cor de sangue. Era um vermelho vivo. Parecia que ela acabara de adquirir aquela cicatriz. Pensei em quanto tempo demoraria para Alice Brandon se livrar daquelas cicatriz. Provavelmente meses. E talvez ela nunca desaparecesse completamente. Alice Brandon guardaria a marca do pior dia de sua existência pelo resto da vida. Não pude deixar de sentir piedade.

 

As duas outras cicatrizes se localizavam no lado direito do rosto. Uma delas contornava a lateral direita do nariz e a outra ficava na parte debaixo do olho direito. Essas cicatrizes já assumiam uma cor mais clara, cor de machucado quando está melhor.

 

Suas feições eram extremamente tristes. Ela parecia segurar uma lágrima. Tive vontade de ir até ela e acabar com seu sofrimento.

 

            “Meu deus, Jasper! Você enlouqueceu!”. Minha razão dizia. Provavelmente, se eu fosse até lá. Alice me daria um pontapé.

 

Continuei encarando-a até que ela direcionou seus olhos castanhos para mim. Lançou-me um olhar mortal, mas eu continuei encarando-a. Ela perdera totalmente aquele olhar fuzilante que me lançara alguns dias antes quando eu derrubei café nela.

 

Agora, ela tentava ser ameaçadora, mas seu olhar de criança merecedora de piedade não me enganava. Ela não tinha mais o poder de intimidar ninguém com seu olhar.

 

É claro que eu ainda a odiava, mas era diferente do modo como eu a odiava há dois meses atrás, por exemplo.

 

Eu sentia pena dela. E era exatamente por isso que ela não saia da minha cabeça.

 

Alice continuava me encarando, tentando inutilmente me intimidar. Resolvi ceder e desviei o olhar. Olhando para o professor, que ensinava alguma coisa que eu não tinha a menor intenção de tentar aprender.

 

Passei os últimos minutos da aula insuportável de física rabiscando na mesa, já que eu não tinha caderno.

 

O sinal alguns minutos depois. Dei graças à Deus. Não agüentava mais ouvir a voz daquele professor.

 

Saí da sala rapidamente, antes que as pessoas se aglomerassem na porta. Aglomerações humanas me incomodam.

 

Alice Brandon continuava sentada em sua carteira. Como senão tivesse ouvido o sinal ou talvez não quisesse sair da sala.

 

Fechei a porta atrás de mim e fiquei parado na entrada da classe, esperando Ângela sair.

 

- Jazz. Vamos para a aula de história? – ela me perguntou.

 

Fiz que sim com a cabeça e começamos a andar lentamente em direção à sala.

 

Eric se juntou a nós no meio do caminho.

 

- Oi pessoal. – ele cumprimentou.

 

- Oi. – dissemos Ângela e eu em uníssono.

 

Continuamos caminhando lentamente até que Ângela deu um pulo.

 

- Acabei de lembrar! Preciso ir à sala do sr. Barner! Fiquei devendo um trabalho para ele!

 

- Vamos. Eu vou até lá com você. – Eric se ofereceu.

 

- Certo... – Ângela concordou. – Vamos logo, se não iremos perder a aula de história. Jazz, avise a professora, certo?

 

- Claro. Sem problemas – eu concordei.

 

Os dois correram para o lado oposto do corredor, me deixando sozinho próximo à sala da srta. Moringston. A professora de história.

 

Os outros alunos iam entrando na sala e tomando seus lugares. Eu ainda estava do lado de fora. Sem dar muita importância à aula que aconteceria dentro de alguns minutos.

 

Olhei ao meu redor. Não havia mais nenhuma alma viva no corredor e a srta. Moringston ainda não tinha dado sinal de vida.

 

Ouvi um barulho de passos apressados se aproximando.

 

A srta. Moringston. Pensei.

 

Eu me enganei. Era Alice Brandon que andava cambaleante pelo corredor, com um olhar perdido.

 

“Ah...Então ela resolveu sair da sala!”. Pensei.

 

A garota nem parecia ter notado minha presença. Continuava andando, provavelmente, ela estava pensando em qual seria o próximo vestido que ela iria comprar.

 

Ela se aproximou de mim, sem realmente ver que eu estava ali. Seus passos eram cada vez mais cambaleantes. Eu me aproximei um pouco dela e de repente, havia um corpo apoiado no meu.

 

A garota havia perdido totalmente o equilíbrio e caíra para trás. Só que eu a segurara e agora, ela estava entre meus braços.

 

Alice virou o rosto para mim. Aquela expressão perdida havia sumido totalmente de sua face, dando lugar à um sorriso.

 

É claro que eu já a tinha visto sorrir antes, mas eu não considerava aquelas expressões maquiavélicas como sorrisos. Eram falsos e doentios. Totalmente diferentes desse.

 

Sorri fracamente para ela e ela percebeu alguma coisa que fez seu sorriso desaparecer, dando lugar a uma expressão de choque.

 

- Alice? Você está bem? – perguntei. A garota ainda me encarava pasma.

 

Ela não respondeu.

 

“Mesquinha até a morte”. Pensei. Recusava-se a me agradecer por ter salvado ela de um tombo feio.

 

“Deveria ter deixado ela se emborrachar no chão, pelo menos assim ela teria a decência de me ofender, ao invés de não dizer nada”.

 

 Ela tomou consciência de que ainda estava em meus braços e pulou rapidamente para longe me mim, porém, sua tentativa falhou e ela quase caiu novamente, só que eu a segurei. De novo.

 

Minhas mãos estavam tocando diretamente em sua coluna. Havia algo ali. Provavelmente uma parte da cicatriz de seu ferimento na coluna.

 

Subi minhas mãos por suas costas, passando exatamente onde estava a cicatriz. Era comprida, ia até o pescoço dela.

 

Lembrei-me do que meu pai disse.

 

“Se você está assim tão impressionado com o rosto, devia ver a coluna dela! Trinta centímetros de cicatriz.”

 

Pensei na dor física dela. Suas costas iriam ficar doloridas por um bom tempo... Imaginei se ela sentira dor quando eu passara a mão por seu ferimento já cicatrizado. Depois desse pensamento, tirei rapidamente a mão de suas costas e apoiei em seu braço.

 

-Acho que devia parar de esforçar tanto sua coluna. – Eu disse, acenando com a cabeça. Na segunda tentativa, ela conseguiu sair de perto de mim sem cair novamente. – Parece um machucado feio.

 

Ela me fitou seu olhar era indecifrável.

 

- O quê? Não vai agradecer nem nada? – questionei.

 

Ela virou de costas e entrou na sala de aula.

 

“Esnobe”. Pensei

 

Eu ainda estava pasmo, parado no corredor com cara de idiota, quando ouvi mais passos correndo em direção à sala.

 

Eram Ângela e Eric, em direção à sala.

 

- Por que você não entrou ainda, Jazz? – Ângela perguntou.

 

- A srta. Moringston ainda não chegou. – respondi simplesmente.

 

Eles fizeram um aceno com a cabeça e nós três entramos na sala de aula.

 

Sentei-me na terceira carteira da terceira fileira, Ângela sentou-se atrás de mim e Eric na minha frente.

 

A porta se abriu rapidamente, revelando a presença de minha irmã. Que lançou um olhar de superioridade aos demais alunos na classe. O “Idiota em dose dupla” a seguiu e os dois se sentaram na primeira fileira.

 

- Ela se acha o máximo... Vaca. – Ângela sussurrou atrás de mim.

 

Fiz um mero aceno de cabeça, concordando com o que ela disse.

 

E finalmente, a professora de história entrou na sala.

 

- Todos quietos. – ela pediu.

 

A classe demorou apenas alguns segundos para se calar completamente.

 

   -Alunos incompetentes. Como sei que não estão aprendendo nada, e que seus pais vão pagar suas universidades, eu queria ter certeza que vou tê-los aqui no ano que vem, aprendendo as mesmas coisas. – ela sorriu maquiavelicamente. - Fechem seus livros. Agora teremos um teste oral surpresa. –vários alunos suspiraram, resmungando, enquanto se ouvia o baque dos livros e cadernos indo parar debaixo das carteiras. – Um ponto na média a mais caso acertarem, dois a menos caso errarem. Mas temos certeza que a primeira não vai acontecer, não é?

 

Suspirei. Aquela velha caduca ia tentar ferrar a gente de novo.

 

-Mas, professora, como dois a menos se vai dar apenas um a mais? Isso não é justo. – Ângela protestou.

 

-Assim, Srta. Weber. Dois pontos a menos na sua média por questionar-me. – respondeu, se virando para o quadro-negro.

 

- Megera, mocréia, gagá. – xingava Ângela atrás de mim

 

 -Alguém tem mais alguma pergunta? –ela se virou novamente. Na lousa, estava escrito “Teste Oral: Toda a matéria estudada”.

 

Apesar de não ter prestado atenção em quase nenhuma das aulas de história. Eu sabia toda a matéria, simplesmente por ter uma noção muito boa de conhecimento geral, que estava diretamente ligado à história.

 

A srta. Moringston fazia perguntas sobre a revolução francesa, Napoleão Bonaparte, o período colonial no Brasil, a Guerra fria, e entre outros. A maioria das pessoas errava as perguntas. Até que ela chamou meu nome:

 

- Sr. Hale! Diga-me a causa da morte do rei Luis XVI.

 

Não precisei pensar para responder.

 

- Luis XVI foi acusado de traição, depois de tentar fugir para a Áustria. Ele e sua família morreram na guilhotina no início da revolução francesa.

 

- Correto. – ela disse simplesmente.

 

Depois disso, ela fez a pergunta para Ângela.

 

- Srta. Weber, qual foi a causa da morte de Napoleão Bonaparte? – pergunta traiçoeira, pensei.

 

- Ele morreu envenenado pelos ingleses. – Ângela respondeu insegura.

 

- Errado. Não se sabe ao certo a causa da morte de Napoleão.

 

- Idiota, gorda, feia, encalhada, velha. – Ângela xingava.

 

- Calma, Ângela. – aconselhei.

 

A professora continuou fazendo perguntas e a classe continuou errando a maioria, até que Rosalie se manifestou:

 

- Você não vai perguntar à Alice, professora?

 

Todos na classe encaravam Alice Brandon, esperando um manifestação da mesma ou alguma frase vinda da srta. Moringston.

 

Alice estava pálida, visivelmente aterrorizada. Era tão abominável assim a idéia de responder uma pergunta?

 

Olhei para a professora, ela franziu o cenho, também em choque pela pergunta da minha irmã.

 

Alice pôs o capuz, tentando esconder seu rosto. Meu deus! Ela é tão fútil a ponto de não mostrar um mísero defeito no rosto?

 

   -A Srta. Brandon não está com capacidade de responder, segundo a informação da diretoria. –Ela pausou um pouco, lambendo os lábios. –Trauma, a causa. Se quiser saber, Srta. Hale.

 

Trauma a impedia de responder uma pergunta? Por que diabos ela vinha para a escola então?

 

A pergunta de Rosalie só serviu para deixar Ângela ainda mais irritada.

 

- Então Rosalie pode fazer perguntas e eu não? – ela sussurrou.

 

 

 

- Essa professora é uma elitista, lembre-se disso. – falei para ela, tentando acalma-la.

 

- E daí? – minha tentativa de apaziguá-la não dera certo, ela continuava com os punhos fechados sob a mesa e bufando.

 

Eu coloquei minha mão nos seus ombros e sinalizei um “não” com os lábios. A situação só iria piorar se Ângela perdesse a cabeça. Ela respirou fundo e acabou se acalmando no fim das contas.

 

Virei meu rosto em direção à Rosalie. Seus olhos brilhavam. Era um brilho cruel.

 

-Ah, qual é, professora? A senhora está com cara de quem está escondendo alguma coisa. – Rosalie insistiu.

 

-Não há nada mais sobre o que comentar, Srta.Hale. Comporte-se, caso não queira perder seus pontos. – A professora também tinha o semblante assustado. Ela estava escondendo alguma coisa, com certeza.

 

-Então vai negar que a Alice é muda, agora?

 

Muda?

 

Eu esperava qualquer coisa, menos isso. Nunca poderia imaginar que Alice Brandon era muda.

 

Meu coração bateu mais rápido. Então era por isso que as pessoas a humilhavam tanto. Não era apenas por causa de suas cicatrizes.

 

Ela era muda.

 

A situação nunca teria passado por minha cabeça. Eu estava pasmo, de queixo caído.

 

Tudo se encaixava agora.

 

“Quero só ver a cara dela quando me ver com o Emm. Vai ficar sem falas”, da conversa de telefone da Rosalie.

 

“Sem falas”. Ela estava sem falas. Estava muda.

 

“Um pedaço fundamental do cérebro foi afetado, não pudemos fazer nada”, meu pai dissera na noite em que eu fui perguntar a ele o que acontecera com Alice Brandon e sua família.

 

O “Pedaço fundamental” era a parte da fala.

 

Eu não conseguia acreditar no que tinha acabado de ouvir. E se ela ficasse muda para sempre?

 

Sua vida estava acabada. Ela nunca mais seria popular, não conseguiria falar com ninguém.

 

Senti ainda mais vontade de abraçá-la e dizer que tudo ia ficar bem. Ela podia ser a garota mais tirana, idiota e mesquinha da escola, mas eu nunca senti tanta pena de alguém como eu sentia da garota que tinha me humilhado diversas vezes durante minha vida acadêmica.

 

Todos encaravam Alice como se ela fosse um alienígena. Alguns seguravam o riso. Olhei para trás. Ângela olhava para ela com pena, exatamente como eu.

 

- Não é possível! – ouvi um garoto loiro exclamar do outro lado da sala.

 

- Bem feito, essa idiota bem que mereceu. – Lauren murmurou.

 

- Meu deus! Alice Brandon é muda – Eric disse, em voz baixa.

 

- Coitadinha. – Ângela sussurrou no meu ouvido.

 

Concordei com a cabeça.

 

A professora encarava a todos com uma cara nem um pouco contente pela notícia ter vazado.

 

Ela dirigiu um olhar sombrio para Rosalie, que tinha um sorriso cruel no rosto. Ela parecia estar se divertindo muito com a nova fofoca.

 

  -Não vai admitir, Alice? –Rosalie falou, num tom maquiavélico. Depois, fez uma cara de “surpresa”, como se lembrasse de algo. –Ah, me desculpe. Você não fala.

 

Encarei Alice. Ela parecia estar se segurando para não chorar ali, no meio de todas as pessoas que a olhavam espantadas.

 

Até que ela levantou silenciosamente até a mesa da professora e pediu alguma coisa para ela, apenas dizendo as palavras, mas sem voz.

 

Srta. Moringston deve ter lido os lábios dela, e fez que sim com a cabeça. Em seguida, Alice saiu da sala.

 

Todos ainda estavam incrédulos.

 

- Será que é verdade? – Eric me perguntou.

 

- Acredito que sim. Meu pai a atendeu quando estava no hospital e disse que ela tinha um defeito irreparável no cérebro. – eu esclareci. – Acho que a parte da fala foi danificada.

 

- Coitada. – Eric disse simplesmente.

 

O sinal tocou. Todos levantaram-se das cadeiras e foram andando em direção à porta. Eu peguei meu caderno e saí andando até o fim do corredor, em direção ao estacionamento.

 

- Jasper! Aonde você vai? – Ângela perguntou. – Ainda temos aula de Educação física.

 

- Eu não agüentaria uma aula de educação física agora. – eu respondi. – estou indo para casa.

 

- Por quê? – Eric questionou.

 

- Estou com dor de cabeça. – não era de todo uma mentira. Eu apenas queria ficar longe de todos pelo resto do dia.

 

Peguei meus cadernos no armário e os deixei debaixo do braço, em seguida, me despedi de Eric e Ângela e caminhei em direção à saída, tentando ao máximo, não ser visto por algum professor.

 

Passei pelo portão principal da escola e mirei os carros no estacionamento. O Volvo prata de Edward Cullen não estava mais ali.

 

Imaginei se teria sido roubado, mas concluí que só um idiota roubaria um Volvo quando havia um BMW conversível ao lado.

 

Estava atravessando a rua quando vi um carro prateado vindo rapidamente em minha direção. Era o Volvo de Edward Cullen. O pânico tomou conta de mim. O carro ia me atropelar.

 

Pulei para o outro lado da calçada, tentando desviar do carro que vinha na minha direção. Deixei meus cadernos caírem no chão, mas eu havia me salvado.

 

O carro passou por cima dos meu cadernos, esmagando-os.

 

O motorista freou violentamente.

 

Graças a deus.

 

Olhei mais atentamente para o vidro.

 

Não era “o motorista” era “A motorista”

 

E ela tinha nome. Alice Brandon.

 

Ela saiu do carro cambaleante, me fitando com um olhar de ódio. Caminhou até a minha direção em uma “marcha cambaleante”

 

Ela gritaria impropérios se tivesse voz para isso.

 

Seus lábios se mexiam rapidamente e ela estava vermelha de raiva.

 

Pelas minhas práticas medíocres de leitura labial, eu não entendi absolutamente nada que ela estava “gritando” para mim.

 

- Ei. Eu não estou entendendo nada do que você está falando. Desculpe. – eu disse.

 

Ela bufou e em seguida, entrou no carro e tirou de lá um papel e uma caneta.

 

“Vê se olha por onde anda!”, escreveu.

 

Grosseira.

 

É claro, ela podia estar sendo maltratada, sofrendo dor física e psicológica, mas nunca baixaria a guarda para mim. Pois uma mimada será sempre uma mimada e o engraçado era que mesmo assim, eu tinha compaixão por ela.

 


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Notas finais do capítulo

OIEEE, MEU POVO!
JUBS NOVAES CAUSANDO NO PEDAÇO! (brinks)

COMO VAI VOCÊ? (momento "eu sou o PC Siqueira")

Bem... Espero que tenham gostado do capítulo!

OBRIGADA AOS HUMANOS QUE ME MANDARAM RECOMENDAÇÕES:

Yasminita - Oie Cabeção! (não liga, eu chamo todo mundo assim! Obrigada pela recomendação (olha! RIMOU!) kkk. É... EU TENHO 14 ANOS! (pirralha total na área). MAS A VICK TEM 13! (venci essa)

Carter_Holmes - Oie CARTER! COMO VAI O SHERLOCK? TUDO BELEZA? fala que eu mandei um beijo (na boca) kkkkk. Esperando o próximo capitulo de TRT! Valeu por recomendar a fic!

Erikabongiorno - Bongiorno pra você também! (momento "eu to me achando porque sei falar bom dia em italiano"). Brincadeirinha! ;D. Adorei sua recomendação! Fiquei muito feliz! Jubs Novaeszinha e Vick_Vampire ( DE 13 ANOS) agradecem. Bjs

Mary_Alice_B_C - Leitora legal + manda recomendações + manda reviews + elogia as autoras = MARY_ALICE_B_C! É A LEITORA QUE VOCÊ QUER PARA A SUA FIC. hauhua (fazendo propaganda!). Obrigada MESMO pela recomendação!

Bianca Meyer - "Bom... Tudo começou quando eu recebi uma mensagem da Jubs Novaes pedindo para eu ler a fic. eu realmente nao sabia que estava prestes a ler a fic mais perfeita do mundo". Olha a moral que você tá me dando, hein, Bi! Na verdade, tudo começou quando você nasceu, aí você recebeu a mensagem e deixou a recomendação. ;D. OBRIGADA AO PAPAI E À MAMÃE DA BIANCA pela recomendação!

Dezy - EEEEE!! Eu tenho futuro! kkkkkkk. hauhau. E a Vick (de 13 anos) também!!! *Pulanddoo aqui*. rsrsrs. Olha... Quanto aos erros de português, eu te digo. Nem tudo é perfeito, esses textos passaram por uma revisão doidona.
Confissão de uma adolescente em crise: Eu escrevi viagem com "j" no segundo capítulo!. Sorte que a Vick (nerd de 13 anos) viu e corrigiu à tempo. ;D. Agradecida pela recomendação

Danicardoso - Jubs NovaesZINHA agradece! Também sou fãzona de ALISPER!!! (nada contra os outros shippers). AEW VICK! NÓS FORMAMOS UMA DUPLA INCRÍVEL! E VOCÊ TEM 13 ANOS!.
hauahua Obrigada pela recomendação Dani!

MarcelaMartela - OI! Como vai você? (preciso parar com isso). Também adoroo os personagenns. (modéstia parte). ;D
Você pisca muito na galáxia!(momento "eu to me achando a LunahNunes") Valeu por recomendar!

Bom... é isso.
Espero que tenham gostado.

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