O Passado Oculto escrita por Dani Ferraz, Luisa Hale


Capítulo 19
Tudo Que É Bom Dura Pouco PDV Lizzie


Notas iniciais do capítulo

Eu adorei esse cap., menos o final...
Os reviews diminuiram muito..Porque??
bjos.



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Naquele momento, enquanto Damon ainda me beijava, eu pensei que pudesse explodir de tanta..tanta..não tinha como descrever a sensação. Era maravilhosa, como se eu finalmente tivesse encontrado meu lugar, ao lado de Damon, que só agora, depois de tantos anos, eu percebia que era o amor da minha vida. Suas palavras ainda resoavam em meus ouvidos, tão claras que parecia que ele estava falando tudo de novo.

"Tudo bem.. A verdade é que eu tenho pensado muito nesse últimos dias.., tentando achar o motivo de eu me incomodar tanto com o fato de você estar com Stefan, e.. eu percebi, que o motivo disso tudo, é porquê eu amo você. Mas não como antes, não do modo quando eu te via como minha irmã caçula. Eu te amo como mulher, você é o amor da minha existência, sem você nada faz sentido, e viver eternamente não vale à pena! Eu amo você Elizabeth."

Eu me sentia tão bem, tão confortável com essas palavras, que era como se eu tivesse esperado a vida toda para ouví-las. Rapidamente, minha mente projetou as imagens dos dois últimos dias, com Stefan. O tempo todo eu me perguntava o que estava fazendo ali, afinal, não sabia explicar o que sentia por ele, apenas dizia a mim mesma que não era amor; não era esse tipo de amor. Eu sabia que deveria me importar com a reação de Stefan quando descobrisse o que tinha acontecido..Mas eu não me importava com isso agora, parecia insignificante ao lado do que estava acontecendo comigo..Eu descobri o meu grande amor.

– Eu te amo tanto. - Sussurrou Damon em meu ouvido. Me apertou mais junto ao seu corpo, mas mesmo assim não parecia perto o suficiente.

– Eu te quero Damon. - Sussurrei de volta.

Ele puxou mais, fazendo com que meus pés saíssem do chão. Enrosquei as duas pernas em volta de sua cintura, e meus dedos passavam em seu cabelo, puxando-o mais para mim.

– Tem certeza? - Perguntou ele.

– Tenho, absoluta.

Senti que estávamos subindo as escadas, o que não demorou nem um segundo. Depois ele abriu a porta com o pé e entramos em seu quarto.

Me soltei e coloquei os pés no chão. Enquanto ele trancava a porta, eu fui até a janela e tranquei também, fechando as cortinas depois. Queríamos privacidade. Nada poderia estragar esse momento. Virei-me para ele e vi que sua camisa já estava no chão, perto do pé da cama. Andei até ele e senti seus dedos abrindo minha blusinha de botões, que depois também foi para o chão. Ele me deitou na enorme cama de casal e começou a me beijar de novo, enquanto eu sentia a saia deslizando por minhas pernas até que eu estava só de lingerie, por sorte era a minha preferida, preta com detalhes em roxo. Uma coisa que aprendi com algumas amigas em Paris foi: sempre use lingerie, você nunca sabe quando vai precisar. E era verdade, as vezes a gente é pega de surpresa, como agora.

Ele parou de me beijar por alguns instantes, quando se apoiou nos cotovelos para poder me olhar; para minha satisfação (que me fez corar mesmo assim) ele pareceu gostar muito do que via.

Depois, os beijos recomeçaram, mas em um ritmo mais intenso, até que o inevitável aconteceu...

(...)

Abri meus olhos devagar, ao mesmo tempo em que sentia braços fortes ao meu redor, Damon.

Virei um pouco a cabeça, para poder vê-lo; parecia que tinha acabado de acordar também.

– Bom dia meu amor. - Disse ele me beijando.

– Bom dia. - Eu respondi com um enorme sorriso. - Que horas são? - Perguntei.

– São quase cinco da manhã, porque?

– Cinco? Mas chegamos em casa ontem à uma da tarde..! - Eu disse surpresa.

Ele só deu de ombros, como quem acha normal.

– Então ele já está aqui, não é? - Perguntei.

– É, a um bom tempo.

Assim que Damon disse isso ouvimos batidas fortes na porta, como se a pessoa do outro lado estivesse com a intenção de derrubar a porta ao invés de esperar uma resposta.

– É ele! - Eu disse assustada. Não estava preparada para essa conversa, muito menos com vontade de estragar o momento maravilhoso que eu estava vivendo agora. A primeira vez que eu acordava com os braços do meu homem ao meu redor, me dando bom dia.

Damon se levantou e colocou rapidamente sua calça que estava no pé da cama.

– Toma, vista isso, é mais rápido. - Disse ele pegando sua camisa do meio da pilha de roupas que estava no chão. Ele me entregou e eu a vesti em um segundo, e tentei inutilmente arrumar a bagunça do meu cabelo com as mãos.

Me levantei e Damon se aproximou, me abraçando, e assim fomos até a porta. Ele me passou um pouco para trás dele, me protegendo como sempre, e destrancou a porta, abrindo uma greta, para que Stefan não pudesse ver o quarto todo (que estava uma bagunça de roupas e sapatos jogados pelo chão).

Através do braço de Damon (que ocultava a maior parte da minha visão) pude ver Stefan, que parecia sem dúvida furioso. Eu nunca tinha visto ele tão bravo, e admito que teria me assustado se eu não estivesse com Damon.

– O que você quer a essa hora da manhã? - Perguntou Damon casualmente.

– Não banque o idiota Damon, você sabe muito bem porquê eu estou aqui. - Disse Stefan que parecia prestes a atacar Damon.

– Espere! - Eu disse saindo de trás do meu protetor. - É comigo que você tem que ficar bravo, não com ele. - Eu disse com a voz firme. Stefan pareceu pasmo ao me ver. Talvez porque o cabelo bagunçado ou a camisa de Damon comprovassem o que ele temia que tivesse acontecido. Damon tentou me puxar para trás de novo, mas vendo que eu não iria mais me esconder, ele simplesmente se aproximou mais, passando os braços pela minha cintura.

– Porque? - Perguntou Stefan; as palavras pareciam presas em sua garganta, ele estava um esforço visível para conversar ao invés de simplesmente nos atacar. - Porque você fez isso Elizabeth? Eu confiei em você quando disse que me amava, quando aceitou que seríamos namorados..Porque?

– Me desculpe Stefan..De verdade. - Eu disse abaixando a cabeça e forçando as lágrimas a voltarem. Mas não adiantou, como sempre, as malditas lágrimas escorriam por meu rosto, mostrando minha fraqueza ao ver o sofrimento de outras pessoas.

– É que eu não podia mais me enganar..Eu não menti pra você, eu realmente te amo..mas não do jeito que eu achava..te amo como um amigo, ou um irmão. Não tem nada que eu possa fazer para mudar isso..Me desculpe. Eu percebi que eu amo o Damon... mais do que tudo nessa vida.. e não posso, e nem quero, mudar isso. Sei que vai ser difícil pra você me perdoar, mas eu te peço, por favor tente pelo menos entender. Sempre foi ele, o cara certo para mim, foi sempre ele, e mais ninguém.

Senti Damon me abraçando mais forte, olhei para cima e vi que uma lágrima escorria por seu rosto. Virei-me e sequei-a com a ponta dos dedos.

– Eu te amo, e você sabe disso. - Disse para ele. sei que parece crueldade dizer isso na frente de Stefan, mas querendo ou não ele teria que aceitar o meu amor por Damon. Porque isso nunca vai mudar. Nunca.

– E a história se repete. - Susurrou Stefan. Chocada, eu me virei para encará-lo, mas ele não estava mais lá. Damon grunhiu atrás de mim.

– Ah, ele não tem o direito de dizer uma coisa dessas. Não vou deixar. - Disse ele em um ataque de fúria. - Espere aqui amor, eu já volto.

Dizendo isso ele me deu um rápido beijo na testa e saiu correndo o mais rápido que podia, desaparacendo em um centésimo de segundo.

Eu devia segui-lo, devia ir atrás deles e evitar uma briga. Devia garantir que nenhum dos dois se machucasse e que tudo voltasse ao normal. Mas eu não conseguia. meus pés paraciam colados no chão. Minha vontade não era o suficiente para vencer a dor que me tomou ao ouvir aquelas palavras. E a história se repete. Aquilo era mais do que eu poderia suportar. O efeito dessa única frase sobre mim foi muito mais violento de que se Stefan tivesse me batido ou algo assim. Não, ao invés disso ele havia feito com que eu me sentisse um monstro; como se eu fosse..Katherine. A vampira que eu odiava tanto por ter feito o que fez. Por fazer com que os irmãos Salvatore brigassem, disputando pelo amor da garota. Eu repudiava tanto a atitude de Katherine, mas agora o que eu fiz era tão detestável quanto. Rios de lágrimas escorriam por meu rosto, encharcando a camisa emprestada. Eu tentei adentrar o quarto, mas minha pernas estavam sem força, sem vontade. Eu tombei no chão. Tentei me levantar sem sucesso, e decidi que chegaria lá nem que fosse me arrastando. Finalmente consegui, cheguei na cômoda de Damon. Estiquei o braço e alcancei aquela foto. Katherine Pierce. Aqueles olhos castanhos me encaravam, e naquele momento eu podia jurar que enxerguei meu rosto na foto amarelada. Eu devia estar ficando louca, com certeza.

Você. A culpa disso tudo é sua! Que droga! Sempre te culpei pelas burradas que você fez, mas pelo menos teve a decência de morrer no final, não é?! E eu? E eu que acabei de fazer algo tão ruim quanto você? Eu que cometi vários erros, e só percebi agora que tudo se tornou uma enorme bola de neve, na qual todos os problemas estão interligados? Já te chamei de monstro, Pierce.. Mas eu me tornei tão ruim e destrutiva quanto você. Arruinando a vida dessa família, que você arruinou tantos anos atrás. E agora..O que eu faço? - Eu gritava para a foto, com a voz embargada por causa das lágrimas. Eu devia estar mesmo louca. Estava gritando com a foto de uma vampira morta.

Qual é o problema comigo? - Gritei. Várias respostas me vieram a mente. - O que eu vou fazer? - Dessa vez, nenhuma resposta me ocorreu. Sozinha, naquele quarto escuro, ainda segurando a foto de Katherine com todas as forças que me restavam, eu caí na inconciência.


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Notas finais do capítulo

O q acharam?
Mandem reviews! :D