My Destiny Is You escrita por Nyh_Cah


Capítulo 98
Capítulo 98




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Quando acordei, sentia dor na zona central da minha barriga o que me fez gemer baixinho. A dor não era muita mas incomodava. Percebi que alguém estava no quarto porque ouvi movimento. Abri os olhos lentamente e deparei-me com o olhar preocupado do Jasper. Sorri fraco para ele.

- Estás bem, Alice? – Perguntou ele preocupado enquanto acariciava a minha bochecha.

- Sim, só com um pouco de dor, mas nada de especial. – Respondi com sinceridade.

- Tens a certeza? Não queres que eu chame alguém para te dar um analgésico?

- Não, por enquanto não. – Respondi ainda a sorrir. – Já falaste com a Cynthia? – Perguntei.

- Sim, ela disse que até agora o teu pai está a receber bem o transplante mas que ainda há risco de rejeição. – Respondeu ele. Suspirei e não falei mais no assunto. Não demorou muito para me virem trocar o penso e darem-me o pequeno-almoço. O Jasper continuava com um olhar preocupado e a perguntar-me se eu estava bem. Eu acho que ele ganhou trauma de hospitais, visto que a última vez que eu estive cá internada quase que tinha morrido.

- Jazz, eu estou bem. Quando não me sentir bem, eu aviso, sim? Não te preocupes tanto.

- Está bem, mas sabes como é que eu sou.

- Sim, sei. – Respondi rindo um pouco dele.

A manhã passou rápida, fiquei apenas com o Jasper e depois de almoço começou a hora das visitas, fazendo com que a tarde também tivesse passado rápido. A Esme e o Carlisle apareceram com as minhas princesinhas e o Will, fazendo com que eu sorrisse a tarde toda, visto que não estava à espera que eles aparecessem. O Will estava muito manhoso e por isso não saiu do pé de mim, mas eu não podia pegá-lo, o que me custava um pouco. A Amber e a Liv já compreendiam mais por isso estavam a encarar isso muito bem, além de eu saber que sentiam saudades minhas. A Esme continuava com um ar preocupado, mas já não estava tão preocupada como antes da cirurgia. Os outros devem ter percebido que a Esme e eu precisavamos de um momento a sós porque sairam com as crianças para irem comer algo.

- Eu estou bem, Esme. - Disse assim que eles saíram do quarto. - Sinto-me bem e não tenho grandes dores.

- Eu não estou preocupada com isso, querida. Estou preocupada com a tua reação quando caíres em ti e perceberes que foi ao teu pai que deste parte do teu fígado, à pessoa que te fez mais mal durante toda a toda infância e adolescência e que isso não vai alterar a forma como ele te encara. Que não vai ser isso que o vai fazer mudar a visão do mundo e passar a ver-te como uma filha. No teu inconsciente, fizeste isto como uma forma de tentar aproximar-te dele. Sei que não foi a tua intenção mas eu conheço-te demasiado bem e já te vi várias vezes a fazer isto e no final, a saíres mais magoada do que te encontravas antes. Neste momento, tu ainda não assumiste isso, eu sei. Conheço-te demasiado bem. Mas vai chegar a altura em que vais cair em ti e eu não te quero ver magoada como antes. Tens andado tão feliz. Só não te quero ver triste, porque não mereces isso, realmente. - Explicou ela, sinceramente. A Esme era como uma mãe para mim, no fundo, foi ela que me criou e ela conhecia-me demasiado bem. O que ela estava a dizer poderia ser verdade mas neste momento ainda não me sentia assim, tentava não pensar no assunto. Porque ignorar era mais fácil do que encarar.

- Neste momento, sinto-me bem, Esme. Estou feliz. - Disse, sabendo que isso a qualquer momento poderia mudar como a Esme tinha dito.

- Eu sei que agora, estás bem, querida. - Disse ela sorrindo um pouco. - Só quero, que quando te sentires mais em baixo com esta situação, me chames porque eu vou estar aqui para te apoiar, está bem? Como antigamente. - Pediu ela. Sabia do que ela estava a falar. Quando era mais nova e sentia-me realmente em baixo por causa dos meus pais e da minha irmã, eu fugia para casa da Esme e ela trancava-se comigo num quarto. Eu aconchegava-me nela e chorava tudo aquilo que tinha para chorar e ela consolava-me e dizia que estava ali para mim e que eu tinha uma família que a amava. Ela foi um dos meus portos seguros a minha vida toda. Sabia que podia contar sempre com ela, porque ela fazia sempre sentir-me melhor.

- Eu prometo que te chamo, Esme. - Disse-lhe. - Amo-te, muito, Esme.

- Também te amo, querida. És como uma filha para mim. - Disse ela sorrindo e beijando-me a testa.

- Também és como uma mãe para mim, no fundo, foste tu que me criaste. - Disse fazendo com que algumas lágrimas aparecessem nos cantos dos olhos dela. Limpei as lágrimas antes que caíssem e sorri para ela.

- Bem, vou andando, que ainda tenho que ir dar de comer aqueles pestinhas. - Disse ela carinhosamente. Sorri para ela e depois de me dar um beijo carinhoso na testa, saiu do quarto e foi ter com eles para se irem embora. Passado um bocado, o Jasper voltou para o pé de mim, mas não demorou muito para que a minha mãe aparecesse para ver como eu estava. A visita dela foi rápida, visto que ainda tinha ir trabalhar mas o tempo que esteve comigo não parava de perguntar se eu estava bem, ou se eu precisava de alguma coisa. Depois de ela se ir embora, apareceram lá a o Edward com a Bella e o Thony. Também não ficaram muito tempo porque já estava tarde e o Thony tinha que ir jantar. A última visita que eu tive foi a da Rose. Ela também não pode demorar muito, visto que já estava tarde e que precisava de ir fazer o jantar para os filhos. A visita dela alegrou-me um pouco. Assim, que ela se foi embora, vieram trazer-me o jantar e depois de jantar resolvi dormir, estava um pouco cansada e com dores.

Alguns dias se passaram e eu ainda estava internada no hospital. Apanhei um pequena infeção e tive febre por alguns dias, o que me obrigou a ficar cá mais tempo do que desejava. Nestes últimos dias, obriguei o Jasper a ir dormir a casa. O Will já se estava a ressentir por não ver nenhum de nós à muito tempo, visto que a Esme, não os trazia muitos dias, uma vez que não era muito aconselhável. A minha irmã Cynthia também vinha-me ver todos os dias, para ver como eu estava. Ela estava, realmente, diferente. Preocupava-se comigo, o que antes não acontecia. Ela perdoou o nosso pai e neste momento encontravam-se bem um com o outro. O meu pai sempre adorou a Cynthia e fazia de tudo para a fazer feliz. Talvez esta iminente morte o tenha feito abrir os olhos, porque ele agora estava mais recetivo à gravidez da Cynthia e pelo o que ela me dizia até se encontrava entusiasmado. Essas coisas que a Cynthia me contava atingiam-me de uma forma que eu não esperava. Não estava à espera que o facto de o meu pai não me continuar a ligar e voltar a ser um pai para a Cynthia me atingisse. Mas ainda me atinge. Como a Esme disse, dentro de mim, ainda esperava que o meu pai me visse como filha e se orgulhasse disso. Talvez tenha sido esse desejo que me incentivou a doar parte do meu fígado, não sei. Apenas sabia que o facto de ele nem ter perguntado por mim, entristecia-me. Tentava esconder isso de toda a gente, principalmente da Cynthia, não queria que soubessem que afinal este acontecimento teve tanto impacto em mim. Como agora passava mais tempo sozinha, visto que o Jasper estava em casa com os nossos filhos, era mais fácil esconder. De noite, antes de adormecer era sempre pior, acabava por chorar algumas vezes e sentir-me à parte como me sentia quando era pequenina.

- Olá, Alice! - Disse a minha irmã alegremente assim que entrou no meu quarto quase ao fim da tarde. - Estás melhor? - Perguntou. Ainda estava a recuperar da pequena infeção que apanhei.

- Sim, estou melhor. - Respondi. - Não tenho febre desde ontem. - Disse-lhe.

- Isso é muito bom. Significa que estás a melhorar. - Comentou ela feliz sentando-se na poltrona que se encontrava perto da minha cama. - Descobri, hoje, o sexo do bebé. - Disse ela. - É uma menina. - Disse de seguida entusiasmada. - O pai ficou tão feliz quando lhe disse. Nunca pensei ver o pai assim. É claro que a nossa relação não é igual à de antes, mas ele está a esforçar-se imenso. - Comentou ela.

- Que bom. - Disse forçando um sorriso. Acho que ela não reparou porque continuou a tagarelar até ter que se ir embora. Assim que ela se foi embora, peguei no meu telemóvel e liguei para a Esme. Foi um ato meio impensado mas eu precisava dela, neste momento. Sabia que ela me compreenderia sem eu ter que dizer uma palavra.

- Alice! - Exclamou ela assim que atendi.

- Podes vir ter comigo, Esme? - Perguntei num tom à beira do choro.

- Estou aí em dez minutos, querida. - Disse ela assim que percebeu porque eu me encontrava assim.

Não dei pelo tempo passar, visto que de um momento para o outro a Esme apareceu no meu quarto. Ela deixou a mala na poltrona e deitou-se ao meu lado de seguida. Aconcheguei-me nela e chorei tudo aquilo que tinha para chorar enquanto ela me acariciava as costas para me acalmar um pouco. Não sei quanto tempo fiquei assim, mas sei que acabei por adormecer aconchegada à Esme e a soluçar um pouco.


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Notas finais do capítulo

Desculpem o grande atraso :$ mas estas férias têm andado corridas! Desculpem mesmo! Espero que gostem do capitulo e que comentem muito. Volto a avisar que esta fic está na reta final, muito possivelmente só terá mais dois capitulo!
Beijinhos
S2



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