No dia a seguir o Carlisle é que ia levar o Edward e o Emmet à escola e eu iria ficar a dormir até mais tarde com a Alice. Era por volta das nove e meia da manhã quando acordo com a Alice aos saltos na minha cama.

- Bom dia, meu amor!

- Bom dia, mamã! – Disse a Alice, enroscando-se em mim. Ficámos ali, durante mais meia hora. Eu ficava a acariciar-lhe a cabeça e ela tagarelava. Quando eram dez da manhã fomos para baixo tomar o pequeno-almoço. Preparei o pequeno-almoço para as duas e depois comemos.

- Queres ir ao shopping comigo? – Perguntei-lhe.

- Quero! – Disse ela alegremente.

- Então, vamos despacharmo-nos, ok?

- Ok.

Ela continuou a comer. Quando acabou de comer, fui ajudar a vesti-la e depois fui vestir-me eu. Quando estávamos as duas prontas, fomos as duas até à garagem. Sentei a Alice na cadeirinha e depois fomos até ao shopping. Quando chegámos ao shopping, estacionei o carro no parque subterrâneo. Tirei a Alice da cadeirinha e meti-a no chão para ela ir a andar. Entramos no shopping e fomos directas a uma loja de roupa para crianças. Entramos na loja! Via-se que a Alice adorava a roupa e mesmo sendo um bebé tinha muito bom gosto. Ela não queria nada com os bonecos dos desenhos animados que passavam na televisão. Ela ainda vestia um número muito pequeno, não havia tudo o que o que ela queria para o seu tamanho. Sempre que ela queria uma coisa e não havia o seu tamanho, ficava com uma cara tão fofa! Mas depois passava-lhe. Compramos montes de roupa para ela. Depois fui comprar roupa para o Emmet e o Edward, eles estavam a precisar de roupa. A Alice ajudou-me a escolher a roupa deles. Quando acabamos, era hora de almoçar, Almoçamos no shopping.

- Mamã! Podemos comprar uma prenda para o pai? – Perguntou ela com a sua voz inocente.

- Claro que podemos!

Ia comprar uma moldura e depois ia imprimir a foto que tirei ontem a ele e à Alice a dormir. Ele ia adorar. Depois de acabarmos de almoçar, fomos comprar uma moldura. A Alice ficou um bocado confusa mas eu disse-lhe que depois quando chegássemos a casa, ela ia perceber. Chegámos a casa e primeiro fomos arrumar as roupas dela. Depois fui imprimir a foto em papel de fotografia e expliquei à Alice o que ia fazer.

- Ei! Isso não vale! Eu estava a dormir. – Ela estava-se a referir à foto dela e do Carlisle a dormir. Ficou com um ar tão adorável. Ela ajudou-me a pôr a foto na moldura e depois a embrulhar. Quando acabamos, fomos ver televisão. Passado um bocado o Edward e o Emmet chegaram da escola. Hoje não traziam trabalhos de casa, então foram logo brincar com a Alice. Eles foram jogar à bola para a frente da casa. Eu fiquei sentada num banco a vê-los jogar. A Alice caía muitas vezes de cu e depois fazia cara de emburrada. Era tão querido vê-la. Sempre que ela caía o Edward ou o Emmet iam lá ajuda-la a levantar-se. Ia a Alice chutar a bola quando tropeça e cai no chão. Desta vez ela não ficou com cara de emburrada mas começou a chorar. Deve-se ter aleijado mesmo. Levantei-me instantaneamente e fui ter com ela. Peguei nela ao colo para a acalmar. O Edward e o Emmet vieram de imediato ver o que ela tinha. Comecei a observa-la para ver o que é que ela tinha. Tinha as calças rasgadas e o joelho esfolado e tinha uma ferida na mão.

- A mamã vai tratar disto, ok? – Perguntei-lhe ternamente. Ela afirmou com a cabeça. Levei-a para dentro para ir tratar das feridas dela. O Edward e o Emmet também vieram. Sentei a Alice no sofá e fui buscar o desinfectante. Comecei a desinfectar as suas feridas. Ela ao principio protestou um bocadinho mas depois quando o Edward e o Emmet deram lhe as mãos ela acalmou um bocado. Depois de eu tratar das feridas dela, eles ficaram a brincar na sala. Fui começar a preparar o jantar. O Carlisle devia estar quase a chegar.

Passado uns minutos, oiço a porta da sala a bater e a Alice a dizer entusiasticamente:

- Papá! Papá! Tenho uma prenda para ti! – Ela parecia tão alegre. Comecei a dirigir-me para a sala. Quando cheguei à sala o Carlisle estava a dar um beijo na bochecha da Alice e estava com ela ao colo.

- Ai, tens, meu amor?

- Sim! – Continuou ela alegre. Fui buscar a prenda para a Alice dar ao Carlisle. Dei a prenda para as mãos da Alice e ela deu ao Carlisle. Quando o Carlisle abriu e viu o que era, abriu um grande sorriso. Viu-se que ele gostou.

- Gostaste? – Perguntou a Alice com a sua vozinha doce,

- Adorei, princesa! – Disse o Carlisle pegando na Alice ao colo para lhe dar um beijo na bochecha. Ela também lhe deu um beijo e de seguida deu-lhe um abraço. Fui cumprimentar o Carlisle e depois fui acabar de fazer o jantar. Quando acabei o jantar pus o jantar na mesa e depois fomos todos comer. Quando acabamos de comer, o Emmet e o Edward foram jogar consola e a Alice foi brincar com os seus brinquedos novos. O Carlisle foi tratar de umas coisas do trabalho. Eu fiquei a arrumar a cozinha e depois fui ler um livro para o pé da Alice. Passado umas horas fui deitar o Emmet e o Edward porque eles amanhã tinham escola. O Carlisle também se foi deitar cedo porque amanhã ia entrar no trabalho cedíssimo. Quando cheguei lá a baixo a Alice ainda estava a brincar com os seus brinquedos. Era por voltas das onze da noite quando a Alice chega ao pé de mim, sentasse no sofá, metesse ao meu colo e fecha os olhos para dormir. Eu aconcheguei-a melhor para ela adormecer. Quando ela estava a dormir profundamente, levei-a para cima para a deitar no seu quarto. Vesti-lhe o pijama com cuidado para não a acordar e depois deitei-a na sua cama. De seguida fui eu para a cama.  

No dia a seguir acordei com a Alice aos saltos na minha cama. Todos os dias era assim. Ela por volta das dez da manhã vinha para a minha cama acordar-me. Ela era sempre tão activa, tão divertida. Era um doce de miúda! Ela era tão adorável. Ela nunca parava quieta. Tinha que estar sempre a fazer algo. Eu amava-a como se fosse minha filha biológica e ela amava-me também. O Carlisle simplesmente adorava-a e a Alice também adorava o Carlisle. Eles davam se tão bem. Ele era tão preocupado com ela, era tão carinhoso. O Emmet e o Edward também a viam como se ela fosse uma irmã mais nova e tentavam protege-la sempre de tudo. Sempre que ela caía, um deles, ia lá ajuda-la a levantar-se. Eles preocupavam-se muito com ela.

De uns dias para cá tenho estranhado muito o comportamento da Alice. Ela não tem vindo acordar-me todos os dias de manhã. Fica sempre a dormir até mais tarde. Anda sempre muito cansada. Já não anda tão activa como era antes. Estou muito preocupado com ela mas deve ser só uma fase.

Hoje, o Emmet e o Edward iam ficar em casa pois era feriado e a escola estava fechada. Supostamente, por volta das dez da manhã, a Alice devia vir para a minha cama acordar-me. Mas não. Eram dez e meia da manhã e nada da Alice. Fui ver ao quarto dela. Ela estava ainda a dormir. Não era muito normal mas nestes últimos dias, ela estava sempre a dormir. Cada vez ficava mais preocupada com ela. Será que ela tinha alguma coisa? Cada vez me convencia mais que sim! Fui para baixo e passado uns minutos o Emmet e o Edward acordaram. Ambos tomaram o pequeno-almoço e depois foram aproveitar o seu dia de folga das aulas, brincando. A Alice ainda dormia. Passado uma hora a Alice ainda não tinha acordado. Ela nunca dormira tanto. Fui lá acima, acorda-la porque estava quase na hora do almoço. Cheguei ao quarto dela e ela ainda dormia profundamente. Chamei-a para ela acordar. Depois fui abrir os cortinados e os estores. Ela acabou por acordar.

- Bom dia, meu amor! – Disse dando-lhe um beijo.

- Bom dia, mãe! – Disse ela ainda ensonada. Ela esfregou os olhos várias vezes e depois veio para baixo comigo para almoçar. Depois do almoço ela foi para a sala e deitou-se no sofá. Quando acabei de arrumar tudo e de pôr a loiça na máquina, fui para o pé dela. Estávamos lá as duas a ver televisão quando o Emmet chega.

- Alice, queres ir jogar consola connosco? – Perguntou o Emmet todo entusiasmado.

- Não. – Disse ela numa voz fraca. Achei estranho, quer dizer, muito estranho, a Alice não querer ir jogar consola. Ela gostava tanto. A preocupação cada vez crescia mais em mim. Peguei nela e pu-la ao meu colo. Comecei a acariciar o seu rosto.

- O que se passa, amor? – Perguntei-lhe docemente.

- Dói… - Respondeu-me ela. O meu corpo congelou quando ela disse aquela palavra. O que é que lhe doía? Definitivamente, passava-se algo com ela.

- O que dói? – Continuei ternamente.

- Em todo o lado. – O que se passava com ela para lhe provocar este sofrimento todo? Eu queria desesperadamente saber o que se estava a passar com a minha bebé.

- Onde dói mais? – Perguntei-lhe. Ela apontou para as pernas, para a zona atrás dos joelhos. – Descansa aqui. A mãe está aqui.

Quando o Carlisle chegasse a casa, eu tinha que falar com ele. Nós tínhamos que levar a Alice ao médico, tínhamos de saber o que se passava com ela. A Alice continuou no meu colo, acabando por adormecer. Dormiu até o Carlisle chegar a casa. Quando ele chegou a casa, ela acordou e eu fui pô-la ao pé do Emmet e do Edward para eles a distraírem um pouco. Tinha de falar com o Carlisle.

- Boa tarde, querida! – Cumprimentou-me ele com um beijo nos meus lábios de seguida.

- Carlisle, estou preocupada com a Alice! – Informei-o.

- Porquê? – Perguntou ele já preocupado.

- Ela anda sempre cansada, não tem comido nada de jeito. Hoje perguntei-lhe o que é que se passava e ela respondeu-me que lhe doía o corpo todo. Estou tão preocupada.

- Amanhã, levamo-la ao médico, ok? – Perguntou com uma voz séria.

- Ok.

Depois do jantar tive que ir imediatamente deitar a Alice pois ela não se mantinha acordada. Não tinha comido nada de tarde, agora ao jantar nem metade do que lhe pus no prato ela comeu e eu já lhe tinha posto pouca comida. Ela adormeceu praticamente na mesa. Peguei nela, vesti-lhe o pijama e deitei-a. Ela, passado uns minutos, já estava ferrada a dormir. Voltei para baixo para arrumar a cozinha. Enquanto arrumava a cozinha o Carlisle veio ter comigo.

- Já consegui marcar consulta para a Alice, amanhã. É um dos melhores pediatras aqui da zona. De certeza que vai descobrir o que se passa com a Alice.

- Ainda bem.

- É amanhã às onze ok? Vens ter comigo que eu também quero assistir à consulta ok?

- Ok. Só espero que não seja nada de especial.

- Também eu.

Continuei a arrumar a cozinha e depois fui deitar o Emmet e o Edward. Eles amanhã já tinham escola. Fiquei a falar um pouco com o Carlisle na sala e depois fui dormir.

No dia a seguir, acordei com o despertador. Eram dez da manhã. Fui tomar um duche rápido e depois vesti-me. Depois de me vestir, fui acordar a Alice, que ainda dormia. Acordei-a e depois vesti-a. Quando já estávamos as duas vestidas, fomos tomar o pequeno-almoço. A Alice praticamente não tocou no pequeno-almoço. Bebeu metade da quantidade de leite que lhe pus e nem metade do pão comeu. Também tomei o pequeno-almoço. Quando ambas acabamos de comer fomos para o hospital. Quando lá chegámos, fui logo chamar o Carlisle pois estava quase na hora da consulta. A Alice tinha acabado por adormecer a caminho do hospital. Agora estava a dormir ao meu colo. Ele veio o mais rápido que pode. Dirigimo-nos os dois para o piso da pediatria.

- Ela não comeu praticamente nada ao pequeno-almoço. – Informei-o.

- Vou buscar bolachas para quando ela acordar comer alguma coisa ok?

- Ok.

Ele foi buscar as bolachas. Avisaram-me que as consultas estavam um pouco atrasadas, ainda tínhamos duas pessoas à frente. O Carlisle voltou. Passado um quarto de hora a Alice acordou. Sentei-a melhor ao meu colo.

- Bom dia, princesa! – Disse o Carlisle à Alice.

- Bom dia, pai! – Disse ela ainda um pouco ensonada.

- Toma uma bolacha, deves estar com fome! – Disse o Carlisle dando-lhe a bolacha. Ela pegou nela e começou a come-la. Só comeu uma bolacha depois de acabar a primeira disse que não tinha mais fome. Passado meia hora chamaram-nos. Entramos no consultório. Uma médica, ainda nova, atendeu-nos e mandou-nos sentar. Nós sentámo-nos.

- Bom dia! – Cumprimentou a médica.

- Bom dia!

- O que vos traz aqui?

- Bem… - Comecei a explicar. – A Alice tem andado muito cansada ultimamente, só dorme e isso não é normal nela. No outro dia perguntei-lhe o que é que se passava e ela disse-me que lhe doía o corpo todo. Praticamente não come. Tem comido muito pouco. Nós começamos a ficar preocupados com ela. Nós queremos saber o que se passa com ela.

- Muito bem. Deixem-me examina-la. Metam-na na maca.

Levantei-me e pu-la na maca. A médica começou a examina-la. Pesou-a, mediu-a… Depois de acabar, foi escrever umas coisas nos papéis.

- Então, sabe o que ela tem? – Perguntou o Carlisle.

- A Alice tem de fazer algumas análises para eu ter a certeza se é o que eu estou a pensar.

- Ok. – Respondi eu. – Mas desconfia de algo?

- Sim mas não vou dizer nada até ter certezas. Ela vai ter que fazer estes exames o mais rápido possível.

- Ok.

O Carlisle pegou nos papéis que diziam quais as análises que a Alice devia fazer. Íamo-las fazer hoje à tarde, quanto mais cedo melhor. Marcamos consulta para amanhã, a seguir à hora do almoço. Fomos almoçar num instante mas a Alice não podia almoçar para poder fazer as análises. Depois de comermos, fomos para a zona do hospital para fazer as análises. Não esperamos muito. A Alice ia tirar sangue. Entramos dentro de uma sala. O médico mandou sentar a Alice numa cadeira. Preparou o braço dela para poder tirar sangue. Ela, quando viu a agulha, algumas lágrimas lhe caíram pelo rosto. O Carlisle percebeu e começou a falar com ela.

- Alice, olha para mim! – Ela olhou imediatamente para ele. – Enquanto o médico estiver a fazer-te as análises, tu vais estar a olhar para o pai ok? – Ela anuiu com a cabeça. Ela ficou a olhar para o Carlisle enquanto o médico lhe enfiava a agulha no braço. A minha mão envolvia a dela. Quando o médico enfiou a agulha no braço dela, ela fechou os olhos e ainda algumas lágrimas lhe caíram pelo rosto abaixo mas não protestou. Ela era uma menina muito corajosa. Quando acabou, ela veio abraçar-me e esconder o seu rosto nos meus cabelos.

- Pronto, já passou! – Disse-lhe acariciando a nuca. Ela agarrou-se mais ao meu pescoço. Saímos da sala. Ela foi o caminho todo abraçada a mim. Despedimo-nos do Carlisle pois ele ainda tinha de ir trabalhar. Chegámos ao carro, pus a Alice na cadeirinha e fomos para casa. O Edward e o Emmet deviam estar a chegar. Chegámos a casa. Fui brincar um pouco com a Alice mas ela acabou por adormecer. Fui deita-la na cama dela e depois fui para baixo ler um livro. Passado uns minutos o Edward e o Emmet chegaram.

- Olá, mãe! – Disseram os dois.

- Olá, meus filhos!

- Mãe, a Alice? – Perguntou-me o Edward.

- Está a dormir. – Respondi-lhe.

- Passa-se alguma coisa com ela? – Perguntou o Edward docemente.

- Não sei, mas vamos saber. Hoje fui ao médico e ela fez umas análises e amanhã vamos saber os resultados ok?

- Ok. – Responderam os dois.

- Vá, agora vão fazer os trabalhos de casa.

A Alice acordou por volta das seis da tarde e foi logo brincar com o Edward e o Emmet. Há hora do jantar, comeu pouquíssimo. Mesmo muito pouco. Depois do jantar ainda se aguentou até às nove e meia. Adormeceu no colo do Carlisle. O Carlisle foi pô-la na cama e depois fomos todos dormir.

No dia seguinte, a hora da consulta chegou num instante. Almoçamos e depois eu e a Alice fomos para o hospital ter com o Carlisle para irmos para a consulta. Tivemos que esperar um quarto de hora para podermos entrar no consultório.

- Boa tarde! – Cumprimentou a médica.

- Boa tarde! – Cumprimentamos nós.

- O que é que a Alice tem? – Perguntei eu desesperada.

- O que eu vou dizer, não são boas noticias. A Alice tem leucemia!