Fight escrita por Nyh_Cah
No dia seguinte, eram três da tarde quando levei a Alice à fisioterapia. Ela ficou lá uma hora. De vez em quando queixava-se e ainda deixou escapar algumas lágrimas com alguns movimentos que a mandavam fazer. Quando chegámos a casa ela foi logo deitar-se no sofá. Devia estar com dores.
- Estás bem, querida? – Perguntei-lhe.
- Sim, mãe, só me dói um pouco a perna.
- Ok.
- Mãe, e se eu nunca conseguir voltar a dançar ballet? – Perguntou-me ela com a voz triste.
- Claro que vais. Não te lembras do que o médico disse. É preciso teres força de vontade. Claro que ainda vai demorar um pouco mas acredito que voltes a dançar ballet.
- Ok. Obrigada, mãe.
- De nada, querida.
Passaram-se três meses. A Alice ainda tinha sessões de fisioterapia e ainda não podia dançar ballet. Ela cada vez tinha menos esperança de poder voltar a dançar mas eu sabia que ela conseguiria. A Kate ainda morava cá em casa. Estava de oito meses. Eu estava com medo que ela fizesse mais porcaria do que faz e prejudicar a bebé, era uma menina. Ela nem se deu ao trabalho de lhe pôr um nome. A Kate não se importava minimamente com a bebé. Os gémeos estavam cada vez mais crescidos. Eram tão lindos.
Hoje, íamos ter um almoço de família. O Emmet e o Carlisle iam fazer churrasco. A Alice estava a ajudar-me a fazer um doce. O Edward e a Bella já estavam cá em casa. Mal a Alice viu que os gémeos chegaram, foi brincar com eles. Ela estava sentada no chão com a Violet ao colo e a Bella estava ao lado dela com o Eric. Estavam as duas a brincar com eles.
Quando o Emmet começou a fazer o churrasco fomos todos cá para fora. A Alice continuava a brincar com os gémeos. Ela adorava estar com eles e eles adoravam estar ao pé da Alice. Estavam sempre com um sorriso na cara e nunca choravam ao pé dela.
- A Alice cuida tão bem de bebés. – Comentou a Rose.
- Pois cuida. Nunca pensei que ela seria assim com bebés. Mas se reparares o Eric e a Violet nunca choram quando estão com a Alice.
- Pois não. Já tinha reparado nisso. Ela consegue mantê-los entretidos, o dia inteiro. – Sorri. - A Kate? – Perguntou a Rose.
- Não sei. Tenho tanta pena da filha dela. Ainda não nasceu e já está a sofrer. Ela não se preocupa minimamente com a filha.
- Já reparei.
Continuámos a falar e depois fomos comer. À tarde, continuámos no jardim. Eu estava com a Rose e com a Bella a falar. Os rapazes estavam a jogar qualquer coisa e a Alice a cuidar dos gémeos. Ela estava tão feliz com eles.
- A Alice está, ali, tão feliz a cuidar deles. – Disse a Bella.
- Pois está. – Disse a Rose. Neste momento ouvi o telefone a tocar.
- Vou atender o telefone.
- Ok. – Disseram a Bella e a Rose em uníssono.
Entrei dentro de casa e atendi o telefone.
- Estou?
- Fala da casa do Dr. Cullen? – Perguntaram do outro lado.
- Sim, fala. Ele, hoje, está de folga.
- Sim, eu sei. Mas deu entrada, aqui no hospital, uma Kate Stwart e está aqui registado que se alguma vez a Kate desse entrada no hospital era para ligar para o Dr. Cullen.
- O que ela tem? – Perguntei.
- Overdose, estão a fazer uma cesariana para tirar a bebé. Temos esperança que se salve.
- Vou avisa-lo. Estamos a ir para aí.
- Ok, obrigada.
Desliguei e fui a correr para o jardim.
- Carlisle! – Chamei.
- Esme, o que se passa? – Perguntou preocupado.
- A Kate deu entrada no hospital.
- O quê? Porquê?
- Overdose. Estão a fazer uma cesariana para tirar a bebé. – Disse preocupada. Não queria que a bebé morresse, ela não tinha culpa de nada e por mais que não gostasse da Kate, também não desejava que ela morresse.
- Vamos para o hospital. – Afirmou o Carlisle.
Eu e o Carlisle fomos para o hospital e a restante família ficou em casa. Nós íamos dando notícias. Quando chegámos ao hospital, ainda estavam no bloco operatório e não nos diziam nada.
Passado meia hora, um médico sai de lá. Ele não vinha com muito boa cara.
- Então? – Perguntou o Carlisle preocupado.
- A Kate não conseguiu sobreviver, morreu há cinco minutos mas conseguimos salvar a bebé. Está prematura e com alguns problemas respiratórios mas não tem nada de grave. Queremos saber se vão ficar com a bebé. – Disse o médico. A bebé era órfã e se nós não ficássemos com ela, ela iria parar a um orfanato e se calhar ficaria lá a sua vida toda até aos dezoito anos. Olhei para o Carlisle. Ela era neta dele, de certeza que queria ficar com ela. Eu não tinha problemas nenhuns em ficar com ela e cuidar dela.
- Podemos falar, antes de tomar alguma decisão? – Perguntou o Carlisle.
- Sim, vou ficar por aqui, quando souberem a resposta avisem.
- Ok. – O médico retirou-se.
- O que achas, Esme? – Perguntou. Eu conseguia perceber que ele queria ficar com ela, não a queria abandonar.
- Querido, eu sei que tu queres ficar com ela. – Ele afirmou com a cabeça. – Eu não me vou opor não me importo de cuidar dela, ela não tem culpa do que lhe aconteceu e não merece ir para um orfanato. Por mim, podemos ficar com ela.
- Obrigada, Esme. Amo-te tanto! – Disse ele beijando-me.
- Também te amo. – Disse retribuindo o beijo.
Depois de ligarmos para casa a contar tudo fomos ver a nossa neta. Ela estava numa incubadora e estava com uma máscara a receber oxigénio. Coitadinha, ela não tinha culpa nenhuma. Era um ser tão frágil, tão pequenino e vê-la ali, sozinha, naquela incubadora foi muito triste. Ela devia-se sentir sozinha e sem ninguém. Cheguei-me ao pé da incubadora e acariciei-lhe a face. Ela era muito bonita. Tinha os olhos verdes esmeralda. O Carlisle também lhe acariciou a bochecha.
- Como é que lhe queres chamar? Ela ainda não tem nome. – Perguntei.
- O que achas de Lexie? – Perguntou o Carlisle.
- Adoro. É um nome muito bonito. Quando é que ela pode ir para casa? – Perguntei.
- Não sei, mas espero que seja rápido. – Disse o Carlisle. Continuámos a admirar a nossa neta. Ela era muito pequena e de certeza que tinha de passar umas semanas na incubadora.
Passado uns minutos, o médico veio ter connosco.
- Já têm uma decisão? – Perguntou o médico.
- Sim, nós vamos ficar com ela. – Disse o Carlisle.
- Ok, ela vai ficar alguns dias na incubadora, depois pode ir para casa, Ainda não sabemos ao certo, depende da evolução dela.
- Ok. – Disse o Carlisle. O médico retirou-se.
- Temos de ir falar com o resto da família. Informá-los que vamos ficar com a Lexie.
- Pois temos. Achas que eles vão achar mal? – Perguntou ele.
- Não. A Lexie pertence à nossa família e tem o direito de estar connosco e de alguém que cuide dela. Eles não vão achar mal.
- Espero bem que não levem.
- Vamos nos despedir da Lexie para irmos para casa. Amanhã, voltámos para a vermos.
- Sim, vamos.
Fomos à sala das incubadoras. A Lexie estava a dormir pacificamente na sua incubadora.
- Adeus, minha linda, amanhã voltamos. Não te preocupes, logo estarás em casa. – Disse acariciando a sua bochecha. A Lexie era realmente linda. Deixei o Carlisle despedir-se da Lexie e depois fomos os dois para casa. Mal chegámos a casa, vieram-nos fazer montes de perguntas.
- Calma! – Disse o Carlisle num tom elevado para todos ouvirem. – Se todos se acalmarem, eu explico tudo. Eles acalmaram-se todos e a sala ficou em silêncio. – A Kate deu entrada no hospital por causa de uma overdose. Fizeram uma cesariana de emergência para tirar a Lexie. Conseguiram salva-la e eu e a Esme vamos cuidar dela.
- Vão cuidar mesmo da Lexie? – Perguntou a Alice entusiasmada.
- Sim, ela faz parte desta família e merece estar connosco. O que acham? – Perguntou o Carlisle.
- Por mim, tudo bem. Eu não me oponho, ela é minha sobrinha! – Disse o Emmet. A Rose concordou com ele.
- Sim, ela é da nossa família tem de estar connosco, já vai ser difícil crescer sem pais. – Disse o Edward e a Bella de seguida concordou com ele.
- Eu também acho que ela deve vir para o pé de nós. Somos a família dela. – Disse a Alice.
- Ainda bem que concordamos, ela está numa incubadora porque está prematura e ainda tem dificuldades respiratórias mas daqui a uns dias, vem para casa. – Disse o Carlisle com um sorriso no rosto.
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Coitadinha da Lexie! ): Espero que tenham gostado do capituloo! (: E gostava de ter mais gente a comentar!
Beijinhos
S2