Passados dois dias, a Violet já dormia no quarto onde a Rose estava instalada! A Rose e o Emmet eram uns óptimos pais, cuidavam muito bem do Eric e da Violet. A Violet era mais pequena que o Eric e também era muito mais sossegada do que o Eric. O Eric queria passar o dia todo ao colo de alguém enquanto a Violet dormia. Eles iam ser, os dois, crianças muito amadas. Em princípio, a Rose ia ter alta mas ainda não tínhamos a certeza.

A Alice não largava os sobrinhos. Ela adorava estar com eles, para a levar para casa era o cabo dos trabalhos. Quando ela fosse mãe, também ia ser uma óptima mãe.

Passadas umas horas, o médico entrou no quarto.

- Boa tarde, a todos!

- Boa tarde. – Dissemos nós todos.

- A Rose ainda não vai hoje para casa. Vai ficar mais um dia ou dois ok?

- Ok. – Disse ela um pouco triste. Ela queria ir para casa com os seus filhos e com o Emmet. O médico esteve a examinar os bebés e depois foi-se embora. O resto da família também se foi embora. Foi muito difícil trazer a Alice mas lá conseguimos. Chegámos a casa e eu fui preparar o jantar, a Alice ajudou-me.

- Mãe, o Eric e a Violet são tão fofinhos! Gosto tanto deles.

- Eu sei, filha! Toda a gente percebe isso!

- É assim tão visível? – Perguntou ela.

- É, querida, é! – Disse rindo-me.

Continuamos a fazer o jantar e quando o acabamos a Alice foi chamar o resto da família e viemos todos jantar. Comemos e depois fomos todos para a sala ver televisão e conversar. Eu fui ler um livro. Há muito tempo que não lia. Por volta das onze da noite fui dormir. O Carlisle veio comigo mas a Bella, a Alice e o Edward continuaram na sala, eles estavam a divertir-se. Vesti o pijama, lavei os dentes e depois fui para a cama. O Carlisle fez o mesmo e veio para o pé de mim. Aconcheguei-me nele e adormecemos.

Voltei a acordar no dia a seguir com o Carlisle a acariciar-me a face.

- Bom dia, querido. – Disse ainda ensonada.

- Bom dia! – Disse ele vindo beijar-me. Começou a beijar-me com mais intensidade. Passou da minha boca para o me pescoço.

- Carlisle… - Gemi. Ele apenas continuou a beijar-me. Eu amava este homem, ele era a minha vida. Não suportaria viver mais de um dia sem ele. Afastei-me dele e ficamos a entreolharmo-nos. – Tenho de ir preparar o pequeno-almoço. – Disse-lhe.

- Tem mesmo de ser? – Perguntou ele.

- Sim, tem. Divertimo-nos noutra altura. – Disse dando-lhe um beijo e levantando-me da cama para ir para a casa de banho arranjar-me. Vesti-me, penteie-me e pus uma maquilhagem muito simples. Sai da casa de banho e fui para baixo para começar a preparar o pequeno-almoço. Quando acabei de fazer o pequeno-almoço, a Alice, o Edward e a Bella apareceram. O Carlisle também desceu de seguida. Comemos todos juntos.

Depois do almoço, fomos para o hospital ter com a Rose e o Emmet. Quando lá chegámos o médico estava lá a falar com a Rose e com o Emmet.

- Boa tarde! – Dissemos.

- Boa tarde. – Disse o médico e saiu do quarto.

- Boa tarde. – Disse a Rose e o Emmet.

- O médico acabou de me dar alta! – Disse a Rose feliz.

Ajudamos a Rose a arrumar as suas coisas e depois fomos todos para o apartamento dela e do Emmet. Quando chegámos lá, eu ajudei a Rose a arrumar as suas coisas e o resto da família ficou com o Eric e a Violet. Ficamos lá a tarde e a noite toda. Encomendamos pizzas e comemos. Saímos de casa deles por volta da meia-noite. O Eric e a Violet já estavam a dormir.

Mal chegámos a casa, fomos todos dormir.

No dia a seguir acordei por volta das onze. Ainda estava tudo a dormir. Fui tomar um banho e depois de estar vestida e arranjada fui para baixo fazer o almoço, visto que já não eram horas de tomar pequeno-almoço, já era meio-dia. Por volta do meio-dia e meio começam a acordar todos. Depois do almoço ficamos todos na sala a falar. Por volta das três da tarde tocam à campainha.

- Eu vou atender! – Avisei, levantando-me para ir abrir a porta. Abri a porta e do outro lado estava uma rapariga loira, com os olhos verdes, feições muito familiares. Era extremamente magra mas salientava-se uma barriga de grávida. Já devia estar nos seus cinco meses. A rapariga tinha um aspecto doente. Estava muito branca e tinha umas grandes olheiras debaixo dos olhos.

- Boa tarde. O que deseja? – Perguntei educadamente.

- Desejo falar com Carlisle Cullen.

- E quem é a senhora?

- Kate Stewart, filha de Carlisle Cullen.

Fiquei em choque! Filha de Carlisle Cullen? O que é que isto queria dizer? Mandei-a entrar e dirigi-me à sala onde estavam todos.

- Quem é querida? – Perguntou o Carlisle.

- Kate Stewart, tua filha! – Disse eu num tom frio.

- O quê? – Perguntou ele confuso. Ele levantou-se do sofá e veio ter comigo. Vinha tocar-me mas eu desviei-me. – Minha filha? Mas o que é isto?

- Sim, sou sua filha. A minha mãe disse-me. Jéssica Stewart.

- Jéssica Stewart? Não acredito! Com essa? – Disse eu. Eu não acredito que ele me tinha traído com essa mulher. Ela andou connosco na secundária. Era tão irritante. Sempre tentou separar-me do Carlisle mas nunca conseguiu. Eu não acredito que o Carlisle me tinha traído com essa… Virei as costas e fui para cima. Entrei no quarto. Passado um pouco o Carlisle apareceu no quarto.

- Querida… - Chamou ela.

- O que foi? – Perguntei fria.

- Não fiques assim! Não temos a certeza se ela é minha filha ou não.

- Ó Carlisle, toda a gente percebe que ela é tua filha. Ela é a tua cara chapada.

- Vamos fazer um teste de paternidade, depois vemos…

- Não vemos nada! Eu nunca pensei que fosses capaz de me trair ainda por cima com a Jéssica. Nunca pensei. Carlisle, magoaste-me e não foi pouco. Enquanto isto se resolve, eu vou-me embora. Eu não aguento ficar nem mais um minuto cá em casa.

- E os nossos filhos?

- Já são crescidinhos para perceber o que se passa.

- Por favor, Esme, fica! Eu amo-te!

- Também pensei que me amavas! E quanto ao ficar, não, não consigo ficar na mesma casa que tu pelo menos neste momento. Simplesmente não consigo!

- E para onde é que vais?

- Não sei! Depois vejo isso, agora deixa-me sozinha.

Ele saiu do quarto, de seguida. Peguei numa mala e comecei a pôr algumas roupas lá dentro. Não sei quanto tempo é que ia ficar fora mas tinha mesmo de ir. Tinha de espairecer e pensar sobre o assunto. Era demasiado para mim. Quando enchi a mala, desci as escadas e preparei-me para ir-me embora.

- Mãe… - Chamou-me a Alice com a voz um pouco chorosa. – Tens mesmo de ir? – Perguntou-me ela vindo dar-me um abraço.

- Por agora preciso de ir. Preciso de pensar sobre o assunto e aqui não é o sítio ideal. Não te preocupes, assim que eu souber onde ficar eu ligo-te e digo-te. Assim podes ir ter comigo sempre que quiseres.

- Mas eu queria tu e o pai juntos.

- Eu sei, meu amor. Deixa as coisas resolverem-se.

- Ok. – Disse ela ainda chorosa.

- Sabes que te amo, não sabes?

- Sei. Também te amo.

Despedi-me dela. Também me despedi do Edward e da Bella. Dirigi-me para a garagem. Pus a mala dentro do carro e enfiei-me dentro dele. Comecei a dirigir sem rumo. Não sabia para onde ia mas só me apetecia espairecer. Parei o carro ao pé da praia e fiquei a ver o pôr-do-sol. Não reparei que as horas tinham passado tão depressa. Passada uma hora e meia de ter estado a ver o mar, o meu telemóvel toca. Abri a mala e procurei o telemóvel, quando o encontrei atendi. Era o Emmet.

- Estou, querido?

- Mãe! Onde estás? A Alice ligou-me a chorar e desesperada porque saíste de casa e não disseste mais nada.

- Desculpa, perdi a noção das horas. Ainda não arranjei sítio para ficar, vou arranjar agora.

- Porque não vens cá para casa? Temos um quarto a mais.

- Não, eu vou incomodar e agora com o Eric e com a Violet vocês têm muito trabalho e não precisam que eu vos incomode.

- Mãe, não incomodas e até nos ajudas com os bebés. Vens?

- Ok, mas só por agora!

- Ok.

Desliguei o telemóvel e dirigi até ao apartamento do Emmet. Cheguei lá em 15 minutos. Tirei a minha mala e toquei à campainha. O Emmet veio atender.

- Então, mãe? – Perguntou-me o Emmet com compaixão.

- Não quero falar sobre o assunto, querido. Desculpa.

- Entra.

Entrei e fui pôr as coisas no quarto que o Emmet me indicou. Guardei as minhas roupas e os meus produtos e depois voltei para a sala.

- Mãe, eu vou lá a casa ver como estão as coisas, ficas com a Rose?

- Sim, fico. Obrigada filho.

- De nada, mãe.

Ele saiu e eu fiquei com a Rose na sala.

- A Esme está bem?

- Não muito…

- Se quiser desabafar, pode desabafar comigo.

- Eu sei, Rose mas por enquanto ainda não quero falar do assunto, ainda estou um pouco confusa com o que se passou.

- Ok.

Continuamos a falar. Passado um bocado o Eric acordou e de seguida a Violet também acordou. Fui ajudar a Rose. Enquanto ela dava de mamar a um eu dava biberão a outro. A Violet só bebia leite através do biberão. Desde que nasceu nunca quis beber da mama. Ela quando acabou de beber o biberão, começou a querer dormir. Ela fechava os olhinhos e depois abria. Estava cheia de sono. Passado um bocado acabou por adormecer. Fui mete-la no berço. De seguida a Rose também foi meter o Eric no berço mas ele ainda não estava a dormir.

- Obrigada pela ajuda Esme.

- Não tens nada de agradecer, eles são meus netos é um prazer ajudar.

Neste momento o telefone tocou.

- Desculpe, vou atender. – Disse a Rose retirando-se. A Violet começou a chorar com o barulho do telefone. Fui ter com a Violet e peguei-lhe ao colo para a acalmar.

- Shh! Shh! – Disse embalando-a para ela voltar a dormir. Neste momento o Eric também começou a chorar. Fui até ao berço dele e acariciei-lhe a face. – Então Eric? Tens que fazer pouco barulho para a tua irmã dormir. Não queres dormir também? – Perguntei-lhe continuando a acariciar-lhe a bochecha. Fiquei assim um bocado até os dois adormecerem. A Violet adormeceu primeiro, de seguida adormeceu o Eric. Fui deitar a Violet no berço, visto que ela ainda estava ao meu colo. Quando ia a sair do quarto reparei que a Rose estava na porta a observar-me.

- A Esme consegue acalmá-los tão bem! – Disse ela admirada. – A Esme tem mesmo jeito com bebés.

Fomos as duas para a sala.

- Quem era ao telefone? – Perguntei.

- Era o Emmet a dizer que ia demorar mais um pouco lá em casa e que não sabia a que horas, é que vinha.

- Ok. Queres que eu faça algo para o jantar? – Perguntei-lhe.

- Não, não se incomode!

- Mas eu faço questão, preciso de me entreter para não pensar em coisas que não quero.

- Ok. Mas só hoje e eu ajudo! – Disse ela.

- Ok.

Fomos as duas para a cozinha preparar o jantar. Quando acabamos, o Emmet chegou a casa.

- Emmet, como está a Alice? – Perguntei-lhe.

- Está um pouco mal. Desde que eu cheguei lá a casa, ela estava enfiada no quarto e não queria falar com ninguém. Depois lá consegui falar com ela. Ela disse que queria voltar a ver os pais juntos.

- Ela sabe que eu estou aqui?

- Não. Não lhe disse.

- É melhor eu ir ligar-lhe.

- Emmet, o que se passou? – Perguntou a Rose. Ela não devia estar a entender nada. Ela não sabia concretamente que se estava a passar.

- Apareceu lá uma rapariga a dizer que era filha do Carlisle e que a mãe dela era a Jéssica Stewart, era uma rapariga que andou connosco no liceu e que sempre me tentou separar do Carlisle porque tinha um fraquinho por ele.

- Pelo que o Edward me contou, a rapariga, Kate, está grávida de cinco meses. Diz que a mãe a expulsou de casa por ela ter ficado grávida e que ela diz que precisa de uma casa para ficar porque não tem dinheiro. O pai deixou-a ficar lá em casa até terem a certeza se ela é ou não é filha dele.

- Desculpem, vou para o quarto. – Disse retirando-me. Eu amava tanto o Carlisle. Custava-me tanto a acreditar que ele tivesse-me traído. Eu só queria estar com ele, ele era tudo para mim. Sem ele era como se eu não estivesse completa, ele é uma grande parte de mim. Quando dei por mim, estava a chorar sentada na cama. Pareço uma adolescente mas a verdade é que eu o amo mais do que tudo e não queria separar-me dele. Passado uma hora de eu ter estado sentada na cama a chorar, bateram à porta. Limpei as lágrimas e mandei entrar.

- Entre. – Disse num tom baixo.

- Vim ver se estava tudo bem… - Disse a Rose hesitante.

- Mais ou menos… mas passa.

- Sabe que pode falar comigo. Se desabafar vai-se sentir melhor. – Disse a Rose.

- Eu sei… é que eu não queria separar-me dele mas o que aconteceu magoou-me muito, mesmo muito e eu não consegui ficar lá muito tempo. Eu tinha que vir embora para espairecer e pensar no que se passou mas isso está a custar-me tanto…

- Eu sei, percebe-se que a Esme está a sofrer mas vai ver que tudo se vai resolver. O Carlisle também a ama, eu tenho a certeza disso e também tenho a certeza que ele está a sofrer tanto como a Esme com a vossa separação. Ele só quer fazer a coisa certa…

- Ele tem um coração enorme!

- Pois tem! Já se sente melhor? – Perguntou ela carinhosamente.

- Já, obrigada Rose.

- De nada. Quer, vir ajudar-me a dar de comida ao Eric e à Violet?

- Claro!

Fomos as duas para o quarto deles. O Emmet já estava a preparar o biberão para a Violet. A Rose foi acordar o Eric e eu fui acordar a Violet. Custou um pouco a acorda-la. Ela era um pouco dorminhoca. Quando a consegui acordar comecei a alimenta-la. Depois de ela beber o leite todo ficou a balançar os seus bracinhos no ar. Ela era tão querida. Passado um bocado acabou por adormecer, outra vez. Pu-la no berço e fui para a sala para o pé do Emmet.

- Estás melhor, mãe? – Perguntou-me o Emmet com ternura.

- Estou, querido.

- Ainda bem.

A Rose juntou-se a nós e continuamos a falar. Por volta das onze fui dormir.