No dia a seguir acordei por volta das dez. O Emmet e a Rose já estavam acordados e estavam a dar de comer ao Eric e à Violet. Eu fui preparar o pequeno-almoço. Quando eles acabaram de dar de comer, vieram tomar o pequeno-almoço comigo.

Por volta da tarde, o Emmet foi outra vez lá a casa para ver como estava tudo. Eu fiquei na sala a ver televisão com a Rose. Passado uma hora, o Emmet chega a casa.

- Mãe! – Ouvi a Alice a gritar. Quando me virei para ver onde ela estava, ela já me estava a abraçar.

- Olá, meu amor! – Disse dando-lhe um beijo, na bochecha.

- Porque é que ontem não disseste nada? – Perguntou ela chorosa.

- Desculpa, querida, esqueci-me.

- Ok. Eu desculpo. – Disse ela já a sorrir. – Quando é que vais voltar para casa?

- Não sei, meu amor, mas brevemente eu vou.

- Ok. – Disse ela tristemente. – O Eric e a Violet? – Perguntou ela mais entusiasmada.

- Estão a dormir, Alice. Quando for hora de dar de comida a eles, queres dar de biberão à Violet? – Perguntou a Rose à Alice.

- Quero! – Disse ela entusiasticamente. Fiquei a falar com a Alice. Quando chegou a hora de dar de mamar aos bebés, o Emmet foi preparar o biberão para a Violet e depois a Alice alimentou a Violet. Ela estava tão feliz a alimentar a Violet. Quando acabou a Alice ficou a dar mimos à afilhada. Ia ser a afilhada mais mimada de sempre com a Alice como madrinha.

Passou-se uma semana sem eu ver o Carlisle. Os dias custavam mais a passar, eu sentia tanto a sua falta. Eu não sabia o que se tinha passado durante a semana, o Emmet e a Alice evitavam falar do Carlisle à minha frente pois percebiam como eu estava a sofrer por estar longe dele. Eu passava os dias em casa do Emmet e da Rose, praticamente não saia. Não tinha razões para isso. O que me alegrava durante o dia, era tomar conta do Eric e da Violet. Hoje, à tarde decidi ir dar uma volta ao pé da praia. Precisa de espairecer. Fui buscar um casaco ao quarto e depois fui à sala dizer que ia sair.

- Rose, Emmet, vou dar uma volta, ok? – Perguntei.

- Ok. Até logo. – Responderam os dois.

Peguei na minha mala e nas chaves do carro e saí do apartamento. Fui até onde o meu carro estava estacionado. Dirigi até à praia. Costumava vir passear aqui com o Carlisle, quando namorávamos. Estacionei o carro e fui passear à beira mar. Perdi-me nas ondas do mar. Elas tinham o poder de relaxar-me. Ia tão absorta que fui contra alguém.

- Desculpe, não fiz por querer. Ia distraída. – Desculpei-me, recompondo-me.

- Esme? – Perguntou a pessoa contra que em choquei. Não podia acreditar! Era o Carlisle.

- Carlisle, o que fazes aqui? – Perguntei.

- Vim espairecer. Sinto a tua falta. – Ele parecia tão triste. Isto estava a quebrar-me o coração. Eu também queria dizer que sentia a falta dele mas lembrei-me que ele tinha me traído e não conseguia.

- Não me tivesses traído… - Disse um pouco fria.

- Mas eu não te traí, tu ainda não ouviste a história toda. – Argumentou ele. Ainda não tinha ouvido a história toda? Ok, já não estava a perceber nada da conversa.

- Ok, vamos nos sentar, quero ouvir a história toda.

Fomo-nos sentar na areia e ele começou a contar a história toda.

- A Kate tem 25 anos, ou seja, mais dois anos que o Emmet. Lembras-te daquele ano em que nos separámos durante quatro meses?

- Sim…tu ainda estavas na faculdade.

- Eu fiquei tão mal, quando acabámos que fui para uma festa na universidade. Embebedei-me nessa noite e acabei por ir para a cama com a Jéssica. Na manhã seguinte, ela já não estava lá, desapareceu. A partir daí nunca mais a vi, nem sequer sabia que ela tinha ficado grávida. Isto é tudo uma surpresa para mim. Eu não queria nada disto. A Kate foi tão mal educada. Não consigo controla-la. Ela droga-se e prostitui-se. Não sei o que fazer mas não me parece certo pô-la fora de casa. A filha dela não tem culpa de nada.

- O quê? Ela droga-se e prostitui-se, grávida! Ela não deve fazer a mínima do que está a fazer. Ela está a prejudicar o bebé.

- Eu já lhe disse isso. Ela só foi ao médico porque eu a obriguei. Ela não tem maturidade para tomar conta de bebé nenhum.

- Carlisle, desculpa. Não sabia dessa história. Desculpa, a sério. Desculpa, recusar-me ouvir-te. A sério, fui uma parva.

- Não, não foste. Se tivesse no teu lugar, se calhar também reagiria da mesma maneira. Tu não sabias de nada.

- Senti tanto a tua falta! – Disse-lhe. Ele abriu um sorriso que eu adorava. Era apaixonada por esse sorriso. – Beija-me, por favor, beija-me. – Não foi preciso pedir mais, ele uniu logo os nossos lábios num beijo apaixonado. Ficámos na praia durante a tarde toda. Não me cansava de beija-lo. Parecíamos adolescentes mas não importava. Eu neste momento estava tão feliz que mais nada importava.

- Temos de ir para casa… quer dizer… tu vais voltar para casa não vais? – Perguntou-me.

- Claro que vou! 

- Ainda bem! A Alice vai ficar tão feliz! – Disse ele.

- Pois vai, a Alice, o Edward e o Emmet. Eles só nos queriam ver juntos.

Levantámo-nos e fomos em direcção aos carros. Eu fui no meu e ele foi no dele, visto que tínhamos vindo um em cada carro. Ele chegou primeiro. Estacionámos os dois carros na garagem e depois subimos os dois juntos. A Alice estava na sala a ver televisão com um ar um pouco abatido. Ela nestes dias tem andado abatida devido ao problema que existia entre mim e o Carlisle. Ela levantou a cabeça para ver quem tinha chegado.

- Boa tarde, pai! – Disse ela, ainda não me tinha visto.

- E a mim? Não me cumprimentas? – Perguntei na brincadeira.

- Mãe? – Perguntou ela estupefacta, levantando a cabeça outra vez. – Voltaste?

- Sabes uma coisa? Voltei! – Disse-lhe contente. Ela veio a correr abraçar-me.

- Estou tão contente! – Disse ela aos saltinhos. – Isto quer dizer que tu e o pai estão novamente juntos, certo?

- Certo! – Disse-lhe. Ela ainda sorriu mais quando eu disse isto.

- Mas que gritaria é esta? – Perguntou o Edward divertido, descendo as escadas com a Bella.

- A mãe e o pai estão juntos outra vez! – Disse a Alice aos pulinhos de felicidade.

- Que bom! – Disse o Edward feliz, vindo abraçar-me.

- A Kate, Edward? – Perguntou o Carlisle ao Edward.

- Saiu e ainda não voltou. – Respondeu o Edward.

- Sabes onde foi?

- Não, ela não disse.

- Ok.

- Vou preparar o jantar! – Avisei. Já estava quase na hora de jantar. Dirigi-me para a cozinha e comecei a preparar o jantar.

Por volta das oito e meia já tinha o jantar pronto. Tinha de ir ligar ao Emmet. Pus a mesa e servi o jantar.

- Já venho, tenho de ir ligar ao Emmet antes que se faça mais tarde.

- Ok. – Disseram todos.

Andei à procura do telemóvel. Quando o encontrei, marquei o número do Emmet. Ele atendeu de imediato.

- Mãe! Onde estás? – Perguntou o Emmet preocupado.

- Querido, desculpa não te ter ligado mais cedo, não deu mesmo. Eu voltei para casa, desculpei o teu pai. – Informei-o.

- A sério? – Perguntou ele feliz.

- A sério! – Disse eu contente.

- Ainda bem, não é que eu não te quisesse cá em casa mas estou mesmo feliz por tu e o pai voltarem a estar juntos. – Disse ele realmente feliz.

- Eu sei, querido. Bem queria só avisar-te, tenho de ir jantar. Adeus, até manhã.

- Adeus, mãe. Até manhã.

Desliguei o telemóvel. Neste momento, alguém abre a porta de entrada. Era a Kate. Quando ela me viu, ficou um pouco surpreendida.

- Você? Mas voltou? – Perguntou ela rudemente.

- Sim, voltei. O jantar está na mesa.

- Ah! Ainda bem, tenho de me despachar! – Disse ela.

Voltei para a mesa, sentei-me ao lado do Carlisle. Já se tinham todos servido. Servi-me e comecei a comer. O jantar foi silencioso. Quando a Kate acabou de comer, levantou-se da mesa e foi-se embora, sem se despedir. Esta rapariga era mesmo mal-educada. Quando acabámos todos de comer, comecei a levantar a mesa. A Alice ajudou-me.

- Não gosto nada da Kate! – Disse ela para mim.

- Também não gosto muito. Mas ela fez-te alguma coisa?

- Não, nada de especial. Às vezes mete-se comigo, empurra-me e coisas do género mas nada de especial.

- Ó Alice, não contaste nada disso ao pai? – Perguntei-lhe.

- Não… a Kate é filha biológica dele e eu não quis estar a dizer mal dela à frente dele…

- O que é que tem ela ser filha biológica? Quando eras pequenina, não ias dizer ao pai que o Edward ou o Emmet te fizeram alguma coisa que não gostaste?

- Sim, mas eu convivo com o Edward e o Emmet desde pequena e eles aceitam-me mas a Kate não me aceita, ela não gosta de mim…

- Ela não gosta de ninguém! Quando ela te fizer algo, vens dizer-me, ok?

- Ok. – Disse ela pondo a loiça na máquina.

Continuamos a arrumar a cozinha. Quando acabámos fomos para a sala ver televisão. Eu estava sentada no sofá com a cabeça da Alice no colo. O resto do corpo dela estava estendido ao longo do sofá. Estávamos a ver televisão e a falar uma com a outra. No outro sofá estava o Edward com a Bella ao colo e o Carlisle estava no escritório a tratar de coisas relacionadas com o trabalho.

- Mãe, acho que vou voltar a praticar ballet mas primeiro ainda vai ser cá em casa, depois eu queria voltar para a escola. Achas que posso?

- Deves poder, já não tens leucemia, acho que podes voltar à tua vida normal.

- Ainda bem! – Disse ela alegre.

Continuámos a noite toda lá na sala. Era por volta da meia-noite quando dei conta que a Alice dormia com a cabeça nas minhas pernas. A Bella também já dormia no colo do Edward e o Edward já fechava os olhos inconscientemente.

- Querido, porque é que não vais para cima com a Bella para descansarem? – Perguntei-lhe.

- Sim, é isso que eu vou fazer. Estou cansado. Queres ajuda para levar a Alice?

- Não, eu chamo o teu pai e ele leva-a.

- Deixa estar, eu quando for para cima, digo ao pai para ir à sala.

- Ok. Obrigada, querido. – Disse-lhe. Despedi-me dele e ele foi para cima. Passado uns cinco minutos o Carlisle apareceu na sala.

- Querida, o Edward disse-me que tu mandaste-o chamar-me. Do que precisas?

- Que leves a Alice para a cama. Ela adormeceu e eu não queria acorda-la.

- Ok. – Disse ele aproximando-se para pegar na Alice. Ele pegou na Alice e foi em direcção às escadas par a pôr a Alice na cama. Depois voltou para baixo e sentou-se ao meu lado no sofá. Eu aconcheguei-me nele. – Sentia saudades disto. – Disse ele beijando-me a bochecha.

- Também eu. – Disse sorrindo.

Ficámos ali no sofá mais um bocado e depois fomos os dois para a cama.