Fight escrita por Nyh_Cah


Capítulo 11
Capítulo 11




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Durante um mês e meio, fomos a várias sessões no tribunal. Ainda não estava decidido com quem ela ia ficar. Cada sessão era mais dura que a outra. Cada vez, eu perdia mais a esperança mas eu não a podia perder. Eu tinha que pensar positivo e que ela ia ficar connosco. Amanhã era a sessão onde íamos saber com quem a Alice ia ficar. O Carlisle sempre que via que eu estava mal, vinha-me dar esperança. Ele estava sempre lá para mim, quer dizer ele e os meus três filhos. Estavam sempre a ajudar-me, eu amava a minha família. Estava tão ansiosa para amanhã que não consegui dormir de noite. Não dormi a noite toda. Amanhã o julgamento era às dez da manhã. Levantei-me, eram nove. Não conseguia aguentar mais tempo na cama. Fui para baixo e comecei a preparar o pequeno-almoço para todos. Quando acabei de preparar o pequeno-almoço, fui acordar toda a gente. Eles vestiram-se, eu ajudei a Alice a vestir-se e depois fui vestir-me enquanto todos tomavam o pequeno-almoço. Depois eu bebi um copo de leite e fomos todos para o tribunal. Quando lá chegámos, estava mesmo na hora de entrarmos. Eu e o Carlisle fomos para o pé do advogado. E o Emmet, o Edward e a Alice sentaram-se nas cadeiras da audiência. O Juiz entrou e levantamo-nos todos. A sessão começou. Ambos os advogados apresentaram o caso e depois começaram a dizer os pontos a favor. A sessão nunca mais chegava ao fim. Nunca mais diziam com quem é que a Alice ia ficar.

Passada uma meia hora, o Juiz ia dizer quem é que ia ficar com a Alice.

 

- Quem vai ser o progenitor da Alice Brandon é Rick Brandon (pai biológico da Alice).

 

Não, eu não podia estar a ouvir bem! Eles não podiam tirar-ma. Porque é que deram a Alice ao Rick? Ele tinha a abandonado! Ele não queria saber dela! Porque é que agora ele a queria? Não havia sentido nisso. Ela tinha-se tornado minha filha e agora estavam a tirar-ma. Isso não era justo. Eu já estava a chorar no ombro do Carlisle. O Juiz tinha tomado uma decisão tão errada. A Alice ficava bem era connosco e não com o Rick. Tínhamos que ir arrumar as coisas da Alice para a irmos levar ao Rick. A Alice ainda não se tinha apercebido o que se tinha passado mas era normal, ela era pequenina.

Chegamos a casa e fomos arrumar as roupas, os brinquedos da Alice.

 

- Mamã, porque é que estás a arrumar todas as minhas coisas? – Perguntou-me ela inocentemente.

 

- Alice, vem cá… - Disse-lhe. Ela veio para o pé de mim e eu sentei-a ao meu colo. – Tu vais ter que ir viver com o teu pai.

 

- Mas o meu pai é ele. – Disse ela apontado para a foto onde estava ela e o Carlisle a dormir no sofá.

 

- Não. Tu tens de ir viver com o teu outro pai. – Ela começou a perceber o que eu estava a dizer.

 

- Não! Eu não quero ir viver com ele! Eu quero viver com vocês! Vocês é que são os meus pais. Eu não quero ir viver com ele! – Gritou ela.

 

- Eu também não queria que tu fosses viver com ele. Eu queria-te aqui mas o Juiz disse que tu tinhas que ir viver com ele.

 

- Mas eu não quero! – Começou a chorar.

 

- Eu sei, meu amor! – Disse-lhe abraçando-a.

 

Continuamos a arrumar as coisas e quando acabamos, o pai da Alice tocou à campainha. O Carlisle atendeu a porta. Levei as malas dela lá para baixo e ela veio comigo. Ela despediu-se do Edward e do Emmet e depois veio para o pé de mim e pediu-me colo.

 

- Mamã, eu não quero ir… - Sussurrou-me ao ouvido.

 

- Mas tens de ir, ok? Promete-me que te vais portar bem.

 

- Ok. – Disse ela passando do meu colo para o colo do Carlisle. Ela despediu-se do Carlisle. Depois ele meteu-a no chão e ela foi com o Rick.

 

Ele meteu-a no carro e meteu as coisas dela no carro e foram embora. Eu sentei-me no sofá e comecei a chorar…

 

Narrado na terceira pessoa

Os dias seguintes, as semanas seguintes e os meses seguintes foram angustiantes para a Esme e a sua família. Eles sentiam todos a falta da Alice. A Esme sentia falta de acordar com a Alice a subir para a sua cama. Sentia falta da sua energia. Sentia falta dos seus beijos, dos seus abraços, da sua voz angelical, sentia falta dela. Não era a única. O Emmet e o Edward sentiam falta das brincadeiras com a Alice, das sessões de consola. O Carlisle sentia falta de a Alice adormecer no seu colo.

 

Desde que o Rick a levou, eles nunca mais a viram. O Rick não os deixou ver mais a Alice. Nunca mais tiveram notícias dela. Nem sequer sabiam onde ela morava ou se estava em algum jardim infantil. Eles queriam desesperadamente saber notícias da Alice. Todos os dias esperavam que o telefone tocasse ou ouvissem a campainha e fosse a Alice do outro lado. Tinham sempre essa esperança. Nunca a perdiam.

 

A Alice estava a passar os piores meses da sua vida. Não se sentia protegida. Não sentia amor, carinho, amizade, ternura, doçura que a sua família lhe costumava dar. Sentia falta de isso tudo. Sentia falta de ouvir bater o coração da sua mãe quando se aconchegava a ela e lá adormecia. Ela aqui, com o Rick, nunca podia dormir ao pé dele quando tinha medo de algo ou lhe doía algo. Ele nunca queria saber dela. Não conseguia dormir mais de metade da noite por causa do barulho que o Rick e os amigos dele faziam a jogar Poker, e a rir e a falar, já bêbados. Tinha sempre medo que algum lhe entrasse pelo quarto a dentro e lhe fizesse algo. Ela tinha passado estes meses apavorada.

Praticamente não tinha amigos nem ninguém com quem brincar além de estar no jardim-de-infância. Ela não conseguia socializar com ninguém. A Bella não estava no mesmo ano que ela. A Bella era mais velha. A Alice sentia-se sempre muito sozinha. Ela acordava todos os dias, menos Sábados e Domingos, às sete e meia da manhã para ir para o jardim-de-infância e depois o pai só a ia buscar por volta das sete e meia se não se esquecesse dela lá. Aos Sábados e Domingos o pai nunca lhe preparava nem pequeno-almoço, nem almoço nem jantar. Ela nesses dias praticamente que não comia. Rick tinha deitado metade dos seus brinquedos para o lixo por causa que não cabiam no minúsculo apartamento onde viviam ou então por causa de castigos. Eles viviam num lugar imundo onde os vizinhos lhe metiam medo. Muitas vezes o pai deixava-a sozinha em casa para ir para os bares e depois chegava a casa, bêbado.

 

Houve um dia, em que ele não estava com paciência para fazer comida e a Alice só dizia que estava com fome. Ele enervou-se e bateu-lhe. A Alice começou a chorar e dirigiu-se para o seu quarto. Não saiu de lá durante dois dias. Ela a partir daí passou a ter mais medo do Rick do que o que tinha.

Houve uma noite, em que muitos dos amigos do Rick apareceram lá em casa. Mais do que o costume. Ela pôs-se dentro da cama a tremer. Ela queria dormir mas não conseguia devido ao medo que sentia. Ela tinha a luz da mesa-de-cabeceira acesa e estava a ouvir a conversa dele como de costume pois eles falavam muito alto mas chegou a uma altura da noite que eles começaram a falar mais baixo. Ela apenas conseguiu perceber “…banco… assalto… conduzes tu… eu vou buscar o dinheiro… nada de matar ninguém…” Ela não sabia muito bem o que aquelas expressões queriam dizer mas sabia que algo de mau estava para acontecer. Sabia que o que ouviu não era nada de bom. Passado umas semanas, ela estava no seu quarto e ouviu o Rick a sair de casa. Ela sabia que tinha ficado sozinha. Ela nestes momentos sentia-se só e insegura. Nestes momentos, ela queria sentir os braços da mãe dela a envolverem-na. Queria sentir a segurança que a sua mãe lhe transmitia. Ela sentia saudades dos seus pais e dos seus irmãos. Desde que foi para aqui que não soube mais deles. Ela queria desesperadamente vê-los mas não podia pedir ao Rick pois tinha medo que ele lhe batesse outra vez. Agarrou-se à sua boneca e tentou dormir pois sabia que se não dormisse no dia a seguir ia sentir-se cansada e ela não gostava de se sentir cansada pois lembrava-se de quando tinha leucemia. Ela não apagou a luz do candeeiro situado na mesa-de-cabeceira pois assim sentia-se mais segura. Acabou por adormecer de madrugada. Quando voltou a acordar, sentia que algo estava errado. Sentia a casa muito silenciosa. Levantou-se da cama e foi para a sala. Não estava ninguém na sala nem na cozinha. Ela decidiu ir espreitar no quarto do Rick. Abriu a porta devagarinho para não fazer barulho. Olhou lá para dentro mas não viu ninguém. Sentiu-se assustada. Ela percorreu a casa toda à procura do Rick mas ela não encontrou ninguém. Chegou à conclusão que continuava sozinha em casa mas sabia que era de manhã e que o Rick já devia ter voltado. Ela deitou-se no sofá e aninhou-se. Ficou ali à espera que alguém aparecesse. Passaram-se horas e ninguém aparecia. Ligou a televisão no canal de desenhos animados para ver se se distraía. Já estava a escurecer e ela continuava sozinha em casa. O medo dentro dela crescia cada vez que escurecia mais. Ela tinha medo de ficar sozinha no escuro. Já estava muito escuro quando ela houve um grande barulho vindo de fora do apartamento. Lágrimas lhe delineavam as bochechas. Tentava não fazer barulho para ver se não entravam no apartamento. O barulho cada vez aproximava-se mais donde ela estava, até que chegou onde ela estava. Uns homens arrombaram a porta do apartamento. Ela encolheu-se mais no sofá e chorava cada vez mais. Sentia um medo horrível dentro dela. Ao arrombarem o apartamento ouviu: “ Polícia!”. Não percebia o que a polícia estava a fazer no apartamento mas sabia que a polícia era pessoas boas. Um deles veio ter com ela. Ela encolhia-se mais no sofá, inconscientemente. Reconhecia-o de algum lado. Quando ele se chegou mais perto percebeu que era o pai da Bella. Ele pegou nela e ela continuou a chorar no ombro dele. Depois ela foi levada para a esquadra. Ficou lá umas horas a fazer uns desenhos mas ela sentia-se muito cansada. Ela queria dormir. Uma mulher apareceu na esquadra e levou-a. Sabia para onde ia. Ia para um orfanato e ia outra vez para adopção. A mulher levou-a para o mesmo orfanato onde tinha ficado da última vez. Deitou-a numa cama e a Alice deixou-se ficar. Ela estava tão cansada que não queria saber de mais nada. No outro dia acordou com a barulheira de um típico orfanato. Acordou, comeu muito pouco e depois foi para um canto brincar.

 

Charlie sabia que tinha de ir avisar o Carlisle e a Esme que a Alice tinha ido parar outra vez para adopção. Ele sabia o quanto a Esme e o Carlisle gostavam dela e como a Alice se sentia feliz com eles. Ele sabia que os três mereciam ser felizes. Logo que pode, Charlie foi a casa da Esme e do Carlisle dizer-lhe que a Alice estava outra vez num orfanato e contar o porquê disso. Contou-lhe que o Rick tinha assaltado um banco e que tinha sido preso durante o assalto. A polícia soube que ele tinha deixado uma filha de 4 anos, sozinha em casa e foi lá busca-la. Essa filha era a Alice e ela foi para outra vez a um orfanato. Carlisle e Esme ficaram felicíssimos com a notícia. Eles foram logo falar com a assistente social para ficarem com a Alice outra vez. Desta vez não ia ser tão complicado nem demorado como na primeira porque a Alice já tinha ficado com eles, e a assistente social conhecia as boas condições da família Cullen. Sabia que a Alice ficaria bem entregue à família Cullen.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostadoo! (: E claro, espero muitos comentárioss!
Bjs
S2



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