Desventuras de Uma Adolescente escrita por Alice_Alice


Capítulo 12
A Vida Nem Tão Perfeita De Luke Swam


Notas iniciais do capítulo

Malls mesmo a demora, gente.
Eu apenas estava me dedicando a um tipo diferente de fanfic.
Boa leitura.
Bjs,
Alice_Alice



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/84267/chapter/12

Chegando nas casa dos Cullen, tranquei a porta atrás de mim e fui para o quarto de hospedes, coloquei a bolsa em cima da cama, e me sentei, passando a mão no cabelo em um gesto cansado.

“I´m a banana!” “You´re what?” “I´m a banana!” ouvi e então começou uma musiquinha. Era meu celular.

Atendi.

- Alô?

- Jasper! Oi. Por que ligou?

- Tô pensando em me declarar para a Alice hoje. Vou, não vou?

- Vai, ué!

- Ta! Valeu!

- Espera! Jasper! Você andou mudando o toque do meu...-ouvi-o desligar.-...Celular?...

Suspirei e sorri.

Sim, essa era uma boa noticia.

Agora, eu só podia fazer figuinha para tudo dar certo.

Deitei na cama e fiquei olhando fixamente para o teto.

“I´m a banana” “You´re what?” “I´m a banana!”. Atendi o celular.

- Que é?!

- Nossa, oi. Tudo bem? Também tô bem. Valeu por perguntar.

- Luke?! Ah, desculpa! Eu pensei que fosse outra pessoa...

Eu não sei se você se lembra, então... Luke é meu primo. Filho da irmã mais nova da minha mãe. Ele é um pouco mais novo que eu.

Ele riu.

- Tudo bem. Então, ouvi dizer que...

- É, eu sei o que você ouviu dizer! Pensei que todos na família tivessem ficado sabendo quase ao mesmo tempo que Renné! –eu disse, interrompendo-o.

- Bom, não todos. Tio Lui ainda não sabe. E acho que nem vai saber...

Franzi a testa.

- E por que?

Ele riu, maldoso.

- Ele teria um ataque do coração... Não que fosse me importar com isso...

- Você mora com ele, Luke! Como pode dizer isso?

Nessa hora, tive certeza de que ele revirou os olhos.

- Revirar de olhos... –ele disse, como era costume. Já que eu não podia vê-lo pelo telefone. –É exatamente por isso que posso dizer que eu não me importaria... O cara é um mala...

- É. Mas se ele morresse, você iria morar com a tia Julieta, o tio Paulo, Curtney e...

- Witney... –ele me interrompeu. –Tia Julieta, tio Paulo e as idiotas da Curtney e da Witney, eu sei. Quer saber, você tem razão... É melhor ficar com o Lui...

Te contei que Curtney e Witney são irmãs? Não?

Pior ainda, não são só irmãs, são gêmeas. Gêmeas idênticas. As duas purpurinadas cheias daquela “patrcinhesa” toda.

- Ou, talvez, você iria morar com Renné. Mas vou dizer: eu tenho experiência em morar com Reneé Swam, Luke, e não é nada legal.

- Aonde é que você tá agora?

- Na casa de uns amigos. –respondi. Sim, usei o plural. Alice e Edward.

- Lukeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee..! –ouvi pelo telefone a voz de meu tio Lui gritando.

Luke riu.

- Acho que eu vou ter que desligar...

- Se meteu em muita encrenca?

- Hmmm... Vamos deixar esta conversa para outro dia, O.K?

- Lukeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!

Ele riu.

- Tchau. Beijos, Bells.

- Lukeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee, desce aqui a-g-o-r-a!

Rindo, ele desligou.

Você deve estar querendo saber por que Luke não mora com a mãe dele.

Beeeeemm, então eu vou dizer...

Ela está morta.

A história é essa: uma vez, quando era pouco mais velha que eu, fugiu de casa, se encontrou com um cara (pai de Luke) fez amor com ele, ficou grávida, deu a luz.

Casou-se com o cara, eles se separaram uma semana depois da lua de mel. Ela nunca mais viu esse cara na vida. Entrou em depressão. Começou a usar drogas (graças á Deus já tinha parado de amamentar Luke nessa época), e sempre saía em “viagens” em que ficava o fim de semana inteiro fora, se drogando na companhia de outros vagabundos. E, por amor á Luke –só pra constar: Luke era a única coisa no universo com quem ainda se importava, e, no estado em que ela estava, pode ter certeza de que ela ter feito o que fez foi melhor para ele- decidiu dar ele para a adoção.

Furiosa, minha mãe pensou em adotá-lo de volta, mas meu pai a convenceu de que ia ser muito complicado criar á mim e á Luke, então, minha vó o adotou. Há três anos, ela morreu e Luke ainda não se recuperou disso, nossa avó era para ele o que a mãe nunca fora. Mas isso é outra história...

Enfim, a mãe de Luke não tinha mais como pagar as drogas e começou a se prostituir. Contraiu AIDS. Entrou em depressão novamente. Álcool e cocaína eram o mundo dela, nem comida comia. Pagava a bebida e as malditas com o dinheiro da prostituição.

Não sei por que –acho que ninguém sabe, mas na minha opinião foi por culpa de algum problema mental que surgiu- ela matou um cara depois de ele lhe pagar o dinheiro da vez em que ela havia se dado para ele.

Isso. Ela simplesmente tirou um revolver do bolso e atirou na cabeça do cara. Na cabeça, umas cinco vezes, no peito, umas cinco também. Deu uns trinta e cinco tiros no total.

Como eu disse, ela devia ter algum problema psicológico, por que enviou uma carta para minha família que dizia algo do tipo:

“Matei um cara. Nunca me senti tão bem. Que cara presta nesse mundo? Cocaína é ótima! Caras só são bons na cama, depois perdem a utilidade. Digam á Luke que mamãe o ama.”

Depois disso, ela saiu matando um monte de caras e até algumas mulheres. A policia a pegou há uns dez anos.

Levou pena de morte.

Luke não a amava, mas isso o abalou completamente. Ele era só um garotinho. Um bebê praticamente. Luke nunca fora uma criança. Ele guarda uma magoa eterna do mundo inteiro.

Pouco depois da morte de minha avó, eu e minha mãe fomos á casa do meu tio e de Luke. Fui procurar por Luke bem a tempo. Ele estava tentando fugir de casa, mas lhe convenci de que só seria pior e que fora assim que sua mãe se “perdeu”. Isso mexeu com ele, e eu me arrependi de ter dito aquilo.

No fim, ele desabafou.

A mãe dele foi condenada à morte, ele nunca vira o pai nem pintado, nossa avó havia morrido... Ele se sentia completamente sozinho no mundo.

Fora minha avó, que o adotou, ninguém nunca fizera nada por ele.

Dei uma de psicóloga. Tentei ajudar o máximo que pude. Ainda me sinto culpada pelo pouco que pude fazer. Considerava Luke como irmão.

Enxuguei uma lágrima que estava prestes a cair.

Até hoje me comovia a história de Luke.

Sabia que ele devia ter uma irmã gêmea? Mas ela nasceu morta. Foi uma pena. Até eu adoraria que ela tivesse nascido. Quem sabe... Quem sabe dois filhos fossem o suficiente para que Estela percebesse que não era o caminho certo antes de inalar cocaína. Mas um não fora.

Estela é, ou melhor, era minha tia. Mãe de Luke.

Foi por isso que minha mãe ficara tão abalada comigo quando engravidei, mas eu nunca, jamais faria o que Estela fez. Não me perdoaria, e tinha certeza de que Luke também não.

Peguei o celular, eu queria ligar para Luke, perguntar se estava tudo bem. Mesmo sabendo que devia estar.

Não se consola uma pessoa anos depois de uma tragédia acontecer, não adianta. Ela já está curada –o tempo cura tudo-, só está sempre de mal-humor, não é de falar muito, não confia em ninguém, é uma pessoa muito irônica, muito sarcástica, gosta de bancar o superior e não quer ajuda de ninguém. Por que não precisa. Por que ninguém estava lá quando precisou...

...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oie, mereço reviews?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Desventuras de Uma Adolescente" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.