Desventuras de Uma Adolescente escrita por Alice_Alice


Capítulo 13
Uma Novidade Assustadora


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente.
Demorei um pouco, eu sei, né, mas agora ta aí.
Espero que gostem.
Bjs.
Boa Leitura.



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Após superar a imensa vontade de andar quilômetros até a casa do meu tio Lui para ver Luke, consegui dormir.

Nenhum sonho. É assim que deveria ser?

Quer dizer, eu costumava ser uma pessoa que sonhava bastante e, normalmente, coisas muito bizarras, mas ultimamente isso não acontecia. Eu só deitava, fechava os olhos, e, quando me dava conta, já havia acordado.

Dormi pouco. Meia hora depois já estava acordada, inquieta.

E se eu ficar de recuperação em Ciências? E se Luke mudar de idéia sobre fugir de casa mesmo tantos anos depois? E se eu perder o bebê? E se o mundo acabar? E se Luke se tornar um Swan “de verdade”?  E se minha mãe morrer? Eu sei que as coisas que ela me disse são coisas horríveis, mas eu não podia simplesmente esquecer que fora ela quem me criou. E se Scott sair contando por aí que eu estou grávida? Ele não teria motivos para fazer isso... Não é? Mas... E quando minha barriga começar a crescer? Eu não vou mais poder ir para a escola!

Tentei me aliviar das perguntas, encontrando um “retrucação” positiva para cada uma delas.

Quando chegou do colégio, Edward cumpriu o havia dito e me ajudou com Ciências. Ele explicava de uma maneira que fazia parecer fácil. Talvez que melhor que o próprio professor.

Claro que não é de um segundo pro outro que uma pessoa aprende alguma coisa, mas esclareceu um pouco a cabeça. E, além disso, foi mais legal do que tentar estudar sozinha.

Depois, conversamos um pouco e acabei contando á ele sobre Luke. Nada do tipo de “A mãe do cara era uma vagabunda que o abandonou”, não entrei em detalhes por que a história não era minha, mas de Luke, e ele não ia gostar que eu a ficasse espalhando por aí. Era questão de privacidade.

Mas, sem querer, acabei comentando sobre ter um primo a quem eu era muito apegada e que havia sofrido bastante. Edward riu quando eu lhe disse que queria correr até o outro lado da cidade para ver o Luke. Ele me convenceu a deixá-lo me levar até a casa de meu tio um dia desses. Eu disse que não precisava, mas ele insistiu. Ele não tinha que ser legal daquela forma. Já havia me livrado de estar na rua agora ou da recuperação de Ciências, mas ele não tinha por que ser tão legal. Era demais pedir isso á ele.

Mas ele quase me irritou de tanto insistir, mas, de qualquer forma, o que ele estava fazendo era legal. Muito legal, na verdade. Ele sabia que eu queria me certificar de que Luke estava bem, mas a única forma de ir até a casa de meu tio era de carro. Insistiu até que eu aceitei. Fui relutante, mas a verdade é que eu queria mesmo ver Luke.

Continuamos conversando, até que Alice entrou pela porta, apreensiva. Levou um susto ao nos ver. Disse um “Oi” baixinho e foi para seu quarto, se trancando lá dentro.

Ambos, Edward e eu, percebemos que Alice estava estranha. Eu não sabia se temia o que pensava ser, ou se ficava feliz.

- Mas o que há com ela? –perguntou Edward em voz alta.

- Acho que eu sei. –respondi. –Vou falar com ela.

Ele assentiu.

Aproximando-me do quarto de Alice, pude ouvir Big Girl Now (Lady Gaga ft. New Kids On The Block) tocando bem alto, mas, quando entrei, ela encarava fixamente e cantando baixinho, não sei nem se ela estava ao menos cantando, por que não saía som algum de sua boca, ou talvez estivesse só sendo abafado pelo barulho.

Sinceramente, Alice tem um gosto muito bom pra músicas.

- Hã, Alice?

Ela me fitou.

- Ah, oi, Bella.

Aproximei-me e sentei em sua cama, do lado oposto ao qual ela estava.

- Então, o Jasper me ligou hoje... –comentei.

- Jasper? Ah! Uhum. Aquele seu amigo lá, né...

- Hã, é.

- Uhum.

Fui direta.

- Alice, ele gosta de você.

Ela escondeu o rosto nas mãos.

- Ah, você já tem que ir dormir? Eu compreendo. Boa noite, Bella.

Decidi não contestar, afinal, ela estava me expulsando do quarto dela.

Sai de lá e fechei a porta atrás de mim.

Para minha surpresa, lá estava Edward. Já comentei que os Cullen são curiosos?

- Edward?

- Juro que não estava ouvindo pela porta!

Dei uma risada.

- O.K.

- Ela está bem? –perguntou, a preocupação evidente em sua voz, embora sua face fosse inexpressiva.

- Não sei ao certo. Mas acho que é algo emocional, não físico, então acho que não precisa se preocupar muito. Dê um tempo á ela. Acho que sei o que é. Volto a falar com ela amanhã.

Ele assentiu.

- Mas... Como assim “emocional”?

Revirei os olhos.

- Esqueça. É coisa de garota.

Ele não pareceu gostar, mas fez que sim com a cabeça.

- Desde que ela esteja bem...

- Ela está. –afirmei.

Sem sonhos. De novo.

Isso me irrita um pouco. Mas deve ser por que eu sempre fui uma pessoa de ficar cansada fácil, ainda mais agora.

Quando acordei, a primeira coisa que fiz foi... Abrir os olhos, é claro.

Mas, imediatamente, peguei o celular e liguei para Luke, queria falar pra ele que talvez eu fosse lá um dia desses.

Ele praticamente implorou para eu ir, disse que tinha de falar comigo pessoalmente e que era urgente. Ele estava sério, sombrio, distante. Imediatamente, fiquei preocupada, mas ele não me explicou nada apenas disse que precisa “urgentemente falar com você ou vou morrer”, foram estas as palavras dele. Luke parecia muito sério, mas aquilo era drama demais. Aliás, ele sabe que eu sou curiosa.

No fim de semana, Edward me levou lá. Disse que era pra eu ligar pra ela quando eu quisesse ir embora, mesmo tendo tanta certeza que eu que isso não seria assim tão cedo.

Agradeci-lhe, e, assim que vi o carro sumir no horizonte, corri para porta.

Toquei a campanhia uma, duas, três vezes e nada.

- Ah, ta, já vou, já vou! Essa gente de hoje em dia...-ouvi meu tio Lui resmungar enquanto ia atender a porta.

Lui é deficiente, sofre de uma doença e acabou numa cadeira de rodas. Ele é um cara de idade, baixinho, em roupas sofisticadas e cabelo arrumado com gel. Seus olhos têm um tom cinza-esverdeado muito bonito, seu cabelo é de um tom preto-passando-para-branco.

Ele é um tiozinho sem paciência e irônico, mas nasceu assim, de qualquer forma. Como todos os irmãos de minha mãe.

Minha mãe tem cinco irmãos e, contando com ela, minha avó teve seis filhos. Tio Lui era o mais velho deles.

Ele atendeu a porta –finalmente!- e me encarou.

Usava um blazer preto e uma calça combinando, sapatos lustrosos e seus óculos, como sempre, estava no nariz, quase caindo. Ele os ajeitou e continuou me encarando.

Então gritou apenas:

- Lukeeeeeeeeee!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! A Isabella ta aqui!!!!!!! –ele esperou um pouco e então: -Lukeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee, a Isabella ta aquiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!

É, ele é bem escandaloso.

Ouvi outro grito vindo de dentro de sua enorme e branca mansão.

- Bella! –era a voz de Luke. Não era como se estivesse me chamando, mas como se percebesse, com um sobressalto, que Lui se referia á mim.

Rapidamente, vi uma sombra escura rolar as escadas.

- Luke! –corri para dentro da mansão, esbarrando em meu tio, que resmungou e se virou para me ajudar a socorrer seu tão “não-gostado” sobrinho.

- Você ta bem? O que aconteceu? –perguntei, preocupada, enquanto Luke gemia de dor no chão, jogado como um mendigo aproveitando seu melhor dia.

- Estou, estou. Estou bem. –ele disse, se levantando com dificuldade.

Luke era um garoto de quatorze anos, prestes a fazer quinze, que usava roupas pretas com estampas medonhas ou “zoadoras” –ás vezes as duas- e achava graça em tudo.

Era pouco mais alto que, e isso o irrita, pois se considera muito baixinho.

Tem cabelos e olhos negros como carvão -provavelmente como o pai, por que, pelo que vi em fotos, Estela não tinha esses cabelos nem esses olhos- que entram em um contraste perfeito com sua pele superbranca, albina.

- Bella, eu preciso falar com você. –anunciou, então me puxou pelo braço escadarão acima, ignorando nosso tio, que nem se importou.

Chegando lá, ele não disse nada.

Sentou-se em sua cama e encarou fixamente o chão.

Sentei-me a seu lado.

- Luke? –sussurrei. –O que foi?

Ele olhou para mim rapidamente, então desviou o olhar para o chão e disse:

- Ele veio me ver, Bella.

- Quem, Luke?

Ele pareceu nem ouvir, continuou encarando o chão o sussurrou?

- Ele veio.

- Quem é “ele”?

- Lucas Alvredo de Césars.

- O quê? Quem é esse?

- Meu pai, Bella. Ele veio... me ver.

...


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Notas finais do capítulo

Gente, mereço reviews?
Bem, espero que sim, mas...
SE EXISTE DE VERDADE UM LUCAS ALVREDO DE CÉSARS, ISSO FOI SÓ UM COINCIDÊNCIA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
AH! E a Música que Alice tava ouvindo aquela hora: SUPER-RECOMENDO. OUÇAM. É MUITO BOA.
Bjs.



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