Com o primeiro choro de cada criança para ela é designado um bicho-papão – alguns desses temíveis monstros vagam a Terra a incontáveis eras e gerações tendo dezenas, centenas ou milhares de anos de experiência em assustar e amedrontar... Papão, por outro lado, nasceu hoje e – como um bicho-papão de primeira viagem – não tem a mínima ideia do que está fazendo.
Papão só sabe que, talvez, não queira assustar ou apavorar essa criança.

Ser a última pessoa na terra era tão entediante quanto parecia. Mas Natalia estava indo “muito bem, obrigada!”. Anos depois do mundo ter acabado, suas únicas preocupações eram a comida e água que consumia, ter sempre um pano no rosto para se proteger das tempestades de areia e garantir que sua playlist favorita (a única que tinha) nunca parasse de tocar. Até o impossível acontecer, e outras pessoas cruzarem seu caminho. Felizmente, o mundo, por mais desolado que seja, é grande demais para ser reivindicado por uma única pessoa.

[Desafio Drabble 2021]

Hanna nunca permitiu que o tempo a fizesse esquecer de Michael. Mas algo inexplicável aconteceu e fez com que as lembranças que possuía com ele sumissem de suas memórias.
Será que Hanna aceitará sua condição e seguirá em frente, deixando o passado para trás? Ou será que mesmo assim ela não desistirá de reencontrar seu melhor amigo de infância?

“Se eu beber hoje eu vou te ligar e duvido que você não vem. Eu tento te esquecer, mas confesso a você não dá. Eu te procuro e não encontro em ninguém. Tudo tão falso, fictício. Eu minto pra mim mesmo desde o início. Eu escondo meus sentimentos tão fácil. Será que eu faço tudo ser mais difícil? Eu vou vivendo morto de saudade, sempre lembro e sofro. E é crueldade comigo mesmo, mas eu não consigo superar.” Murilo.

“Faria tudo pra te ver dizer que por mais que não pareça, eu tenho coração. Eu sei que não fui a pessoa mais verdadeira, mas fiquei a noite inteira pensando em como pedir perdão. Se o mundo não acabar hoje eu vou te buscar pra ver o sol nascer enquanto eu consigo te abraçar talvez pela última vez. Eu vou tentar. E no fim eu entendo você não querer retroceder. Mas ainda sinto que nunca vai existir nada igual a nós dois.” Kevin.

“Noites em claro, lembranças que se tornaram fantasmas que vem de um passado antigo. Nem tudo na vida se resolve só com perdão. Eu quase sempre tenho a sensação de estar perdido. O que eu faço com esse vazio? Eu vivo buscando razões pra continuar, mesmo quando perco o caminho, mesmo quando não tenho razão pra amar. E por mais que você me peça não consigo dizer que te amo, por favor, entenda.” Arthur.

“Deixo na mão do destino, cansei de abrir mão das coisas que eu vivo pra estar contigo e te ouvir dizer que não confia em mim. Tudo que vivemos foi tão natural, embora eu nem saiba mais se foi legítimo. Quanto tempo nós estamos nesse jogo? Diz que vai embora e some, volta como de costume pedindo desculpa. É sempre sobre como você não viu o quanto é incrível que não passasse pela mente, arriscar me perder por causa de uma ocasião, tudo se resolveria numa conversa sem forçar esse enorme desentendimento.” Alice

Anna Laura Whitmore estava determinada a seguir os passos do pai e se tornar a CEO da empresa da família, mesmo sendo a única filha mulher, mas isso não a incomodava. Forte e determinada ela só precisa terminar a faculdade para viver seu sonho e se sentir realizada, por que se dependesse da sua vida amorosa, realização era a última coisa que ela iria ter. Analu era uma princesa guerreira como dizia a mãe, só que isso não impedia que ela fosse péssima com romances, na verdade, ela era do tipo que os vivia mais intensamente na ficção que na realidade. Porém, quem sabe, o destino ou um par de olhos intensos estivessem prestes a mudar isso de uma vez por todas.
Alex Harper não era do tipo sonhador, não mais, não depois que sua melhor amiga e mãe do seu filho morreu no parto, não depois que os avós do bebê disseram com todas as letras que não o queriam e que ele podia fazer o que quisesse com a criança. Ele não podia acreditar em como a sua vida tinha mudado tanto em tão pouco tempo, mas era isso, tinha que ir a faculdade, trabalhar e cuidar do filho, não tinha tempo para romances ou contos de fadas, principalmente um que envolvesse uma princesa irritante e muito teimosa.
O amor é engraçado, surge nos lugares mais estranhos e de formas que se nunca imaginou, mas será que um esbarrão é o suficiente para mudar a vida de duas pessoas para sempre? Ou talvez os olhos inocentes de um bebê faça isso por eles?

“Um esbarrão pode mudar a sua vida.”

Isabel não se considera uma garota corajosa. A única vez em que cometeu um ato de coragem (em seu humilde ponto de vista), foi unicamente por acidente. Porém, uma vez jogada aos lobos sociais, também conhecido como trocar mensagens com sua paixão platônica, Isabel descobre que manter um relacionamento em plena pandemia é um desafio. Por sorte, Isabel ama desafios quase tanto quanto ama Ivan.

[drabbles 2020]

O ano é 2019, os deuses gregos ainda estão presentes, mesmo que muito, muito menos influentes no mundo mortal. Vencido pela esposa, Hades aceita realizar o natal no Submundo pela primeira vez em todos esses anos. No fundo, ele nem se importa com a festa, só o que ele quer é dar a ela seu tão esperado presente...

—-One Shot (à princípio)--

Era apenas mais um acampamento de verão para um, onde contaria as horas para que as férias acabassem.
Para o outro, era a primeira vez em que passaria tanto tempo longe da família e uma nova forma de enxergar a natureza.
Mas para os dois meninos, seria uma viagem de descoberta de seus corações, a sexualidade e o amor.

Enquanto a nave subia em direção às estrelas, J.J. fez questão de colocar Frank Sinatra para tocar nas alturas. Talvez assim ele conseguisse esquecer quem deixou para trás, na Terra.

Helena, aos 17 anos, está submersa em uma rotina chata: o último ano do Ensino Médio consome suas energias, e a exclusão social quase completa no colégio, que a transformou na garota esquisita do fundão, não ajuda em absolutamente nada. Assim, fora os poucos amigos e o treino de muay thai, ela não vê muitos motivos para sorrir.
No entanto, quando uma aluna nova entra em sua turma no meio de Abril, a monotonia do Ensino Médio parece ganhar outros ares; Marina desconhece as regras sociais não-ditas da turma, não se importa em falar o que pensa e, ainda por cima, parece querer se aproximar apenas de uma pessoa, em toda a sala: Helena.
E é impossível evitar todos os tipos de sentimento que essa súbita mudança pode gerar.