Oblivion escrita por Gabrielus
Sob um céu bordado de nuvens brancas,
O vento arrefeceu, levantando uma poeira antiga.
De leste a oeste, de norte a sul;
Ouvia-se um canto baixo de um gaio-azul.
Vigilante sob a costa próxima a baía.
Sobre os campos verdejantes de colinas,
Havia a sina de uma plantação inquietante.
A brisa abraçava fria e distante o limo,
E as flores, em especial calma, um lírio.
Que nascera tão puro em natureza constante.
Viajando inconstante, a ave azul exibia sua plumagem,
Acima das planícies verdes pinceladas de branco.
Um canto esquecido entoava em cânticos,
Enquanto um lírio o escutava em sua passagem.
Quem diria que o ouvir traria tantas memórias?
Faria lembrar de outros poemas e histórias.
É interessante como o passado é uma anedota,
Que continua viva e melodiosa.
A nostalgia faz as flores lembrarem o passado do campo...
Faz as aves explorarem o timbre de seu canto.
Enquanto um desejo presente se mistura,
Com algo passado há tanto.
Pode ser só devaneio nessa cadeira de balanço,
Ou a velhice consumindo os meus sonhos.
Sinto-me quase como aquele gaio-azul,
Com as asas ávidas me guiando,
Após finalmente aprender a voar.
Posso ver pouco além da vista desse barranco,
Ou são meus olhos e meus cabelos já brancos.
Vejo-a como uma flor naquele jardim infindo,
Inexorável, soberano, puro, vivo,
É toda a natureza etérea daquele lírio.
De toda forma, observo o tempo passar...
O que conquistei e o que recordei ao olhar
Essa paisagem de céus e colinas ímpar.
Foi desejo, anseio, liberdade, vida.
Agradeço a flor que apareceu para mim,
No jardim daquele dia.
~Gabriel.
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