Há momentos em que eu prefiro estar sozinho...

No passado, o comum era deixar sentimentos

De lado, como se fosse fácil compará-los a lamentos.

Aos poucos, preferi calá-los, pois eram diversos,

E todas, ou quase todas, não gostavam dessa intimidade.

Faz tempo desde que comecei a refletir, como um abade,

Sobre as consequências da profundidade.

Parece que há muito em si para descobrir, ou demonstrar,

E todas, ou quase todas, preferem a superficialidade.

Por que perder tempo mergulhando em águas profundas?

Por que padecer de tempo por uma relação futura?

Muitas vezes a rotina se torna uma tortura,

Principalmente para todas, ou quase todas, que queiram eternas aventuras.

Poderia ter entendido isso, no seio ingênuo da adolescência...

O que cresce a vontade de efetuar meus desejos de diligências.

Sutil, meu verso tranquilo, passeia pelo eu menino,

Em que um grito fino, quase ambíguo, guia os ventos do meu destino.

É assíduo atender efusivo aos meus cortejos sucintos...

Quando a vejo, inocente e crescente, algo toco que é sincero.

Pode ser que seja só uma quimera, ou mesmo um passageiro exímio,

Em que um tecido fino, quase invisível, engoda minha visão por certo.

Meus planos, são céticos, monótonos e ordinários...

Quando penso, esqueço o quanto foi deixado

De lado, para poder prosseguir sem nelas pensar.

Especialmente na fineza, quase finesse, de ser detentor de um amor palpável.

Sombras se reúnem ante meu jantar palatável,

Os cigarros que eu deixei no passado, deixaram de ser tragável.

Porém, trago comigo seu efeito inflamável,

Que consiste nas tosses de meus pulmões, dor amável.

Que possuí significado...

Tanto dissertei sobre um assunto por mim já terminável.

O que procuro? Creio não poder ser tão breve nesse caso...

 Persigo o sentimento etéreo de um clamor interminável.

Em que há momentos em que prefira estar contigo...

~Gabriel.