Oblivion escrita por Gabrielus


Capítulo 16
Guanabara




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Minha cidade não tem estrelas...

Mas tem corpos celestes famintos pela luz.

Tem o sangue de uma chacina, coroada por uma cruz,

E águas profundas e insalubres de uma enorme baía,

Que liga os pontos da minha cidade,

E a nomeia com um velho apelido de embarcação à vela.

Tem os piches e grafites como pintura à aquarela,

E residentes sem casa que moram perto dela.

 

Há o deslumbre da importância colonial,

Misturada às belezas únicas de seu extenso litoral.

 

Minha cidade tem morros...

E do alto de cada um deles, há uma visão única e peculiar.

Há também o perigo d’onde pisar;

Como o receio do “quão tarde está”.

Pela alameda de uma movimentada avenida,

Nossa Senhora deve caminhar,

E se deleitar da beleza opaca,

Onde o sol só queima se você deixar.

 

Nos jardins da minha cidade,

Há árvores de existência milenar.

Há o Cristo, acima de um monte, para nos abençoar.

Redentor às belezas tão únicas desse lugar.

 

Minha cidade tem miséria...

Têm pedintes a cada esquina vazia,

Tem algumas bocas famintas.

Tem meninas aflitas,

Tem violência, sexo e bebidas.

Tem sujeira imunda escondida.

Corrupção, luxúria e entropia.

É destruída, quebradiça e...

Perdida.

 

Minha cidade é banhada,

Por seu extenso litoral.

As belezas que aqui se encontram,

Não mais se encontram em nenhum local.

~Gabriel.


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