Oblivion escrita por Gabrielus


Capítulo 11
A Balada de Lord Byron




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/809184/chapter/11

Eu pensei em aposentar minha caneta,

Após quase meia dúzia de casos de amor.

Não cogitei como a ideia mais correta,

Todavia, a mais inepta para dor.

 

A primeira dama,

Iludiu-me com seu sorriso fácil,

E seu rosto, às vezes, mal-humorado.

Quando resmungava seus infortúnios a mim,

Eu sentia um sentimento quase engraçado,

Se desprender, assim.

Eu a amei aos poucos,

E assim, ela me deixou também.

A mecha azul em seu cabelo me seguiu até o fim...

E ela partiu, sem avisar ninguém.

 

A segunda dama,

Completava os meus versos com frequência.

Enquanto tocava sua guitarra, com doce eloquência,

Quando me perguntou: “O que é felicidade? ”,

Preocupei-me em responder, antes que fosse tarde,

E o instante passasse.

Eu a amei de imediato,

E assim, ela se desapegou a mim também.

Não era como se ela fosse meu espelho...

E ela sumiu, sem notificar alguém.

 

A terceira dama,

Gostava de conversar comigo sobre o tempo,

E me indicava diversas melodias independentes,

Ouvindo os meus solos de baixo diletante.

Quando questionou minha intimidade,

Prontifiquei-me a dizer alguns medos, relutante.

Eu demorei a amá-la,

E assim, eu senti dela também.

Há corvos e lobos que não coexistem em paz...

E nós nos despedimos aquém.

 

A quarta dama,

Percebeu beleza oculta em meus versos.

Comentava minhas estórias com textos céticos,

Mandávamos letras de músicas em e-mails esotéricos.

Quando perguntou sobre enamorarmos,

Aquietei-me em prosear para nos acalmarmos.

Eu até cheguei a amá-la,

E assim, foi com ela também.

Mas, como namorados, nunca nos demos bem...

E decidi romper nosso vínculo, deixando-nos sem.

~Gabriel.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!