Oblivion escrita por Gabrielus
Eu pensei em aposentar minha caneta,
Após quase meia dúzia de casos de amor.
Não cogitei como a ideia mais correta,
Todavia, a mais inepta para dor.
A primeira dama,
Iludiu-me com seu sorriso fácil,
E seu rosto, às vezes, mal-humorado.
Quando resmungava seus infortúnios a mim,
Eu sentia um sentimento quase engraçado,
Se desprender, assim.
Eu a amei aos poucos,
E assim, ela me deixou também.
A mecha azul em seu cabelo me seguiu até o fim...
E ela partiu, sem avisar ninguém.
A segunda dama,
Completava os meus versos com frequência.
Enquanto tocava sua guitarra, com doce eloquência,
Quando me perguntou: “O que é felicidade? ”,
Preocupei-me em responder, antes que fosse tarde,
E o instante passasse.
Eu a amei de imediato,
E assim, ela se desapegou a mim também.
Não era como se ela fosse meu espelho...
E ela sumiu, sem notificar alguém.
A terceira dama,
Gostava de conversar comigo sobre o tempo,
E me indicava diversas melodias independentes,
Ouvindo os meus solos de baixo diletante.
Quando questionou minha intimidade,
Prontifiquei-me a dizer alguns medos, relutante.
Eu demorei a amá-la,
E assim, eu senti dela também.
Há corvos e lobos que não coexistem em paz...
E nós nos despedimos aquém.
A quarta dama,
Percebeu beleza oculta em meus versos.
Comentava minhas estórias com textos céticos,
Mandávamos letras de músicas em e-mails esotéricos.
Quando perguntou sobre enamorarmos,
Aquietei-me em prosear para nos acalmarmos.
Eu até cheguei a amá-la,
E assim, foi com ela também.
Mas, como namorados, nunca nos demos bem...
E decidi romper nosso vínculo, deixando-nos sem.
~Gabriel.
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