Sunshine escrita por bellafurtado


Capítulo 12
Livro I: Capítulo 10 – Recolocando...


Notas iniciais do capítulo

Agradecimentos especiais a todos os que deixaram reviews! Mesmo eu estando sem tempo para responder, eu leio todos e são o meu combustível, eu amo muito vocês! Obrigada pelas opiniões, pelos elogios... por tudo! O Livro I só vai ter mais o epílogo... e depois... Livro II, lá vamos nós!!! Comentem!!!

beeijos:*
bellafurtado (:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/80516/chapter/12

Livro I: Capítulo 10 – Recolocando...

                Já havia passado uma semana, e nada de Jared , Jamie e Melanie. Nem uma notícia. E isso implicava nada de novo corpo para a Peg. Ian estava cada vez pior. Eu estava ficando preocupada e com medo do que quer que pudesse ter acontecido.

                Nesse instante, eu estava com Kyle e Lily, estávamos nos campos. Lily não gostava de ficar sozinha, pois quando não tinha nada na cabeça, se lembrava de seu namorado morto, Wes. Então, estava sempre trabalhando, tanto nos campos quanto na cozinha.

                Eu quase nunca trabalhava o suficiente para poder pagar minhas “dívidas” com aqueles humanos tão bons e simpáticos, por culpa do meu corpo frágil. Mas não só por causa dele. As pessoas meio que tinham pena de me deixar trabalhar por muito tempo, então eu era mais uma espectadora do que uma trabalhadora.

                -Estou preocupada – murmurei. – Eles estão demorando para voltar. Saíram antes de eu voltar e até agora nada...

                -Concordo – Kyle falou enquanto retirava a terra de um canteiro para poder plantar um pouco de sei-lá-o-que. – Se Ian passar mais um dia sem comer, ele vai ficar desnutrido. Ele está muito mal. Estou com vontade de dar uns bons cascudos naquela cabeça dele por ser tão idiota.

                Rolei os olhos. Eu faria a mesma coisa se fosse Kyle no lugar de Peg.

                -Alguma notícia? – Kyle perguntou envergonhado.

                -Não, desculpe – murmurei. Quando ele perguntava se eu tinha notícias, era mais como se perguntasse “Jodi finalmente apareceu?”. – Eu juro que estou tentando, mas ela não aparece.

                -Está tudo bem, Sunny – ele murmurou. Mas não parecia nada bem. Se apoiou na pá, respirou fundo e tirou a camisa. Senti meus hormônios à flor da pele e desviei o olhar, extremamente corada.

                Lily estava absolutamente quieta. Eu realmente queria ajudar, mas da última vez que tentei só a deixei mais triste. Percebi que somente o tempo a livraria daquele fardo e daquela imensa dor. Quando Kyle e Lily terminaram de cavar, plantaram o sei-lá-o-que no buraco e o tamparam, jogando um pouco de água lá.

                -Ufa – Kyle disse. – Finalmente terminamos com isso. Vamos comer, Sunny?

                Quando eu estava prestes a responder, percebemos que a maioria das pessoas saía da caverna onde plantávamos. Saíam correndo para algum lugar fora do alcance de nossas vistas. As únicas palavras que consegui distinguir saíram de Reed, que havia acabado de chegar e falava eufórica com Heidi:

                -Ela é muito fofa mesmo, Heidi! Tem cabelos cacheados e dourados e a pele meio prateada... uma gracinha! O rosto é cheio de sardinhas...

                Eu não estava entendendo de quem estavam falando. Mas Kyle aparentemente entendeu, pois agarrou minha mão e foi me puxando enquanto abria espaço por entre as pessoas. Chegamos ao “salão principal”, onde estavam as pessoas que eu mais queria ver. Fiquei boquiaberta.

                Ali, segurando o corpo de uma garota – que era exatamente como Reed descreveu – estavam Jared, Melanie e Jamie. Jared tentava pedir aos outros que se afastassem, pois precisavam ir até Doc, mas ninguém ouvia. Jeb finalmente chegou ali e deu um tiro para o alto. Todos ficaram imóveis e em silêncio.

                -Nem mais um pio – ele disse. – Saíam da frente, eles precisam passar. Kyle!

                -Sim, Jeb.

                -Vá chamar seu irmão. Peg vai finalmente voltar para ele.

                Kyle não quis admitir, mas esboçou um sorriso de total alegria. Assentiu e saiu correndo atrás de Ian e do criotanque se Peg. Os três “viajantes” passaram a toda a velocidade possível segurando o corpo da menina. Corri atrás deles. Quando chegamos ao pequeno hospital improvisado, explicaram tudo para Doc sobre a menina. Só estávamos aguardando Ian.

                Kyle chegou arfando. Ian estava logo atrás, agarrado ao tanque de Peg.

                -Venha logo, Ian, antes que ela acorde! – Doc chamou. Ian se aproximou. Doc ergueu a mão, pedindo o criotanque, mas Ian negou. – O que está fazendo, Ian? Precisamos fazer isso logo!

                -Não – ele falou. – Eu vou fazer.

                -Está louco?

                -Doc, deixe-o fazer – Jared pediu. Bem, se Jared concordava, não era Doc que discordaria.

                Doc dizia ao Ian o que ele devia fazer e ele fazia, com mais cuidado do que o necessário. Ele colocou a alma da garota dentro do criotanque delicadamente. Pegou das mãos de Melanie o tanque de Peg e o abriu. Ele sorriu ao ver a pequena alma prateada. Meu coração descompassou e eu não pude deixar de sorrir também. Apertei forte a mão de Kyle quando Ian pegou o corpo delicado nas mãos. Ele o colocou no corpo da garotinha de pele prateada.

                Eu podia quase sentir as ligações da alma de Peg se fundindo com o corpo da garota – Pet,foi como Jamie se referiu a ela ao contar a história para o Doc. Ele deu algo para ela que fechou a pequena incisão no pescoço.

                Agora só podíamos esperar um pouco e pronto, ela voltaria, certo? Errado. Estava demorando. Demorando muito. Eu estava preocupado, as emoções humanas me enchiam a todo tempo, me deixando confusa.

                Todos estavam tensos. Já havia mais gente na caverna. Eu e Kyle estávamos mais atrás. Nós meio que tínhamos menos motivos para ficar perto dela. Kyle porque tentou matá-la muitas vezes. E eu... bem, porque eu havia acabado de chegar.

                -Ela vai ficar bem? – perguntei num sussurro.

                Kyle deu de ombros. Parecia tentar esconder seus sentimentos, mas percebi que ele estava... com medo.

                -Eu não sei, Sunny – ele murmurou também. – Não tenho a mínima idéia de como isso funciona. Com Mandy demorou. Com Melanie passou-se pouco tempo. Com Jodi... bem, não deu certo. Na sua volta, foi quase instantâneo. Não existe uma freqüência exata.

                Assenti. Eu tentava me convencer de que tudo ficaria bem, mas no fundo eu estava confusa. E se não ficasse tudo bem? E se ela não voltasse? Senti as lágrimas chegarem aos meus olhos. Eu já estava bem cansada, então decidi me sentar nas rochas mesmo, já que não haviam cadeiras por ali.

                Demorou.

                Muito tempo passou.

                Eu já estava quase desistindo. Me levantei e ia abraçar Kyle. Segurei a mão dele levemente. Ele queria dizer a mim que não daria certo, mas tinha pena. Pena da minha reação. Foi então que ele apertou minha mão com força e sorriu. Ergui-me na ponta dos pés e vi o motivo de sua felicidade: Peg abriu os olhos!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sunshine" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.