Um Amor de Natal escrita por Mari Pattinson


Capítulo 9
Bônus Extra - Alisper (Parte 2)


Notas iniciais do capítulo

Oie, pessoal ♥

Voltei com a segunda (e última parte) do bônus Alisper :)
Não ficou muito extenso, mas foi só uma pontinha do começo do relacionamento deles. Essa foi a primeira vez que escrevi para os dois e confesso que a falta de costume dificultou um pouco, por isso demorei mais para voltar.

Quero agradecer à: novacullen, miss volturi, Camila Amorim Ramos, Valk, pnsyparkinson e Cristina Weber pelos últimos comentários ♥
E claro, agradecer DEMAIS à pnsyparkinson pela segunda recomendação dessa história! Bels, MUITO OBRIGADA por toda a sua sensibilidade e carinho desde o primeiro comentário! ♥ Você é extraordinária!

Espero que gostem dessa continuação :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/805012/chapter/9

PDV: Alice
28 de novembro, 11:00h

Desci as escadas depois de um banho quentinho e relaxante e me deparei com a cena mais romanticamente melosa possível: Edward passando pomada nos machucados do rosto de Bella. Apesar de tentarem disfarçar, era quase palpável a tensão entre os dois e a maneira como olhavam um para o outro era capaz de dar diabetes a qualquer pessoa.

Os dois estavam à sós na sala e não queria interromper, então virei-me para voltar ao andar de cima quando trombei com um corpo firme e bastante forte – e se não fossem os braços desse mesmo corpo me segurando, teria ido ao chão.

O meu coração disparado e os arrepios em minha coluna não me deixaram dúvidas quanto a quem pertenciam aqueles braços – embora considerasse aquelas reações totalmente ridículas e descabidas. Por que meu corpo tinha que reagir de um jeito tão automático e tão elétrico quando em contato com Jasper?

Logo ele, o policial da família!

─ Cuidado aí! ─ disse ele, os braços ainda ao redor de meu tronco. E, por algum motivo, eu não me importei.

Seus olhos eram gentis e carinhosos. Naquele momento, eu entendi que ele não era o Jasper Policial. Era só o Jasper, um cara terrivelmente atraente, meio sarcástico, super gentil e super família. Podia me sentir em casa ao seu lado.

E mesmo quando ele estava fardado, tudo o que fazia tinha um toque de quem era de verdade, ou então não teria salvado a mim e aos meus amigos, eu sabia disso.

─ Está tudo bem? ─ perguntou e, pelo tom de voz, parecia que não era a primeira vez, como se estivesse se repetindo para que eu saísse daquele pequeno transe.

─ Está sim. Mas vai ficar ainda melhor se você m... ─ Calei-me, soltando alguns palavrões mentalmente. Eu estava realmente prestes a dizer-lhe para me beijar? Me beijar?!

─ Se eu... O que? Você precisa de alguma coisa? ─ tornou a perguntar, a expressão em seu rosto indicava toda a preocupação que tinha e suspirei quando seus olhos esverdeados focaram em meu rosto.

─ Não ─ neguei com a cabeça ─ Só estava voltando lá para cima, porque Edward e Bella estão super frufrus lá na sala ─ expliquei.

─ Ah! ─ Jasper fez uma pequena careta ─ Vou te acompanhar, então, tem coisas que não preciso ver para crer ─ brincou.

Ele então abriu espaço para que eu fosse na frente e assim que chegamos ao segundo andar, Jasper me convidou para conhecer o “quarto de descanso” do Edward. Apesar de meio bizarro, era um cômodo bastante legal e nos acomodamos no sofá-cama assim que ele ligou o videogame.

─ Sabe jogar?

─ Não vejo um desses há uns... Cinco ou seis anos e, aliás, eles não eram tão modernos assim ─ respondi-lhe, meio sem graça ao observar os controles tão diferentes daqueles que eu estava acostumada.

Porque sim, eu era uma ótima jogadora – costumava jogar com o nojento do meu padrasto até ele mostrar quem realmente era e eu acabar saindo de casa.

─ Não é tão difícil ─ disse Jasper, aproximando-se um pouco e começando a me explicar para que cada botão servia.

Eu lhe pedi para jogar uma partida de futebol sozinho, para que pudesse observá-lo, como numa demonstração, mas é claro que me distraí tanto com sua beleza que quase não consegui prestar atenção na tela.

─ Então, você... ─ Jasper se virou para mim, meio confuso porque ao invés de olhar para a televisão, eu olhava para ele ─ Hum... Quer jogar agora?

─ Por que quis ser policial? ─ a pergunta escapou por meus lábios assim, de maneira bem direta.

Ele me esboçou um sorriso antes de responder:

─ Quero ajudar as pessoas de um jeito diferente de meu pai. A ideia de permanecer dentro de um ambiente fechado como num hospital, nunca me agradou muito, apesar de toda a correria lá dentro; eu sabia que queria ir para as ruas, estar em contato com gente de todo tipo.

“Nem que fosse para resgatar gatinhos dos topos das árvores” não pude deixar de rir e ele me acompanhou “Eu... Quero dar continuidade ao que meus pais fazem e estar nas ruas me permite isso. Estou em contato constante com as pessoas que mais precisam do nosso serviço e o fato de ser policial não traz apenas desconfiança”.

“Muita gente acaba confiando mais em mim por eu ser policial, nós não somos todos ruins” esclareceu, em seu tom, quase uma súplica para que eu acreditasse nele.

─ Eu demorei um pouco, mas consegui entender ─ murmurei ─ É que é um pouco difícil desassociar a imagem de um mau policial a um conjunto todo quando, nesses últimos anos, a maioria deles agiu como se nos detestasse, como se fosse nossa culpa estarmos nas ruas. Foi uma escolha? Na maioria das vezes sim, mas isso não quer dizer que nossas casas fossem mais seguras, você entende?

Claro que ele entendia. Jasper fazia parte dos Cullen, uma família extraordinariamente bondosa e generosa, que não estava lá para apontar os dedos para pessoas como eu, mas sim para ajudá-las.

─ Está no meu sangue ─ disse ele ─ Meus avós quem fundaram a ONG.

─ Isso parece ótimo, me conte mais.

Eu não deveria, mas me recostei um pouco a ele, que tinha um brilho no olhar que jamais havia visto em qualquer pessoa. E até Edward nos chamar para o almoço, nós ficamos conversando sobre tudo e nada ao mesmo tempo.

Jasper me contou a respeito de como a ONG funcionava e depois falamos um pouco sobre o meu passado; e apesar de eu saber que o que estava escutando se parecia com um “deja vu”, ele foi paciente e me ouviu sem qualquer interrupção, como se realmente se importasse com a minha história.

Aquilo serviu de combustível para aquecer o meu interior e me aconchegar ainda mais contra ele, assim que retornamos ao quartinho, depois do almoço, onde tiramos uma soneca.


23:00h

─ Você foi um Papai Noel muito engraçado ─ comentei ao ver a foto de Jasper nos trajes do bom velhinho.

Pelo que me contara, ele tinha se caracterizado no Natal do ano passado para distribuir os presentes das crianças na ONG.

─ Acho que esse foi o elogio mais educado que recebi ─ disse ele, piscando para mim e se aproximando mais.

Estávamos à sós na sala de estar, depois que todos haviam ido se deitar e toda aquela proximidade estava me deixando em estado de alerta. Como se Jasper fosse fogo e eu um fósforo, o mínimo toque me levaria à combustão instantânea.

─ Eu acho que quero te beijar ─ murmurou, seu hálito de menta batendo suavemente em meu rosto.

─ Você acha? ─ perguntei baixinho, o meu coração acelerado, enquanto ele me encarava como se esperasse por meu consentimento.

─ Não quero passar de nenhum limite com você, então quero me poupar de um possível constrangimento ─ sussurrou ─ Se você quiser me beijar, eu também quero, mas se você não quiser, então eu acho...

─ Pare de achismos e me beije logo! ─ interrompi-o, rindo quando seus olhos se arregalaram. Jasper continuou me encarando como se eu fosse um fantasma e foi só quando dei um peteleco em seu ombro que ele despertou.

─ Você tem certeza? ─ perguntou.

Concordei com a cabeça e fechei os olhos conforme Jasper se aproximou mais e, em segundos, selava nossos lábios. O beijo começou lento, mas sua língua não demorou muito a encontrar a minha e o que eu achava que me levaria à combustão, provocou um tsunami de emoções.

Ainda era um pouco estranho pensar que o Jasper policial e o Jasper que estava ali comigo eram a mesma pessoa. Por outro lado, estava aliviada de gratidão não ser o único sentimento presente entre nós dois; claro que seria eternamente grata a ele e aos Cullen por tudo o que já haviam feito por mim e por meus irmãos da rua, mas, o que eu tinha com o homem cujos lábios estavam grudados nos meus, ia muito além.

Só precisava de um pouco mais de tempo para descobrir tudo o que Jasper me fazia sentir, e estava feliz que o tempo na ONG – e mesmo na Casa Cullen – me daria o (tempo) necessário para eu entender tudo o que se passava dentro de mim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Nos vemos no próximo bônus ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um Amor de Natal" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.