As Maiores Paixões da Vida escrita por Mari Pattinson


Capítulo 7
Cena Extra #2


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal, voltei com a segunda cena extra (pretendia ter postado mais cedo, mas o dia foi bem corrido hoje, por isso ainda não respondi aos comentários), espero que gostem!
Quero agradecer à Jaqueline Ferreira e à SS Oliver por terem comentado no capítulo anterior. A presença de vocês nos comentários me deixa muito feliz, meninas, muito obrigada ♥



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CENA EXTRA #2 – Família...

Segunda-feira, 11 de agosto de 2014 – 22:00h, Apartamento de Emmett e Rosalie, Chicago, Illinois, 23°C – parcialmente nublado.

─ Eu ainda não acredito que eu fiquei noiva antes de você! ─ Rosalie exclamou enquanto Bella a ajudava a desfazer a mesa principal da festa...

Na verdade, das festas. Rosalie e Emmett optaram por fazer duas festas em uma, assim economizariam mais para os preparativos para a chegada do bebê – ao que eles, aparentemente estavam se saindo muito bem. Ela havia se mudado para o apartamento dele há cerca de um mês e esperava um menino – que, em homenagem ao meu pai, provavelmente se chamaria Carlisle, segundo o que os dois haviam falado.

A Loura acariciava a barriga, já bem visível. Ela já estava praticamente na metade da gravidez e ficava cada dia mais enorme.

─ Pode acreditar, eu acredito menos ainda! Até um bebê você já arrumou ─ provoquei-a e ela me deu a língua ─ Mas, teoricamente, você só ficou noiva antes de mim no falatório, né, porque a minha festa de aniversário já foi nossa festa de noivado, não é meu amor? ─ falei, puxando Bella para perto e roubando um selinho dela.

─ Ah, nada a ver, eu fiquei noiva no Domingo de Páscoa, nem vem com essa. E você arrumou uma quase pré-adolescente ─ Rose resmungou, rindo da minha cara ─ Espera só até ela começar a querer paquerar.

Olhei para Alice, que brincava com Bree, e torci o nariz. A Pequenina era muito pequena para aquilo. Rosalie só queria curtir com a minha cara... Se bem que Alice já havia me falado sobre Jasper. Droga!

─ Olha lá, Bella, ele já está todo enciumado ─ Rose me zombou e revirei os olhos. As duas riram da minha cara e bufei, cruzando os braços.

─ Alice só tem nove anos de idade, pode ir parando com essa história! ─ ralhei com ela, que apenas riu ainda mais.

─ Ô Edward, me deixa vai, eu estou grávida. Se você brigar comigo eu reclamo com a tia Esme ─ ela me ameaçou.

Sim, ela tinha se acostumado a me ameaçar daquela forma sempre que eu dizia algo que a tirava do sério.

─ Cuidado para não se acostumar, porque depois que essa criança nascer, você não vai poder mais usar essa desculpa! ─ falei, sorrindo maliciosamente para Rose. Foi a vez de ela bufar.

─ Depois que...

Bella deu um pigarro, interrompendo a nossa discussão e caiu na gargalhada quando viu nosso olhar surpreso para ela.

─ Vamos lá, seus dois encrenqueiros, hoje é dia de comemorar, sem confusão! ─ disse ela, acariciando meu rosto e eu derreti em seu olhar de chocolate.

─ Tá bom, o que eu não faço por você, né, meu amor? ─ brinquei, roubando-lhe outro selinho e ela sorriu contra os meus lábios.

A minha relação com Bella também estava crescendo cada dia mais, estávamos há mais de um mês “oficialmente juntos” – e noivos, apesar da loucura que se poderia pensar, visto que nem passamos pela etapa do namoro.

O que os outros pensavam, porém, não nos incomodava. Nós estávamos ajustando nossas vidas uma na outra e, o mais importante, cuidando para que Alice crescesse num ambiente saudável e apoiador, principalmente com a reconstrução do relacionamento dela com o próprio pai. Aro havia assumido completamente duas coisas: o seu papel como pai da Pequenina – embora ele não se importasse de dividi-lo comigo – e sua homossexualidade.

Quando do divórcio dele e de Bella, ele nos chamara para explicar a sua “situação”. Ele e Laurent haviam sido namorados – após a separação dele e de Irina – e, é claro, mantinham sua relação em segredo por causa da sociedade. Ele não tinha certeza, mas desconfiava que seu pai havia descoberto e impusera as condições para Aro herdar o Aeroclube justamente para “mascarar” a sexualidade dele.

Além de realmente ter receio de uma nova recidiva de Alice – ele não aguentaria vê-la passando por todo aquele sofrimento de novo –, a própria sexualidade era uma “questão” que trazia bastante angústia a Aro e também se tornou um dos motivos para ele ter se distanciado de Bella e Alice, ele tinha vergonha e medo que fosse descoberto.

Segundo Aro, ele e Laurent nunca tiveram nada enquanto estivera casado – ele nunca traíra Bella –, mas eles gostariam de retomar a relação e, claro, tiveram todo o nosso apoio. Era também uma forma de demonstrarmos gratidão, afinal, eu nunca teria conhecido a mulher da minha vida se não fosse por Laurent. Nós queríamos a felicidade deles da mesma forma que eles torciam pela nossa.

Os dois passaram a morar juntos – imaginei que depois de tantos anos separados era o que eles mais queriam – e numa das noites em que Alice foi dormir no apartamento deles, eles resolveram contar para ela sobre o relacionamento.

A Pequenina era uma criatura extraordinária – pura e inocente, não tinha os preconceitos de nossa sociedade – e apoiou-os no mesmo instante, da mesma forma com que fazia comigo e com sua mãe.

Eu ainda morava no meu flat, estava aos poucos me desfazendo dele, conforme a data de ir para Nova Iorque se aproximava. Também era uma forma de ir treinando a saudade que sentiria de Alice e Bella, já que não poderíamos nos ver o tempo todo quando me mudasse.

Além do voluntariado na ONG, Bella havia começado a trabalhar na pizzaria de Emmett com o cardápio de sobremesas e já estava fazendo bastante sucesso, então Aro pegava Alice no horário de saída da escola e ficava com ela até depois do jantar, quando Bella voltava para casa. Isso porque minha noiva não queria ficar totalmente dependente do ex-marido – apesar de receber a pensão que lhe era de direito, ela queria ter sua própria independência financeira. E tudo estava funcionando até melhor do que na teoria.

Eu e Bella havíamos planejado o casamento para dali a dois anos, depois que eu conseguisse o meu mestrado. Tentava não pensar muito no tempo. Se tornava cada vez mais dolorosa a ideia de passar mais tempo longe do que perto das pessoas que eu amava, mas eu ainda acreditava nos meus planos, acreditava em meu pai. Eu iria realizar os nossos sonhos; os meus e de Bella, de Alice...

─ Tio Edward, ajuda a gente com o balão, por favor? ─ Bree me pediu com os olhinhos azuis brilhando; Alice, ao lado dela, como sempre elétrica. Eu sorri para ela, concordando com a cabeça e dei mais um selinho em Bella antes de voltar-me para o pedido das meninas. Embora algumas pessoas pudessem achar que eu as mimava demais, eu não conseguia resistir quando elas me encaravam com aqueles olhinhos de Gato de Botas.

Bree e Alice estavam cada vez mais unidas, elas se complementavam perfeitamente – tanto que Dona Carmen havia permitido que Bree participasse das festas de Rosalie e, talvez se eu insistisse o suficiente, passasse a noite na casa de Bella, já que as meninas estavam de férias.

─ Tudo bem, qual balão vocês querem? ─ perguntei, aproximando-me do arco de bexigas que eu e Emmett havíamos montado. Dado o fim da festa, nós teríamos que estourá-las, então não faria mal se as meninas pudessem ficar com uma ou duas cada. Certo, se elas me pedissem, eu provavelmente levaria o arco inteiro...

Bree e Alice apontaram para um balão dourado – ou assim eu pensei, mas assim que tentei pegá-lo, elas protestaram.

─ O do outro lado ─ disse Alice e tentei pegar um balão rosa, mas as meninas negaram novamente ─ Do outro lado, papai... É... ─ as bochechas da Pequenina ficaram instantaneamente vermelhas e seus olhos se arregalaram e aquela expressão a deixava a cara da mãe dela, de uma maneira divertida, devo acrescentar).

Alice sempre havia manifestado o desejo de que eu fosse pai dela, mas nunca havia me chamado diretamente daquela maneira.

Um sorriso involuntário quase rasgou o meu rosto. Estaria mentindo se dissesse que não esperei ansiosamente por aquele momento – embora nunca quisesse pressioná-la. Era incrível como uma palavra podia me fazer sentir; aliás, o significado daquela palavra; Alice poderia até tê-la dito “sem querer”, mas ela não era mais um bebê que dizia palavras apenas por repeti-las; ao me chamar de “pai”, ela atribuiu o real significado daquela palavra, a intenção, o sentido de ser um pai, tendo sido reconhecido por ela.

E eu não poderia estar mais feliz.

─ Me desc... ─ Alice começou, envergonhada, e olhou para os pés.

─ Está tudo bem, filha ─ falei e ela ergueu os olhos, visivelmente emocionada e abraçou-me apertado assim que me abaixei em sua altura. Envolvi meus braços ao redor dela, que suspirou ─ Eu te amo, Pequenina ─ murmurei.

─ Também te amo, papai ─ ela sussurrou, dessa vez de forma mais convicta, mais firme.

E então, quando fitei Bree, percebi que nos olhava atenciosamente e um pouco cabisbaixa. Aquela menininha não merecia o que a vida havia feito com ela. Tirei um dos braços de ao redor do corpo de Alice e gesticulei para Bree.

─ Venha aqui, mocinha.

Bree sorriu e encaixou-se do outro lado do meu peito, deitando a cabeça em meu ombro e era como se meu colo tivesse o espaço perfeito para acomodar as duas; e então meu coração abriu-se mais um pouco e eu sabia que minha vida estaria mais completa se Bree também estivesse nela.


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Notas finais do capítulo

Duas cenas restantes, gente. Espero que tenham gostado (o intuito dessa cena foi só ser bem fofa mesmo).
Até amanhã!
Beijos,
Mari.

PS: Se acontecer de eu acabar postando uma das cenas depois da meia-noite, não se preocupem, considerem que o dia ainda não terminou (então haverá "duas postagens" naquele dia).



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