Eternal Love escrita por juliacalasans


Capítulo 18
17-Loucura


Notas iniciais do capítulo

Eu atrasei um pouquinho mais do que eu planejei, mas tudo bem. Eu gosto desse capítulo, e espero que vocês gostem também...



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_Não, Alec, eu..._ Mas era tarde. Ele já tinha vindo em minha direção e estava se preparando para atacar. Agora eu julgava saber o significado da frase de Charlotte “Um Anestésico como arma”. Ela se referia a Alec. E eu fui burra o bastante para deixar isso passar.

Eu não queria lutar com ele. Eu queria fazê-lo parar, ouvir a minha versão da história. Mas, pela sua expressão, eu percebi que não haveria como. Edward chegou por trás e colocou a mão no seu ombro. Alec automaticamente se virou, e os dois entraram em uma luta feroz. E eu era o motivo. Me senti culpada. E de novo eu odiava Edward. Porque ele tinha que estragar tudo?

Vi  ali a minha deixa  para acabar com Victoria. Ela não esperava pelo meu movimento, então eu consegui derrubá-la. Ela riu maleficamente pra mim, e logo conseguiu se soltar. Eu tentei dar um golpe por trás. Mas ela se virou, e consegui pegar meu pé e me rodou com força, me arremessando quinhentos metros mais a frente. Eu estava de pé a sua frente em segundo. Ela tentou pegar meu braço e arrancá-lo, mas eu fui mais rápida, e agarrei seus cabelos, puxando-os com força. Ela gritou em agonia, mas agarrou minha perna, e qualquer movimento meu resultaria na perda de uma perna. Suspirando, eu dei um chute no seu tórax e caí em pé, completamente ereta, um metro atrás.

Em um piscar de olhos, estávamos de novo lutando. Ela tentava segurar meu pescoço e torcê-lo, e eu tentava segurar seu braço e arrancá-lo. Ela tentava arrancar minha perna, eu tentava arrancar seu pescoço. E sempre terminávamos em pé, intactas, sem nenhuma conseguir levar vantagem.

Dei um chute forte no seu rosto, o qual ela devolveu com uma joelhada agressiva no estômago. E, enquanto nós tentávamos nos matar, eu não pude deixar de prestar atenção na luta de Edward e Alec.  Eles estavam mais ou menos do mesmo jeito que nós duas, só que eles conversavam enquanto lutavam. Eles se acusavam de coisas que nem eu conhecia. Eles tentavam provar quem era melhor, mais saudável pra mim.  E, naquelas circunstancias, nenhum dos dois. Eu queria rir, mas não tinha tempo.

Victoria era difícil. Ou, melhor, quase impossível de se derrotar. Ela era rápida, como se prevesse cada passo seu um segundo antes de você executá-lo. Eu estava perdendo a paciencia com aquele joguinho de gato e rato. Meu desejo era picá-la em pedacinhos, ressuscitá-la e picá-la em pedacinhos de novo. Fiquei ali, pensando em como seria. Doce distração... Ela pulou em cima de mim, e eu caí deitada. Ela ficou em cima de mim, e estava com as mãos no meu pescoço, se preparando para torcê-lo.

Era o meu fim.

Senti então ela cravar seus dentes em meu pescoço, e de novo aquela queimação desconfortável começou.  Não.Não. Não. Não poderia terminar daquele jeito. Não iria terminar daquele jeito.  Com uma força que eu não entendi de onde vinha, eu consegui, com os meus dois joelhos, afastá-da de mim. E, recuei cem metros, para me dar conta de que eu ainda estava viva. Eu estava inteira. Mas não podia me considerar viva.

_Victoria, Victoria..._ Eu disse, mudando de estratégia. Ela não respondeu.

_Seus planos falharam..._

_Suas promessas não se cumpriram..._

_Você fracassou..._ Eu disse, pausadamente. Eu pude ver a raiva crescendo nos olhos dela. Estava funcionando.

_Tantas vezes..._

_E tenta fingir que não se importa..._

_Hipócrita._ Eu continuei. Ela agora rosnava.

_ Suas caçadas não funcionaram..._

_Seus amigos morreram..._

_Suas presas fugiram..._

_Covarde._ Eu continuei, vagamente. Eu podia ver que ela estava completamente enraivecida, se segurando pra não me matar.

_Tudo o que você acreditava..._

_Tudo o que você amava..._

_Tudo o que você conhecia..._

_Sumiu._ Ela agora estava em posição de ataque. Era naquela hora ou nunca.

_Você não se esforçou..._

_Não protegeu quem adorava..._

_E James morreu._ Eu cutuquei a ferida. Se pudesse, ela ficaria vermelha de ódio.

_Você!_ ela apontou em minha direção._Feia! Humana! Descartável! Matou MEU James. MEU! Só meu! Só meu! Só meu! Ele!_ Ela apontou imperiosamente para Alec, que estava lutando com Edward._ Cullens! Loucura! James! Anestésico! Peter! Charlotte! Querosene! Bomba! Biblioteca! MORTEEEEEEEEEEEEEEEE!_

 Sua expressão alucinada assemelhava-se a expressão de quem acabou de ver um fantasma. Suas palavras desconexas pareciam parte de frases que ela elaborava em sua mente, mas era incapaz de dizê-las coerentemente.

_AAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHH!_ Ela berrou, mais alto. _MORTEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE! VIIIIIIIDAAAAAAAAAAAAAAA! QUEROSEEEEEEEENEEEEEEEEEEEEEE!_ Ela continuava berrando. Ela olhou pra mim, e sorriu. Um sorriso tarado. E começou a dançar, cantarolando The Show Must Go On, do Queen.

E eu ali, tentando entender o que estava acontecendo. De repente, eu percebi o peso das minhas palavras na mente dela. Ela havia enlouquecido. No momento em que eu cutuquei a ferida, a mente dela simplesmente pifou. Simples assim.

Então ela se virou pra mim. Apontou de novo em minha direção, e riu, maldosamente.

_Eu te odeio, Isabella Swan. Mais do que tudo. Você é a minha doença. E a única cura é ver você morta._ Ela disse. Foi sua última frase coerente antes de enlouquecer totalmente.

_Soldadossssssssss! Atacarrrrrrrrrrrrrr! Agorrrrrrrra!_ Ela berrou. Se eu estivesse assistindo de fora eu poderia rir, mas naquele momento eu só poderia sentir o desespero. Ela estava completamente enlouquecida, e poderia simplesmente fazer algo inacreditável, tipo... Beijar o Edward na boca e dizer que o ama, ou, pior, pegar o Alec pelo braço e levar ele pra cama.

Mas, pior do que tudo, era o fato que os loucos são fortes. Fortíssimos. E irracionais. Então eu não sabia do que esperar de uma luta com ela naquele momento. Mas, eu tinha alguma saída?

Ela pulou pra cima de mim enfurecida, e pisou no meu braço. Senti aquela dor agonizante percorrer meu corpo, mas não desisti.Com meu braço livre, peguei sua perna e consegui fazê-la cair. Ela se levantou, e se afastou. Seu olhar ainda era enlouquecido, mas ela parecia mais sã naquele momento. Corri, e, como numa acrobacia de ginástica rítmica, dei um pulo gracioso, indo parar com as duas pernas presas ao pescoço de Victoria. Ela se preparou pra me tirar dali, mas eu girei meu corpo com força, levando sua cabeça junto.

Estava acabado. Ou não.

Fiquei ali, séria, com o braço meio dormente enquanto assistia seus pedaços queimarem. Mais uma vez o cheiro adocicado da fumaça preencheu o ar. Foi aí que me dei conta que a luta entre Edward e Alec ainda estava acontecendo. Corri para lá, e tirei Alec de cima do pescoço de Edward.

_Vá chamar os outros! Essa luta é minha._ Eu alertei. Edward pareceu meio hesitante, mas logo assentiu e saiu correndo.

Estávamos sós. Eu e Alec.  Olhei nos seus olhos escarlate e desejei mais do que nunca saber o que se passava em sua mente. Mas como era impossível, me preparei para mais uma batalha. Fechei os meus olhos e esperei por um ataque.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!! Beijinhos!