Eternal Love escrita por juliacalasans


Capítulo 17
16-Tique-taque


Notas iniciais do capítulo

Eu quero, como sempre, agradecer aos reviews carinhosos que eu recebi. Como eu já disse, eu me sinto muito especial. O título não é lá dos melhores, mas eu estou sem criatividade pra títulos hoje...
Espero que gostem.



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Eu não devia estar desesperada. Eu não podia ficar desesperada. Mas eu estava desesperada. Completamente desesperada.

Eu conhecia alguma coisa sobre máquinas. Eu fui até a bomba, e percebi que só tinha dez minutos para agir. Bufei, amaldiçoando com todos os palavrões possíveis aqueles dois desgraçados. Peter e Charlotte. E ainda tiveram coragem de se chamar de pacíficos...

Sem o mínimo de delicadeza, peguei meu guarda-roupa e o forcei, até que ele se desgrudasse da parede. Tirei as coisas valiosas de dentro dele, e as coloquei apressada dentro de uma mochila. Olhei para os lados. Eu não poderia morrer tão jovem... Eu ia sair daquela viva, custando o que custasse. Peguei meus amados livros e os coloquei na mochila. Eu tinha que estar preparada pra tudo.

Fui para aquele equipamento e tentei abrí-lo. Com a maior delicadeza, consegui entrar no sistema. Aquele monte de fios... Cocei a cabeça, irritada. Peguei um alicate, mas por causa da minha irritação esqueci de relaxar os músculos. Resultado: o alicate virou uma bola de metal um pouco mole em minhas mãos.

_Malditos! Tomara que estejam no inferno!_ Eu berrei, me referindo a Peter e Charlotte. Não ia conseguir nada com aqueles fios.

Olhei para a janela. Apesar de ser resistente, ela era a coisa mais próxima que eu tinha de uma possibilidade de fuga naquele momento. É claro que quando ela se quebrasse (se ela se quebrasse), o atrito concerteza iria incendiar o quarto. Eu não queria perder meu amado quarto. Mas era aquilo ou morrer. Eu optei pela primeira opção.

Me despi. Não podia estar usando nada que acelerasse a propagação do fogo. Coloquei uma camisola de seda na mochila e olhei o relógio.Um minuto. Respirei fundo, mesmo sabendo que aquilo não ia adiantar nada. Nua, no meio do quarto, eu me direcionei a janela e dei-lhe um empurrão. Ela não reagiu, se manteve intacta.

_Droga!_ Eu disse. Olhei para a bomba. Trinta segundos. Recuei dez passos, e com a maior força que pude, eu dei um chute na janela. Essa se quebrou, com uma diferença de exatamente quinze milésimos de segundo, a bomba explodiu. Senti o cheiro desagradável de cabelo queimado, e me dei conta de que era do meu cabelo que vinha o cheiro.

Consegui contê-lo, mas fiquei com apenas uma massa de cabelos bem curtos que pedam cinco centímetros abaixo dos ombros. Eu teria que conviver com um cabelo curto por um bom tempo, mas eu não estava ligando para aquilo. Peguei a camisola de seda que havia na minha mochila e a vesti, rapidamente.

Foi aí que percebi que eu não estava sozinha. Atrás de uma das pilastras do castelo estava uma outra vampira. Era mais alta que eu, e tinha os cabelos loiros pálidos, quase brancos, que caiam lisos até a cintura.

_Droga! Aquela Victoria preveu cada movimento meu! Que saco!_ Eu xinguei. Ela riu, uma risada musical, melodiosa.

_Ela definitivamente não quer que você saia viva dessa._

_E você..._

_ Sou Nicole. O sobrenome não interessa. Fui cotada para te destruir, caso o plano B de Peter e Charlotte não funcionasse. Estou impressionada. Você conseguiu sair viva daquele quarto, perdendo apenas vinte e cinco centímetros de cabelo. Incrível. Eu te subestimei._ Ela declarou, um pouco distante.

_Todos me subestimam. Ninguém acredita no meu potencial._

_Pouco me interessa. Você vai estar morta antes mesmo de se dar conta._ Ela me informou;

_Isso é o que veremos._ Eu mandei de volta

_Que vença a melhor._ Ela disse.

E a luta começou. De novo, o mesmo filme, a mesma novela. Eu tinha certeza que se eu vencesse essa, mais a cem metros outro vampiro sádico louco estaria esperando pra me matar.

la tentou chutar meu pescoço. Eu segurei sua perna, e a rodei pegando impulso,a jogando a quase trezentos metros de distancia. Ela se levantou, um pouco grogue, mas logo se recompos, e já estava de novo tentando me acertar. Mas aquela luta estava fácil demais. Acho que quando Nicole disse “Ela definitivamente não quer que você saia viva dessa”  ela quis dizer exatamente o contrário.  Victoria sabia que eu iria sair viva de todas as armadilhas que ela tramou.  Aquilo tudo era só uma especie de aquecimento. Ela queria uma luta corpo a corpo comigo. E se era isso que ela queria, era isso que eu iria dar a ela.

Tentei dar uma rasteira, mas ela se desviou, ficando atrás de mim. Colocando meus dois pulsos juntos, ela começou a forçar meus braços, lentamente tentando arrancá-los. Claro que ela não ia conseguir. Com um impulso, eu dei um mortal forte pra trás, levando ela junto.  Automaticamente ela soltou meus braços com o susto. Dei um chute forte na sua cabeça, e ela caiu. O resto foi só uma questão de segundos.  E o cheiro adocicado da fumaça dominou o ar.

_Essa já foi. Onde estará posicionado o próximo?_  Eu perguntei para o nada. Ri maleficamente, e quem me visse me chamaria de louca completa. Mas eu estava pouco ligando para o que as pessoas achariam. Eu estive tão próxima da morte tantas vezes naquele dia... Que sair viva de mais uma era muito melhor que ganhar na mega-sena.

Dei a volta o mais rápido que pude. E lá estava Alec. Conversando pacificamente com Victoria (?) e quase arrancando o pescoço de Edward.

_Alec, o que pensa que está fazendo?_ Eu perguntei, olhando o Edward inconsciente, praticamente morto no chão.

_Estou...  Matando Edward. Não está vendo?_ Ele perguntou, docemente.

_Mas você está louco? Você tem que matar Victoria! Ela é a vilã!_ Eu ralhei com ele.

_Não! Você estava enganada, amor. A Victoria é do bem. Ele é que é do mal. Entende?_ Ele me disse. Eu olhei pra Victoria. Essa ria provocantemente pra mim, como quem diz Vem, vem, vem, vem, vem... Me mate de uma vez... Se puder.

_Alec isso está errado!_  Eu tentei, em vão, convencê-lo.

_ Claro que não, amor. Claro que não._ Ele disse, já com as mãos no pescoço dele. Bufando, coloquei meu escudo em volta de Edward, que acordou imediatamente. Victoria berrou, satisfeita.

_Você vê, Alec? Ele a deixou confusa! Ela o ama! Ele fez com que ela o amasse!_

_Não, Alec..._ Eu disse, mas era em vão.

_VOCÊ SEMPRE O AMOU NÃO É? E ME FEZ DE BOBO O TEMPO TODO. O TEMPO TODO!   VOCÊ VAI MORRER, E ELE TAMBÉM!_  


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Notas finais do capítulo

Eu não gosto de fazer propragandas, mas se quiserem, deem uma olhada na minha nova história, Um Amor Inesquecível, baseada na história do livro Um Ano Inesquecível, de Nicholas Sparks.
Ela vai estrear amanhã, e vai ser uma short-fic de no máximo doze capítulos.

Espero que tenham gostado do capítulo. Beijos!