Eternal Love escrita por juliacalasans


Capítulo 15
14-Victoria


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigadas pelos reviews que eu recebi! VocÊs me fazem a escritora mais feliz do mundo!

E como foi prometido:
POV EDWARD



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Aro estava ali, pronto para partir. De repente Bella apareceu, linda como sempre foi,  com toda a superfície da sua pele maravilhosa coberta. Um desperdício.

_Vejo que está devidamente vestida, querida. Vamos, vamos, vamos! Precisamos deter essa louca, rápido._ Aro disse, correndo. Todos o acompanharam, menos eu. Eu estava de castigo por ter revelado nosso segredo a uma humana, mesmo que essa já tenha sido transformada em vampira. Ela se deteve, e olhou pra mim, confusa.

_Porque não vai?_ Sua voz perfeita perguntou.

_Estou de castigo lembra?_ Eu brinquei. Ela sorriu.

_Se divirta. Só não tem permissão para entrar no meu quarto. _ Ela disse, me dando um beijo na bochecha e saindo. Eu estava surpreso, ao mesmo tempo que queria gritar, pular, mostrar ao mundo que ela tinha me dado ao menos um beijo na bochecha sem que eu a forçasse a nada.

Porque, pra ela, a Noite dos Sonhos (como eu apelidei nossa primeira noite juntos) nunca existiu. E ela me dar um beijo, mesmo que fosse na bochecha era um progresso. Não digo que era um grande progresso, pois eu tenho tentado arduamente fazê-la escutar as minhas palavras. No começo, tudo o que eu consegui foram tapas na cara e rasteiras constantes. Aí, veio aquela noite. Depois, ela se esquivou de mim por um tempo, e eu descobri que Alec a pediu em casamento.

Juro que fiquei chocado quando vi isso nos pensamentos dele. Quis matá-lo, arrancar seu pescoço, picá-lo bem pequenininho, para depois ressuscitá-lo e repetir todo o processo.  Mas eu fiquei ainda mais chocado quando ouvi seus pensamentos ao sair do quarto.

Ela não me responde, me olha com cara de tacho, gagueja tres palavras e me coloca pra fora. Ela me ama, pois se não amasse eu aposto que ela faria como fez com Edward... Aquele vampiro que acha que é dono dela... Deixa pra lá, vou conversar com ela depois.

Fiz um sinal de vitória com as mãos, e se não fosse tão estupidamente infantil, eu teria ido provocar Alec. “Ela não é sai panaca, ela não te pertence idiota... Venha, pare meus sentidos, mostre que você é homem. Se puder” Eu diria essas palavras sem papas na língua, de tamanha minha felicidade. Mas eu tinha de manter a pose de durão, maduro e responsável.

Suspirei. Eu tinha um castelo imenso só pra mim enquanto os outros se divertiam. Era tão ridiculo! Eu ia perder a diversão só porque revelei meu segredo a uma humana? Poxa! Ela já virou vampira e é do próprio clã. Qual é o motivo pra me punir? Ah, claro, tinham que manter a nossa estupida existencia em segredo.

Bella tinha me dito pra ficar longe do seu quarto, e exatamente por isso eu quis começar por ele.  Encontrá-lo não foi difícil, uma vez que ele ficava próximo ao de Alice e Jasper. Falando nesses dois, seria bom que eles não dormissem aqui hoje. Apesar do quarto ter revestimento acústico, o que nos impedia de escutar qualquer som, era muito difícil ignorar seus pensamentos. Principalmente os de Jasper. Era como se eu visse o ato sem estar lá. Era vergonhoso. 

A porta estava trancada, mas não foi nada difícil forçá-la. Ao abrí-la, fiquei impressionado. Bella havia transformado seu quarto numa personificação de si mesma. Era como se pudessemos conhecer Bella sem menos falar com ela. Eu não havia reparado no quarto no dia em que ela me trouxe pra cá. Eu estava interessado em outra coisa, se é que me entende...

Era um quarto grande. Parecia um velho bistrê parisiense, com as paredes salmão e os pisos de madeira. Ela havia criado para si mesma uma atmosfera acolhedora, com abajures espalhados pelo comodo. Havia uma sacada, que dava para os fundos do castelo. Haviam pedaços das roupas de Bella ali, provavelmente por causa dos seus pulos repentinos. Também tinham livros espalhados por todos os cantos: Sonhos de Uma Noite de Verão, Morros dos Ventos Uivantes, Romeu e Julieta... O guarda roupa estava campletamente desorganizado. Roupas espalhadas pra todos os lados, escovas e outros pertences quebrados... Como se ela estivesse procurando algo.

Vi também que o guarda roupa estava um pouco deslocado para a direita. Parecia que ele tinha sido movido. Cheguei perto, e ao empurrar levemente o guarda-roupa, ele se moveu, mostrando uma porta. Ao entrar, havia uma imensa biblioteca. Aquilo ali seria um paraíso para a Bella que eu conheci. Havia uma mesa completamente despedaçada e uma parede rachada. E, no caderno de livros pegos e devolvidos, haviam dez páginas só com a caligrafia de Bella. Ela já havia chegado na sessão E da biblioteca. Uma amante de livros, concerteza.

Dei meia-volta, e deixei o quarto do jeito que o havia encontrado. Tranquei de novo a porta, e comecei a andar sem rumo. Fiquei imaginando o que meus irmãos estariam fazendo naquele momento, se divertindo, combatendo um monte de vampiros. Eu ali, naquele lugar morto, olhando a parede e pensando em Bella.  Que chato.

Então eu escutei um estrondo. Corri pra fora, curioso, e lá estava ela. Os mesmos cabelos ruivos, as mesmas feições, a mesma expressão selvagem... Victoria. Ela se virou pra mim, e riu.

_Há quanto tempo, Edward Cullen._

_Não está em Roma?_ Eu perguntei, chocado.

_Não... Minha armadilha funcionou. Eles vão estar mortos em pouco tempo._ Ela disse. E de repente vieram as lembranças loucas da luta em sua mente. Os recem-nascidos como despistamento, depois os vampiros com dons...

_Você é..._

_Horrível? Vou considerar como um elogio._Ela disse, com sua voz de soprano.

_Mas  o que você está fazendo aqui?_ Eu perguntei.

_Vim concluir a parte três do meu plano._ Ela disse,  indo em direção a mim. Começamos a lutar, mas eu tinha a vantagem de ler seus pensamentos.  Em compensação, ela usava golpes que eu não conhecia, e era difícil evitá-los. Eu ficava pensando em Bella, e se ela estaria morta a essa hora, e ficava difícil me concentrar.

Ela estava ganhando a luta. E num momento que eu achei que ela iria me matar, eu tive uma perda total de sentidos. Eu não podia sentir meu corpo. Braços, pernas, tudo... Parecia que essas coisas tinham sido arrancadas de mim.  De repente, eu me afundei totalmente na insconciencia. Como quem mergulha num lado escuro.


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Notas finais do capítulo

Reviews, please, se tiverem gostado?