Ad Redemptio escrita por Glasya


Capítulo 15
Coração de Vidro


Notas iniciais do capítulo

Senta que lá vem história, esse capítulo ficou grande, cheio de infodump e spoillers. Dei um background para Gothel, fundindo as versões da série Once Upon A Time, a série animada Rapunzel's Tangled Adventures e o livro Mother Knows Best: A Tale Of The Old Witch. A propósito, esse livro é horrível.



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"Eu também te amo." — As palavras se formaram em seus lábios, mas não saíram. Foi como se sua garganta se fechasse e a voz sumisse de repente, voltando a si. Estava extasiada, havia se deixado levar pelo prazer inebriante de momentos antes e acabou perdendo a noção. Talvez estivesse até levemente embriagada, embora não tivesse bebido tanto assim, mas era no que queria acreditar. Resolveu fingir que havia pego no sono, dessa forma ela poderia agir como se nada tivesse acontecido na manhã seguinte. Amnésia alcoólica. Uma saída rápida para situações embaraçosas. Talvez ele sequer estivesse falando a sério, talvez tivesse sido um ato-falho, a mente lhe pregando peças tal qual a sua lhe pregava agora. A diferença é que o filtro de Gothel era mais eficaz.

 

— Eu te amo… — Ele repetiu, com sua voz grave e profunda, provocando-lhe arrepios no corpo inteiro. O toque das mãos do juiz afagando gentilmente seu cabelo a fez suspirar. Sentia que poderia derreter a qualquer momento. — Você é minha agora, Esther. Minha. E assim será até que a morte nos separe…

 

"Opa, espera aí!" — Um frio percorreu sua espinha e um nó se formou em seu estômago. Engoliu em seco, mas continuou de olhos fechados tentando não ser dominada pelo pânico. Assim que o juiz pegou no sono, Gothel se levantou. Saltou pela janela, correu pelo beiral, se pendurou em uma pilastra e deslizou até o chão. Correu entre as sombras, evitando o olhar dos guardas que patrulhavam o palácio e com um pouco de esforço estava nas ruas de Paris, longe da vista de Frollo e seus guardas.

 

Entrou na primeira taverna que encontrou aberta, ocultando as marcas de chupões no seu pescoço com o cabelo. Jogou duas moedas no balcão e pegou um caneco grande de cerveja, sentando-se ao fundo do estabelecimento. Seus pés batiam nervosamente contra o chão, e os dedos batiam ora na mesa, ora no caneco, fazendo barulhos com o tamborilar de suas unhas no metal e na madeira. Virou sua bebida toda de uma vez, em questão de segundos. O álcool a despertou como um soco, forte e rápido, embrulhando seu estômago¹.

 

— Mas o que foi aquilo? — Sussurrou para o caneco vazio. — Onde eu estava com a cabeça?

 

Seu plano havia dado errado. Estava se enganando, protelando durante uma semana inteira, brincando de casinha com o ministro da justiça e Lorde Chanceler da França. Era hora de encarar os fatos: havia fracassado. Ao invés da pedra filosofal agora tinha esse… Sentimento… Crescendo em seu peito, enuviando sua mente e esmagando seu coração.

 

— Não, não, não, não, não, não, não… — Apoiou os cotovelos na mesa, afundando os dedos no próprio cabelo. — Por que!? Ele é um babaca!

 

Parecia uma maldição, estava sempre se apaixonando por babacas. Não havia mentido para o juiz, afinal, sua vida amorosa era de fato uma sucessão de desastres. Confiar em mortais sempre foi sua sina, e repetiu o erro ao longo de suas encarnações até que estas se acabaram e se encontrou presa no submundo. Talvez fosse o destino tentando impedí-la de cometer outros atos de estupidez, como se envolver com Claude Frollo.

 

E, como toda sina, estava fadada a se lembrar de tudo. Desde o primórdio dos tempos, quando ainda era uma ninfa da floresta que vagava livremente com o vento… Até se apaixonar à primeira vista por uma humana chamada Isla². Oh, como era bela! Oh, como faria tudo por ela! Oh, como foi estúpida em ter se revelado a ela! Enganada, aprisionada e forçada a assistir sua floresta queimar junto com todas as outras ninfas que nela viviam, suas iguais, suas irmãs. Não conseguiu salvá-las, mas conseguiu fazer o fogo se alastrar e varrer todo o vilarejo. Estava disposta a encontrar seu próprio fim nas chamas, mas uma alma bondosa a salvou; Seraphina³, irmã de Isla, a tomou em seus braços e a levou para longe. Mas mesmo sendo uma feiticeira competente, Seraphina ainda era mortal, e como todo mortal sua vida chegou ao fim; mas sua alma foi habilidosamente preservada pela ninfa em uma flor de rapunzel⁴. A ninfa então teve companhia, mas era um alvo fácil sem sua amada para protegê-la.

 

Muitas vidas se passaram até que reencontrasse Seraphina. Havia inclusive falado algumas delas para o juiz Frollo. Em forma de anedotas, é claro, ele pediu que contasse a história de sua vida, mas não precisava saber que não eram todas da mesma vida. Até porque, ela francamente já nem distinguia mais.

 

A alma de Seraphina agora se encontrava no meio de um jardim de rapunzéis, o que seria uma boa notícia caso o mesmo não fosse controlado por uma bruxa chamada Manea⁵ que se autointitulava "A Rainha dos Mortos" e usava o poder das flores, o poder de sua amada Seraphina, para se manter viva e perpetuar seu reinado de terror. E é claro que teve a infelicidade de cruzar seu caminho, nascendo de seu ventre acompanhada de outras duas almas infelizes⁶. Tentou por muito tempo despertar os poderes dormentes em sua alma, mas algo a impedia; possivelmente Manea utilizava não só as rapunzéis, mas também as próprias filhas para alimentar seu poder. 

 

É claro que desafiou Manea, e é claro que falhou; e essa falha custou a vida de suas irmãs. Mesmo depois de ter destruído quase que completamente seu jardim de rapunzéis, precisou macular-se com o sangue da bruxa para finalmente sobrepujá-la de uma vez por todas. Por um lado, conseguiu recuperar Seraphina e levá-la para longe daquele lugar amaldiçoado; por outro, devido à mácula de seu sangue, agora dependia da magia da flor de rapunzel tanto quanto Manea, pois uma vez que usasse sua magia sua própria vida era drenada. A ninfa precisava de magia para viver, e essa mesma magia a matava lentamente. Seria cômico se não fosse tão trágico. Também não podia simplesmente morrer e recomeçar dessa vez; a influência da "Rainha dos Mortos" certamente se estenderia à pós vida, e não arriscaria ficar presa a este mundo como um fantasma.

 

O tempo passava e Gothel já não contava mais os anos. Procurava manter-se afastada das pessoas, mas aos poucos viu-se rodeada por casas que formam um vilarejo e do vilarejo surge uma pequena cidade ao seu redor. Nela vivia um homem a quem chamavam Lorde Dermanitus⁷, que buscava conhecimento mágico e científico, por vezes combinando ambos. Mas suas habilidades eram sofríveis; sua falta de talento fadou ao fracasso todos os seus projetos até Gothel oferecer ajuda. Ela foi a responsável por boa parte do sucesso de seus projetos, mas obviamente Dermanitus ficava com o crédito inteiramente para si. Ela, que na época não era tão astuta, se contentava com os elogios e incentivos internos, em particular, e com os galanteios que vez ou outra ele lhe jogava. Com o tempo os galanteios se tornaram um relacionamento, os projetos se tornaram uma seita e os seguidores não poderiam ser mais fiéis; a vida era boa.

 

Ou ao menos foi boa até que um demônio antigo despertou. No começo, as circunstâncias de seu despertar haviam sido um mistério, mas logo Gothel descobriu que o próprio Dermanitus o havia invocado. Egóico como era, o homem não admitia que houvesse um ser mais poderoso que ele em sua própria seita, e pretendia usar poderes demoníacos para sobrepujar sua companheira. Obviamente deu errado, e o demônio havia se apossado de uma de suas discípulas, Zhan Tiri⁸, Justo a mais talentosa, é claro, porque esse tipo de criatura nunca visava os fracos. E mais uma vez lá estava Gothel para limpar a bagunça que algum mortal burro havia causado.

 

O ritual precisava ser feito sem danificar o corpo de Zhan Tiri, pois geralmente quando o invólucro mortal morre, o espírito simplesmente vaga até encontrar outro, e sabe-se lá quando ou se o encontrariam novamente. Então era melhor garantir. Gothel se aproxima de Zhan Tiri forjando uma aliança com a bruxa. É certo que se aproveitou de sua guarda baixa para usá-la contra Dermanitus antes de aprisioná-la, resolvendo dois problemas com uma magia só… Para no final ele ser visto como o herói da história e ela como “a bruxa traiçoeira”, sendo hostilizada até mesmo por seus próprios seguidores.

 

Se queriam que ela fosse a vilã, pois bem. Seria a vilã. Resolveu desfazer a seita, e isso significava matar cada um de seus antigos membros. Recolheu Seraphina e partiu para longe, onde teriam paz. Foi quando conheceu uma trupe de teatro, e se encantou com a arte deles. Já havia sido atriz em uma de suas breves e irrelevantes vidas anteriores,  então decidiu pôr em prática novamente o ofício. Eles a aceitaram em seu grupo, e logo estavam viajando novamente pelo Sacro Império Romano Germânico. De tempos em tempos, geralmente na primavera, ela retornava para Seraphina contando suas experiências e cantando sua canção mágica da vida.

 

Chegou a envolver-se com um de seus colegas atores, mas ele a deixou tão logo ela disse que o amava. Amar era sempre uma estupidez, Gothel se perguntou por que dessa vez achou que seria diferente. Bem, havia algo diferente, de fato. Desta vez havia sido deixada com um “presente”: a semente do covarde crescia dentro de si, e logo floresceu em uma bagunça sangrenta e dolorosa. Sozinha, deu à luz na casa em que pensou que viveria com seu amor por longos anos, sem ninguém para ouvir seus gritos de dor e desespero, segurar sua mão ou mesmo ajudá-la a limpar tudo depois. De cócoras no quarto, expeliu de seu ventre aquela enorme massa de carne, sangue e placenta, por vezes jurando que não iria conseguir.  Era totalmente diferente do nascimento das ninfas; não havia alegria, apenas dor. Não haviam cores além do vermelho, que escorria de suas pernas e se espalhava pelo chão sob seus pés. Não haviam perfumes, apenas o cheiro pungente da mistura nefasta de seu próprio sangue, urina e suor. Este era o desabrochar de uma nova vida humana, que não descansava pacificamente em seu ninho, mas sim berrava em volumes alarmantes, mãe e filha em igual agonia. 

 

Nomeou-a Cassandra, como a profetisa de Tróia⁹, uma história que havia encenado com sua trupe. Além de ter sido inclinada à literatura Helênica desde muitas vidas atrás, este havia sido seu papel mais marcante até então, e era um nome bonito. Cassandra logo tornou-se sua vida, consumindo cada minuto de seus dias, e Gothel já não aguentava mais. As coisas se tornaram levemente mais fáceis quando a criança começou a criar certa independência, mas Gothel ainda precisava fazer a maioria das coisas por ela. Definitivamente, não era como as ninfas. Não podia dizer que não haviam momentos bons, no entanto; a criança havia herdado sua magia, e era até divertido ensiná-la encantamentos e palavras mágicas. Além disso, era extremamente inteligente. Aos três anos já estava aprendendo a ler, e aos quatro já havia decorado algumas de suas histórias favoritas. Obviamente, ensinar magia para a criança implicava em usar ela própria magia, e com ela consumir sua própria vida, e isto significava visitas frequentes à Seraphina.

 

Até que um dia, Seraphina não estava mais lá. Havia sido arrancada, esmagada, transformada em chá e ingerida por uma rainha estúpida e egoísta que estava moribunda e sequer pensou na possibilidade de usar a planta sem destruí-la. Porque era isso que os mortais faziam, afinal. Destruíam tudo o que tocavam, contaminavam a terra com seus dejetos imundos e sempre colocavam seus próprios interesses mesquinhos como prioridade, como se a vidinha curta e miserável deles valesse alguma coisa, e sequer sabiam ser minimamente gratos. Já estava cheia disso. Cheia! 

 

Tomou a criança que agora possuía a alma de sua amada Seraphina do castelo da realeza, e esperava que eles se arrependessem de seu ultraje; porém não satisfeitos em terem tomado sua flor, tomaram também Cassandra antes que ela pudesse buscá-la. Mesmo quando achou que poderia tirar algo bom disso tudo, pois afinal agora tinha Seraphina novamente, teve suas esperanças frustradas: a garota que criou como sua, a qual chamou Rapunzel, nada tinha a ver com sua antiga amada, e tão logo chegou à vida adulta a abandonou por um pé rapado interesseiro qualquer. Mortais estavam sempre lhe tirando coisas, sempre a condenando ao ostracismo e à solidão, cerceando sua liberdade e reduzindo à frangalhos quaisquer resquícios de felicidade que ela poderia ter… Tiraram sua imortalidade, tiraram sua terra, tiraram seus amores, tiraram suas crianças, até que enfim tiraram sua vida. 

 

Gothel agora estava em seu enésimo caneco de cerveja, se perguntando o que Frollo iria tirar dela. Bem, ele já estava lhe tirando a paz, isso era certo. Precisava desaparecer. Para o diabo com a maldita Pedra Filosofal, estava em 1484¹⁰, ela poderia simplesmente ir até o jardim de Manea, retirar a rapunzel de Seraphina de lá e ir para a China¹¹ viver uma vida sossegada. Talvez até matasse Manea novamente apenas pelo prazer de fazê-lo, sua “eu” do passado com certeza ficaria grata e possivelmente isso evitaria as dores de cabeça dos séculos vindouros. Sim, era o plano perfeito. Adeus França, adeus Hades, adeus Claude Frollo. Não deixaria o amor destruí-la novamente.

 

— Ei, Frollo! — O taverneiro gritou, e um arrepio percorreu sua espinha.

 

“O que ele está fazendo aqui!?” — Não podia se deixar levar pelo pânico, tinha que dar um jeito de sair dali sem ser vista. Amaldiçoou internamente a embriaguez que agora começava a enevoar seus sentidos e a comprometer sua coordenação motora, e se perguntou se conseguiria se ocultar sob a mesa sem chamar muita atenção; não, aquilo seria ridículo. Sem se virar, tentou redesenhar em sua mente a taverna, tentando se lembrar quantas janelas havia ali. Para seu azar, eram apenas duas e ficavam próximas a única saída do local. Estava ferrada.

 

— Já disse que aqui você só bebe depois que pagar! — Continuou o taverneiro, irado.

 

— Bota na conta do meu irmão! — A voz que o respondeu era muito diferente da que esperava ouvir; era jovial e clara, muitos tons mais agudos que a de Claude.

 

Virou-se devagar a fim de observar o “Frollo” em questão. Era um rapaz magro e alto de nariz aquilino, mas as semelhanças paravam por aí; seu cabelo castanho caía desgrenhadamente sobre os ombros, e as roupas apesar de caras eram desalinhadas e manchadas, e começavam a demonstrar sinais de que estavam puídas, indicando que não as trocava a um tempo¹². Mesmo parecendo um mendigo enfeitado, ele tirou dos bolsos um generoso saco de moedas e o jogou ao taverneiro.

 

— Espero que isso cubra a noite de hoje, amigo! — O jovem se virou para os outros clientes do estabelecimento, abrindo os braços amplamente. — A próxima rodada é por minha conta!

 

Risos e comemorações puderam ser ouvidas em todo o local, acompanhadas de bater de copos. Aquele esbanjador recém chegado a intrigou; não era como se “Frollo” fosse um nome comum, seriam eles relacionados? Claude não lhe dissera coisa alguma, mas o rapaz havia de fato mencionado um irmão*… Gothel levantou-se de seu assento e caminhou em direção à porta da maneira mais firme que sua embriaguez lhe permitiu; ela certamente o abordaria mais tarde, em um momento mais propício, quando estivesse sozinho. Ela ainda pensava em ir embora, mas este jovem havia atiçado sua curiosidade; talvez nem tudo estivesse perdido. Poderia haver outro caminho para a Pedra, afinal, um que não necessariamente passasse por Claude Frollo.


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Notas finais do capítulo

¹Durante a idade média e moderna, os copos e pratos eram feitos de estanho, que sofria uma erosão muito rápida e soltava vários componentes tóxicos nos alimentos, gradualmente envenenando as pessoas. É claro que isso não é um problema para Gothel, mas para os outros sim.

²Personagem de Once Upon A Time, que trai Gothel e a humilha por ter poderes mágicos, chamando-a de aberração e sujando seu cabelo com lama em público.

³Personagem de Once Upon A Time. Na série, ela não é irmã de Isla, apenas amiga. É gentil com Gothel e secretamente lhe revela que também possui poderes mágicos, mas os esconde para que Isla não faça com ela o que fez a Gothel.

⁴"Rapunzel" é algo aproximado da pronúncia germânica de rapúncio, também conhecida como campaínhas-rabanete, campânula, espera-do-campo, ou rapôncio. Seu nome científico é Campanula rapunculus, e pertence à família Campanulaceae. É nativa da península Ibérica, mais especificamente Portugal, mas provavelmente foi "exportada" para a Alemanha, uma vez que a história original de Rapunzel já mencionava as flores (daí vem seu nome).

⁵Personagem do livro Mother Knows Best, é a mãe biológica de Gothel.

⁶No livro, Gothel tem duas irmãs: Primrose e Hazel. Extremamente rasas, sem personalidade e bem burrinhas e covardes. Primrose é descrita como bela, ruiva e com sardas no nariz, e Hazel é descrita como alta, de longos cabelos brancos e "gosta de dar conselhos".

⁷Personagem da série animada Rapunzel's Tangled Adventures. Era um inventor que combinava magia e tecnologia em seus maquinários.

⁸Principal antagonista da série animada Rapunzel's Tangled Adventures. É uma bruxa-demônio-metamorfa-espírito muito antiga e poderosa, que é responsável por literalmente todas as desgraças que acontecem no desenho.

⁹Na mitologia grega, Cassandra era uma dos dezenove filhos do rei Príamo e da rainha Hécuba de Troia. Era uma jovem belíssima e devota servidora de Apolo. Era tão dedicada que o próprio deus se apaixonou por ela e ensinou-lhe os segredos da profecia. Cassandra tornou-se uma profetisa, mas quando se negou a dormir com Apolo, ele, por vingança, lançou-lhe a maldição de que ninguém jamais viesse a acreditar nas suas profecias ou previsões. É uma personagem de destaque na Guerra de Troia por prevê-la e alertar à sua família e ao povo sobre suas previsões de destruição, sendo entretanto, desacreditada e considerada louca. Consequentemente, Troia é vencida e destruída pelos gregos.

¹⁰ A fic se passa 2 anos após os acontecimentos do livro O Corcunda de Notre Dame, de Victor Hugo (e consequentemente sua adaptação da Disney), que se passa em 1482.

¹¹Nessa época, a China era uma potência que dominava toda a Ásia e a Oceania. A frota marítma de Zheng He era a maior do mundo, deixando qualquer paiseco europeu no chinelo.

¹²Ninguém trocava de roupa com tanta frequencia assim na Idade Média, e europeu era em geral um bicho muito porco. Só coloquei essa frase pra indicar que o cara é chegado na farra mesmo e não aparece em casa faz um tempinho.

*No livro, Claude Frollo tem um irmão mais novo chamado Jehan que o extorque pra gastar grana em birita e prostituta.



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