"Esse portão é inviolável por meio de magia. Tampouco pode-se abri-lo na força bruta." - essa foi a conclusão de Zarama, ao chegar aos portões para o Domínio Hakaishin, junto de sua armada.

Desligados dos outros membros da invasão do Domínio dos Deuses, Zarama liderou seus servos por um atalho rumo ao Domínio Hakaishin, por meio de sua magia. O problema é que os portões que guardavam tal Domínio eram invioláveis. Se quisessem recuperar as Armas Sagradas, teriam de entrar, de uma maneira ou de outra. Nesse momento, os nove guerreiros pretendiam atacar juntos:

— Ainda não tentamos todos juntos, então acho que vale a pena pagar pra ver! - Tanta sibila, de pele acinzentada, corpo magro que terminava em um crânio anormalmente grande e olhos amarelos que procuravam a aprovação de Naraku, seu amo - Acredito que seja a melhor hora de testá-la, Hizaura-San...

— Por mim tudo bem... - Hizaura, também um Namekuseijin, tendo pouco mais de dois metros, tinha o rosto verde, mais claro que o verde do restante de seu corpo. Saindo de seu pescoço e tomando seu peitoral, uma camada de pele azul natural, como se fosse uma armadura gerada pelo próprio corpo. De gi preto, com detalhes caramelados, ele agora sacara a Destruidora de Selos, que normalmente ficava amarrada a bandagens, pendurada as suas costas. - Acredito que servirá de bom grado como uma bazuca improvisada.

— Levando em conta que perdeu seus poderes, é uma alternativa. - Kolder, seu leal escudeiro, um Arcosiano artificial com poderes além do comum, responde - Ao que parece, a Destruidora de Selos só é efetiva em seu primeiro disparo, do contrário poderíamos tentar quebrar o selo deste portão, não?

— Sim, é basicamente isso. - Hizaura segurava a bazuca vermelha de grande porte, puxando os dois pequenos canhões que ficavam ao lado do maior, os travando em suas posições. Um pergaminho preto se mantinha pendurado a lateral, sendo puxado acima da mira da bazuca e encaixado do lado oposto, formando um arco, servindo de munição para a arma. - Apesar de não servir mais para quebrar selos, ainda é uma boa Arma Mística. Esses pergaminhos de balas de Ki criados por Zarama-Sama irão quebrar um galho! 

— Então na contagem de três iremos derrubar esses portões! - Naraku, aquele que já ascendera como Deus Namekuseijin no passado, exclama. De face monstruosa e olhos dourados, sua capa vermelha agitava sob suas costas, assim como o saiote cor de vinho amarrado a sua cintura. - A não ser que algum desgraçado se coloque em nosso caminho!

Naquele instante, Bibra, Banjo e Bell, três Namekuseijins subordinados a Naraku, seus discípulos num passado longínquo, carregam seus tiros de energia. A esquerda, Kolder, Hizaura a Tanta também se preparam, assim como a esquerda, Naraku e Lord, aquele que é conhecido como sua Outra Metade, carregam a energia dourada em suas garras. Zarama fica atrás, apenas observando a tudo, pois se quisesse que o mundo continuasse a existir, não poderia entrar em uma luta. 

— Um, dois, três! Agora! - Naraku clama, quando todos disparam seus canhões e tiros de energia rumo ao grande portão de metal, causando uma estrondosa explosão - Hum, então realmente havia um desgraçado em nosso caminho... - surgindo através da nuvem de fumaça, aquele que bloqueara o combo dos Namekuseijins se revela - A quem devemos a honra?

— Eu sou Osake, Hakaishin do Universo 15! Sou o guardião dos Portões de Lata, como gosto de chamar. A primeira linha de defesa do Domínio Hakaishin! - de estatura alta, beirando os dois metros, tinha um corpo jovial e escamoso, em um verde berrante. Trajando uma armadura preta que lhe cobria o peitoral e a cintura, ele portava uma grande machado de metal de mesma cor. Seus olhos de pupilar finais em fundo amarelo, fitam os olhos de Naraku, muito parecidos com os dele. - Quanto a você, não precisa se apresentar! Já ouvimos tanto sobre você, pequeno Naraku, que estamos fartos, se quer saber!

— Pequeno Naraku? - Lord indaga, furioso - Para você é "Naraku-Sama"! Não é nada além de um desgraçado, assim como Naraku-Sama o disse... - Lord tinha a mesma estatura que Naraku, embora tivesse um tom de pele pouco mais clara, com ombreiras de metal em seus ombros a segurar sua capa vermelha. 

— Deixe-o falar como quiser, Lord-San... é perca de tempo com esse tipo de gente! - Naraku exibe um leve sorriso de deboche - Acredito que como é a primeira linha de defesa, só basta destruirmos sua excelência que poderemos passar sem problemas, não? Gyahahaha! Mal posso esperar para acabar com você!

— Se insiste, Naraku... - Osake prepara seu machado, apontando ele para frente, enquanto arqueava as pernas - Pode tentar! Mas logo logo vai pedir a ajuda de seus amiguinhos. Na verdade, o mais sensato seria todos vocês virem de uma vez, pois o Domínio dos Deuses não tem piedade de ninguém.

— Eu posso ter perdido o potencial de meus limitadores e o poder de seus rompimentos, mas acredite, Osake... - Naraku escancara um sorriso diabólico, de dentes afiados a mostra - Eu sou mais que o suficiente para fazê-lo em pedaços! Gyahahaha! 

Na imediações afora dos Portões de Lata, um longo pátio de piso preto e branco se estendia. Com exceção das árvores de metal aqui e ali, o terreno era um campo aberto. Zarama e seus pupilos abrem espaço, pois Naraku e Osake já haviam dado início a seu confronto. Naraku para o golpe de machado de Osake segurando a lâmina entre o dedão e o indicador, quando num simples movimento, faz o machado rodopiar pelo ar e junto dele, Osake. O Deus Lagarto cai de pé após o rodopio, perplexo, porém, sorridente:

— Vai ser mais interessante do que pensava! Não pude lutar com você no Incidente da Queda de Naraku, mas acredito que mesmo contra uma versão mais fraca, possa me divertir... - ao girar o corpo cento e oitenta graus, Osake atinge sua cauda de lagarto na perna esquerda de Naraku, que nem ao menos esboça uma reação - Hum... - Osake então enrola sua cauda em torno da perna do Namekuseijin, logo em seguida puxando-a, levando o corpo do grande colosso para a outra extremidade

— Gyahahaha! Mas que truque sujo e tedioso! - Naraku crava suas garras ao chão durante o lançamento e da uma puxão com sua perna esquerda, arremessando o corpo de Osake contra os Portões de Lata, os quais são protegidos com um escudo de energia verde ao toque - E pensar que o famoso Deus Lagarto, era apenas um mero guerreiro de classe baixa!

O corpo de Osake se mantém relaxado ao passo que desliza pelo portão e cai de pé. Uma aura embranquecida começa a vaporizar de seu corpo, quando num estalo ele aparece próximo a Naraku, deferindo o golpe de machado. Uma grande tormenta de energia branca consome o local, obrigando Zarama a criar um escudo de energia para proteger seus servos, que assistiam a luta próximos dali. Lord via a tudo impaciente, prezando pela integridade de seu criador. Não que duvidasse de suas capacidades, mas apenas por devoção incondicional a ele.

Eis que Naraku pega Osake pela garganta ao atravessar a nuvem de fumaça, o atirando contra o chão, que tem seus pisos espatifados:

— Whaaaaaaaa!! - ao escancarar a boca, um canhão de energia dourada escorreu entre seus dentes, atingindo Osake direto na cabeça, ou era ao menos o que ele esperava - Interessante, mas... - os destroços do machado negro de Osake pairavam no ar, enquanto o rosto do Deus Lagarto se via ileso - Sacrificar sua arma contra um simples ataque como esse não foi um ato da mais alta inteligência, se quer saber!

Osake escancara a boca e depois a fecha bruscamente. O baque de sua arcada dentária alcança a tudo que estava nas imediações, inclusive o corpo de Naraku, que é cravado por marcas de mordida em seu peitoral. Pequenos filetes de sangue escorrem pelo seu corpo. Quando um jato de fluído escarlate rompe de sua boca. Naraku cambaleia, não conseguindo evitar o golpe que viria a seguir, no qual Osake cortara o ar com suas garras:

— Droga... - o braço esquerdo de Naraku é decepado do corpo pelas rajadas cortantes advindas das garras de Osake, espirrando sangue e manchando os pisos brancos dentre os pisos negros, criando uma nova mistura de cores - Nessa você me pegou. Terei que dar tudo de mim no próximo ataque! - Naraku gera uma massa de batalha feita de energia dourada, a empunhando com seu punho direito, girando a bola recheada de pontas por meio da corrente, desferindo o golpe 

Clang! Osake desvia por instinto do ataque, ao contemplar a massa romper os pisos personalizados e parti-los em pedaços. Ele vê a figura pobre e desgraçada de Naraku, a beira do desmaio na outra extremidade:

— Apenas um golpe, é tudo que preciso para acabar com você agora! - Osake some de vista, em sua aura vaporizante, atinge um soco de alta potência no estômago de Naraku, perfurando-o e atravessando suas costas - Adeus, "Deus Namekuseijin"... - ao retirar seu punho do interior de Naraku, Osake se afasta, para dar espaço a queda de seu oponente - Então, quem será o próximo? - Osake encara Zarama e sua armada, protegidos pelo escudo do mesmo, quando vê a que a imagem deles se distanciava - Mas o que está acontecendo? 

A cada segundo, eles permaneciam mais distantes, até que Osake se via estatelado contra os Portões de Lata, deslizando ao cair da pé, prestes a despertar o Instinto:

— Eu revolvi no tempo? O que está acontecendo? - Osake olha para o horizonte e fica pasmo, ao contemplar a figura de Naraku, ilesa, com um sorriso diabólico no rosto, quando esta mesma some de vista - Tenho que ativar o Instinto Superior antes que ele che... - a chuva de sangue banha o escudo dos portões de prata, ao Naraku atravessar suas garras da cintura até os ombros de Osake, quase que cortando seu corpo em duas partes 

— Você nunca chegou a ativar o Instinto, Osake-San... - Naraku se afasta alguns passos, contemplando o corpo em carne viva de seu oponente - Tudo o que você fez foi apenas fruto de sua imaginação. Um mero estalar no tempo criado por mim, tudo por que queria ver sua cara de idiota ao pensar que poderia me vencer! É o seu fim, Deus Lagarto... passar bem, no Inferno... - Naraku da as costas para Osake, que cai num baque seco ao chão 

Um pilar de energia branca eclode a partir do corpo dilacerado da fera, quando ele começa a se levantar. Naraku fica boquiaberto, se virando num sorriso de deboche, ao contemplar o supremo despertar de Osake. Dois braços brotam abaixo dos habituais, os quais haviam se regenerado. Dois chifres se revelam em sua cabeça escamosa. A aura familiar vaporizava de seu corpo, agora mais densa, ao passo que ele encarava novamente seu oponente:

— A que devo a honra, desgraçado? - Naraku indaga, curioso sobre o recente despertar de Osake - Era pra você estar morto agora! Mesmo que Zarama-Sama não considerasse matar, bem, eu sempre fui rebelde e nunca levei ordens ao pé da letra!

— O que você vê diante de seus olhos, Naraku, é minha Forma Ultra Divina! Considerando que os deuses vivem em corpos divinos, o que vem além disso é um corpo que ultrapasse o divino! - Osake materializa quatro machados negros em seus quatro braços - Isso somado ao domínio total do Instinto Superior, que é possível nessa forma, já é o suficiente para fazê-lo em pedaços!

— Ah, sim... a Forma Ultra Divina! Aqueles garotos, Goten e Trunks, usaram-na contra mim no passado! Bem, considerando que meus limitadores estavam rompidos, eu passei por ela como se passa manteiga no pão. Mas agora é diferente! Creio que será uma experiência benéfica para meu longo catálogo de batalhas... - Naraku ergue seu braço direito, carregando a energia dourada, ao passo que dispara o colossal canhão de destruição

Os quatro machados se movem, desferindo cortes de energia branca, que criaram um X duplo no ar, varrendo assim o clarão dourado do Namekuseijin. Osake desliza pelo terreno, quando num piscar de olhos realiza um combo de golpes contra Naraku, utilizando seus machados. Naraku se deixa atingir pelo primeiro golpe, para testar sua resistência, mas descarta essa ideia ao ver que sua carapaça havia sido rompida na altura do peito para dar vazão ao sangue carmesim. Ele então se mantém num ziguezague frenético, enquanto desviava dos cortes dos quatro machados escuros:

— Só mais um pouco e... - Naraku cerra os punhos, quando um potente domo de energia dourada se expande, tragando Osake e seus machado para a destruição - Eu sei que você está aí! - Naraku olha para o alto e vê Osake a flutuar, ileso, ao encará-lo - Isso não durará muito tempo, acredite... - Naraku dispara num voo de alta velocidade, com sua capa cor de vinho a se agitar,  quando atravessa a linha de ataque dos machados de Osake e o atinge com uma cabeçada, fazendo-o cuspir sangue 

Clang! A mordida de Osake estala, quando o corpo de Naraku despenca com as marcas de dentes cravadas em seu corpo, a verter sangue. Surpreso, ele contempla a figura do Hakaishin Ultra Divino, enquanto cai:

"No momento em que ele me mordera, era nesse momento em que a ilusão deveria se revelar!" - Naraku estava perplexo, dando um mortal no ar, ao cair de pé, mancando - "Mas isso não ocorreu, sendo assim, só pode significar que..." - Osake aterrissa diante dele - "Que ele ganhou imunidade a minhas ilusões nesse estado!"

— Whaaaaaaaaaaa... - ao escancarar a boca, Naraku dispara a tormenta de energia dourada, que é facilmente destruída pelos machados de Osake - Vamos lá... agora que seus machados já estão banhados de minha energia vital... - Naraku estala os dedos, os reduzindo a pedaços - São mais fáceis de destruir! O que está esperando, Osake-San? Tem medo de um confronto no mano a mano? - Naraku manca mais uma vez, ao passo que corre em direção ao colosso, quando o choque ocorre

Ambos estavam com os braços entrelaçados. A diferença era que Osake ainda possuía dois deles livres. Com os braços inferiores, ele crava suas garras nas costelas de Naraku. O Namekuseijin sorri ao cuspir sangue, quando tenta atingir uma cabeçada no Deus Lagarto, que desvia por instinto:

— Chega de perder tempo... - o corpo de Naraku transborda energia, ao passo, que banha o corpo de Osake, atrelado ao seu - Você se lembra do que disse antes, não lembra? - na cabeça de Osake, a figura dos machados se partindo é exibida - Xeque-mate! - no instante em que Naraku pronunciara tais palavras, Osake se desvencilhara de Naraku, evitando ser feito em pedaços

— Essa foi sua última chance, Naraku. - Osake move os quatro braços, com ataques de garra. A rede de energia branca atravessa o local onde o corpo do Namekuseijin jazia, o recheando de cortes fundos - E agora que não pode se mover, o ataque final! - Osake dispara, levando seu punho direto ao pescoço de Naraku, quando algo o impede, fazendo o movimento frear alguns milésimos antes - Você... você não é Naraku. Ou é?

— Eu sou e ao mesmo tempo não sou... - a voz murmura de dentro de uma casca branca, que começa a se desfazer, ao passo que Lord, a Outra Metade de Naraku, rompe-a, revelando seu corpanzil, muito parecido com o de seu criador - Não que isso seja da sua conta! - Lord dispara um canhão de energia a queima-roupa, obrigando Osake a recuar, por Instinto - Está tudo bem, Naraku-Sama?

— É óbvio que não, Lord-San, Gayahahaha! Se você teve de entrar na luta, não está nada bem! Se o soco dele foi capaz de trazer a tona sua carapaça branca, ele realmente teria me matado se tivesse me atingido. - Naraku vertia sangue de seu corpo em péssimo estado - Minhas capacidades regenerativas não estão sendo capazes de burlar a Energia da Destruição que ele porta. Acredito que esse lugar, o Domínio dos Deuses, é que está sendo uma espada de dois gumes para meus poderes!

— Com toda certeza, Naraku! Aqui, no Domínio dos Deuses, a Energia da Destruição tem um poder devastador, tal qual pôde superar suas habilidades regenerativas de alto nível facilmente! - Osake confirma - Acredita mesmo que você e sua trupe de fracassados poderão lutar contra os Hakaishins sem saírem daqui numa maca ou até mesmo mortos? Se ainda quem permanecer vivo, dê meia volta e não volta mais! É sua última chance...

— Não podemos voltar... - Lord fala por Naraku - Temos que atravessar esses portões e encontrar as Armas Sagradas, para então instaurarmos o Deus Namekuseijin no topo do mundo, aqui, no Domínio dos Deuses e fazer sua bondade se alastrar pelo Multiverso! - Lord leva sua mão a cabeça de Naraku, que estava de joelhos, sem forças - Ver Naraku-Sama nesse estado me faz doer a própria alma, algo que nunca pensei que tivesse pra falar a verdade... - da mão de Lord, uma energia embranquecida começa a se espalhar, percorrendo o corpo de Naraku 

— Lord... você está...? Não seja tolo a tal ponto! - Naraku esbraveja - Não mereço toda essa devoção e você sabe disso! Não sacrifique sua existência por alguém como eu...

— Eu só existo por sua causa, Naraku-Sama! Eu sou sua Outra Metade, então nada mais justo que nos tornarmos um só, se isto for salvar sua honra. Eu jamais quero vê-lo de joelhos novamente, Naraku-Sama! Jamais! - Lord vira seu olhos vermelhos em direção a Naraku, exibindo um sorriso sincero. Na cabeça de Lord, flashes do passado reluziam, com o momento de sua concepção, de sua destruição e de seu renascimento, mediante e misericórdia de Naraku, até proferir suas palavras finais - Hoje, voltaremos a ser um só!

Osake aproveita o momento e dispara a toda velocidade, de punho estendido, prestes a atingir Lord, quando o baque ocorre. Segurando suas pernas, Banjo e Bell. Segurando seus braços, Bibra e Kolder. Do outro lado do escudo de Zarama, Hizaura e Tanta contemplam a cena, comovidos. Enquanto os quatro guerreiros seguravam Osake e era atirados em direções opostas pelos seus golpes, Naraku ressurgia, agora como um só ser.

O corpo de Naraku fora tragado para dentro de Lord, que despertara sob uma só consciência. Pouco mais alto, seus músculos eram mais troncados. De olhos vermelhos, ele vestia um colete e uma capa de mesma cor, plugada as ombreiras de metal afiado:

— Lord Naraku... - Bell, ajoelhado após o golpe de Osake, murmura - Que seu retorno seja contemplado pela Aurora dos Tempos! Que todas as estrelas cantem em seu nome! Vida longa ao Lord Naraku!

— Já chega dessa rasgação de seda! Vou matar todos agora, com um só golpe! - Osake termina, arremessando Kolder, o Arcosiano artificial, para longe - Estejam prontos para... - o Deus Lagarto estendo os quatro braços em direção opostas, seguindo os pontos cardeais - ...o Corte dos Quatro Ventos!

Naquele momento, uma onda avassaladora de cortes eclodiu em direção a Norte, Sul, Leste e Oeste. Todos no local foram tragados pelos golpes mortais, com exceção do escudo de Zarama, que se manteve intacto. No terminar no ruído ensurdecedor, os corpos se revelam. Não partidos em pedaços, como o esperado, mas corpos que não tinham outros ferimentos senão os causados anterior ao supremo ataque de Osake:

— Lord Naraku! Obrigado por nos salvar de uma morte dolorosa! - Bell exclama, ao perceber a energia dourada do Namekusejin escorrer de seu corpo, confirmando o ato ao contemplar tal energia se dissolver nos corpos de Banjo, Bibra e Kolder  

— Era o mínimo que poderia fazer depois do que fizeram por mim! - Naraku soava apenas como Naraku, sem sinal da voz de Lord - Parece que ser apenas uma entidade me trouxe vantagens! Mal me lembrava como era a sensação! - Lord Naraku matinha seu corpo ileso, ao encarar a figura de Osake, boquiaberta - Meus caros amigos, podem voltar para a morada de Zarama. Agora tenho forças para acabar com ele facilmente!

— Como queira, Naraku-Sama... - Bibra faz uma reverência, partindo junto dos outros, deixando Naraku só, ou nem tanto - O senhor jamais estará sozinho agora, Naraku-Sama. Lord estará com você até o fim de seus dias!

— É, acho que é por aí! - Naraku sorri, ao se voltar para Osake - Vamos continuar de onde estávamos, Deus Lagarto? 

— Sim, a única diferença é que não exitarei em apagar sua existência! Você não tem mais os poderes do Deus Namekuseijin para se tornar imune ao Hakai, como gostaria... - Osake parte em sua investida final - Mesmo que tenha se tornado mais forte, isso não significa que é imortal! Gyhaaaaaaaaaa!! - de garras estendidas, Osake para estaticamente poucos metros a frente de Naraku

— Hum... parece que o destino não me deu o prazer de findar sua vida miserável, Deus Lagarto... Nem pude testar meus novos poderes! - o corpo de Osake despenca, morto - Ao que tudo indica, a vida do Kaioshin ligado a você foi ceifada primeiro! - longe dali, Bardock decepa a cabeça de Ryoshuka, a Kaioshin ligada a Osake - Acredito que isso causará uma grande revolta naqueles outros desgraçados. Gyahahahaha! 

Lord Naraku se junta aos seus, ao passo que Zarama analisa os Portões de Lata. Num movimento de seu cajado, que terminava em uma cabeça de dragão, ele faz os portões se abrirem:

— Com a morte de seu guardião, os Portões de Lata se abrem de bom grado. - diz Zarama, calmamente - Se foi sorte ou o destino, pouco importa. A vida de Osake ter terminado por si só é um sinal de que podemos conseguir atingir nossos objetivos, se continuarmos em frente, sem duvidar de nossa missão. Quando quiser, Tanta-San...

— Não dê tal honra a alguém como eu, Zarama-Sama... - Tanta faz uma reverência, mas percebe que Zarama mais uma vez não iria ouvi-lo - Pois bem, acredito que a Biblioteca Sagrada fique por aqui! Os Hakaishins, bem, eles portavam as relíquias que faziam parte das seletas Armas Sagradas. Acredito que não deixariam elas por aí, quando poderiam tê-las por perto! Nossa missão agora é localizá-las e levá-las até o ponto mais alto do Domínio dos Deuses, para então instaurar novamente o Deus Namekuseijin... - Tanta vira seu rosto, olhando para o receptáculo - Não é mesmo, Lord Naraku? 

                                                           ...

"Não podemos perder o bom senso, mesmo com os recentes eventos, caros senhores Hakaishins." - Daishinkan, o pai de todos os Anjos, diz, solenemente - "Lembrem-se que temos de seguir as ordens do Líder Supremo, Son Goku-Sama! No momento, ele contempla os combates com os Kaioshins, de seu Trono Celeste. Ele não poderia contemplar tais lutas em seu resplendor se vocês entrassem em campo e acabassem com todos."

"Vocês estão levando Son Goku a sério demais!" - Beerus diz, se fazendo ouvir - "Ele é apenas um mortal. Um espírito que devia estar nos Campos Elísios, ao invés de se sentar no Trono Celeste de Zeno-Sama!"

"Faça das suas as minhas palavras!" - Heles, a Hakaishin do Universo 2, se manifesta - "Embora eu o ache muito atraente, não o considero alguém digno de tal regalia!"

"É da vontade de Zeno-Sama que Goku seja aquele a se sentar no Trono Celeste..." - Daishinkan murmura, flutuando pelo local parcialmente coberto pelas sombras - "Estariam vocês, Hakaishins, indo contra a vontade de Zeno-Sama?" -  todos balançam as cabeças em sinal de negação - "Pois bem, as vontades de Son Goku-Sama, agora são as vontades de Zeno-Sama. Quando Son Goku-Sama os quiser em campo, vocês estarão lá! Se criarem uma rebelião, bem, não acredito que possa assegurar  a integridade de todos os senhores."

"Espero que Miroku faça um bom trabalho!" - Champa exclama - "Se ele tem permissão, que vingue a morte de Osake por nós. Enquanto isso, vamos continuar assistindo os Kaioshins falharem miseravelmente em destruir os invasores... ou melhor, esperar o momento de nossa morte!"

"Fale por você mesmo, Champa-Sama..." - Jiren diz, imponente - "Se os Kaioshin em sua defesa são fracos, isso são problemas seus! O Kaioshin que tem a vida linkada a mim, bem, digamos que ele não irá sofrer nas mãos dos invasores, nem mesmo se for Son Goku e enfrentá-lo!"

E assim, os confrontos no Domínio Kaioshin continuam. Son Gohan, a muito tempo fora das batalhas, agora encara seu oponente, num campo de batalha rodeado por espectadores. Conseguirá ele quebrar seus limites e vencer essa batalha?