***Marcus Falazuri***

                Meu corpo já não me obedece, algo em mim não aceita esta forma humana, talvez por eu ter me tornado um deus Dragão, esta forma seja pouco para minha magnitude e poder.

                Precisava balancear meu poder, ele estava oscilando demais, poderia destruir a escola inteira, e denunciar para alunos inocentes que eles possuem um professor Dragão.

                É claro, peguei pesado com Potter, ele poderia deixar escapar algo sobre mim aos colegas, isso não iria ser bom para mim. Se eu mostrasse ameaça, talvez ele temesse revelar algo.

                A minha meditação ia de mal a pior, cada vez que me concentrava nela, algum objeto explodia. Sentia minha mente ser sondada, sabia que ele estava perto. Sentia o poder dele se aproximando, mesmo oculto era captado pela minha aura.

                Ele não bateu, sabia que não faria. Mais esperava um pouco de educação da parte dele. Minha porta foi lançada pelo  corredor, ele entrou. Encarou-me.

- Olá, Falazuri. – A voz rouca de Paulo Abraham percorreu toda a sala em direção a meus ouvidos.

- Paulo, quanta honra em tê-lo em meus aposentos. – O sarcasmo em minha voz não passou em branco.

- Vamos parar com essa palhaçada Dragão. Não estou aqui para gracinhas. – Ele rugiu.

- O que quer Paulo? – Perguntei rindo.

- Invocar as leis antigas. – Ele falou calmo.

- O que mais me intriga em você, é essa sua súbita mudança de humor... – Falazuri começou.

- Eu quero invocar as leis antigas e descobrir como me livrar desta minha sina.

- Pensei que você gostaria de ficar nesta forma. – Eu observei bem a figura que ele apresentava.

- Este corpo limita meus poderes. Preciso da pedra. – Paulo estava sendo direto.

- Você quer saber outra possibilidade? – Eu perguntei. – As Pedras Primordiais. Procure-as. Elas tem a Resposta.

- As Pedras tem poder ilimitado. – A Luz transpassou o semblante dele. – Vou usá-las para ser superior.

- Sabe que não irei permitir isso não é? – Eu falei, e minhas palavras se perderam.

- E pelas leis antigas, você também não pode alertá-los. – Ele me falou em meio de um rugido. – Você está de mãos atadas. E eles também.

- Você está preocupado cm sua Profecia, não é Paulo? – Eu perguntei golpeando-o.

- Não posso mentir para você. Sim eu estou. – Ele sorriu.

- Como um deus tem medo de meras palavras humanas? – Eu perguntei rindo.

- Você teme-as também. Se não, não teria conseguido se tornar o que é hoje. Eu sei sobre seu passado, sei o que você precisou fazer. Sei sobre Morgana. Sei sobre a Filha de Morgana. Eu sei sobre a reencarnação percussora da garota. É por isso que você o inveja? É por isso que você o ajuda tanto? É por isso que você quase morreu?

- Cale a boca. – A minha magia já oscilava novamente. – Você não tem o direito de falar isso. Você não me conhece. Saia da minha sala. Saia de meus aposentos. Desapareça Paulo Abraham. – Ele foi pego de surpresa, meu ataque mental o jogou pela janela, e ele se chocou com o gramado do castelo.

- Você vai lastimar este ato, Falazuri. – Ele urrou. – Você vai lastimar.