Codex de um soldado anonimo escrita por PEREGRINO SILENCIOSO


Capítulo 18
Capítulo 18




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O que poderia me acontecer é voltar pra prisão ou que me matassem. Se me matarem jamais vão achar a grana. É um trunfo na manga que eu tenho que me mantém ainda vivo. Se não eu já estaria comendo formiga pelo nariz. Certo? Eu sou um gênio!!!! Hehehehehehehehehehe.Vou me informar com o Irmão Haytham se tem algum dos nossos Irmãos dentro do Quartel pra me informar o que está acontecendo, é sempre bom saber do que acontece ao nosso redor, assim fica muito mais fácil a missão. Sem isso eu gastaria tempo e dinheiro, é o que eu não quero no momento desperdiçar. Vou mostrar que eles não são tão poderosos assim que nos infiltrar entre eles assim como foi feito inúmeras vezes na História. Quero que eles sintam MEDO, PAVOR, DESESPERANÇA! Não um medinho qualquer, mas algo que os façam querer se esconder, um medo primordial que me faça feliz, forte e não um medroso. Sei que às vezes não sou eu dito as palavras aqui neste Códex, por isso às vezes a minha letra muda. Quando isso terminar não sei o que vou fazer... Talvez viajar, ou continuar a trabalhar como assassino de aluguel. Nada está decidido, pois o futuro é imprevisível. Preciso pensar planejar, mas isso vou deixar pra mais adiante. Será que vou ficar sozinho pra sempre? Não tenho culpa se eu não tenho ninguém pra voltar. Isso é normal? Isso que é se sentir humano? Se for isso, eu prefiro não sentir nada. Sinto-me feliz e realizado quando eu tava matando, pode parecer estranho, mas é o que eu sinto, gosto de matar, é relaxante como DEFECAR... (desculpe a analogia). Talvés seja uma “Necessidade” que eu tenho, sei lá. Pra maioria isso não é relativamente considerado “normal”.

O meu irmão foi enterrado no Cemitério Nacional Arlington como um Soldado desconhecido junto com onde os restos de três soldados não-identificados da I Guerra Mundial, Guerra da Coréia e Segunda Guerra Mundial, são guardados perpetuamente por uma Guarda de Honra do exército, cuja cerimônia de troca de sentinelas. Ele deveria ter sido enterrado com todas as honras que merece

Dirijo tranquilamente pelas ruas, pois todos já foram pras suas respectivas casas, pra véspera de natal comendo Peru, então não teria ninguém saindo de suas casas pra ficar bisbilhotando a vida alheia ou nos meus assuntos, eu poderei agir com tranqüilidade, sei que devo ser muito cauteloso pro “empreendimento” que eu to pronto pra realizar, mas ainda tenho algumas horas. Então fiquei parado na frente do Hostel dentro do meu carro quente, observando as pessoas normais festejando algo que eu jamais tive.Então esse tipo de “ritual humano” é indiferente pra mim, totalmente desconhecido. Ainda bem que sou precavido em minhas campanas, sempre levo comida, bebida quente (caso que está frio pra caralho), armas, sei o quanto demora e devo sempre ficar munido de muita paciência até que o alvo apareça ou eu tenho a melhor chance de abater-lo, neste caso agora é apenas observação. Quando eu olho no retrovisor eu vejo que não estou sozinho dentro do carro, quase dou um grito de susto, rapidamente coloco as mãos na boca pra abafar o grito que gruda na minha garganta e acabo batendo a cabeça no teto do carro, eu sentia que alguém estava me observando, mas não esperava que alguém realmente estava comigo dentro do carro.

— Como você entrou aqui?  * Pergunto com cautela após me recuperar a voz e do susto*

— Eu já estava aqui com você, só agora resolvi aparecer pra você pra me conhecer e saber da minha existência. Sou aquele que sussurra em seu ouvido, travessuras. Sou aquele amigo de travessuras. * Respondeu a presença com um sorriso frio de canto de boca*

— As outras pessoas podem ver você assim como eu?

— As pessoas “normais” não podem me ver, só as pessoas iguais a nós.

— Você tem nome?

— Não, mas pode escolher um nome pra mim, sou um bom observador... * Responde a presença ainda com o sorriso frio estampado na boca*

— Você é o meu “Dark Passenger”?

— Bela definição sobre mim. * Seu sorriso alargou mais ainda que refletiu no meu rosto como fôssemos um só*

Como eu não vi ninguém saindo ou entrando no Hostel, creio que o Mexicano Diego não tenha “pululado” pela noite principalmente na véspera de natal e com esse frio de trincar os meus ovinhos, esfriando as minhas orelhas e infiltrando na minha careca mesmo com o gorro. Vejo algo ou alguém tremulando a cortina em uma das janelas. Ele deve saber que tem alguém o observando, tenho todo o tempo do mundo pra isso, não tenho pressa.

Qual será a sensação de esquartejar alguém? To curioso pra experimentar e ver os resultados, deve ser de um modo limpo, sem vestígios, em lugar apropriado pra que os NCIS não me encontre, senão perde a graça.

Volto a olhar o relógio do celular na qual é quase na hora dos “fogos de artifício” de véspera de natal, ligo o carro, vou lentamente até o cemitério, posiciono o meu carro próximo ao túmulo do Pumba, mais que eu podia chegar perto, seguro o detonador, quando dá a badalada da meia-noite eu aperto do detonador e a explosão ocorre que dá muito pó, também tem uma acústica muito grande que ecoou por todo o cemitério que me deixa um pouco surdo com um zumbido irritante, mesmo estando dentro do carro com as janelas e portas fechadas. Depois da explosão fodástica ainda cai muitos fragmentos pra todos os lados, atingindo em cheio o meu carro mesmo estando naquela distância toda, não saberia se alguém tenha escutado, ainda ouço o irritante zumbido na minha orelha. Ligo o carro e vou-me embora antes que me encontrem aqui ainda com o detonador na mão, sorrindo de orelha a orelha como uma criança que ganhou um “brinquedinho” novo... Depois que a poeira assentou, vejo o estrago, foi do meu agrado, fui dirigindo até a saída feliz e saciado, sentindo uma energia vibrando pelo meu corpo que arrepiava os pêlos da minha nuca que nunca senti antes, não sei explicar com palavras o que eu estou sentindo agora: um prazer intenso que está me fazendo sorrir (algo que eu não sou de fazer tanto antes e o depois da prisão). Levo muito a sério o meu trabalho, os meus superiores falaram que levo o meu trabalho a sério e até de mais (quase um exagero) sei que nunca fui flor que se cheire, meio marrento, sempre fui um excelente profissional.

Voltei pro esconderijo feliz como se fosse o melhor presente que alguém poderia receber, infelizmente não trouxe comigo um pedaço (não muito grande) como “Suvenir”, pra toda vez que eu olhasse lembraria dessa noite maravilhosa e divertida. Apesar de eu estar cansado, tomei um banho bem quente pra me aquecer, me deitei na cama e logo peguei no sono, numa noite sem sonhos ou pesadelos. Fui extremamente cuidadoso pra não deixar nenhum vestígio na bomba, sei que o NCIS vai reconstruir-la e verificar se há impressões digitais. Eles não são tão burros, e muito menos eu pra ser pego. Primeira regra de uma missão bem sucedida é: NUNCA SER PEGO PELO INIMIGO.


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Notas finais do capítulo

O meu pc está dando problemas e acho que não é pra eu postar hoje. Amanhã eu continuo. OK?



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