Caminhos traçados escrita por Allyne Swan


Capítulo 6
Fim da angustia?


Notas iniciais do capítulo

Hellooooo!!!
Como não postei semana passada vou postar hoje como pedido de desculpa!
Gente vamos ver um pouco sobre os sentimentos do Edward nesse capitulo.
Espero que gostem.
Bjinhos!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/793141/chapter/6

— Vou avisar no consultório que não voltarei mais hoje – Carlisle queria conversar com seu filho ainda naquele dia, quando mais cedo falasse mais cedo tudo se resolveria, assim ele esperava.

Esme estava pensativa, não sabia qual seria a reação de Edward, sua família sempre foi muito unida, ela trabalhou a vida toda por isso, ela não teve uma família assim, veio de uma família controladora, passou por muita coisa até encontrar Carlisle quando o mesmo ainda era um residente, e assim construir sua própria família, tivera um filho em seu primeiro casamento porem o pequeno morreu ainda muito novo decorrente de problemas pulmonares, o que a deixou ainda mais triste, afinal ele era seu pequeno amor, o único até então.

— Está tudo bem? – Carlisle conhecia sua esposa mais que a si mesmo e não gostava quando via aqueles olhos verdes que tanto amava imersos naquela sobra de tristeza.

— Estou feliz, mais também preocupada... como meu menino irá lidar com tudo isso Carl? -    

— Eu não sei. – respondeu pousando a mão livre sobre as de Esme. – Mais estaremos aqui meu amor, todos nós estaremos, e o que importa agora é que Anthony apareceu e esta bem.

— Sim é verdade, e lindo. – agora Esme falava como a avó coruja que era. – Viu como se parece com Edward?

— Sim, mais os olhos são de Lize com certeza!

E por todo o caminho que se seguiu eles foram divagando sobre Tony, quando chegaram em casa viram o carro de Edward parado o que os deixou tenso de imediato, parecia que o destino estava empurrando-os sem deixar tempo para preparação, mais como se preparar para algo que se buscou por tanto tempo?

Ao entrarem foram recebidos por risadas vindas de algum lugar próximo, isso significava que Anne estava em casa o que os deixou mais apreensivos em ter “à” conversa.

— Mais que bagunça é essa? – Esme pergunta olhando para sala onde haviam almofadas espalhadas por todo lado, indicando uma guerra sangrenta onde aparentemente Anne era a vencedora.

— Vovó!!!! – Anne correu.

— Olá princesa!

— Eu venci o papai! – falou com mostrando um sorriso orgulhoso – conquistei o forte dele!

— Essa menina é um trapaceira. – Edward falou se levantando e começando a recolher as almofadas espalhas, ele tinha amor a própria vida e sabia o quando a mãe amava aquelas almofadas. – Mais o que fazem em casa tão cedo?

— Eu pressenti que minha sala estava correndo um risco mortal. – Falou Esme dramatizando um pouco.

— Fomos almoçar com uns amigos e decidimos tirar uma tarde de folga, e você filho o que faz em casa e essa mocinha não tinha que estar em casa? – Carlisle disse enquanto pegava Anne no colo.

— Tania me ligou hoje pela manhã, porque certa menininha não queria ir para a escola de maneira alguma.

— Entendi... mais é bom que esteja em casa filho...

— Anne por que não vamos na cozinha fazer um bolo delicioso para nosso chá da tarde? – Esme disse olhando para o marido.

— Oba!! – Anne amava aprender coisas novas na cozinha, embora fosse muita nova já demonstrava uma paixão pela culinária. – Podemos fazer de laranja hoje?

— Claro!

— Enquanto nossas confeiteiras estão na cozinha gostaria de conversar com você filho...- Edward já tinha notado o clima entre os pais e notara que sua mãe estava tentando distrair Anne.

— Claro...

— Ah...pensei que o papai fosse nos ajudar...

— Hoje seremos apenas as meninas na cozinha Anne... – disse Esme já caminhando para a cozinha.

— O que está acontecendo?

— Vamos para o escritório, lá poderemos conversar melhor.

— Certo... – Edward disse seguindo o pai.

Quando se acomodaram Carlisle se acomodou em frente a sua mesa e encarou Edward enquanto o mesmo se acomodava a sua frente.

— Pai, estou começando a ficar nervoso, o que está acontecendo?

— Eu...estou pensando em uma forma de começar esta conversa...

— Oras...comece pelo início... é algo com a Mamãe ou Alice? – família era a única coisa que deixar Carlisle Cullen tão nervoso e Edward sabia.

— Não meu filho não é nada com elas... – Respirando fundo e passando os dedos entre os fios de cabelo, gesto que indicavam nervosismo Edward sabia bem pois era algo que ele mesmo fazia. – Edward preciso que você me escute muito bem...

— Certo, mais diga logo porque já estou ficando preocupado...

— Filho hoje quando cheguei em meu escritório havia um jovem rapaz me esperando, esse jovem se chama Emmett Dwyer... – e assim Carlisle contou a história de Emmett e sua irmã Isabella, a cada acontecimento Edward ia ficando mais comovido com os irmãos, mais ainda não tinha entendido a relação deles com a sua família. – Então um dia Emmett foi chamado no orfanato pois havia chego uma criança nova que precisava dele... – Carlisle fez uma pausa para escolher as melhores palavras que poderia utilizar afinal se foi uma grande emoção para ele escutar como Anthony havia sido encontrado imagine para Edward. – O menino não falava... e por isso Emmett foi chamado...

— Pai porque está me contando isso... – Edward já sentia seu coração apertado, ele já sentia o que estava por vir, mais eles estavam falando de um outro pais, outro continente e isso não podia ser possível.

— Filho, preciso que escute tudo... – respirando fundo Carlisle continuou – Emmett começou então o seu trabalho com o menino, ele não havia falado com ninguém, Emmett se apresentou e explicou que ele estava em segurança e que ninguém iria machuca-lo, e então perguntou seu nome... então ele mostrou a medalha que tinha...

— Anthony... – Então Edward deixou que a lagrima escorresse por seu rosto sentindo seu coração perder uma batida... – Meu Anthony...

— Sim... Anthony...

— ONDE ELE ESTA? – Edward levantou de em um rompante... – ONDE ESTA MEU FILHO??

— Filho por favor, preciso que escute o restante da historia... – Carlisle entendia a reação, eram anos de busca e dor... – Edward, ele esta aqui... em Londres mais eu preciso que você escute o restante da história.

— Eu quero o meu filho...você não entende?

— Entendo, acha que se não fosse importante eu estaria aqui te pedindo para ouvir? – Edward passou as mãos no rosto secando as lagrimas, e sentou-se novamente. – Emmett começou a se dedicar inteiramente a Anthony e com o passar dos dias foi se afeiçoando a ele, ele acabou contando para a irmã Isabella sobre o caso, e um dia quando estava indo visitar o orfanato... – e assim Carlisle terminou de contar a história de como havia sido o encontro entre Isabella e Anthony e de como ele disse que o amava mesmo não se lembrando... – Isabella passou então a procurar pela família de Anthony, contratou um detetive mais foram anos de busca sem êxito...

— Como ela...como nos encontrou? – Edward havia se acalmado, mesmo a contra gosto entendeu que não era algo simples, afinal seu filho não se lembrava dele, não se lembrava de nada.

— Ela viu uma entrevista sobre o desaparecimento, ela nos disse que reconheceu o filho em você...

— Ela disse a vocês?

— Nós nos encontramos hoje, almoçamos juntos.

— Vocês viram ele? – Outra lagrima já descia.

— Sim, nos vimos Anthony... – Carlisle sabia o quanto a angustia doía no filho. – Filho, Anthony está bem, saudável e alegre, porém, não se lembrou de nós.

Então Edward desabou de vez, saber que seu filho havia sido encontrado era uma alivio mais saber que o mesmo não se lembrava dele ou de sua família era devastador, ficaram pai e filho ali por vários minutos cada um chorando por seu filho.

— Eu quero vê-lo, eu preciso pai...

— Nós sabemos, Isabella pediu para que lhe avisasse assim que tivéssemos conversado com você. – Carlisle respirou fundo e olhando no fundo dos olhos verdes. – Filho, embora ela tenha decidido vir até aqui, Isabella tem medo, medo de que você tente tirar o filho dela.

— Pai a única coisa que quero agora é ver o meu filho, eu preciso disso, preciso saber como ele esta...

— Aqui... – Carlisle abriu a carteira e mostrou a foto que tinha ganho de Emmett. – Emmett me deu esta foto...

Edward pegou a foto e olhou, no mesmo momento soube que era seu filho ali, reconheceu os olhos azuis idênticos aos da mãe, que por sinal era o que mais se destacava desde de que era bebe.

— Ele está lindo, os olhos sempre foram marcantes, azuis como o céu. – Edward falava mais para ele mesmo que para o pai. – Eu preciso ver o meu filho Pai, diga a Isabella que já falou comigo, e eu quero...quero ver o meu filho, por favor...

— Ok, filho eu vou dizer... – respirando fundo. – Agora você precisa se acalmar, Anne está aqui e vai ficar agitada de te ver assim.

— Eu sei, só é complicado me segurar, foram 8 anos...

— Mais já passamos pelo pior, ele está perto e daqui um pouco você poderá vê-lo.

— Sim... – e então um sorriso brotou no rosto do jovem pai, já tão cansado.

— PAPAIIII... – Anne gritou.

— Eu vou na frente, enquanto você se recompõe.

— Obrigado...obrigado por tudo – disse Edward abraçando o pai, em um abraço que significava muito.

— Sempre.

Edward olhou mais uma vez a foto do filho – meu filho...meu príncipe!

Logo depois da conversa com o pai ele ainda ficou mais algum tempo na biblioteca e quando saiu pediu que eles ficassem com Mary pois ele precisava ficar sozinho, ele dirigiu por algum tempo e quando deu por si estava em frente à casa que morava com Lizzy e Anthony, uma época que estava tão longe... ele não entrou na casa, não conseguia desde o fatídico dia, e enquanto estava absurdo em pensamentos lembrou de alguém, alguém que sofreu tanto ou até mais que ele com o desaparecimento de seu menino, Alice sua irmãzinha caçula, como ele havia sido injusto com ela, alguém que ele amava desde que estava na barriga de sua mãe, ele sempre foi super protetor quando se trava de Alice, quem diria que seria ele que machucaria a mesma de uma maneira que a deixou irreconhecível, esses pensamentos trouxeram a tona todas as lagrimas que ele tentava segurar, ele chorou pela dor de ter perdido seu amor de adolescência, pela perda do filho e pela dor que causou em sua família, mais principalmente em Alice, a sua fadinha.

Já se passava das 17:00 quando ele voltou para casa, encontrando Mary assistindo um filme com seu avô. – olha se não são meus bichos preguiça preferidos.

— Papai?! – Mary gritou e correu até o pai, ela em sua inocência achava que o pai tinha ganho uma bronca pela bagunça que fizeram mais cedo, pois se ela tivesse feito isso na sala de sua mãe com certeza levaria uma bronca, principalmente depois que a barriga dela começou a crescer com seu irmãozinho lá dentro. – O vovô brigou com você por causa da nossa guerra de almofadinhas, por isso você saiu rapidinho sem me dar tchau?

— Ah minha princesa, desculpa o papai – Edward estava tão aturdido que acabou dando pouca atenção a sua princesa e isso era inadmissível. – O papai recebeu uma notícia hoje e isso acabou me deixando pensativo, eu precisava pensar em muitas coisas, foi apenas isso.

— Hum...então ta bom... foi uma notícia boa?

— Foi sim...muito boa. – Nessa hora Mary já estava no colo do pai, o olhando com seus olhinhos verdes e curiosos, idênticos aos de sua tia Alice, aliás quase tudo no jeito de sua filha lhe fazia lembra de Alice. – Você é muito parecida com sua titia sabia?

— Eu? – Mary não entendia como poderia se parecer com sua titia, já que ela era loirinha e sardenta, enquanto sua tia Alice era morena e não tinha uma pintinha sequer em seu rosto de fadinha. – Mais a minha titia Fadinha tem cabelos escuros e não tem pintinhas papai...

— Mais seus olhos e jeitinho são todos dela...e esse narizinho empinado é tão lindo quanto o dela. – Falou apertando o narizinho dela enquanto fazia a mesma gargalhar. – Agora mocinha, vá se despedir dos seus avos pois Benjamin já deve estar chegando.

— Ah papai...

— Sem reclamação Mary...lembra o que conversamos hoje?

— Sim, eu não posso desobedecer a Mamãe, porque ela está gravida e não pode ficar nervosa.

— Isso mesmo, agora vá se despedir. – Logo após Mary sumir escada acima para se despedir de seus avós a campainha da casa foi tocada por Ben, Mary deu um longo abraço em seu pai já com os olhinhos cheios de lagrimas, mais não chorou pois isso sempre deixava seu papai triste.

— Te amo papai...vou ficar com sdd...

— Eu também meu amor. – Ver Mary assim sempre deixava Edward chateado, mais naquele momento era necessário, pois ele precisava resolver tudo com a nova família de seu filho...pensar em Anthony lhe deu uma sensação boa que a muito não sentia.

Assim que Mary se foi Edward subiu para tomar um banho, quando terminou, ainda ficou algum tempo deitado pensando em como seu dia tinha sido, um dia que ele não esperava nada, despois de algum tempo foi para a cozinha na intenção de tomar um chá para tentar se acalmar e assim conseguir dormir, chegando lá encontrou sua mãe sentada tomando um chá.

— Insônia D. Esme?

— Acho que foi muita emoção hoje... não consigo parar de pensar...

— Sei como se sente... – Edward se sentou ao lado da mãe, ainda não tinha conversado com ela desde que tinha recebido a notícia. – Pensei em Alice hoje...

— Eu também... – Esme suspirou.

— As coisas vão se acertar mãe... será que ela ira me perdoar?

— Pode deixar que Alice eu e seu pai resolvemos.

— Não mãe... fui eu quem disse coisas horríveis... o erro foi meu, eu preciso resolver.

— Alice te ama Edward...

— Eu sei... mais isso não muda o que fiz...

— Você estava ferido filho, ninguém te culpa.

— Sim, mais isso fez com que ela se culpasse...mesmo eu pedindo perdão e dizendo que não tinha sido culpa dela.

Ambos ficaram em silencio por algum tempo, Esme sabia que seus filhos se amavam, Edward sempre pediu uma irmã de presente, desde os 4 aninhos, e demorou 10 anos para que Alice viesse para completar a família, mais as coisas saíram do eixo, e isso deixou tudo uma bagunça, uma bagunça que ela rezava para que estivesse no fim.

— Edward...filho, eu quero que você não se esqueça no sacrifício que está sendo para essa família estar aqui... – enquanto falava Esme pegou a mão de Edward. – Ela é a mãe dele, a mãe que ele se lembra...

— Mãe, no momento as únicas coisas que penso são 1º eu preciso ver o meu filho, mesmo que ele não me reconheça; 2º quero conhecer essas pessoas que são a família dele agora e 3º Alice...

— Eu sei... – sim ele sabia, e sabia também os danos que causou com todas as palavras que disse naquele dia, ele havia machucado sua irmã, não fisicamente mais de uma maneira pior, havia magoado seu coração com palavras duras e que ele sabia serem irreais, mais a dor e o desespero faz isso com as pessoas. – Vou me deitar mãe, amanhã tenho uma reunião que não posso adiar.

— Claro eu também vou só terminar esse chá que já está até frio. – Edward se levantou e beijou atesta da mãe. – Boa noite filho, eu te amo.

— Também te amo mãe. – Edward adormeceu pensando em seu longo dia, pensando em como a vida é imprevisível. – É o destino é realmente imprevisível.

— Deus...eu sei que a algum tempo não falo mais contigo... mais obrigado por trazer meu filho de volta... obrigado... e por favor que ele não me queira longe...por favor.... Lizzy por favor me de mais essa ajuda dai de cima... – Ele seguia em sua oração... algo que já não fazia a algum tempo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, o que acharam????
Alguma opinião sobre nosso Edward??
Te a próxima peoples!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Caminhos traçados" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.