Mitológicas escrita por Queen Von Fantasien


Capítulo 7
Demônio


Notas iniciais do capítulo

Mitologia: Judaica-Cristã
Personagem: Lilith



Sugestão de teratomaquia aqui do Nyah! Fanfiction



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Lilith estava pasma com os acontecimentos recentes, desde o começo até o encerramento deles.

Tudo começou quando em um dia, Lilith decidiu conversar com Adão, seu, até então, esposo. A conversa era sobre uma coisa que a vinha incomodando há algum tempo. 

O assunto era, somente, quem ficava por cima na hora do sexo. Até ai, tudo bem, Lilith só queria mudar um pouco, experimentar novas coisas. O problema é que Adão era um babaca, idiota e com ego inflado que achava que se ele ficasse por baixo uma vez na vida, era a mesma coisa que o trespassar seu coração com uma espada.

Lilith tentou não gritar, manter o ânimos controlados e ser a pessoa consciente da relação. Mas daí, Adão fez um estardalhaço e começou a gritar tanto que até os anjos deviam estar com os tímpanos estourados.

Diante de tanto mimimi do primeiro homem, Lilith foi embora do Éden. Se ele não queria ouvir, mesmo com todas as tentativas de Lilith tentar manter uma conversa, ela não ia ficar se submetendo a humilhações. Ele a chamou de inferior mesmo os dois vindo da mesma terra, do mesmo pó, tendo a mesma origem.

Como sempre, Adão foi chorando para o colo de Deus. O Senhor (ou senhora, você escolhe) pelo visto acreditou em Adão ou o cansaço de aguentar tanta ladainha do homem bateu o limite.

Anjos vieram, encontram Lilith, e tentaram a convencer a voltar para o panaca. Mas Lilith já estava decidida, ela não era inferior a ninguém, e se a pessoa que dizia amá-la estava tentando a transformar nisso, ela não ficaria nessa relação.

E mais, era só sexo, por favor!

Por fim, o homem quis casar com outra mulher, Eva era o nome dela. Coitada, Lilith pensava, que ela não seja inferiorizada por esse babaca!

E para Lilith sobrou o cargo de demônio. Afinal, ela estava errada em ser independente do marido. Ela devia estar sempre calada, e não querer ser igual ao deus homem. Argh, era só o que faltava!

Pelo menos, agora as mulheres conquistaram um pouco mais de autonomia e liberdade para muitos outros assuntos. Lilith tem orgulho delas.

E se ela tem que ser uma "serpente" para que mais e mais mulheres sigam o seu exemplo... Lilith será com muita satisfação, muito obrigado!


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Notas finais do capítulo



Na mitologia assíria, Lilith era um demônio citados em alguns mitos.

Na tradição judaica e cristã, ela é tida como a primeira mulher criada por Deus junto com Adão, que o abandonou, partindo do Jardim do Éden por causa de uma disputa sobre igualdade dos sexos, passando depois a ser descrita como um demônio.

De acordo com a interpretação da criação humana no Gênesis feita no Alfabeto de Ben-Sira, entre 600 e 1000 d.C, Lilith foi criada por Deus com a mesma matéria prima de Adão, porém ela recusava-se a "ficar sempre por baixo durante as suas relações sexuais". Segundo este manuscrito milenar, Ben Sira conta a história de Lilith para Nabucodonosor II:

Depois que Deus criou Adão, que estava sozinho, Ele disse: "Não é bom que o homem esteja só" (Gênesis 2:18). Ele então criou a mulher para Adão, da terra, como Ele havia criado o próprio Adão, e chamou-a de Lilith. Adão e Lilith imediatamente começaram a brigar. Lilith disse: "Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti? Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual." Adão retrucou: "Eu não vou me deitar abaixo de você, apenas por cima. Pois você está apta apenas para estar na posição inferior, enquanto eu sou um ser superior." Lilith respondeu: "Nós somos iguais um ao outro, considerando que ambos fomos criados a partir da terra." Mas eles não deram ouvidos um ao outro. Quando Lilith percebeu isso, ela pronunciou o Nome Inefável e voou para o ar. Adão orou ao seu Criador: "Soberano do universo! A mulher que você me deu fugiu!". Ao mesmo tempo Deus enviou três anjos para trazê-la de volta.

Os três anjos foram insistiram que ela voltasse e ameaçaram afogá-la, porém ela se recusou a voltar, sendo assim condenada por Deus a perder cem filhos por dia. Outras histórias referem-se a ela como surgida das trevas ou como um demônio do mar e não como igual ao homem.

Infere-se pelos textos e por amuletos medievais que ela era uma superstição comum entre os camponeses. Deixar esculturas dos três anjos (Sanvi, Sansavi e Samangelaf) que a perseguiram para fora do Éden protegeria os bebês recém-nascidos (uma proteção necessária por oito dias para homens e vinte dias para mulheres) e impediria que seus maridos fossem seduzidos por Lilith a cometer adultério.

Peço que escreva nos comentários o que você pensa depois de saber ou ler de novo essa história.

Espero, que tenham gostado
Bjs, até



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