Girl Crush escrita por suenacomoyo


Capítulo 12
Borboletas




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Era sábado de manhã, por volta das nove horas e fui acordada por Napo para tomar o café. Napo dormiu comigo na cama de casal enquanto André dormiu na treliche. E eu dormi muito bem, por sinal. Se ninguém viesse me acordar, eu só acordaria já na hora do almoço. Algum tempo depois de digerir o delicioso e caprichado café da manhã, os pais de Ludmila nos disseram que poderíamos entrar na piscina. Hoje o tempo estava um pouco mais quente e a piscina realmente cairia bem. Os meninos rapidamente vestiram suas sungas e saíram na frente, sequer passaram protetor solar. Eu coloquei meu biquíni que mais parecia um cropped e na parte de baixo um shortinho, ambos pretos. Logo fui atender o pedido de socorro de Ludmila, que tinha uma enorme variedade de biquínis e queria minha ajuda para escolher.


Cheguei no quarto de Ludmila e me deparei com a mesma de costas, vestida apenas com um shortinho de cetim azul pastel de seu pijama, enquanto mechia nas várias peças de biquíni espalhadas por sua cama. Aquela cena me causou um certo nervoso. Mais ainda quando a garota se virou de frente tapando os seios apenas com as próprias mãos. Ela estava tão atraente daquele jeito. Senti meu coração acelerar e minha boca ficar seca, olhei a garota dos pés a cabeça e sequer consegui prestar atenção no que ela me disse enquanto saiu andando levando algumas peças para seu closet. Me sentei na cama com as pernas balançando rapidamente até que Ludmila retornou vestindo um maiô tomara que caia estampado em tons de azul escuro e turquesa e então me perguntou oque eu achava. Eu respondi que estava linda enquanto provavelmente fazia uma cara abobalhada. Não havia uma cor que não caísse bem em Ludmila Ferro.

A mesma se olhou algumas vezes e voltou ao closet parecendo não estar satisfeita. Em pouco tempo pude escutar a garota pedir por ajuda. Chegando até Ludmila, observei que ela já estava com um biquíni rosa claro de bolinhas pretas, ela vestia a parte de baixo e segurava a parte de cima tapando os seios. Ela me pediu para amarrar a peça pra ela, já que seria necessário amarrar nas costas e no pescoço. Eu ajudei a garota mesmo com minhas mãos tremendo. Não entendia o porque de eu estar tão alterada. Com tudo no lugar a garota se olhou mais uma vez no grande espelho e dessa vez pareceu satisfeita. Eu apenas a observava. Observava seus movimentos e seu corpo tão a mostra graças ao biquíni tão pequeno. Que lindo corpo, era tudo tão proporcional e perfeitinho. Ludmila logo se pôs a desfilar e a jogar os cabelos de um lado para o outro fazendo graça.

 

— Vai ser esse! - a loira falou sorridente.

 

— Tá linda, Ludmi. - falei percebendo que eu sorria abobalhada. Me recompus e fiquei séria, soltando um pigarro.

 

— Que foi? - Ferro perguntou confusa.

 

— Ah nada, acho que só preciso beber uma água. - respondi tentando disfarçar.

 

— Ah sim... bom, antes de irmos, me ajuda a passar o protetor nas minhas costas, por favor? -  ela falou fazendo cara de cachorrinho pidão.

 

— Tudo bem. - eu aceitei porém com receio. Fui passando o produto ao mesmo tempo que apreciava o quanto suas costas eram lisinhas e limpinhas. Como podia a criatura ser bonita até de costas? Eu sentia algo a medida que descia as mãos por suas costas, algo que me deixava de pernas bambas. Hora Natália mas oque é isto? "Algo de errado não está certo" Natália! 

 

— E você, já passou? - Ludmila me dispersou de meus pensamentos.

 

— Hã?

 

— Protetor solar. Você já passou em você?

 

— Ah, eu passei só no rosto. O Sol não tá tão forte assim.

 

— Ai, eu branca azeda desse jeito, qualquer solzinho mixuruca já tô toda vermelha. - ela falou rindo.

 

— Ei! Vocês duas não vão? - a mãe de Ludmila falou batendo na porta já aberta.

 

— Já vamos, mãe. Você não sabe o quanto sua filha demora pra se decidir? - Ludmila respondeu num tom brincalhão.

 

Logo depois fomos em encontro aos meninos que estavam a brincar com uma bola de vôlei dentro da piscina. Ludmila não entrou de imediato, se deitou em uma espreguiçadeira na beira da mesma e se pôs a tomar um banho de Sol de olhinhos fechados. Eu, sentada apenas com as pernas dentro da piscina tentando me acostumar com a temperatura da água, fiquei a observar a loira, não conseguia tirar os olhos de seu corpo seminu e de sua face tão serena sendo iluminados pelos raios solares. Imaginava como essa cena daria um lindo quadro. Pensei em tirar uma foto, mas isso seria tão estranho...

 

— Pensa rápido! - escutei a voz de André vindo de dentro da piscina e antes que eu pudesse perguntar qualquer coisa senti uma bola bater com força bem no meio da minha cara.

 

— Porraaaa! - eu gritei com as mãos no rosto por um momento esquecendo que tava na casa dos outros.

 

— Desculpa Naty, desculpa! - André falava tentando segurar o riso enquanto vinha até mim. Se sentou na beira comigo e me deu um abraço de lado enquanto me fazia um cafuné. — Por favor, não me mata, Natynha!

 

Napo e León riam da minha cara. Ludmila de onde estava perguntou se estava tudo bem, com cara de espanto.

 

— Devo ter quebrado o nariz, os dentes, mas tá tudo bem! - eu respondi brincando ainda recebendo carinhos do baterista. Ludmila riu.

 

— Doeu né, amiga? - Napo perguntou chegando mais perto.

 

— Pra caralho! Isso é uma bola de vôlei ou um meteoro? - eu falei.

 

— Há há se fodeu. - León falou me apontando.

 

— Ah vai tomar no cu, León! - xinguei alto e ele continuou a rir.

 

— Gente vamo melhorar esse linguajar! - disse Napo ainda tentando parar de rir.

 

— Bora Natália, entra aqui logo! - León veio e ameaçou puxar minhas pernas. Com as mesmas eu joguei um pouco de água no rosto do guitarrista, fazendo-o se afastar. André então entrou novamente, me deixando vulnerável quando León saiu da piscina de fininho apenas para me empurrar. Eu caí na água com tudo.

 

— Você não cansa de me atazanar? - eu reclamei logo depois de subir do mergulho.

 

— Não. - León respondeu segurando meu rosto com as duas mãos e me dando um beijinho na testa. Deixando ali uma Natália totalmente abobalhada e sorridente. Desgraçado! Eram esses pequenos momentos de ternura que infelizmente faziam me lembrar que eu amava esse garoto, que me me faziam sentir as famigeradas borboletas, mesmo depois de tantos anos, mesmo depois de tanta coisa ruim.

 

Algum tempo depois, Ludmila se juntou a nós na piscina e passamos um bom tempo na água até nossas mãos ficarem enrugadas e nos chamarem para o almoço, que foi servido ali fora por volta das 13:30. Depois de algum tempo na mesa apenas descansando o almoço e jogando conversa fora os meninos foram jogar sinuca. Eu e Ludmila, decididas e encerrar as atividades na piscina por hoje, voltamos para dentro e fomos separar nossos lookinhos para a festa. Eu já tinha trago a roupa certa, Ludmila precisaria mais uma vez de minha ajuda para decidir a dela. Depois de tudo decidido, ainda dentro do closet que era praticamente um cômodo a parte, Ludmila encontrou uma caixa com esmaltes e se sentou no chão comigo.

 

— Me deixa pintar suas unhas? - a garota falou abrindo um largo sorriso.

 

— Ah, tudo bem. - eu sorri amigavelmente.

 

— Ou melhor... me deixa te maquiar também? Mas isso é só mais tarde.

 

— Se não for reboco eu deixo. - eu ri.

 

— Ah nem eu não gosto de reboco. - ela riu também. — É mais pra fazer uma sombra mais trabalhada, fazer um delineado de gatinho, um batonzinho pra dar um up... não vou te entupir de base ou contornos nem nada disso.

 

— Tudo bem então. - eu respondi.

 

— Oba! - a loira bateu palminhas rapidamente. 

 

— Que esmaltes você tem aí? - perguntei.

 

— Tem esse preto cintilante aqui ó, sua cara. - ela pegou o vidrinho e sacudiu pra me mostrar. Logo eu dei uma mexida na caixa e encontrei um rosa, também cintilante. O peguei e botei na mão de Ludmila.

 

— Vou querer alternando os dois. O preto sou eu e o rosa é você. - falei rindo.

 

— Ai meu Deus, mas que fofura! - Ludmila falou com a voz manhosa enquanto largou os esmaltes, pegou meu rosto com as duas mãos e me chacoalhou. Logo depois depositando um beijinho na ponta do meu nariz. Oque eu não esperava, era que essa ação iria me causar borboletas no estômago, as mesmas borboletas que eu sentia com León. Eu sorria sem mostrar os dentes e sentia minhas bochechas quentes. Estava totalmente abobalhada... de novo! Estaria eu tendo um gay panic pela namorada do garoto que eu gosto???? Não! Eu me recuso! 

 

A loira tirou da caixa um potinho de removedor, palitinhos, base e uma caixinha de algodão. Deixou a caixa de lado e foi a procura de seu celular. Retornou com o mesmo, uma almofada meio manchada e uma pequena caixinha de som, adivinhem só? Rosa. Ela botou pra tocar uma música que eu não conhecia e voltou a se sentar de frente pra mim no chão do closet, pondo no meio de nós a almofada e me pedindo pra apoiar as mãos ali. Ferro começou a passar a base em minhas unhas enquanto balançava a cabeça curtindo a música. Depois disso foi a hora de começar a pintar, a menina fazia uma carinha adorável de quem estava concentrada, até que em um momento começou a tocar um melodia familiar e nós duas nos olhamos sorridentes e de olhos arregalados.

 

— O hinoooo! Vou até aumentar. - ela rapidamente deixou o esmalte de lado e aumentou um pouquinho o volume. Depois voltou a pintar minhas unhas enquanto cantava.

 

"Stealin' kisses from your misses

Does it make you freak out?

Got you fussing, got you worried

Scared to let your guard down, boys"

 

Era Girls Like Girls da Hayley Kiyoko. Apenas observei a loira cantar por um tempo, deixei escapar um sorrisinho bobo novamente, que a mesma não percebeu por estar concentrada em minhas mãos. Até que a música chegou ao refrão e eu não pude resistir cantar junto.

 

"Saw your face, heard your name

Gotta get with you

Girls like girls like boys do

Nothing new

Isn't this why we came?

Gotta get with you

Girls like girls like boys do

Nothing new"

 

Ludmila me olhou sorrindo ainda enquanto cantava. Ela botou a mão desocupada na frente da boca como se segurasse um microfone enquanto balançava o corpo de um lado para o outro.

 

— Ó, vai me borrar hein. - falei em tom de brincadeira.

 

— Ai verdade, não posso fazer feio com minha primeira cliente. - ela riu. Logo voltou a pintar minhas unhas e ficamos um tempo em silêncio, até chegar numa parte da música que era minha favorita e então quebramos o silêncio no exato mesmo momento.

 

"We will be, everything that we'd ever need, oh 

Don't tell me, tell me what I feel

I'm real and I don't feel like boys

I'm real and I don't feel like boys"

 

Sorrimos uma para outra por parecer que a ação foi combinada. Depois o sorriso de Ludmila foi se desfazendo lentamente apenas restando um olhar sereno em minha direção. Eu não conseguia encara-la por muito tempo então apenas desviei o olhar. E continuamos a cantarolar enquanto a loira trabalhava em minhas unhas.

 

— Que que cês tão escondidas aí? - León chegou de repente na porta do closet, nos dando um belo susto e fazendo Ludmila quase derrubar um dos vidrinhos de esmalte. 

 

— Que susto! - falamos em unissono e logo nos pusemos a gargalhar pelo ato.

 

— Tão pintando unha? - León perguntou.

 

— Quer pintar também? - Ludmila disse em tom humorado.

 

— Depende. Tá muito cara essa manicure, Naty? - León brincou se aproximando de nós.

 

— Que nada, tive direito até a música ao vivo. - eu falei aos risos.

 

— E você, amor, cansou de jogar? - Ludmila perguntou para o namorado.

 

— Sogrinha botou todo mundo pra tomar banho. - o garoto respondeu rindo e saindo do closet a procura de suas roupas, logo retornou com elas e entrou no banheiro.

 

Após terminarmos as unhas, esperamos um tempo até secar. Deixei Ludmila em seu quarto e fui encontrar Napo e André, que estavam cochilando no quarto de visitas. Sra. Ferro me ofereceu um lanche, eu aceitei apenas um copo de leite com chocolate e uma fatia de bolo, além de que aproveitei pra dar mais um tempinho pras minhas unhas recém pintadas. Depois voltei ao quarto, vi que os meninos já estavam acordados, inclusive Napo já estava de banho tomado. Peguei minhas roupas e segui rumo ao banheiro de visitas, enquanto André foi ao de Ludmila. Mais uma vez me senti relaxada com os fortes jatos de água massageando meus ombros e costas. Eu tinha alguns questionamentos que passavam por minha mente brevemente durante o banho, mas preferi ignorar todos, não queria entrar em surto na casa dos outros. Tentei manter a cabeça vazia e apenas curtir aquele banho tão gostosinho.

 

Após sair do banho já com a roupa da festa, que estava marcada pra daqui uma hora, fui direto para o quarto que estava com a porta fechada.

 

— Tem homem pelado aí? - eu bati na porta enquanto gargalhava. Pude escutar o baterista e o tecladista rindo do lado de dentro.

 

— Não, pode entrar! - André respondeu e eu abri a porta. Napo já estava vestindo uma calça na cor vinho e uma camiseta branca e estava a passar um colete jeans em cima da cama. André estava sem camisa e com uma calça jeans escura que mostrava a beira da cueca. Nunca tive sentimentos a mais pelo baterista, porém devo admitir que o mesmo tinha um corpo bem atraente.

 

— Ai Naty, você tá lindinha. - o mais baixo falou sorrindo amigavelmente. Eu agradeci. Estava apenas com uma camiseta preta lisa que cobria meus shorts de modo que eu parecia estar sem. Nas pernas, meias 5/8 listradas em preto e cinza, nos braços luvas sem dedos que vinham até os cotovelos, listradas nas mesmas cores que as meias.

 

— A Naty parece que fica mais pequenininha e fofinha quando usa roupa assim. - André falou olhando para mim de forma meiga e logo me deu um breve apertinho na bochecha. Depois foi em direção a uma camiseta roxa que estava na arara e a vestiu, era muito bonita por sinal.

 

— Eu fico pequenininho de qualquer forma. - disse Napo aos risos.

 

Algum tempo depois, Ludmila apareceu na porta me chamando para fazer minha maquiagem. Eu sabia que a mais alta fazia maquiagens bonitas nela mesma, mas mesmo assim tinha receio de como ficaria... em mim! Ela já estava maquiada em tons de laranja, combinando com seu macaquinho laranja, curtinho e sem mangas. Ela fez um rabo de cavalo bem no alto e como seus cabelos eram volumosos davam um efeito muito bonito. Fomos para seu quarto e Ludmi me botou sentada em sua penteadeira. León estava deitado na cama assistindo TV e vestia uma calça jeans clara e e uma camisa xadrez azul toda abotuada. Vargas ficava muito bem de xadrez.

 

 

Ludmila me perguntou quais cores eu gostaria que ela usasse em meus olhos, eu disse que ela poderia fazer algo com preto e rosa, para combinar com as unhas, não que houvesse necessidade, mas achei que seria interessante tentar e ela aprovou. Então a garota começou a trabalhar. Nos momentos em que eu podia abrir os olhos observava a carinha atenta de Ludmila Ferro. As vezes ela botava a pontinha da língua pra fora e era adorável. A última coisa que ela fez foi passar o batom. Seu rosto ficou bem próximo do meu e ela passou bem devagarinho e com bastante cuidado. Eu fiquei olhando, reparando o olhar da garota em direção aos meus lábios, que mesmo após terminar, continuou alguns segundos olhando fixamente para os mesmos. Aquilo me dava borboletas novamente.

 

— Que foi? Borrou? - perguntei confusa e ao mesmo tempo me sentindo um tanto nervosa.

 

— Hã? Não, não. - a garota se afastou e riu fraco. — Tá certinho. Olha aí, vê se gostou. - ela apontou para o espelho da penteadeira e eu me virei para me ver. — Sua boca é bonita. - ela completou.

 

— Que viadagem. - León falou da cama. Por alguns segundos eu havia me esquecido que ele estava no mesmo cômodo que nós. Eu e Ludmila apenas rimos de sua fala e eu voltei a me analisar no espelho.

 

— Eu adorei a maquiagem, Ludmi. Muito obrigada. - falei abrindo um largo sorriso enquanto ainda me olhava no espelho.

 

— Não tem de que. Você tá linda... quer dizer, você já é linda mas bom você me entendeu! - a garota falou de forma atrapalhada.

 

— Ih, a viadagem de novo. - León falou mais uma vez aos risos.

 

— Ô León, que foi? Tá com ciúmes? - eu impliquei com o mesmo olhando em sua direção.

 

— É pô, eu também quero elogios! - o garoto que estava deitado, se sentou, cruzou os braços e fez beicinho com cara de bravo.

 

— Ai Lion... - a garota riu enquanto guardava suas maquiagens. — Como se eu já não te elogiasse o tempo todo.

 

— Nossa, que seca, achei que minha birra ia te fazer vir aqui, me dar uns beijinhos, sei lá.

 

— Ô meu Deus que menino carente. - Ludmila fez uma voz manhosa e se sentou na cama com o namorado o dando um abraço. León por sua vez começou a beijar seu ombro e pescoço e eu percebi que era hora de me retirar. Saí sem falar nada e voltei para o quarto de visitas.

 

Em poucos minutos Sra. Ferro veio nos chamar para descer e disse que os primeiros convidados haviam chegado. Já podíamos sentir o cheiro do churrasco que ainda estava sendo feito. Enquanto isso quem quisesse iria comendo outras coisas que não fossem as carnes. Com o tempo, aos poucos foram chegando mais pessoas, todos com bonitas caixas e sacolas de presentes para a mãe de Ludmila. Enquanto estávamos todos nos deliciando com o churrasco feito pelo próprio Sr. Ferro, conversando e dando boas risadas, deixaram algumas músicas tocando na caixinha de som cor de rosa de Ludmila. Até que algum tempo depois, após descansarmos a comilança, Sra. Ferro nos pediu para começarmos nosso showzinho ao vivo. Os instrumentos já estavam em seus lugares. Os convidados aplaudiram em incentivo.

 

— Antes de começarmos, gostaria de fazer uma singela homenagem para a aniversariante. - León falou pegando sua guitarra e em seguida tocando uma melodia familiar.

 

"Parabéns pra você, nessa data querida

Muitas felicidades, muitos anos de vida

Parabéns pra você, parabéns pra você

Parabéns minha sogrinha, parabéns pra você"

 

As pessoas cantaram junto com Vargas porém riram quando o mesmo falou "sogrinha". No fim todos aplaudiram e Sra. Ferro agradeceu de onde estava e o mandou beijinhos com as mãos. Pude ouvir um dos parentes gritar "puxa saco" e fazer todos rirem novamente.

 

— E agora, o show pode começar. - León falou cheio de marra e abrindo um sorriso realmente encantador. André bateu as baquetas uma na outra pra fazer a contagem e começamos com Rip It Up da banda Jet.

 

Essa era uma das músicas que eu mais gostava de tocar ao vivo, era uma música bem animada e que sempre fazia o público dançar, inclusive nós mesmos sempre ficávamos extremamente agitados enquanto tocávamos. Pudemos observar que com a família de Ludmila não foi diferente, aos poucos a maioria foi se levantando e começando a sacudir o esqueleto. Eu adorava ver as pessoas curtindo nossa apresentação assim. Era uma das melhores sensações do mundo.


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