Capítulo 25 — As canções dela

Por Angela Weber

— E você compôs muito sobre o relacionamento nesse tempo? — perguntei.

— Demais — confessou ela. — Edward era minha inspiração, assim como ele ainda é hoje.

Edward sorriu com isso, trouxe a esposa para perto e beijou seus cabelos.

— Então o álbum que você lançou em seguida foi para Edward?

— Na verdade não — contou. — Eu já tinha um estilo que queria seguir, então precisava escrever sobre o conceito do álbum. Mas enquanto Edward viajava, eu trabalhei com vários outros artistas e vendi algumas músicas. Jasper, Garrett e tantos outros amigos nossos cantam músicas que na verdade são sobre Edward.

— Vou ser obrigada a procurar as músicas que foram lançadas em 2007 e 2008 para descobrir quais são — comentei.

— Não precisa, eu te conto quando acabarmos a entrevista — disse Bella me tranquilizando.

— Obrigada!

Bella deu de ombros sorrindo.

— Então, Edward. Como foi outubro para você? — questionei.

Outubro de 2007

Edward Cullen

Apesar da minha estadia na Irlanda estar programada para ser de três meses, resolvi ficar em um hotel ao invés de alugar uma casa pelo tempo em que estaria lá. De alguma maneira eu achava que era mais prático, por ter a segurança do hotel para contar e de não precisar cozinhar, mesmo que eu gostasse, preferia cozinhar na minha cozinha.

O meu tempo em outubro se resumiu ao set de filmagem e a ficar no hotel, relendo o roteiro e esperando o tempo para falar com Bella.

Assim como ela descobriu coisas sobre mim, eu aprendi sobre ela.

Conheci seu lado completamente apaixonado pela família, pelo jeito doce que ela falava sobre como seu pai amava pescar e sobre como sua mãe tinha uma alma brilhante. Sobre como ela falava que seus pais iriam me amar, sua mãe pois gostava de todo mundo, seu pai porque segundo ela era conquistado facilmente pela barriga. Eu torcia para que fosse verdade.

Sabia que o encontro que ela teve com a minha mãe não foi um dos melhores, mas fantasiava sobre ela conhecendo meu pai e conversando com ele sobre literatura. E tinha certeza que minha irmã, Rosalie, a amaria, porque Bella me fazia feliz.

Além de conversarmos sobre literatura, sobre a vida, sobre as causas que apoiávamos, nós também conversávamos muito sobre música.

Eu me apaixonei por sua voz antes de tudo, ouvindo suas músicas sem parar e tentando conhecê-la através das letras. Continuava ouvindo suas músicas na Irlanda em meu tempo livre, mas quando ela resolvia cantar para mim em nossas ligações eu me sentia o cara mais sortudo do mundo.

Ela geralmente cantava as minhas músicas favoritas, mas vez ou outra me mostrava algo novo que ela estava trabalhando. Tinha tanta paixão em cada letra, que eu desejava que as canções dela fossem sobre mim.